Poesia do Preconceito Vinicius de Morais

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A vida, quando é miserável, custa a suportar; se é feliz, é horrível perdê-la. Uma coisa equivale à outra.

O valor que não tem por fundamento a prudência chama-se temeridade, e as façanhas dos temerários devem atribuir-se mais à sorte do que à coragem.

O dever dos juízes é fazer justiça; a sua profissão, a de deferi-la. Alguns conhecem o próprio dever e exercem a profissão.

O nascer não se escolhe e não é culpa nascer do ruim, e sim imitá-lo; e é culpa maior nascer do bom e não imitá-lo.

As crenças religiosas fixam as opiniões dos homens, as teorias filosóficas perturbam-nas e confundem.

Os moços de juízo honram-se em parecer velhos, mas os velhos sem juízo procuram figurar como moços.

Na admissão de uma opinião ou doutrina, os homens consultam primeiramente o seu interesse, e depois a razão ou a justiça, se lhes sobeja tempo.

Todos se queixam, uns dos males que padecem, outros da insuficiência, incerteza, ou limitação dos bens de que gozam.

Qualquer homem é capaz de fazer bem a outro homem; mas contribuirmos para a felicidade de uma sociedade inteira é parecermo-nos com os deuses.

Ser-se livre não é nada fazer, é ser-se o único árbitro daquilo que se faz ou daquilo que se não faz.

O que vulgarmente faz que um pensamento seja grande é dizer-se uma coisa que nos conduz a muitas outras.

Ainda é mais fácil avaliar o espírito de um homem pelas suas perguntas do que pelas suas respostas.

Duque de Lévis
Maximes et réflections sur différents sujets de morale et de politique

Condenamos por ignorantes as gerações pretéritas, e a mesma sentença nos espera nas gerações futuras.

Um empreendimento imagina-se e começa-se com facilidade; mas na maior parte das vezes sai-se dele com dificuldade.

Não há pai nem mãe a quem os seus filhos pareçam feios; nos que o são do entendimento ocorre mais vezes esse engano.

Ninguém é tão prudente em despender o seu dinheiro, como aquele que melhor conhece as dificuldades de o ganhar honradamente.

Entre todas as diferentes expressões que podem reproduzir um único dos nossos pensamentos só há uma que seja a boa. Nem sempre a encontramos ao falar ou escrever; entretanto, o fato é que ela existe, que tudo o que não é ela é fraco e não satisfaz a um homem de espírito que deseja fazer-se entender.

Os ricos pretendem não se admirar com nada, e reconhecem, à primeira vista, numa obra bela o defeito que os dispensará da admiração, um sentimento vulgar.

Aprovamos algumas vezes em público por medo, interesse ou civilidade, o que internamente reprovamos por dever, consciência ou razão.

Todo o espírito que existe no mundo é inútil para quem não o tem; ele não tem perspectivas sobre nada e é incapaz de aproveitar as dos outros.