Poesia Carinho Machado de Assis

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⁠BURACO NEGRO

No horizonte de eventos
nem a luz vai escapar,
centro, Sagittarius A,
bem massivo e violento,
distorção do espaço-tempo,
não há relatividade,
tudo é singularidade!
No cosmos, buraco negro
guarda mistério e segredo,
uma outra realidade!

⁠SEXTA-FEIRA 13

Sexta, treze, que tensão!
Será data de má sorte?
Vai lhe causar dor ou morte?
Histórias de maldição:
Crendices, superstição?
Passar sob a escada...
Quebrar espelho é furada?
Gato preto, nem pensar...
Passa longe, seu azar!
Jason não vai dar facada.

⁠" O conteúdo dela, é demais,
o que vem de dentro é ainda mais bonito,
ela é o amor, a paz, o encontro,
nela vejo o melhor momento,
a esperança, a fé,
nela todos os dias,
tenho a definição exata do que é o amor...

⁠E quem diria que na era digital iria surgir uma pandemia.
No mundo onde tudo se compra enfrentando um invisível que afronta.
Na velocidade da comunicação a invasão da lentidão dos dias.
Dos que apreciavam o desapego hoje sentem falta de uma companhia.
Das tantas certezas tecnológicas e das tantas incertezas científicas.
E na busca por uma resposta enfrentamos os nossos dias.
Esquecendo que o momento é o agora e que a resposta ainda é a mais antiga: é somente através do amor que salvamos as nossas vidas.

⁠"O que, às vezes, me desespera
é fazer da vida uma
mera
quimera,
se o que não foi feito
é o que se fizera... "


Quem Dera (trecho) - in: De Peito Aberto

As vezes. Uma simples frase.
muda toda uma Vida.
As vezes, apenas um silencio,
Cura uma ferida antiga.
Porém. Carregar o próprio ser.
Já é o castigo que a pessoa,
precisa carregar pela Vida inteira.
marcos fereS

⁠Minha voz está estranha
Rouca
Falhada
Seca
Talvez seja meus gritos
Ou a falta de uso deles.
Tenho arame farpado na garganta
Pregos nos lábios
Você consegue ouvir meu pedido de socorro?
Consegue?

⁠PRAIA ILUMINADA

Fogos de artifício, o céu sorria
Sobre o mar da praia iluminada.
O vento no rosto da meninada
Anunciava um ano que se abria!

Ela, a sereia do mar, era só magia,
Pulando ondas d’águas quebrantadas!
Ele, pés descalços na areia molhada,
Era o príncipe da terra da alegria!

Eram os mais belos se abraçando...
Amados filhos lá se divertindo...
Formas puras no mundo brincando...

Não se esqueçam de mim, anjos lindos!
Por vós - as noites eu velei chorando,
Por vós - os dias eu vivi sorrindo!

Amar-te

Amar-te ei, como quem nunca se sentiu amar
Pensarei não perceber o coração acelerar


Negarei quando os desejos sussurrarem em meu ouvido
Os mais ardentes sonhos da sua pele desbravar

Não direi jamais que borboletas roubam o meu ar
E que a luz da lua clareia o líquido
que denuncia meu pensar

Em verdade, nunca direi das noites que só dormi, depois de uma vida inteira planejar
Desde aquele beijo estranho em um banco de praça
até as flores a caminho do altar

Amar-te ei, em segredo como fazem as estrelas
Que de longe confundem o imenso azul do céu com o infinito azul do mar.

Medo
Isso que estou sentindo...
Isso é medo...
Ironicamente é medo...
Piamente medo...
Medo caritativo..
Medo covarde...
Covardemente com medo...
Inerte medo...
Ignavo, claramente...
Medroso como um fraco...
Fraco como uma ponte velha...
Medo...
Haverá dia de intrepidez?
Haverá um dia o destemor?
Dei-lhe meu coração...
Dei-lhe meu ombro...
Estive lá para ti...
Mas a derrota feriu o brio...
O amor-próprio indignamente sumiu...
Estou acordado,
Estou com fome,
Estou ferido,
Estou...

Mãe, aqui estou no dia de hoje,
Batendo à tua porta, procurando a tua companhia.
Não me desconheças nem perguntes quem sou.

No fundo de mim mesmo, apesar de tudo o que houve,
Das incompreensões, do pó e da amargura,
Das misérias que pratiquei e que praticaram
Contra mim; apesar da experiência do ódio e do amor,
amargos ambos,

Sou o mesmo filho que deixaste
Na orfandade
Quando partiste,
Estrela materna, flor de beleza,
Que o vento gelado crestou na juventude.

metamorfose

desde que ela encostou em mim acho que
venho derretendo
primeiro perdi o contorno das pernas
depois o contorno dos braços
quando um dia ela se debruçou sobre mim e um cacho
de cabelo escorregou pela minha bochecha
eu percebi que também tinha ido embora
a solidez do meu rosto
agora tudo me atravessa com mais facilidade
agora meu corpo aberto
recebe o corpo dela
como se fosse uma onda encontrando a outra
desde que ela encostou em mim acho que o meu corpo
está mais composto de água que nunca
tudo é úmido
é fresco
é imenso
tudo é estar com a pele molhada sob o sol
um fôlego oceânico de sereias ancestrais
que entendem
alguma coisa
que ninguém mais entendeu
desde que ela encostou em mim

eu acho
que faz tempo
que sonhamos acor
dadas, que nossa paz
é barulhenta,

que da areia dos nossos olhos insones
a noite fabrica suas pérolas (de
amor, e de outras guerras)

Fugirei dos seus braços
Ao perceber que, diante do gatilho,
Estou completamente perdido por você

(Trecho da poesia Fuga)

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Quando perder
O medo de mudar
Encontro meu lugar
Sem querer

Quero mudar
O medo de lugar
Até não encontrar
Até perder

Eu já usei gravata, e até topete
Já joguei fora o meu trompete e os discos do Alceu
Eu já ganhei emprego e perdi o sono
Correndo atrás de um sonho que não era meu

Mas hoje eu larguei tudo e virei poeta
Eu não quero ser atleta, nem médico ou juiz
Eu moro numa ilha e tô me acostumando
Para quem nasceu chorando, até que eu tô feliz

Amor vagabundo

O seu corpo molhado
Banhado por cachoeira,
Sua pele macia
Entrelaçado a minha!
Laço árduo...
Corpo quente...
Beijos ardentes...
... Alma inspirada!
...
Aonde vai voando
Deixa-me lasso?

Alma

Entra em meu corpo ingênuo
O aroma da natureza
E bate uma serena guerra
Profundamente!
Entra em meu corpo singelo
Umas das grandes sensações
Divinas
Purificam a minha alma oculta,
E no final pergunto
O que é alma?
O ar me deixa sem respostas.

...

Sobrevoo na plenitude.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Desgraça alheia

O nariz corroído,
Os pulmões manchados
Por fatores poluentes;
Por fatores químicos,
Cérebro em tumores,
Enxaqueca, ilusão,
Esquizofrenia, delírio,
Ironia, overdose, alucinações,
Suor, tentativa de cura,
Abstinência… Dores,
Tormentos, internação,
E na saída nunca é o mesmo,
E na volta dos vícios
Um finado…

Fugitiva

Sinto-me o sol
Quando o tempo me aproximar
Porém, fugitiva,
Não te aproximas
Para não te queimares
Louca paixão!
Que enlouquece
E revira
O meu ser solitário!

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Mesmo que distante

Trilhar um longo percurso
Na busca da essência.
Vê-la distante, e acompanhá-la.
Assim… Querer-lhe perto

Em cada momento.
O desejo faz parte de quem
Tanto se quer, e quando
Se quer, vai na busca

Vou partir… – em sua busca,
Somente não sei qual destino tomar.
Não desistirei em momento algum.

Lá, em algum lugar a encontrarei
Para matar a minha sede
E a minha angústia.

Valter Bitencourt Júnior
Passagem: Poesias, 2017

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