Poesia Felicidade Drummond
Quiséramos a paz plantada por crianças, dócil e verídica, permanecendo sem perguntas/respostas, sem transgressão e fé, sem paz e ruído, sem sol e escuridão, sem o profano e o divino...
'Coisas boas e ruins... nada permanece! Restam apenas as boas lembranças e o forte aprendizado. Tudo passageiro no rio que corre. Reconheça que foi eterno enquanto durou! Esteja aberto às novas possibilidades. Afronte novos desafios. É a partir deles que a vida torna-se saborosa... 'Intrigante' na medida em que você aprende a se doar...
Sendo inevitável para o amadurecimento que precisamos, a solidão é o amigo para as horas incertas e horas profundas de transformação.
Sempre tive sonhos. Repetitivos. De sonhar com os mesmos lugares. Os mesmos tons. As mesmas pessoas. Os mesmos fantasmas.
O pouco que tenho é maior que o mundo. É maior que os campos em redemoinhos. É maior que a calmaria. É maior que a brisa suave.
Eu queria um sentido, sentido ridículo. Entre aspas simples, para deixar evidente. Inequívoco como as nuvens, que se transformam no vento. Que fosse escasso, nada retórico. Pode vir sem aspas, para deixar confuso, mais intruso, menos cênico. Que me abraçasse, aconchegante, desesperado.
Plante uma mudinha, com o tempo, perceberá que ela crescerá e com certeza, lhe dará frutos. Mas plante uma árvore boa, senão,colherá consequências. Trace boas metas. Pague um preço em cultivá-las. No final, você dará risadas.
As montanhas movem o amor. As montanhas derrubam o amor. As montanhas criam o amor. Resumindo: a essência está nas montanhas.
Ontem vi seu nome. Era um nome esquecido. Apagado. Estampado. Ontem vi seu nome, mas não era realmente você. Era um fantasma que assombra as noites calmas. Que me deixa inquieto todas as vezes que vejo....
Amizades são temporais. Elas mudam com o Tempo e o lugar onde estamos, quer queiramos ou não. Porém, há amizades que derrubam as barreiras do Tempo e permanecem, demonstrando-nos que o Senhor da Existência, na sua peculiaridade, pode ser derrotado pelo breve sentimento de amorosidade entre as pessoas.
Para que o meu dia não seja totalmente perdido, escreverei um poema. Falarei de amor. Paixão. Solidão. Algo que deixe meu coração mais patético. Mais corroído. Mais solitário e banal.
Para que o chão não caia e o teto lápide por definitivo, acataremos inquieto a lua ausente; abraçaremos o sol de forma aprazível e... desconcertante, esperaremos o amanhã tardio. Nem tudo está perdido, apenas o coração, fragmentado com os resquícios...
Sem identidade, se tivesse alguma, seria servil, oprimido, lacunas. Desenhei meu mundo: metáforas! Só entra os ilusionados, patéticos, sem fortunas.
Percebe-se que a grande maioria das pessoas fingem não saber (ou esquecem) que a lei da gravidade sempre nos atraí para baixo e que, somos milhares de vezes menor que um grão de areia nesse imenso universo.
Vejo pessoas no fracasso falando de sucesso,êxito, triunfo, vitórias... prefiro falar de superação, volta por cima, isolamento temporário, solidão transitiva, desastre passageiro.
A vida é um pouco 'disso' misturado à 'aquilo'. Mistura invulgar. Cachoeiras. Ribanceiras. A vida torna-se retratos. Cria novos quadros. A vida só faz sentido quando a soma dos vários sorrisos, tornam-se maiores e verdadeiros.
As estrelas imbuídas em mim, têm a luminosidade do 'A'. Nesse compasso, aparentemente brilhante, sou trilhas, livros. Promessas, adjacente, distante...
Escrevera uma vida falando de um poema. E no final, percebera que o poema eram apenas rabiscos. Não valera tanto a pena!'
Singular e exuberante como as flores que, preenchidas de sentidos para exalarem, deixam um perfume de beleza. Levada pelos ventos, e forte na sua essência...
E quando eu ficar mais velho, que minhas dores sejam acalmadas pelo verde e o ar puro que ainda restam...
