Poesia do Preconceito Vinicius de Morais
Desculpa lá eu te dizer isto,
a partir de agora eu não facilito.
Por isso vamos fazer a diferença,
sem pedir por favor nem licença.
Bro acredita em mim,
se não será o teu fim.
Faz o que tens a fazer,
e não te preocupes do que vão dizer.
Se tens um sonho só tens que acreditar,
portanto faça chuva faça sol,
acredita meu irmão,o sonho só se vence se a gente lutar.
Meu tropa, acredita, tu não tás sozinho.
Não tenhas medo de trilhar outro caminho,
Vamos lutar por algo neste mundo,
para podermos ocupar o nosso tempo por um segundo.
Não te mandes para os meus lados,
se não pode-te sair o tiro pela culatra.
Rapaz não vás por esses caminhos,
para não ter que te fechar essa tua matraca.
*** Real Poeta *** Alexandre Oliveira ***
Que se foda a aparência e essa tua mania,
pensavas que me iludias quando passavas pela rua,
pena é que no rap és mais um wack fracassado,
e no meu bairro ninguém sente uma track tua.
Acredita a vida é muito cruel,
a justiça nunca ira de conseguir o seu papel.
Não diga mentiras nem ilusões,
só verdades que por vezes destrõem uniões.
Vê lá se ganhas mentalidade,
e encara verdadeira realidade.
Não tenhas medo de ir a luta,
faz por ti olha que a vida é curta.
Foram dias cinzentos
que nunca mais quero lembrar,
verdadeiros tormentos
que nunca mais quero passar.
Criticidade
Aos tolos e iletrados
Falsos leitores de poesias
Julgam-se interpretes inatos
Na sua horrenda analogia.
As artes nascem de esforços hercúleos
Da solidão à perseverança
Engaiolada num verão de janeiro
Desabrocha a criação.
Muitas vezes vivo o que escrevo
Momentos que trago à clausura
Outras vezes do nada sai o pensamento
São palavras que se amoldam com formosura.
Os asnáticos nunca saberão
O que escrevo é somente à minha interpretação
O que eles leem...
Não é mais a minha poesia.
O mar secará um dia
toda a sua sede.
O mar perderá todo o sal
num longo dia azul.
Sem sabor e sem ímpeto
o mar de ondas molengas
ficará desativado
de qualquer romantismo.
Plebeu e plausível
descortinará outro infinito
que não este gelatinoso
mistério-matriz.
Á força da metamorfose
o mar se desmarinhará
desmaiando aos poucos
sobre si mesmo.
Não perca:
Grande Teatro de marionetes!
Amanhã. Na orla da praia.
O Vendedor
Ao entrar numa loja dois senhores maltrapilhos
vestiam roupas sujas e trazia com sigo uma bolsa
O vendedor esperto se esquivou do casal percebendo
que os dois somente pudesse enche-lo de perguntas
e nada comprar;
Fingindo uma dor súbita. Reação de que iria no banheiro,
passou sua vez o outro vendedor.
Levou algum tempo no banheiro até que o casal se fosse.
Ao voltar do banheiro, lá estava o outro vendedor contente,
sorridente como se tivesse ganho seu dia.
Abanava-se com algumas notas e o vendedor agradeceu por
ter passado a venda.
Tratava-se de Donos de Carvoaria e naquele momento compraram
dois veículos e pagaram a vista, trouxeram o dinheiro numa bolsa
velha pra não dar na pinta.
Na beira do mistério, onde a morte espreita,
Descobri a simplicidade que a vida me deita.
Não mais me perco no labirinto do porvir,
Aqui e agora encontro razão para sorrir.
No limiar do desconhecido, renasço mais leve,
Deixo de lado o peso do que não se deve.
Otimismo brota como erva no chão,
Valorizando a existência em sua plenitude, então.
Não adio mais a felicidade, pois ela se insinua,
No murmúrio do vento, na luz da lua.
Cada instante é uma dádiva a celebrar,
Grato pelo prolongamento, pela chance de continuar.
Assim como o sol brilha no céu azul,
Eu me ergo, simples e sereno, a viver o meu sul.
Na poesia da vida, encontro meu refrão,
Amando cada momento, sem hesitar, sem não.
O ódio mata, mas e o amor?
Sempre me falaram:
"O ódio dá câncer no peito."
Mas e o amor? Onde ele dorme?
Onde ele dá câncer?
Por que nunca se fala
da maior dor de amar,
mas se fala do ódio?
Eu não amo pessoas o suficiente
para deixar que toquem minhas cicatrizes,
pois sei que vão tocar
com mãos cheias de sal.
Todas as minhas feridas
foram por amar demais.
Ninguém fala como o amor mata
mais do que o ódio.
Pois o ódio nunca vem sozinho.
Antes de odiar, havia amor.
Antes de odiar alguém, você a amava.
Mesmo sem conhecer, você amava
por não conhecer.
Agora que conhece, odeia.
Então, quem mata não é o ódio.
Quem mata é o amor.
Ele é uma doença invisível para os intensos
e, para os superficiais, uma brincadeira.
Meu amor se foi, e minha vida foi junto.
Meu amor não possuía duas pernas,
e sim patas — quatro, para ser específica.
Quando ele se foi,
abriu um vazio dentro de mim
que nunca pude fechar.
Dias fingindo estar bem,
noites chorando por sentir culpa.
Isso me fez refletir…
Ele foi embora por minha causa?
Eu fiz algo?
Eu implorei,
clamei para que levassem a mim
em vez dele.
Ele era inocente,
doce e amoroso.
Fechar o corpo com terra sempre dói,
pois em seu corpo, agora há terra…
E no meu,
o sal liberado dos olhos.
O amor não é para todos
Já ouvi está frase antes, e concordo parcialmente,
Quando pequenos e inocentes, éramos ensinados que;
O amor é beijos, toques e namoros;
Mas quando crescemos, vemos o quão problemático é essa visão.
Pois, atualmente as pessoas não procuram amor elas procuram troféis e o troféu é conseguir alguém;
Pouco se fala, daqueles intensos que deixam o mundo queimar por você;
Pois eles quase não existem mais, pois foram modificados para sobreviver ao meio de tantos.
Eu? Eu sei o que é amar quando acordo todos os dias, e olho para meu gato;
Mas amor romântico, tenho dedo podre igual minha mãe.
Então desisti de tentar achar um amor, por que procurar? Se ele aparecerá espontaneamente;
Parece conto de fadas, mas quando é para ser até a própria família aceita;
O seu gato ou cachorro, adora a pessoa apenas ouvir falar o nome;
Quando é amor, não precisa estar perto mas sim confortável.
Mas, o amor não é para todos, pois nem todos sabem amar sem machucar as pessoas que confundem amor.
Morena cacheada.
Essa morena é top
Nem precisa de photoshop
É a primeira do ibope
Fui pego no doping
Constou que estou apaixonado
Querendo ficar do seu lado
Com o seu cabelo cacheado
E a pele da cor do pecado
Você é como a lua
Que bilha na rua
Com a beleza sua
Tem toda a estrutura.
É uma perfeição
Nas outras dá uma lição
De todas a mais linda
Te presenteia com essa rima
Tipo uma homenagem
Em forma de mensagem
Sem direito de imagem
Mesmo sem maquiagem
Você é uma maravilha
Me inspirou essa poesia
Que enquanto escrevia
Em cada verso o teu rosto aparecia.
Eu amo os seus cachos
Do jeito que me encaixo
Querendo ser o teu macho
Se precisar até caso
Te dou o que é preciso
Só pra ver o teu sorriso
Que é lindo igual o paraíso
Nada contra quem tem cabelo liso
Mas em terra de chapinha
Quem tem cachos é rainha
Verdadeira obra prima
Merece essa rima.
Fé.
Precisamos de fé
Pra nos manter em pé
Igual foi na arca de Noé
Todos movidos pela fé
Assim que começa
Acredite na promessa
Que você vai sair dessa
Se a ideia é essa
Depende da ocasião
Tudo passa irmão
Deus põe a mão
Creio na transformação.
A vida é feita de momento
Tem que ter fé aí dentro
A fase boa passa, tudo bem
Mas a ruim passa também
É só seguir o lado do bem
Que a resposta logo vem
Falo de fé, não de religião
Não faço parte dessa legião
Que manipula, faz acepção
Acredito é no Deus de Abraão
Que andou com a multidão
O que vale é a oração
Qualquer lugar pode ser a igreja
E o dízimo não é para fazer riqueza
Distribui para os pobres que fica firmeza
Divide a ceia sobre a mesa.
Ontem era uma criança
E a única herança
Foi a educação
Para ela, e os seus irmãos
De família humilde
Já passou por crises
Pai operário
Não tinha horário
De sair, nem de voltar para casa
Enquanto a mãe cuidava.
Ela cresceu
Mas não se esqueceu
Dos ensinamentos
Bom comportamento
Só pensa em estudo
Fazer de tudo
Para ter um futuro melhor
Não significa ficar só
Mas ser independente
Usando a mente.
O único vício
É ler os livros
Para se manter informada
Não curte balada
Prefere ir ao cinema
Não é mina de esquema
É mina de responsa
Que passa confiança
Para um futuro relacionamento
Para todos, é um exemplo.