Poesia Felicidade Drummond

Cerca de 59289 frases e pensamentos: Poesia Felicidade Drummond

Madrugadas Infindas

No silêncio estrondoso das noites
grito palavras Indizíveis,
o frio em erupção me desperta de sonhos insones.
Resquícios de saudades atrozes
tornam as madrugadas infindas.
Delírios que adormecem meus devaneios
logo despertam As dores de um amor mal vivido.
Exaurida em cada amanhecer visto cores e flores
e flutuo Nas dores.
Liberto-me das noites que me atormentam

Inserida por JulianaBarretos

Dissabor

Meu amor resistiu ao tempo.
Percorreu nas diretriz de grandes espinhos,
chocou-se nas inclinas de nossas vidas,
tropeçou na solidão,
e estacionou na rotina.
Debateu-se na indiferença,
nadou em pedras ferozes dia após dia.
Foi do sorriso a dor,
da alegria ao dissabor.
Em um mar negro deságuo,
por não ter mais forças
naufragou.

Inserida por JulianaBarretos

Quando O Amor É Cego E Surdo

Entre minhas paredes,
mais um dia, todos os dias,
dia após dia,
já não sei onde tudo se perdeu,
onde encontrar meu eu depois do seu adeus.

Tomei um cego amor que me extasiou,
me embriagou, viciei e me desesperei,
suas roupas rasguei, os versos queimei,
livros joguei e o celular molhei,
te expulsei e te busquei.

Quando o amor é cego e surdo se torna tudo.
se eu soubesse amar, o amor não me cegaria.
ceguei-me de paixão
e me ensurdeci de solidão quando bateu o portão
e foi segurar outra mão.

Inserida por JulianaBarretos

Amor Prístino

Com atos e palavras o amor me peguei a declamar,
em grilhões vivi por anos a te invocar,
vi meu sofrimento delongar,
meu sorriso depredar
e um mar de lágrimas derribar.
Vi seu corpo em outros braços se deleitar
e os sentimentos decidi de todo meu ser decepar.
Aquele amor parei de decantar,
pois feneceu o desejo de nos unificar,
o tempo decidiu delegar,
então vi aquele amor prístino se findar.

Inserida por JulianaBarretos

Saudade

Chega fora de hora,
quando se diz pronta para ir embora,
o coração penhora,
fere como espora,
sentimento que ao se perder explora,
saí porta afora com desejos de outrora,
não ver o romper da aurora,
o florescer do meu sorriso pletora,
fenda de ferro e fogo que devora,
é essa saudade quando aflora.

Inserida por JulianaBarretos

Melancolia

Sombria melancolia que me
assola ao meio dia,
a meia-noite me desafia,
deixa a manhã fria,
à tarde me causa paralisia.
Via que me tira alegria,
quero dias e noites de sabedoria,
uma vida sadia sem terapia,
outra vez a primavera que minha
vida floria com eufonia,
o inverno que você aquecia,
o verão que amor entre nós havia.

Inserida por JulianaBarretos

AUSÊNCIA

Sua ausência me deixa sem essência,
tira a indecência,
me rouba toda coerência
sem clemência
com violência
em forma de advertência!
Difícil convivência sem tua presença.
Levo meus pensamentos a ti para te sentir.
Batalho com desejos escondidos a me ferir,
impelir a saudade que mora em mim.
Já podei meu jardim,
para resumir admiti que não me desprendi.
Não consigo reduzir um amor que vive a ressurgir,
não aprendi partir...
Permaneço consumindo-me aqui.
Quando penso que sei tudo de mim,
Há muito a descobrir,
Nunca imaginei viver assim..

Inserida por JulianaBarretos

SINTO FALTA I
Sinto falta de muita coisa ou de quase nada,
Sinto falta do que era simples, inocente,
Sinto falta do que não entendia
e de contos de fada,
Sinto falta da poesia,
Do sol poente.
Sinto falta de Castro Alves a Manoel Bandeira,
Sinto falta de Gonçalves Dias a Tom Jobim,
Sinto falta dos frutos de minha goiabeira,
Sinto falta da inocência que chegou ao fim.
Sinto falta de poemas e versos,
Que um dia fiz e hoje perdidos ou dispersos,
Sinto falta de amigos, de minha mãe e de meu pai,
Sinto falta de sonhos e tenho saudades que do coração não sai.
Autor: Agnaldo Borges
24/04/2005

Inserida por AgnaldoJoeciBorges

ATERRO-ME

Nos meus inúmeros erros...
Ou em meu escuso terno
eu me aterro.

Me aterro em silêncio
encapuzado no meu tédio.

Me aterro em meu segredo
ou em meio, dos meus berros.

Quando me aterro em meu aterro
... Eu tenho medo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

NA LUA

Ih!!! Tem muito lugar p'ra ir
e eu vou... Vou sair daqui
vou por ai...
Quem sabe se lá p'ra onde,
se, a pé, ou se, de bonde.
Aonde a gente se esconde?
Sozinho , ou com o conde?

Eu não sei se vocês, mas...
Tudo que sei de mim,
É que estou, próximo do inicio
e muito mais do fim,
e que, qualquer dia
... Desse mês...
Chegará a minha vês
E eu... Há, eu vou sair por ai,
com aquele velhos giz...
Colocando pingos nos is.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

PASSAGENS

O que dizer a vocês...
Direi que vida é isso, vida é assim
... Um tempo mais,
outro tempo menos,
um dia somos embalados,
outro dia freados...
Se hoje rirmos muito...
Amanhã choramos.

A vida é isso, isso é vida!
E diante da vida, teremos que esta,
preparados para viver.

Particularmente, eu não culpo...
A mim, a ninguém,
muito menos a você...
Estamos vivos e viver é errar e acertar,
isso é vida!
E diante da vida, não podemos ser iguais,
nem os dedos das mãos podem!
Que feios seriam se fossem.

Avante gente, avante!
Saúde, vamos a luta...
Vamos está, vamos marcar ,
estamos passando, por aqui
vamos deixar as nossas marcas fluir...

Uma vês saindo daqui,
nunca mais voltaremos a existir
nem por segundo...
Momento, minutos hora ou mês
Não se esqueça que...
Só se vive uma vês.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Cenas

Eu gosto mesmo é de
abacate com açúcar.

Saborear tal gostosura,
é experimentar um pedaço de céu.

Me impressiono com as abelhas,
zapeando ao redor do mel.

Seriguela desce pela goela,
eu eu, pego da tigela, pro
suco fazer.

Mae grita da janela:
"-Descasca e moe, que eu
coou procê!"

Cenas do interior,
lugar calmo,cheio de
aconchego e calor.

Inserida por ClaudioFrancisco

Sagração

Era uma tarde chuvosa de fevereiro,
a janela aberta revelava um céu alvacento
enquanto escutava melodias suaves de piano e flauta.
Uma poetisa apareceu-me de repente. Uma senhora nascida num final de primavera.
Conversamos. Ela declamou-me poesias e, como mágica, as palavras tinham cores e sons.
Eu disse a ela que seus versos me falavam de Deus. Confessei-lhe também que a poesia é mais redentora que os dogmas da religião.
A senhora sorriu um sorriso interrogador aguardando a minha explicação.
Respondi que os dogmas são sempre certeiros. Infalíveis. Escritos por teólogos que sabem definir o Mistério.
A poesia não. A poesia não define o Mistério, a poesia o torna sagrado. E em seguida o lança nos ares do imaginário.
Os teólogos sangram a vida com preceitos. Os poetas, ah, os poetas sagram a vida que o teólogo sangrou.
Então a senhora dos versos sagrados se lançou no desconhecido de minhas próprias palavras e desapareceu.

Inserida por warleywaf

Eu agradeço...
(Nilo Ribeiro)

Tudo posso escrever,
a qualquer hora, qualquer dia,
pois você me deu este prazer,
fazer da vida uma poesia

posso falar de religião,
posso falar da crença,
pois você é a direção,
é a cura da doença

posso versar a família,
posso rimar a flor,
pois você é a orquídea,
é um jardim de amor

posso falar do trabalho,
também falar do tempo,
pois você é a gota de orvalho,
que refresca meu pensamento

posso falar do mar,
poetizar a natureza,
pois você sabe confortar,
e amparar com certeza

posso escrever sobre o futuro,
isto ninguém duvida,
pois você é o porto seguro,
é a luz da minha vida...

Inserida por NILOCRIBEIRO

FAMÍLIA, FAMÍLIA

Meu pai,
minha mãe... Família!
Família, mostrou, a minha trilha.
Nesse mundo,
N'essa strelitzia vazia
Esse mar de maresia
essa pia, quanta azia!

Família, minha alegria,
Meu caminho, minha guia
preenchimento d'essa vasilha
vasilha torta, toda esguia...
Família, minha família.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ESCORREGO NO CHAMEGO

Me escorrego no chamego,
escapulo do meu ego,
Vesgo no meu apego, não négo.

Me apego, como prego
se me levo nesse leve escorrego
fico sonso, fico grego.

As vezes, insisto no perigo
eu existo, eu persisto...
Também, sou filho de cristo.

Se escorrego no meu apego
nesse apego eu me aprégo
no meu prego, me escorrégo.

Nesse eco igual ferro
do meu breque, eu desbeiço
pelo této, pelo beiço e pelo berro.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

A BUSCA

Agora que já vim...
Estou aqui assim, mas para ti,
nada... Nada além de mim.

Devolva meus beijos
meus apertos e meus abraços,
devolva-me, meus desejos...
D'aqueles gostos gostosos
dos chamegos e calhamaços.

Devolva-me...
Os carinhos carinhoso
o escondido nervoso
e as horas dos nossos ensejos...
O crepitar tremulo do corpo
aquele enrosco louco
que a muito tempo eu não vejo.

Agora que já vim!
Devolva para mim, apertados...
aqueles fungados molhados
junto ao tempo passageiro
nossos momentos caliente's
o desinibidamente da gente
e os segredos por inteiros.

Agora que já vim, devolva-me...
o outrossim das nossas chamas
a volúpia d'aquela gama
o isolamento do nosso tempo
nos lençóis d'aquela cama,
devolva as frenesias
faça eu voltar n'aqueles dias
aonde vivi alegrias.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

O amor...
Se explode em mim como um vulcão em erupção...
Arde como brasa...
E ao mesmo tempo suave como a brisa...
E simbolicamente eternizado pelos grandes e apaixonados seresteiros do amor.

Inserida por PedroGoncalvesDias

Fotografia

Atento ao olhar de luminosidade
Esquadrinha a geometria de um flagrante
Magnífica captura de um insight
Doce acalanto da imortalidade evidente.

Uma imagem em clara objetiva
Reflete cores, luz, harmonia e sensibilidade.
Dá o tom de alegria em simetria
Misturando lembranças à doce saudade.

Testemunha de muitos olhares
Observa a intimidade ilusória
Sentimento original, real e evidente.
Consagração da ficção das memórias.

Retrata escritos, sons e imagens
Esplendor e a dádiva da natureza.
Compõe a cena em um clique pleno
Essências de emoções e de muita beleza.

Num instante torna-se a preferida
No seu feitio, a mais doce poesia
De tornar real uma evidência
Fotografia, o seu nome é Magia.

Inserida por simproducoes

CHIBATAS DE VOLÚPIAS

Se me chama com sua chama...
Essa chama que se esparrama
e com sua labareda, me encandeia...
Estapeia-me com seu afago
nessa anciã que me inflama
como lobo na lua cheia.

Se me chama com sua chama...
É essa centelha de fogo de sereia,
as vezes me queima em lance de dama
E se esbalda em nossa cama
como se fosse grãos de areia...
Sob ventos na praia
e chibatadas de volúpia na peia.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

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