Poesias de Dor
Para onde levou o sol?
Eu não sei mais Maria, o que fazer com estes dias que passam, mas nunca amanhecem.
É que eu estou sobrevivendo, mas não sinto mais intensidade e vitalidade, não sinto as gotas da chuva, e o sol para onde levou o sol?
Não me admiram, nem arrepiam-me mais as canções, tão débil parece o cheiro das flores agora, tão inconsistente o chão.
Seu corpo está distante do meu, abstenho-me então involuntariamente de amar qualquer coisa.
Perdi o juízo e as funções motoras, perdi a cabeça e a memória, não sei mais se seu nome é Maria ou felicidade, não sei mais o que fazer com esta saudade.
No mais profundo, um baú.
Belo, perfeito aos olhos e agradável ao coração.
Lacrado pelo mais forte dos elos, forjado no metal mais denso.
Tanto tempo ali parado, depois de ter sido largado.
E houve a tempestade e o mais profundo foi descoberto e emergiu o belo baú.
Tão belo de se ver, tão agradável ao ego.
abri-lo não parece ser tão intenso quanto sua beleza exterior.
Aberto foi. Não há volta.
Gostaria de nem tê-lo descoberto nessa imensidão.
Lhe transborda lembranças desgraçadas, lembranças que só machucam, lembranças de mãos atadas.
Há tanto tempo submerso, assim deveria ficar.
O que faço com isso agora?
O que faço? se nem mais seu algoz é conhecido.
Aberto o belo baú é descoberto seu tesouro há muito esquecido.
Buscai forças.
Meu bem, apenas bem. Tu que já não me pertences. Ou já me pertenceu? Tu nunca teve posse, erro meu achar que esse coração me pertencia, que essa alma sempre permaneceria junto a minha. De todos os meus pecados, não te fazer sentir amada, sorrir aos ser beijada, me assombram como fantasmas.
Me perdoe, não pelo mal que te fiz, mas pelo bem que poderia ter feito e te neguei.
Meu bem, não mais posso te dizer o quanto eu te amo, te sonho, te chamo, te quero…
Como dói as lembranças que nunca vivi.
Se mais uma chance me destes, te provaria que a felicidade te encontraria em meus braços. É tarde demais, o tempo passou... Perdemos o tiro de largada.
Doce caminhada.
Pois o mundo é tão sombrio, amor.
A existência é vazia e fria, tu vais sentir isso. E no momento em questão, sentir não mais será o mesmo, colher a flor plantada num jardim regado com lágrimas passadas. Flor murcha e vil, não mais cabe no pomar que é o presente, mas seu cheiro ainda assombra dia a após dia, anos após ano...
Ainda vemos os mesmos velhos fantasmas; pois o mundo é tão sombrio, amor
Abatido, sentindo o mundo em seu giro, sem sentido, apenas voltando ao mesmo lugar. Sempre mais pesado, ainda assim mais vazio.
Abatido, mas forte, mais entendido, maduro. A custa de que? Quanta dor mais um giro pode me trazer? Qual o objetivo? Pra onde vamos?
Será que te verei no lado escuro da lua? Será que existe um muro?
Será?
O mundo era nós e eles, o mundo era meu quarto, o mundo eram teus beijos, meu olhos fechados, seu rosto quente, lágrimas.
Momentos que nunca serão manchados nos espelhos da memória, nunca serão esquecidos. Quem sabe superados?!
O mundo sou só eu, em mais um giro sem sentido. Procurando razão em meio ao caos.
Gratidão
Algumas vezes, a vida me bateu com tanta força, que acabou por me ensinar a resistir.
Um dia mentiram pra mim, de tal forma, que passei a não acreditar em mais ninguém.
A dor foi tanta, que achei que jamais a superaria...
Todavia, atualmente percebo que esse foi o exemplo que Deus usou para fortalecer a verdade em mim e me mostrar no outro, como eu não deveria agir.
Percebi que na verdade, aquilo que tomava como um castigo foi uma bênção, um livramento e que deveria seguir em frente, acreditando novamente no amor e confiando nas pessoas.
Tudo se banaliza.
A nossa exposição habitual ao sofrimento de nosso semelhante, torna-nos insensíveis à sua dor. De início importamos a sua dor, com o passar do tempo, passamos a ver seu sofrimento como algo que não depende de nós e que não podemos resolver.
É muito forte em nosso ser, a ideia de que, na ausência de um ente querido, o único caminho a ser vivido é o do sofrimento. Mas, se agirmos assim, estaremos condenando os nossos amados a sofrerem junto!
Eles nos sentem, eles nos querem bem, não desejam o nosso sofrimento.
Sem desejarmos, estamos dizendo a eles que também precisam sofrer pela nossa ausência! Estamos condenando-os a um futuro de dor e sofrimento em seus corações!
Se não desejamos isso para eles, precisamos servir de exemplo e viver.
Claro que teremos saudade, mas que esta nos traga aos olhos as lágrimas amenas que nos aliviarão a ausência e que nos lembrarão que tivemos a oportunidade de construir um laço de amor pleno e que, logo mais, estaremos juntos novamente.
Muitas vezes, achamos que, com a partida de quem amamos, temos de adotar a postura de um sofrer sentido, de um sofrer sem fim. Pensamos assim porque acreditamos que não podemos ser felizes sem aqueles que se foram.
Que possamos mudar esse nosso jeito de pensar, porque os que se foram nos amam e querem o nosso bem e rezam por nós para que sejamos felizes.
Se não podemos fazer isso por nós, que façamos então por eles!
" Enquanto a faca perfura meu peito, ouço uma voz fina e suave ao meu lado...
Me deparo com uma figura encapuzada, com um livro...
Estava tão desesperado que não ouvi o que tal figura havia dito...
Eis que então ela encosta perto de mim e com uma voz ainda mais suave diz: Está na hora de descansar, sua vida já foi longa e triste demais. Não é necessário permanecer... Está pronto?
Então percebo que meu desespero foi substituído por uma súbita alegria e repentinamente....
Não sentia mais nada, além de paz...
Encaro a figura que agora olhava desconfiada e finalmente consigo responder: Sim, obrigado! "
Um sentimento deixado para trás, amasiado com a má sorte!
Crucificado com a expectativa de ser feliz.
Esse mundo se perdeu e se tornou no escuro da dor.
Meu mundo era você, hoje meu mundo se afastou do meu eu.
Hoje meu mundo sou eu, amarrado na redonda da vida.
A solidão me sucumbiu!
Essa coisa que me invade
De mansinho e sem alarde
Provando que sempre é cedo
Mesmo que para tantos tarde
Que o fim pode ser o início
Que vale correr o risco
E que quando bate a vontade
De buscar o que perdeu sem ter perdido
É esse sentimento atrevido
Que nos faz menos covardes
E de quebra muito mais vivos
Essa coisa que me invade...
Ah! Só pode ser saudade.
Reticências
O amor, se tivesse fim, deveria terminar sempre em reticências. Quem sabe assim ele nunca terminaria pra valer e não geraria tanta “sofrência”.
Mesmo que houvessem motivos para o seu fim: mágoas, brigas, grandes mentiras e duras verdades - se ele um dia existiu o seu acabar poderia ser sempre uma leve e doce continuidade.
Pode ser que a dor da saudade seja esse amor que teima em não se findar, mas saudade é falta e amor é necessidade, é visceral, essencial.
Creio que o poeta estava certo quando divagou a respeito do amor o verso “que seja eterno enquanto dure”. Pois o tempo, só mesmo o tempo é capaz de medir esse sentimento lindo, irresponsável e incorrigivelmente imaturo.
O amor há de estar sempre presente. Se não em beijos, em toques, em olhares, mas em lembranças ou até mesmo dentro de uma simples reticências...
Ela estava ali parada, com o mesmo penteado e com os mesmos costumes. As mechas de seu cabelo negro cacheado que caíam em seu rosto revelavam muito sobre a sua personalidade. E isso parecia importar. Os seus olhos brilhavam tanto que iluminava a sala. Havia um resplendor particular em seu rosto, eu não conseguia decifrar o que era, mas estava lá. A sua pele negra marcada de tantas lutas gritava por socorro. Eu acho que isso diz muito sobre quem nós somos.
Eu a assistia, enquanto ela movia o seu corpo com delicadeza, a simplicidade dos seus passos revelava cautela. A mesma cautela que nós não tivemos. África sentou no sofá, ligou a televisão e assistiu ao jornal da noite, a reportagem em questão falava sobre a crise econômica no Brasil. Logo, ela lembrou-se de alguns comentários que havia lido; sobre o presidente atual do Brasil e o descontentamento da grande maioria dos brasileiros para com o esse presidente. A maioria dos comentários alegava destruição do Brasil, e África acreditava neles.
Por um longo momento, ela pensou em si mesma e no quanto sentia-se esquecida e solitária. Afinal, estava adoecendo e ninguém parecia interessado em ajudá-la.
A tristeza de África era tão grande, que ela juntou todas as suas forças e orou. Em sua oração pediu a Deus para curar as suas enfermidades e para salvá-la. Depois, pediu também para que Deus pudesse defender o povo brasileiro. Pobre África... Ainda não havia passado pela sua cabeça pensamentos negativos sobre o homem. Mas espero que entenda, o ser humano é egoísta e sempre vai optar pela destruição, seja a dele, ou a de todos. Um dia ela também vai entender que certas orações custam caro.
Não é difícil de se encontrar mas está cada vez mais raro.
Não é a solução pros problemas mas na maioria das vezes é a peça chave pra nos conduzir a solução deles.
Não cura doenças do corpo nem feridas expostas mas é capaz de aliviar as dores mais profundas da alma.
Nós temos pra dar, não dói dar e quanto mais a gente dá menos nos falta.
É o melhor investimento a curto e a longo prazo que existe porque é uma via de mão dupla, quem dá também recebe.
CARINHO e ATENÇÃO... não entendo porque mesmo sabendo de tudo isso a gente se priva e priva outras pessoas de recebe-los.
Escrever costumava acalmar meus pensamentos, mas sem você nem escrevendo fico mais tranquilo.
Toda essa ansiedade levando embora minhas unhas e aumentando as saudades.
Amar pode realmente doer, nos fazer sofrer. Mas amar também nos ajuda a viver.
Podeis viver feliz sem alguém? Será que podemos ficar felizes sem quem amamos?
Não, não podemos nos privar de coisas como o amor, mesmo com dor, o amor nos enche de alegria.
DUALIDADE…
A dualidade nos permeia desde a concepção.
Gerar ou não gerar. Homem ou mulher.
O riso e as lágrimas.
O prazer e a dor.
Alegria ou tristeza.
Saudável ou doente.
Claro e escuro.
Frio ou quente.
Sol e lua.
Forte ou fraco.
Alto ou baixo.
Atirado ou retraído.
Sapo ou príncipe.
Passado ou presente.
Fada ou bruxa.
Racional ou irracional.
Amor ou ódio.
Presente ou ausente.
Leal ou infiel.
Vencedor ou perdedor.
Muda ou semente.
Beleza ou inteligência.
Bicho ou gente.
Verdade ou mentira.
TEM QUEM AGUENTE ?
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Chegará o tempo em fim,
quando notaras que:
tão certo não estava assim,
tão justo não estava assim,
tão racional não estava assim,
mas injusto sim.
Lembranças tristes
Dias de sol sem calor e cor
Assim eu vou
Segurando nas mãos da Fé
Remando contra a maré
Cheia de tristeza
Coração partido
Infinita dor
Saudade do meu grande amor
Minha menina, passarinho, sorriso
Minha flor, minha vida
Pequena menina
Grande mulher
Minha mãezinha, doce e serena
Preciso te deixar ir
Não suporto essa dor, essa tristeza de tê-la visto inerte
Caixa branca, perfume das rosas misturando-se ao teu
Ternura, mamãe querida
Saudade da minha vida quando aqui você existia
Não sei se choro
Nem se suspiro de alívio
Minhas lágrimas serão valorizadas
Ou invisíveis como o sopro
se dissiparam por entre trívio?
Uma conversa gélida
sem aparente sentimento
identidade desconhecida, irreconhecível
ininterruptas mentiras céticas
sem vergonha, com o próprio consentimento.
Preocupava-se com o galanteio
não quisera perder o charme
havia sedução em sua lábia
o que importava era o cortejo
depois rejeitava com adarme.
Eu, tão romântica e solitária
que orava por um amor
encontrei em meu caminho
uma pessoa mercenária
empenhado em causar-me somente a dor.
Que o passado não volte
que as lembranças se queimem
só espero que num grupo de malfeitores
ainda tenha um ou dois de sorte
que dê o amor para os que necessitem.
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