Poesias de Dor

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Existem pessoas que caminham pelo mundo como se fossem de pedra: não sentem dor, não sentem alegria, não sentem empatia. Para elas, lágrimas alheias são apenas água escorrendo, e sorrisos, nada além de gestos inúteis. O coração delas parece um vazio impenetrável, um espaço onde emoções nunca conseguiram morar.
Conversar com essas pessoas é falar com o vento: palavras passam, mas não deixam marca. Elas julgam, manipulam, decidem e ferem, sempre calculando o que lhes convém, sem qualquer peso na consciência. A ausência de sentimentos lhes dá força, mas também revela fragilidade: porque ninguém que não sente realmente vive, apenas existe.
E é aí que o mundo percebe: ter sentimentos não é fraqueza. A fraqueza está em não sentir nada, em reduzir a vida a números, vantagens e aparências, enquanto o restante de nós continua a sentir, a amar, a sofrer… e a ser humano.
Glaucia Araújo

A dor é uma lembrança de algo que insistimos em querer esquecer: a vida é dura, cíclica, complexa e incerta...


Caminharei por suas flores e espinhos

Arde, arde, arde
Dói, dói, dói

Só sinto

Desespero
Agonia
Feroz dor
Arrancado das garras da paixão, solidão
Livre, me sinto livre
Para voar sobre o abismo do meu coração

Cavado pelo amor perdido nas mágoas do tempo

O jeito é continuar e seguir

Não há muralha que detenha uma mulher que aprendeu a fazer da dor o seu próprio alicerce.








Marcilene Dumont

O amanhecer nasce, sem brilho ou luz,
A sombra me aquece, e a dor me conduz.
O céu está cinza, e a tristeza me invade,
E a vida segue, sem sentido, sem parade.

Deus, ou quem quer que seja,
Nos deu a vida, mas não pediu nossa opinião, não é?
Neste amanhecer, não há grande coisa,
Apenas mais um dia, sem alegria.

As montanhas estão lá, os rios fluem,
Mas não me dizem nada, e a dor não some.
Lembro-me de "perdoar setenta vezes sete",
Mas como posso perdoar, se a injustiça não se mete?

Os políticos prometem, mas não cumprem,
Roubam o nosso futuro, com mãos sujas e frias.
Falam de amor e paz, mas não praticam,
E eu fico aqui, sem paz, sem nada que me sacie.

Mas talvez um dia, as coisas mudem de fato,
E a justiça prevaleça, e a paz seja um contrato.
Talvez um dia, a verdade seja dita e vista,
E a esperança renasça, e a dor seja extinta.

A dor não me afundou — me ensinou a respirar.
Até o naufrágio me mostrou que é possível viver debaixo da dor sem morrer nela.
Não perdi paz, ganhei forma.
Porque a alma só se entende depois de se despedaçar.
E a dor… não me apagou.
Ela me acendeu — e fez da ferida, luz.
Fez das sombras, o lugar onde aprendi a brilhar.


—Purificação

Tudo o que me afundou, me ensinou a respirar.
A dor não veio pra me quebrar, veio pra me moldar.
Não perdi partes — encontrei formas.
Às vezes, é só quando a alma se despedaça que entende quem é.
Porque o que apaga o fraco, acende o forte.
E há feridas que não doem mais — iluminam.
—Purificação

Promessas quebradas
Coração partido
Essa dor que esmaga
Desesperança que corta


Não vejo futuro
Não vejo saída
Em meio a dor
De sonhos falidos


O peito aperta
Estou sozinha
Não há mão pra segurar
Não há em quem confiar


Em guerras desmedidas
Perdi o que chamei de lar
E essas dores só aumentam
A necessidade de me isolar


Lutei, mas foi em vão
Sempre foi tudo em vão
Talvez não possa mais me levantar
Muito disso eu mesma busquei
E me vejo sem saída outra vez
No abismo que não posso suportar.
- Marcela Lobato

Ver no absoluto caos possibilidades e oportunidades é extremamente exclusivo para poucos.
Na dor vemos a vitória e resiliência perpétua.
Quando compreendemos o que vivemos e maravilhoso e único pois é ignorância te leva a derrota maior que possa existir.

NADA!




Andas tão longe de mim. Desvairada da dor...

Sentes o meu abraço, sentes o meu beijo;

De sorrisos se transborda, sentes o meu desejo,

Vês-me, mas não enxergas o meu amor!




Pareces o quê? A lua? O sol? Não tens fulgor!

– Transbordo a alma ao seu almejo...

Não tens corpo em mim, apenas lampejos

Aos teus olhos de infinito, sem esplendor...




Parecia-me dos céus a mais bela estrela...

Não és nada! Apenas eu estou de vê-la...

És tu, de minha cobiça-louca, a imaculada!




Serás por um instante de meu tremor o arder?

Já não acredito em vida, ao meu querer;

Que tão longe de mim, amor, tu não és nada!




© Dolandmay Walter

Do que se trata viver?


Viver trata-se de entender a própria dor, para que assim não se atinge os males e socos que o mundo nos dá.


Se trata de viver sabendo que valerá cada segundo o dedicado no que estamos fazendo.


Saber que, de uma hora ou outra não veremos os rostos que estamos assimilarizados


Morrer, sabendo o que foi viver.

A flor é linda, mas a dor é irmã,
é a vida que nunca tem pressa
de nos curar do ciclo que não cessa.
É amar, sofrer, e ter a alma marcada,
no ritmo triste dessa nossa jornada.

Juro que não vou mais chorar,
Embora a dor ainda seja um mar.
Guardo o que foi no peito apertado,
Um amor lindo, hoje, passado.
​Teu nome é um espinho a ferir,
No silêncio que escolhi para seguir.
Mas cada lágrima que agora seco,
É um adeus que à saudade ofereço.
​O palco da vida precisa de sol,
Não desta peça fria, sem farol.
Juro, de novo, que não vou mais ceder,
Vou aprender a ser, sem você.

Bem-vindo ao canal do Pensador Marcos.
Um garoto que venceu uma paralisia cerebral, transformou dor em poesia e escreveu sua vida na força das palavras.
Poeta que lê as estrelas, entende o sentimento humano e escreve com a alma.
Herda o legado de uma avó que amava o café e o amor — e agora ele segue, criando poesia, rap e emoção com um talento raro e brilhante.
Bem-vindo ao universo desse menino especial, feito de coragem e arte.

Quando minha dor quer me prender, eu abro mão de senti-la como fim.
Escolho elevar o peso em resiliência, e sigo mesmo quebrado.
Fé me sustenta quando minhas forças se esgotam.
Propósito me empurra para além do que é visível.
Extraordinário não é não cair, é levantar pela missão.
Cada passo que dói se torna semente de futuro.
Sou só instrumento, mas instrumento forjado no fogo.


Purificação.

🌟 Transformar em Resiliência
Quando minha dor quer me prender, eu escolho sentir e também transformar.
Cada peso se torna impulso, e a queda se converte em resiliência.
Fé me eleva quando a força parece faltar.
Propósito me guia além do medo e da dúvida.
Transformar o ordinário em extraordinário é minha missão.
Cada passo que dói se torna ponte para o outro.
Sou só instrumento, mas instrumento que brilha na luta.


Purificação.

⁠Hoje, vi a crueldade, a falsidade fútil do ser humano.
E mais uma vez a abracei. É uma dor cuja cicatriz já desistiu de fechar.

Superar não é esquecer a dor, é transformá-la em energia, reinventando-se a cada passo e provando a si mesma que nada é maior do que sua força.




Marcilene Dumont

E se no abismo a vida se desfazer,
e a própria morte em trevas me alcançar,
levarei no peito a dor que não se amansa:
carregarei a obscura cicatriz da tua rejeitância.

Silêncio, grito preso, choro preso, silêncio.
Tranca, cadeado, cofre. Onde está a dor? Em qual lugar desse corpo vazio se esconde?
Onde está o sangue, o calor? Por que as veias estão vazias?
A pressão enlouquece ao mesmo tempo que anestesia. A mente engana, sai em desvaneio e de repente foca no ponto, e aí, aí vagueia de novo em um ciclo sem fim...
Só um buraco, oco, vazio.
As cores se foram, o cinza chegou.
Me tornei um dia comum, nublado, sem sol, mas também sem chuva, sem calor ou vento.
Só nublado, cinza, eterno.
O ponto de virada dramático
O eco do vazio preenche cada espaço. Não há nada. Não há sequer a dor, apenas a ausência. O sangue e o calor se foram, e a memória de quando estavam lá é o único fardo que o vazio não consegue apagar. A lembrança de um tempo colorido, de uma pulsação, é a tortura final, o sussurro de uma mentira que a mente insiste em reviver antes de se calar.
A tranca se dissolve, não por quebra, mas por corrosão. O cadeado enferruja até virar pó, porque não há mais nada a ser protegido. O cofre se abre, revelando nada além do ar rarefeito.
O cinza não é uma espera, é a resposta final. A mente já não vagueia, ela flutua, um grão de poeira insignificante em um espaço infinito e desprovido de qualquer coisa. E o drama maior é a constatação de que não há drama. Não há tragédia, não há reviravolta. Apenas o nada, perfeito, completo e eterno, que se instalou e a memória do que existiuecoa para sempre no que restou de minha vida.
a.c.g.c