Poesia Felicidade Drummond
o pôr do sol é a prova que não importa como o nosso dia termina. o raiar vibrante e sereno no horizonte fala sempre sobre um amanhã otimista.
Marcos saiu do coma induzido após sofrer um ataque de arrogância intelectual. Foi direto para rua furtar conhecimento, em troca levou socos de poesia. Apertou o gatilho e foi alvejado por frases cortantes de Machado. Acabou rendido pelo consumo de literatura e teve uma overdose de sabedoria. Voltou para favela com a arma letrada, agora, só faz assalto de cara limpa. Trocou o sequestro pelo cárcere das rimas. Trafica pensamentos e troca tiros de letras perdidas. Após ser atingido na cabeça por verdades escritas, foi novamente parar na UTI, agora, acometido pela doença bibliofilia.
Muitas vezes, as fofocas começam com interpretações erradas do outro. Não tenho medo do seu julgamento. Só tenho medo dessa sua ignorância ser contagiosa.
Admira-me os loucos viver entre os sãs. Como conseguem andar em meio a hipocrisia? Isso não combina com as suas loucuras!
Hoje sentado na minha varanda olhei meu gatinho pertinho de mim, entendi que as maiores riquezas são feitas de momentos simples assim. Tenho que valorizar pois o tempo insiste em passar, um dia tudo isso será apenas histórias que algumas pessoas vão lembrar.
" Esse amor é um vírus que se reproduz dentro de mim em velocidade assustadora, por vezes sinto até que ele adormece, mas de repente, ele eclode!"
"Mas, quem poderá vir me dizer que não é verdade que meus dias são de trevas e que minhas noites são luz?"
Mulher, tu és a musa que inspira os meus poemas, tu és uma eterna menina, que espalha ternura e também alegria, vai me conquistando e adentrando a minha mente, de repente, já faz parte de mais uma de minhas poesias.
Somos formados a ser especialistas de pessoas que não conhecemos, para então ensinar os conhecidos a adentrar uma ideia que apenas lemos.
A vida não é minha, mas meu coração é seu.. Se meu coração tivesse asas, ele voaria pra ficar junto do teu.
Senti novamente as minhas mãos. Um búzio repleto de vazio. O mundo que obtive num voo maior. As minhas mãos sem ti.
A história nos conta que os tempos difíceis são os tempos das mais difíceis escolhas. No entanto, se quisermos subsistir, é preciso insistir no ritmo da criação e lembrar que todo tempo é um tempo poético. Mais que nunca, nesses tempos em que vivemos, precisamos da esperança que brota da poesia e para isso é preciso lembrar que a poesia, ao casar-se com a vida, a acompanha sempre. Seja na alegria ou na tristeza, na paz ou na guerra, na saúde ou na doença, na abundância ou na indigência. Assim, é preciso crer que enquanto houver poetas no mundo os frutos da indigência podem tornar-se flores e a esperança sempre pode ressurgir aninhada em seus botões. (Porquê poesia em tempo de indigência? - Renata B R BARRETO, 2003)
Você foi a certeza de quê há ternura no amor nesse mundo de incertezas e desolação. Você foi o calor nessas noites frias afastando as sombras das horas tristes. Você foi a doce fantasia nas loucas horas de um desejo incrível.
Linda e loura, leve feito pluma, ela passeia no mundo, sob o sol e sob a bruma, vai laborando, namorando os passarinhos Feliz.
Por muitas vezes é preciso estar no alto, fechar os olhos e recitar a prece para os anjos siderais. Se esvaziar dos anseios desnecessários do mundo. Pra seguir é necessário estar leve, para amar é necessário resiliência. No caminho receberemos pedradas injustificadas, mas deixar o coração caucificado é uma questão de escolha.
Eu sei que já faz tanto tempo, tudo que a gente viveu, a nossa história linda que não teve um final feliz, por culpa minha, por culpa nossa... já se passaram quase 2 anos, mas quando eu vejo casais apaixonados eu ainda penso em você, quando assisto um filme romântico na Tv lembro da nossa história, quando à noite vem e eu perco meu sono eu fico me autoflagelando imaginando como seríamos se tudo fosse diferente sabe?! Se não houvesse tantas brigas, tantas decepções, se eu não tivesse errado tanto com você meu primeiro amor, como estaríamos agora? Eu não sei se ainda te amo mas também não sei porque ainda penso tanto em você!
Da sacada observo, as doces cores da paisagem, a quietude do domingo em meio aos anseios das construções, a chance de contemplar a luz do sol que sobrevive as frestas de obras colossais. Imerso entre a razão do concreto e inspirado pelo cheiro da mata, ambas tem suas razões e emoções, se complementam como ideias e ferramentas.
O poeta: um espavitado que sabe atormentar-se sem motivo, que se dedica com ardor às perplexidades, que as procura por todos os meios. E depois, a ingênua posteridade se apieda dele...