Poesia Felicidade Fernando Pesso
“Ando angustiada demais, meu amigo, palavrinha antiga essa, angústia, duas décadas de convívio cotidiano, mas ando, ando, tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, ,veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara.”
Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho carente, tigre e lótus.
Então quero que você venha para deitar comigo no meu quarto novo, para ver minha paisagem além da janela, que agora é outra, quero inaugurar meu novo estar-dentro-de-mim ao teu lado, aqui, sob este teto curvo e quebrado, entre estas paredes cobertas de guirlandas de rosas desbotadas. Vem para que eu possa acender incenso do nepal, velas da suécia na beirada da janela, fechar charros de haxixe marroquino, abrir armários, mostrar fotografias, contar dos meus muitos ou poucos passados, futuros, possíveis ou presentes impossíveis. Dos meus muitos ou nenhuns eus. Vem para que eu possa recuperar sorrisos, pintar teu olho escuro com kol, salpicar tua cara com purpurina dourada, rezar, gritar, cantar, fazer qualquer coisa, desde que você venha, para que meu coração não permaneça esse poço frio sem lua refletida. Porque nada mais sou além de chamar você agora, porque não tenho medo e não estou sozinho, porque não, porque sim, vem e me leva outra vez para aquele país distante onde as coisas eram tão reais e um pouco assustadoras dentro da sua ameaça constante, mas onde existe um verde imaginado, encantado, perdido. Vem, então, e me leva de volta para o lado de lá do oceano de onde viemos os dois.
Continuamos carregando nossas pequenas maldições – mais orgasmos, insônia, pesadelos, excessos de álcool e cigarros, procura cega (...).
A Poesia é a única capaz de Unir pensamentos, ideias e emoções em um incomparável UniVerso de Luz...
Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre. [adaptado]
Nota: Adaptação de citação de Fernando Pessoa
ontem eu fui feliz
sonhei demais
brinquei até mais tarde
hoje virei cicatriz
de um tempo
que não volta mais.
Me permiti sentir meu amor
Aquele guardado no meu peito
Não me lembro bem de quando fiz isso nos últimos tempos.
O povo encaixotado
Disse o velho xamã
Vocês são o povo da caixa
Vivem dentro de caixas
Se deslocam em caixas
O povo da caixa se separa
Pela marca da caixa metálica
Que lhe faz viajar em segurança
Pela cidade na sua diesel lambança
Quanto maior a caixa que dorme
Maior sua preocupação noturna
Impostos e manutenção diária
Será menos triste a vida do pária?
Grandes vidros e prateleiras
Mostram produtos de última geração
O paraíso das compras desnecessárias
Shopping Center. Depressão é a sua cara
O mundo se transformou agora
Ficamos ainda mais encaixotados
Que no futuro, mais valor iremos dar
Ao ar livre, parques, natureza e ao caminhar
Eu não sei na verdade quem eu sou, já tentei calcular o meu valor, mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou, porque a gente é desse jeito? criando conceitos pra tudo que restou...
(Eu não sei na verdade quem eu sou)
Não adianta falar dos problemas meus,
estes resolvo-os
entregando-os nas mãos de Deus.
Tenho que falar é da alegria,
em forma de versos
em alegres poesias,
agradecer o amanhecer
de um novo dia,
e ao anoitecer orar
para Deus, me guardar
e meus sonhos abençoar.
aferi
se perder durante a travessia é normal
o problema é que a dor vicia aquele indivíduo que nunca se encontrou.
Meus passos já são lentos
sigo ao sabor do vento
o céu já não é tão azul
mas ainda me encanta o cruzeiro do sul
aferi
Olá
só saberás a força que tens
quando tiveres que segurar o mastro
do barco (vida) no vai e vem
da tempestade (tempo) que deixa rastro
singrando os (dias) mares
rasgando velas (mapas) jogando (desafios) âncoras
prendendo em águas (tabus) querendo ares (liberdade)
nos oceanos da vida (existência)
sem (direção) céus estrelados
que não perdoa, chacoalha, enjoa
em um labirinto sem saída
aferi
chuva solitária
que insiste em cair
para molhar lugares
pessoas e estações
que há tempos foram seca.
-Amores questionáveis.
Não mereço viver, se não questiono a vida que vivo
por ventura, não questiono o que? e por que?
deixemos de ser poetas antes que o amor nos ataque e enforque
pois a o parafrasear, a mente fraca tende a entrar em conflito
Fernando as vezes é infeliz, porquanto encomendará muitas injustiças
a juventude torna, e contorna homens indomáveis
qualifica e prontifica memorias desagradáveis
perde o amor e tende a poetar, por conta de um monte de imundícias
O arrependimento não costuma regressar amores perdidos
mas amores perdidos podem ser questionados
(Obs: O texto foi moldado encima de algumas ideias de Platão)
sobre o meu caos,
surgem minhas artes,
estampadas em um rosto caído pela lágrima
do sentimento frágil.
o tempo promete registrar sentimentos perdidos
que foram feridos, mas que também feriram
ele promete perdoar mágoas irrelevantes que um dia foram tema
de relacionamentos distantes
pois o tempo tudo cura
tudo observa
a ampulheta se esgota
e um novo presente se apresenta.
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