Poesia do Preconceito Vinicius de Morais
Os acrobatas
Tensos
Pela corda luminosa
Que pende invisível
E cujos nós são astros
Queimando nas mãos
Subamos à tona
Do grande mar de estrelas
Onde dorme a noite
Subamos!
Como posso cantar?
Como posso pensar?
Não sei, apenas cante é apenas pense.
Como posso ver?
Como posso escrever?
Eu disse, eu não sei. Apenas veja e escreva.
Como eu amo?
Ainda não sei, mais mesmo assim ame.
Como deixar de sofrer?
Esse e fácil, simplesmente deixe de sofre.
Não quero ouvir nunca a sua voz.
Não quero pensar em você.
Não quero ouvir seu nome.
Quero apenas amar você, toda manhã, todo dia.
Mas minha alma me condena, toda vez que sinto sua falta.
Minha voz me mata, toda manhã por querer voltar lá.
Minha carne morre é meu espírito também, em querer voltar á ver seus olhos claros outra vez.
Choro todas as noite em não pensar em ver seu rosto, choro toda manhã em pensar que não esta ao meu lado.
Mim lembro com tanto carinho daquele abraço... Da sua voz calma e baixa, do seu cheiro, do seu cabelo.
Mais não vou esquecer-me do presente que eu dei, do abraço que me deu.
Então eu falo, “salut”.
Sinto alegria em cantar
Sinto raiva em ouvir
Sinto alegria em correr
Sinto raiva em andar
Sei lá, eu sou um pouco louco...
Adoro ouvir os pássaros
Odeio os pássaros
Adoro o mar
Odeio nadar
Eu disse, sou louco...
Amo você
Odeio...
Tenha medo!
Tenha raiva!
Chore muito, grite!
Sonhe com as coisas belas...
Sonhe também com coisas feias.
Apenas nesses sonhos, mate.
Apenas nesses sonhos ame.
Apenas nos sonhos chore.
Grite com raiva até sentir medo... Claro, nos sonhos.
Ame a pessoa que não te ama.
Lute pela pessoa que não luta por você.
Chore, pois é apenas um sonho.
Tenho medo de amar.
Tenho medo de sofrer...
Tenho tudo menos você.
Acho isso bom, você longe
Com o seu sorriso lindo.
Seus olhos claros com o céu.
Com sua pele macia e clara...
Seus cabelos loiros, ou eram pretos?
Eu não sei, apenas sei que ela não mim ama.
Tenho medo de amar.
Tenho medo de sofrer...
Tenho medo de perde você.
Ainda mim lembro-me do seu nome.
Mim lembro-me daquele desfile 7 setembro...
Aonde peguei na sua mão...
Mim lembro bem, a primeira carta que mandei para você...
A qual possuía vários erros ortográficos... E você a mais inteligente da turma mangou de mim
Na frente de todos...
Eu não a culpo, éramos apenas duas crianças... Duas tolas crianças.
Se você ainda estive aí, saiba que eu ainda te amo.
De nada vale ao homem a pura compreensão de todas as coisas,
se ele tem algemas que o impedem de levantar os braços para o alto.
De nada valem ao homem os bons sentimentos, se ele descansa nos sentimentos maus.
TRÊS RESPOSTAS EM FACE DE DEUS!
Sim, vós sois (eu deveria ajoelhar dizendo os vossos nomes!)
E sem vós quem se mataria no presságio de alguma madrugada?
À vossa mesa irei murchando para que o vosso vinho vá bebendo
De minha poesia farei música para que não mais vos firam os seus acentos dolorosos
Livres as mãos e serei Tântalo - mas o suplício da sede vós o vereis apenas nos meus olhos
Que adormeceram nas visões das auroras geladas onde o sol de sangue não caminha…
E vós!... (Oh, o fervor de dizer os vossos nomes angustiados!)
Deixai correr o vosso sangue eterno sobre as minhas lágrimas de ouro!
Vós sois o espírito, a alma, a inteligência das coisas criadas
E a vós eu não rirei - rir é atormentar a tragédia interior que ama o silêncio
Convosco e contra vós eu vagarei em todos os desertos
E a mesma águia se alimentará das nossas entranhas tormentosas.
E vós, serenos anjos... (eu deveria morrer dizendo os vossos nomesl)
Vós cujos pequenos seios se iluminavam misteriosamente à minha presença silenciosa!
Vossa lembrança é como a vida que não abandona o espírito no sono
Vós fostes para mim o grande encontro…
E vós também, ó árvores de desejo! Vós, a jetatura de Deus enlouquecido
Vós sereis o demônio em todas as idades.
O POETA
A vida do poeta tem um ritmo diferente
É um contínuo de dor angustiante.
O poeta é um destinado do sofrimento
Do sofrimento que lhe clareia a visão de beleza
E sua alma é uma parcela do infinito distante
O infinito que ninguém sonda e ninguém compreende.
Ele é o eterno errante dos caminhos
Que vai, pisando a terra e olhando o céu
Preso pelos extremos intangíveis
Clareando como um raio de sol a paisagem da vida...
Quanto tempo faz, quanto tempo fez, que você me trouxe solidez pela última vez
Parece que foi ontem, num ar de primeira, eu agindo de brincadeira, escondendo minha timidez
Confesso me perder em teu olhar, me despedi na expectativa de um dia te reencontrar
Pra te ver, pra te ter, pra eu ser mais um ser que te quer, minha mulher e pra sempre vou te amar
No momento, eu só quero um momento pra nóis dois, vamo de sentimento, deixar o sofrimento pra depois
Disgraça a gente encontra de graça, porém sua graça me fez sorrir, em seguida se foi
A quem quero enganar, quando digo que esqueci o seu olhar, brilha como dia que te conheci
Nosso luar, até o sol raiar, o dia clarear, me faz acreditar que igual você nunca vi
Odeio quando não mim escuta
Mim odeio quando tenho que repetir tudo novamente
Odeio quando você não mim entende
Mim odeio mais ainda quando tenho que explicar tudo Novamente
Odeio quando manda em mim
Mim odeio mais ainda quando ti obedeço
Quando brigamos, Odeio ser sempre eu a ti puxar para ti abraçar.
Mim odeio, mas ti agrado sempre.
Só mim comprometo pelo que sinto hoje
Pois não prevemos o amanhã então não expressamos sentimentos concretos
Os sentimentos variam de acordo com os acontecimentos então
Dizendo o que sinto agora esquecendo o passado e com medo do futuro
Poso dizer o que sinto sem medo de cobranças ou arrependimento
Pois já alertei, O que sinto pode mudar de acordo com suas mudanças.
Mesmo assim queria ti dizer :
ti amo !
Você veio como o vendaval soprando os meus pensamentos estáveis
E como o sol clareou um novo e único caminho
diretamente querendo mim carregar mim prometendo o paraíso
Querendo uma resposta imediata se vou junto ou não
Sem pensar como estou Com quem estou
Apenas pensando só no seu futuro e nem ligando para o meu presente
E prometendo que lá vai ser bem melhor
Tento mudar mas não consigo
esse meu coração que insiste em não se apegar
só ti traz sofrimento
e quanto mais eu gosto
mais ele mim alerta que não dá que não posso.
mas tento entender o motivo
e só mim vem comparações
de como fui de como sou
de como vc foi e vc esta sendo .
então minha mente só mim resta a pensar que sou um coração de pedra que não perdoá nada.
um calculista que prever quando vc mim traz flores
um frio que imagina que vc hj tá carinhosa pq fez algo de errado ontem .
difícil?
pior eu nem ligo
nem corro atras
pois meu orgulho não deixa .
e meu coração nem bate mais
Uma música que seja...
...Como os mais belos harmônicos da natureza. Uma música que seja como o som do vento na cordoalha dos navios, aumentando gradativamente de tom até atingir aquele em que se cria uma reta ascendente para o infinito. Uma música que comece sem começo e termine sem fim. Uma música que seja como o som do vento numa enorme harpa plantada no deserto. Uma música que seja como a nota lancinante deixada no ar por um pássaro que morre. Uma música que seja como o som dos altos ramos das grandes árvores vergastadas pelos temporais. Uma música que seja como o ponto de reunião de muitas vozes em busca de uma harmonia nova. Uma música que seja como o vôo de uma gaivota numa aurora de novos sons...
De forma que, certo dia,
à mesa, ao cortar o pão,
o operário foi tomado
de uma súbita emoção
ao constatar, assombrado,
que tudo naquela mesa
- garrafa, prato, facão -
era ele quem fazia.
Ele, um humilde operário;
um operário em construção.
Olhou em volta: gamela,
banco, enxerga, caldeirão,
vidro, parede, janela,
casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia,
era ele quem os fazia.
Ele, um humilde operário.
Um operário que sabia
exercer a profissão.
Ah, homens de pensamento!
Não sabereis nunca o quanto
aquele humilde operário
soube naquele momento.
Destino
Era daquelas
Que acreditavam em destino
Dizia: ' cada um deve apenas...
...aproveitar o seu caminho'
E num bar avistei ela
Se virou pra mim
Me olhou assim
Nosso destino se encontrou
Namoramos alguns meses
Foi tão bom e se perdeu
Quem diria que a Garota do Destino
Um novo caminho escolheu
Natureza
A tarde em sua pagela
A natureza os pássaros
Uma flor tão bela
Cheiro de mato brisa suave
Perfume de jasmim
Completamente me invade
Chegando a noite
Os grilos estridulam
Ao brilho do luar
As lagartas acasulam
Enfim nasce o sol
Os campos brancos com orvalho
Insetos caminham pelo trio
Desenhando seus atalhos
Reencontro
Reencontro nessa vida
O que em outra foi criada
Um amor de corpo e alma
Uma história inacabada
Há razões motivos
Desse amor reencontrar
Que o passado interrompeu
E hoje estamos a nos amar
Um sentimento lindo
Invadiu meu coração
Concretizando finalmente
A nossa eterna união
Momentos bons
Sua voz ao meu ouvido
Transformando em êxtase
Profundamente meus sentidos
Hei de amar
Até a eternidade
Convivendo nessa vida
O que em outra foi saudade
Com a certeza desse amor
Reencontrei a felicidade
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