Poesia Carinho Machado de Assis
Cicuta
Vejo na taça cicuta
Por precaução não bebo
Ela esperou com esmero
Paciência de ferro
Para me envenenar
Lia Kafka por admiração
Não gostava de coincidência
De uma prudência delicada
Seu riso comedido
Verdadeira faca amolada
Recitava Homero de improviso
Usava livros como correntes
Declamava sonetos gregorianos
Assim gozava infinitamente Encharcada de prazeres
Eu era a contramao, sem desejo
De todo farto conhecimento
Negava-me a curiosidade
Sem pretensão fugia
Receava chama da luz
Foram várias tentativas
Ela queria me curar
Da minha extravagante estupidez
Desesperada implorou
Antes de desistir
Fez de mim cobaia em tudo
De submisso à dominador
Ao se sentir fracassada
No plano kafkiano
Resolveu acabar comigo
Leopardo Dom
Mirella
Quem vai desconfiar
Dessa sua submissão
Quem vai descortinar
Seus mistérios menina
Seus amores e tremores
Nem mesmo saberia
Que a meiga e dama gentil
Tem alma de escrava
Feita para servir ao senhor
O dono que beijas os pés
Nas ruas desfilas
Oh, bela madame
Com seus saltos pretos
No quanto é a cadela
Escrava Mirella
Leopardo Dom
Deixem-me...!
Quero sonhar em rio de águas mansas...
Fechar os olhos serenar... Quero só sonhar...
Deixem-me...!
Quero compor esta solidão... Consagrar este silêncio e estar
Comigo mesma aqui neste pedaço de chão...
Não quero pensar no tempo... Na vida...
Sem vestir-me de nostalgia... Sussurrando
Delírios colados aos lábios qual fossem límpidas melodias...
Quero apenas sentir o vento na pele
Trazendo aromas de memórias muito antigas...
Com gosto doce de amores vividos... Jamais esquecidos!
.
Silenciosamente
Me junto à tua fantasia romântica
Que me arrasta por entre o vento...
E trás um som de violino que vem de longe
- Muito longe -
As notas fluíram pelos meus ouvidos
Envolvendo-me em lembranças
- De momentos vividos -
Atinjo o reverso da alma, que me transporta...
- fecho os olhos -
E os tempos regressam do esquecimento...
Num voejar de asas febris ao encontro da noite que adormece!
Há muita gente não acredita em mim,
olha eu preocupado não estou nem ai,
Ó puto é mesmo assim,
eu acredito nesta arte e vou até ao fim.
E mesmo após tantas primaveras,
Ainda sinto, pressinto cada
detalhe do seu toque.
Desde o teu embaraçar, enlear
por entre os meus cabelos,
Ao teu delicioso "xêro"
em meu cangote.
Coisas lindas de se ver:
• Café pronto
• Pia limpa
• bateria cheia
• E você.
Falei assim só para rimar,
Mas você meu amor,
vem em primeiro lugar.
Linda menina
Tu não pertence a esse lugar,
Teu desejo eu sei, vai mais além,
Queres voar, vai voar.
Em busca da liberdade,
da felicidade,
de te encontrar.
Ainda que teu destino seja
igual ao de Ícaro,
Saí desse labirinto de medos e
incertezas no qual agora estás.
Voa ,
voa alto,
voa longe
e não olha para atrás,
Nunca mais.
A janela aberta estava
De longe, eu há observava
Cabelos longos e lisos
Realmente era meu paraíso
No seu intenso olhar
Encontrei a calma
sua beleza interior
Aquietava minh'alma
Meus neurônios enlouqueceram
Que esplendor
Ela é meu presente
Enviado por meu Senhor
Cerrado...
Onde não tem inclinação
O por do sol é encarnado
E a secura racha o chão
Aqui, no planato encantado
VER-TE
Ver-te preciso
Ainda que indeciso
Decidi ver-te
E não me arrependi
Pois das boas coisas que vi
Ver-te foi a melhor
Vivi.
Coisas
Seu riso, sorriso
Risonha, RI e sonha
Me deixa, madeixas
Mas ria,
A dor, amor
Secura, você cura
Distância, abrace
O laço, enlace
Desejo, seu beijo.
Wagner Fonseca
Assim, como do fundo da solidão
O silêncio emudece
A voz da saudade cala o coração
Com mutismos que a alma conhece
Hoje te encontrei na saudade
Nas fotos no tempo amareladas
Que um dia se fez realidade
E as noites dores enrugadas
Eu te encontrei na saudade...
No varal do quintal pendurada
Nunca confies na mentira que tem perna curta,
porque a verdade é sempre mais astuta.
Um dia vamos todos acabar por morrer,
e não haverá ninguém para nos socorrer.
Ha vida é sempre a mesma coisa,
uns comem a cominha
enquanto outros lavam a loiça.
É para veres que a vida tá uma merda,
por isso vê lá se estudas e aplica-te mais nela.
Então vê se te concentras no teu futuro,
que tenhas uma vida com sucesso
e que sejas muito sortudo.
Quem já passou pelo amor
E nem se quer na dor doeu
Ou não amou, ou morreu
Pois amar é mais que o eu
É vida de encontros, valeu
E desencontros, aí perdeu
Então, seja nobre no amor
Pois o sofrimento é plebeu
O cerrado é um gole d'água na secura
Amargo, após saciado, vê-se o cerrado
Em sua candura árida, em sua ventura
Melancolicamente torto e cascalhado
Horizonte do por do sol que se agiganta
Um poema desigual, igual ser amado
Cerrado, gole na admiração que encanta
Teoria de amor
Na noite solitário já chorei
Naquela música emocionei
O tom de tua voz lembrei
E vi que assim me apaixonei
Na solidão já fui peão
Da dor eu fui escravidão
Do sorriso apenas irmão
E vi que das falas fiz canção
No medo eu já me perdi
Por um alguém eu já sofri
Tal ligação eu não atendi
E vi que muito tinha por vir
Nas juras prometi eternidade
Me encontrei em falsidade
Dos beijos eu tive saudade
E vi que muito era brevidade
No vasto e pouco eu tentei
Alguns momentos eu odiei
Outros fui magoado e magoei
Amei, fui amado, e não amei...
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