Poesia Animo Fernando Pessoa

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Sei muito bem para onde sigo,
para que, porque e muito mais,
não gosto de brincadeira comigo,
levo a vida a sério e em paz !

MOMENTO AGORA

Nesse momento do agora
se fez o choro, de lagrimas
e de saudade, do adeus...
Se faz o choro do sorriso
que era antes de ser triste
mas, que hoje lacrimeja água,
pendula lábios meus.

Nesse momento do agora
quantas lagrimas trocadas
por aquela imensa alegria!
Aquelas tardes beijadas
noite em fim maldiçoada
por tomar o nosso dia.

Quantos soluços de prazer
gravados na eternidade
hoje não sinto você
seu cheiro não tem verdade
n'essa vil privacidade.

Nesse momento do agora
quantas lembranças que nos cabe...
aquele cais e cachoeira
até mesmo o verde da feira
ao nosso coração invade.

Os sonhos e as fantasia
feitas no auge d'aqueles dias
ficaram soltos aos ventos
hoje sem nem um contento
se perdeu nas ventanias.

Nesse momento do agora
nosso choro reluz a alma
e a recordação nos apavora,
lembranças entristece a calma...
A hora nos mostra a vala
e o futuro, nos evapora.
Antonio Montes

Último verso

Deixe as ilusões para os adormecidos,
Para os que se satisfazem com os rodapés da vida.
Suba em minhas costas e apague a luz da lua,
E então saboreie minha essência em um cálice, querida!

Toque levemente a taça
Com a qual te sirvo meu vinho,
Saboreie minha essência como um mapa
Que contornas em meu corpo, com carinho.

Saibas que cada luz desta cidade
É uma vela que ascendo pra ti,
E a cada vez que alguma delas piscar,
O fogo revelará o que és em mim...

Estarei em cada falta,
Em cada brinde, em cada valsa.
Pois nossos corpos são à prova da idade,
E nossas almas, a causa da eternidade.

Pois precisava ser criado o infinito,
Algo tão belo e indeciso,
Para que todos os mistérios da vida
Pudessem caber no teu sorriso...

DENTES DE LEÃO

São espalhados pelos quatro ventos,
Para não deixar cair no esquecimento
A esperança que, melhor, tudo vai ficar.
Como portadores de boas notícias
Vão às portas de lugares distantes divulgar.

Destemidos e corajosos como um leão,
O animal mais temido da savana.
Com fervor e muita dedicação,
Vão a uma casa, um casebre ou uma cabana,
Com a mensagem de salvação, amor e perdão.

Os pés de quem não se deixar vacilar
São tão admiráveis quanto um dente de leão,
Que, com um sopro, deixa levar
Suas sementes para germinar pelo chão.

FIM
Ivan F. Calori

Do que sou feita

Não sei amar pelos meados
Amor de incompletudes me exasperam
Sou feita de vastidões, não de bocados.

Minh'alma é ventania no alto da Serra
É enxurrada que arrasta pinheirais
É tudo ou nada mais.

Então não me venha com pedaços
Ou nega-me o universo
ou deixa-me quedar nos teus braços!

depois do brilho
de noite de chuva

eu me deito
na grama
e penso em você

meu corpo dói
como depois de um beijo

quebrando em incêndios macios
e flores silvestres

meu amor,
eu sempre serei
assim suave com você

(Desilusão)

Ser poeta é uma chatice
Incompreendido
Compreende a tudo em redor
Mas não consegue
Se compreender
Solidão de ideias
Quase sempre
vê a poesia sozinho
Vegeta em meio a utopias internalizadas
Caminha de costas
Sozinho
Na contramão
Ninguém quer saber o que senti o poeta
Ninguém quer saber de nada
Que flua do oceano das ideias
Esse papo de ser
Sentir
E blablablá ...
É tão distante
Tão obscuro
Tão platônico
O amor pela poesia.

Nossa história...

De mãos dadas com a força do amor
Seguimos
Juntos pelo caminho da persistência
Em acreditar que o amor pode sobreviver
Em meio à tempestades
Furacões emocionais
De mãos dadas
Seguimos.
Lado a lado
Sem olhar para trás.
Olhando para o mesmo alvo
À felicidade construída
Sólida
À dois
Corações
Em um único ser.

Segredos do coração

Não contes
Meus versos
São desabafos
D’alma amante
Não espalhe meus contos de amor
Nem penses em sussurrar ao vento meus dizeres
São pérolas do oceano de sentimentos
Contidos na alma cálida
Não contes te peço
Os devaneios de amor galante que a ti confessei
Das tardes longas que contigo tive...
Não dê detalhes da minha fala ofegante em declamar o amor
Do meu olhar marejado de lágrimas que denunciavam minha paixão
Por favor, não conte! É um grande segredo.
È intimo
É platônico
É pulsante
É doloroso
Ah, amigo não conte a ninguém
Que confessei o meu amor...
Não posso vive-lo
Não posso dizê-lo
Só posso sonhá-lo!

Vai, acelere meu coração,
viaje para junto das estrelas,
à noite vagam sonhos, ilusões,
te concedo o direito de tê-las !

Silêncio!
As palavras estão dormindo...
Ouço o som dos poemas

Quando a noite apaga a luz do dia...
Acende milhões de estrelas
Ilumina os pensamentos
Que voam feito vaga-lumes
Ofertando lumes de poesias para a lua...

DUETO (soneto)

A minha tristura é uma gargalhada
A saudade um suspiro. Ela chorava
Na solidão onde eu me encontrava
Me deixando além d'alma estacada

Os sonhos pouco ou nada resvalava
Pelo olhar. Não tinha a asa dourada
A saudade ria com a tristura chegada
Sob a cruel melancolia que matava

Do sorriso a saudade fez morada
Sequer de um pranto ela alegrava
Tinha tristura na sinfonia cantada

No dueto: saudade e tristura, aldrava
O coração no peito, da aflição criada.
Então, atrozes, alívio na poesia forjava...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

ECO DE AMOR

Por detrás dessas cortinas majestosas,
eu vejo o escuro da solidão assolando
as lacunas da minha lembranças...
Também, ouço o som de uma vitrola grená
desvencilhando uma musica, que me
arrasta ao amar d'um passado que o tempo
e o seu encantado encanto... Cortinou em
seu canto e encantou o meu pranto, sob as
cores do meus velhos cabelos brancos.
Entre um tranco de sentimento e outro...
Eu solto um grito fosco ofuscando o
momento breve, Meu bem, meu bem...
Meu bem! Ninguém ouve o meu S.O.S de
intensos timbres, internos... Nem mesmo
os meus ouvidos são capazes de discernir
o rumo do eco aclamado do meu coração.
Meu bem! Meu bem! Hoje... São esses os
meus gritos mudos que mostram-me, no
mundo o quando eu fui rude com a
minha paixão. Meu bem! Meu bem!!!
Em vez d'eu ouvir, ou ver o meu chamado,
tudo que vejo, são lagrimas do meus
olhos e tudo que ouço são os tics-tacs
do meu... Calado coração.
Antonio Montes

Os vinte anos remetem ao fim da mocidade
Inicia-se um ciclo escorregadio, o prêmio marcado pela idade
Tem marcas mais profundas, o deleite de uma esperança
Calada tão cedo por uma política de amargas alianças

Meu país não é meu lar
Não me restam forças, inda na mocidade, para lutar
Essa profundeza de abismo coberta por purpurina
Não engana minha mocidade, trágica euforia

Ser não mais nova
Ser inda não velha
Resistir para que os versos em mim resistam
Insistir para que as saudades em mim não consistam
Com o eterno esperar



Olhos de alma inquieta
Tão só, naufragada
Refugiei-me em ilusões incertas
Sonhei como marinheiro, a espera da alvorada


Vinte anos, o nada
Bilhões de anos, astrais
De que me valeria a estadia
Se a alma não regozija? Se a alma não tem paz?

E de que valeria a paz
Se só se mostra ela presente
Ao término do ciclo
Da vida intermitente?

Se tantos sonhos ainda sonho
Se tantos versos não sou mais capaz de compor
Por onde anda o sonho de marinheiro
Que um dia em meu peito desabrochou?


Se puder, eu, enfim, ser borboleta
Sem rumo, vagar entre flores do equinócio primaveril...
Por que não veneramos também as mariposas
De vidas noturnas, outonais de abril?


Se tantos sonhos já desisti de sonhar
Por que ainda é latente no peito
O esboço do desejo
Da eterna desventura?


Eu quero me calar
Eu quero gritar aos mares
Para a moça bonita que passa
Que traga a vida na morte
A resposta inconstante
De como se navega para o norte


Fatigada dos sonhos
Do deixar de sonhar
Alçar os céus no prumo da borboleta
Nos ventres da mariposa, repousar.

Medos
Medos apenas medos, medos que nós impedem de trilhar certos caminhos, medos como o medo da morte que talvez por ironia não nós deixe viver, medos que muitas vezes guardamos bem La no fundo do peito como aquela ponto quarenta que o seu avó tem a anos mais que guarda no fundo de um baú segura por três cadeados ,Para os amigos ele diz que protege sua arma de tal forma por medo que seu neto a encontre e a confunda com um brinquedo mais bem La no fundo do peito ele sabe que a guarda de tal maneira torcendo pra que ele nunca precise tira La do baú ,medos como o medo de altura que nós impedem de andarmos nas montanhas russas da vida medos que nos impedem de pular de pára-quedas ,medos que nos impedem de fazer uma escalada ,medos que te impedem de subir em um skate ,medos que te fazem admirar motocicletas mais que te impedem de ter uma ,medos que você guarda a sete chaves dentro do seu peito pois não quer que as pessoas saibam dos seus medos.
Medos que me fazem escrever este texto em terceira pessoa para que não se associem a mim esses medos, medos que me fazem não querer postar este pequeno texto preocupado com o que vão pensar.

Estou muito feliz
Porque conquistei a mim mesmo
E não o mundo.
Estou muito feliz
Porque amei o mundo
E não a mim mesmo.

VIVO VIVENDO (soneto)

Vivo por viver vivendo a vida somente
Agradecido, sempre, sou eu por ela
Que me dá mais que posso ter dela
Agraciado com dádiva tão presente

E nesta deste amor tão diversamente
Faz dos dias sorrisos, e a alma bela
Em cada passo o bem em sentinela
Onde no peito este ato não é ausente

E a vida vivida na vida, vida me traz
Mutuando o pranto pela felicidade
Quem dela prova, ventura é capaz

De, com alegria, ter a fraternidade
Viver vivamente tudo conseguirás
Levando no ser paz pra eternidade...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Sexta feira da paixão

ENTÃO

Me traga dor
Saudade
Só não me deixe sem amor
Eterna felicidade
Pois, assim, é morte
Juntemos o sofrimento
Num sentimento forte
E neste aprendizado
Sorte
E façamos dele ansiado
Direcionando o norte
E o coração
Suporte
Encante, uma canção
Me dê amor!
Emoção
Oferte uma flor
Me deixe sem chão
Só não me tires o amor
Então...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano

Quando vou a um baião
e escuto dois cantadores
em gemedeiras, louvores,
falando sobre o sertão
de Mãe Preta e Pai João,
na minha mente solfejo
as notas que só eu vejo
na minha longa jornada
e a saudade faz morada
no peito do sertanejo.

Quero ver num espelho cristalino
o cordel virtual de Alceu Valença;
Elomar dedilhar sua incelença
pr’um amor que buscou novo destino;
Trupizupe ir ao céu compor um hino,
enjoado que estava deste plano,
com feições de poeta soberano
que cantou um baião no Paraíso.
Deus, que gosta demais de um improviso,
Pede um outro martelo alagoano.

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