Poesia Felicidade Drummond
Deixo que pensem
e falem tudo o quê quiser,
Do teu olhar jamais
irei por aí me perder,
Tanto eu quanto você
cultivamos o querer.
A eterna caipira sem
pressa de nada
a caminho da roça
do jeito que teu
arraial sempre gosta,
eu hei de ser porque
especial eu sou para você.
A tal pressa de viver
deixo toda por conta
da poesia para não
perder o melhor
da festa de São João,
Certa estou que cada dia
mais festiva é a minha
presença no seu coração.
(Como o trem encontra
a rota e a Quadrilha
com o mundo dá volta,
Tudo acontecerá
em ritmo de caminho da roça).
Schuhplattler
Meu maroto garoto
com jeito gostoso
até com esse olhar
de que quem chega,
chegando fazendo
o tempo todo festa,
Dançando Schuhplattler
muito me interessa,
Te quero comigo
sem nenhuma pressa.
Meu coração é feito
de mar, de lago ou de rio,
em dia de cortejo
de São Pedro e São Paulo
passar para agradecer,
e a gente festejar.
Bonito mesmo
é o seu coração
todo feito de amor
e maior do que o mar,
só ele tem a chave
para nele eu morar.
Vamos nos encontrar
em pleno cortejo,
ninguém vai nos parar,
porque vai além do desejo,
é imenso e verdadeiro,
e nada irá nos segurar.
"Mas enquanto isso, fazemos o que está ao nosso alcance..."
Com ruídos, "platéia", tombos e arranhões; e porquê não com uma dose de perfume, batom e poesia?
Poeta e guerreiro
Igual a Davi, nem bom demais para não ser usado, nem agressivo demais para não ser considerado opressor!
Romper certos laços é importante
Buscar e encontrar paz é confortante
Dizer não em certas ocasiões é formidável
Cuidar de si mesmo é agradável
Ter leveza
Agir com destreza
Saber entrar e sair
Sem se confundir.
É agonizante
viver
na sociedade
atrasada
tolos querem ouro
sábios
querem nada
É tolice
dizer
na frequência
errada
todos querem pouco
poucos
querem nada
É sábio
ouvir
na inteligência
dada
todos querem tolos
tolos
querem nada.
Escreverei quando o coração estiver cheio.
Escreverei quando o coração estiver partido.
Escreverei que nunca estive vazio.
Histórias em Versos de Marabá:
Uma Antologia Poética da Terra de Carajás
Marabá, cidade poema
Filha da mistura, mãe da diversidade
Às margens do Tocantins, teu rio, tua veia
Cresceste com o ferro, teu sangue, tua sorte
Carajás, região rica
Em minérios, em vida, em cultura
Atrais olhares, cobiças, disputas
Desafias limites, possibilidades, futura
Marabá e Carajás, terra de contrastes
De beleza e destruição, de luta e resistência
De sonhos e realidades, de arte e ciência
De poesia e reflexão, de amor e consciência
O verde sempre foi meu sentimento favorito!
O verde está em toda parte, como se fosse o modo de Deus dizer “Sim”.
A maioria das coisas vivas é verde. A relva, a árvore, o caule, o início.
É por isso que é a cor mais cheia de possibilidades.
Quando o sinal está verde, é porque há caminho.
O verde é a cor da vida que segue.
Talvez, seja por isso que Deus tenha escolhido o verde para cobrir a maior parte do planeta.
Para lembrar, sem palavras, que podemos viver.
Que temos permissão para crescer, para seguir, para recomeçar.
O verde está no campo, mas também na cidade, nos sinais.
Está no meio do caos, dizendo: ainda dá.
E talvez viver bem seja isso: reconhecer os verdes do caminho.
E aceitar o convite silencioso do Criador que, com essa cor, nos autoriza a ser.
Dá-me uma flor
-Dá-me uma flor!
Pode ser uma rosa
em verso ou em prosa
com rubor de alegria
mesmo sem poesia
mas, dá-me uma flor
Colhe-a no jardim da verdade
no campo ou na cidade
mas que seja só para mim...
Quero-a banhada de orvalho
sem máculas nem feridas
assim como as almas perdidas
num mar de cor onde o perfume é o amor
Não me dês mais nada
mas, dá-me uma flor!
☆Haredita Angel
"Prá que rimar nós dois com depois, se o dia é hoje e a hora é agora!
E, que a noite te surpreenda com estrelas, poesia, alegria e Eu!
☆Haredita Angel
Pousem beija-flores e abelhas
na Sálvia-escarlate de poemas,
ousem florescer as palavras
de mel e amor para adiante
escrever as melhores cenas
seja de festejo ou romance.
Sem explicação se acenda
no nosso horizonte junino
a inspiração que se esqueça
de tudo aquilo que pese
na embarcação do cortejo
de São Pedro e São Paulo.
Com a benta chave em mãos
daquilo queremos você virá
na direção do mútuo pertencer,
porque assim tem sido escrito
o inexplicável e irá acontecer
com a glória do que é para ser.
Apago, Reescrevo
Ergo o rosto, encaro o espelho.
Estranho reflexo:
olhos gastos de silêncio,
boca árida de palavras,
nariz vermelho de cansaço.
Mas...
não é assim que me enxergo.
De novo,
me aproximo, me olho no espelho.
Curioso retrato:
um homem de terno e brilho,
bolsos cheios,
passos firmes,
destino herdado.
Ah…
quem me dera ter nascido herdeiro.
Mais uma vez.
Me ergo.
Me busco no espelho.
E me pergunto, em silêncio:
quem sou, quando ninguém está olhando?
Ecos da Metamorfose: Mente em Guerra
Estou em constante movimento, Energia se dissipando no primeiro pensamento. Não me sinto presente neste momento, Consciente da falta de argumento. Certezas vagueiam como o vento, Se tratando de não saber, eu tenho talento.
Passagem paga para o vazio, Já estou no assento. Senti demais, meu coração é turbulento. Se o universo é pacífico, eu sou violento. Humanidade acelerada, Eu me sinto lento. Se o pior acontecer, Não estarei atento.
Entrei na manada, Pelo prazer estou sedento. Entreguei minha alma, Não tenho comprometimento. Estou lúcido, Ou estou mais próximo da loucura e do estranhamento? Meu corpo é saudável, Meu cérebro é pestilento. Se estou lúcido, Por que estou sonolento?
Sofri por saber demais, Vale a pena ter discernimento? Num mundo de baixa moral, Onde está o empoderamento? Me sinto abandonado, Igual ao chão sem pavimento. Se eu nasci livre, Por que me falta entendimento?
Um misto de emoções e sentimentos, A existência de consequências sem adventos. Se a perfeição é construída inteira e completa, Todos fazem cisalhamento. Meu chefe é a vida, E eu imploro por adiantamento.
E no fim, Só faço parte dos elementos. Quando se trata de mim, Não sei o funcionamento. Entre conexões rasas e distantes, Perdi o pareamento. Percebi a minha falta de pertencimento, E me sobrou apenas o amadurecimento.
Será que a felicidade e a tristeza Estão em consentimento? Será que da minha liberdade Eu estou isento? Ou não faz sentido escrever tudo isso, E eu deva sentir apenas arrependimento?
Seria tão simples Só comer, dormir e fugir do tormento, Mas tenho consciência De que preciso de um complemento. Me iludindo por achar que sou íntegro, Mas preciso de um desentranhamento.
Só queria Da minha vida ter um bom gerenciamento. Será que tenho talento?
Noite de Fogo
Saudades do teu cheiro,
feromônio que embriaga, perfume que marca.
Do teu corpo colado ao meu,
pele na pele, sem espaço pra tempo,
sem tempo pra pensar.
Saudades do teu louco amor,
instinto e entrega,
uma explosão de mundos
que colidem em gemidos abafados.
Teu som, um mantra,
ecoando na bagunça da cama
como sinfonia do caos.
Uma louca viagem,
onde prazer e sentimento se misturam,
um universo que se expande
entre mãos trêmulas e olhos fechados.
Cada toque, uma nova descoberta,
cada suspiro, uma nova língua
que só nós sabemos falar.
Quero mais uma noite assim,
onde o infinito mora entre lençóis
e o mundo lá fora
não passa de um sonho distante.
Vem, bagunça meu corpo,
desordena minha alma,
e me faz perder a razão outra vez.
Mundo
Nesse mundo de atalhos, não é negligência errar o caminho, mas é ser sábio buscar se reinventar. No mundo da vaidade, eu não soube escutar e paguei caro por não saber me posicionar com ciência e clareza. Aí então percebi, o quão importante é saber escutar.
Tanto!
De tanto me importar
Menti pra minha essência
Pequei pela insistência
O "nós"... quis consertar!
De tanto me importar
Clamei por paciência
O "estar" virou ausência
Do amor quis duvidar!
De tanto me importar
Sofri com a indiferença
Ganhei resiliência
Você perdeu de amar!
25/05/22
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