Poesia Esperança
Se alguém te tratar mal, basta lembrar que há algo errado com essa pessoa, não com você, quando sou alvo de olhares compassivos ou excluído em conversas, tento resistir ao impulso de me culpar,
lembrando que a crueldade alheia reflete a limitação interior deles, não meu valor, essa mentalidade me fortalece em momentos de rejeição, ainda que seja difícil impedir que a mágoa me consuma antes dessa lembrança vir à tona.
As pessoas são cruéis, elas têm medo de tudo que é diferente, porque a gente revela como elas são absurdamente iguais e entediantes, meu corpo marcado pelas sequelas e meu discurso melancólico mostram a quem me observa que a vida é dura, e isso assusta quem prefere ignorar qualquer desconforto.
Ao me ver diferenciado, projetam insegurança, ofendem-me até que eu me cale, e só depois percebem o quanto a uniformidade que tanto prezam aprisiona todos numa ilusão de normalidade.
Quem sabe ouvir, arranca lições até do silêncio,
em longos períodos em que minhas cordas vocais não respondiam, descobri que o silêncio diz mais do que a fala vazia, o som ausente convida à empatia e ao olhar atento, mas poucos aceitam esse convite. Esse aprendizado me faz valorizar quem permanece em silêncio para compreender, em vez de falar sem escutar.
Você merece todo amor que tenta dar aos outros, mesmo quando minha voz falha ao declarar gratidão, percebo que meu desejo de cuidar excede minha capacidade de me receber amor. Reconhecer meu valor não como alguém que “uma hora vai desistir,” mas como
sujeito digno de afeto, tem sido batalha diária que contradiz a voz interna que insiste em me desmerecer.
A pessoa que aprecia sua própria companhia, dorme sem esperar mensagem, sem esperar agradar ninguém, depois de longas horas de isolamento, descobri que estar só não é sinônimo de vazio; pude aprender a escutar meu próprio corpo e, às vezes, encontrar serenidade no som de
minha respiração.
Não sou frio, sou triste.
Mas tristeza profunda não faz barulho. Ela aprende a se disfarçar em silêncios longos,
em olhares vazios que já desistiram de explicar.
Aos olhos dos outros, pareço indiferente, como se o mundo não me tocasse. Mas é o contrário: ele me atravessa inteiro, e eu apenas aprendi a não demonstrar, porque quase ninguém sabe o que fazer
diante de uma alma que sangra devagar.
Carrego uma dor antiga, dessas que não gritam,
apenas sussurram e mesmo o sussurro pesa.
Não desprezo o mundo... Eu apenas temo desmoronar na frente dele.
Minhas lágrimas não caem, se acumulam por dentro, como rios represados, até virarem pedra.
E cada silêncio que ofereço
é um lamento que não teve lugar para existir.
Escolhas ecoam na vida,
cada atitude abre ou fecha caminhos.
Diante do câncer e da perda de movimentos, escolhi o verbo em vez do silêncio, tornei‑me narrador da minha própria história. A dor não desaparece,
mas, ao escrever, reencontro o controle
que pensei ter perdido.
A densa aura visível
afastaria olhares impacientes.
E, em pétalas de silêncio,
meu isolamento floresce.
Dia após dia, levanto palácios invisíveis
com tijolos de desejo moldados em palavras. O corpo se rende às limitações, mas a mente ergue pontes de esperança, cada linha escrita, um alicerce de legado. Sonhar em voz alta é recusar o silêncio eterno,
é semear promessas no coração de quem lê.
Na noite chuvosa, a sonata se dissolve na chuva, um murmúrio que envolve o silêncio onde me escondo. Cada acorde é um suspiro que congela o tempo, abraça a dor calada,
faz da angústia um manto suave
que me protege entre gotas e sombras.
Não desanimar é o passo inicial, mas há dias em que finjo e dias em que afundo.
Como em “Raindrop” de Chopin, sou um corpo submerso, gotas caindo, insistentes, a melodia abraça meu desamparo, cada nota reforça a prisão da dor, e eu luto para emergir,
preso à corrente silenciosa da resignação.
Minha voz, ferida e firme,
rasga o silêncio das telas frias,
onde almas se perdem na superfície, e o vazio dança disfarçado. Palavras são flechas lançadas na sombra da indiferença.
Quando o mundo me afunda,
a música clássica me resgata, faz do caos, compasso, da dor, silêncio. Em cada nota,
reencontro o passo que quase perdi.
As noites me desfazem devagar.
A mente, inquieta, tropeça em pensamentos longes.
No escuro, o piano sussurra e cada nota, pesada e só, parece chorar comigo. Na ausência do sono,
a música me embala como quem
cuida de uma dor antiga.
Sempre fui melancólico, como Chopin. Ele chorava em teclas, eu, em palavras. Sua dor virou partitura, a minha, tinta nos ossos.
Nesse espelho triste, reconheço a linhagem dos que sentem demais
e transformam a dor em arte.
"Um dos livros da Bíblia que mais me marcou — e que já li mais de uma vez, até perdi a conta — é Apocalipse.
Muita gente o vê apenas como o livro do fim, mas para mim ele também fala de esperança.
Ele revela que, mesmo quando tudo parece estar chegando ao limite, Deus ainda tem planos.
Apocalipse nos lembra que os salvos serão levados para morar com o Pai, por toda a eternidade.
Isso é maravilhoso. É o que todo cristão anseia após essa jornada terrena.
É uma verdade profunda, que dá ânimo para os dias difíceis.
Saber que esta vida não é o fim — mas apenas o começo da eternidade com o nosso Criador — é algo que sustenta, consola e transforma."
Somos cordas… E a vida, um martelo de piano. A cada golpe, dor, doença, preconceito, vamos desafinando… Minhas forças se esvaem, minhas emoções tremem em dissonâncias. Ainda assim… insisto em vibrar, tentando harmonia
onde só há fúria.
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