Poesia Agua de Mario Quintana
Uma planta só morre
Pelo descaso
Por falta d’água
Por falta de zelo
Por falta de cuidado
Por falta de amor
E um animal só vive
Por todo cuidado
Por todo carinho
Por todo afeto
Por todo amor
do mundo recebido
O amor morre e vive
pelos mesmos motivos
E nós vivemos tudo aquilo
que não faz sentido
morremos por tudo o que faz
É contraditório
passa tudo numa fração de segundo
É tudo fugaz
e não temos todo tempo do mundo
O nosso amor se encontra
bem no fundo do coracao
que dentro do leito jaz!!!
água
seiva
suor
sangue
lágrimas
saudade
tudo brota
tudo escorre
pela alma
pelas mãos
ou pela natureza afora
percorre
um corpo
a se doar
ou se doer
se o sangue
vier a escorrer
pela ferida aberta
que custa a cicatrizar
custa tanto
que não tem dinheiro no mundo
que nos pague a cura
do amor destruído
mal sentido
e mal resolvido
da solidão por opção
da tristeza que nos tira a beleza do coracao
da depressão e outras doenças
do ódio e de todos os maus sentimentos
da falta do perdão para conosco e os outros
da falta de gratidão e da fé em Deus
da falta de praticar as virtudes do Cristo
e da falta de vergonha na cara e de caráter
porque todo o resto é relevante
diante das nossas imperfeições
não somos melhores e nem piores
mas sê-los por escolha própria
é deprimente e degradante
é muito sofrimento
em somente uma encarnação!!!
relógio que conta
o tempo até debaixo d'água
os mergulhos de cabeça
que demos sem saber
a profundidade
do amor
do trabalho
da familia
do dia a dia
das amizades
e se cada mergulho era um flash
muitas vezes este flash
me cegou
e eu não pude ver
as cabeçadas da vida
os galos que se fizeram
os pontos positivos e negativos que levei
na cabeça para aprender
muitas vezes eu aprendi com a dor
porém outras nem com amor
mas continuo em frente
tem muito chão pra percorrer
e se não tiver o chão
que eu voe então
eu abro as asas da imaginação
ou então morro afogada
nas lágrimas sem perdão
sem emoção
minha mente alagou
ficou sem ar
aprendi a amar
e de amor me afogou
o coracao!!!
o espelho d'água
reflete o amor no coracao
a alma limpa
a consciência tranquila
o sentimento de perdão
a palavra não dita
a dor contida
uma doce emoção
a borboleta no estômago
a queda da pressão
ao ver a falta de ânimo
na própria depressão
a beleza da face
a clareza do pensamento
a tristeza da solidão
a raiva não mente
ela simplesmente
sufoca o peito
oprime o defeito
que transparece na feição
de um rosto marcado
surrado
enrugado
de tanto viver
deixa então
a vida transparecer
o lado amargo da desilusão!!!
tem-se uma rosa nua
só minha
só sua
livre na rua
no brilho da lua
hoje caiu água
em forma de chuva
e também lágrimas
vê se averígua
olha pra mim
não sou estátua
de ferro ou de concreto
concretizo-me no amor
de tão próprio
tenho sentido-me
somente só
sem pena e nem dó
guardo minha língua
morro a míngua
e retorno ao pó
ando uma légua
não dou trégua
nem carrego meu patuá
só a verdade crua
não caio na tua
tenho asa que flutua
um sangue que dilua
um amor que possua
uma dificuldade que recua
uma dor que atenua
uma vida que habitua
uma ajuda que retribua
uma paixão que insinua
um problema que tumultua
uma existência que perpetua
um caminho que desvirtua
uma fé que não diminua
uma chance que contribua
com minha forma de amar!!!
em tudo o que olho
eu me reflito
entro em conflito
com o espelho
com a água
com a luz da lua
tudo me mostra
o que realmente sou
a minh'alma conflituosa
o meu espírito arredio
o meu coracao sofrido
me vem a tona
tudo o que passei
tudo o que vivi
todo sofrimento
deixado pra trás
deixado de lado
deixado pra lá
senão não conseguiria
ser o que sou hoje
uma sereia
com a cabeça na lua
e os pés no chão!!!
Os versos fluíram de mim
como água que brota
da nascente que alimenta o rio...
Enquanto olhava para ela
a minha mão movia a caneta
que desenhava o papel
e expunha o meu coração.
Enquanto ela sorria
os meus desejos eclodiam
o meu corpo umedecia
e os meus sonhos se encantavam...
No coração das matas, onde os rios serpenteiam, veias do Brasil,
Corre, livre, a água da vida,
Que brota da terra, viajando,
Até o coração do país.
Nos tesouros perdidos, em que um povo se resgata,
Os caboclos bradam.
Nas lendas da Amazônia e nas senzalas,
Ecoa, forte, o grito ancestral de resistência.
Mistérios antigos, escondidos no seio das florestas,
Gente que fala com as árvores,
Que entende o canto dos ventos e a língua dos animais,
Conhece os caminhos das águas, do céu e da terra,
Esta, nossa pele sagrada,
Resistente ao esquecimento, jamais se renderá,
Nem será dobrada pelo medo.
Esta é a terra da Ararajuba,
Das belezas do Rio de Janeiro,
Mas também da Revolta dos Alfaiates,
Onde o sangue da resistência ainda fervilha nas ruas.
E nos cantos africanos, me abrigo,
Na força dos ancestrais que nunca nos deixaram.
Reencontrando a terra que nos gerou,
Erguemo-nos, firmes e imbatíveis,
Com coragem inabalável, raízes que nos sustentam,
Lutamos para assegurar o direito de viver,
E proteger o amanhã,
Na força da mata, nas folhas da Jurema,
Os povos que aqui estavam e os que chegaram,
Ainda resistem,
Guardados pelas forças ancestrais.
A liberdade, a ferro, foi conquistada,
Na carne e nas marcas de um povo heroico,
Que jamais deixou de crer
No axé, na luta,
Na força que brota de sua terra.
Não mais seremos subjugados,
Não seremos apagados nem silenciados,
Porque a nossa voz ecoa,
Mais forte que os grilhões
Que um dia tentaram nos calar.
Ainda lutamos,
Com a clava forte,
A terra é nossa,
E jamais será tomada.
Liberdade já foi rua! Já foi brincar na chuva... Mergulhar de cabeça nas poças d'água que o céu derramava - grandes piscinas naturais higienizadas com o lamaçal que coloria o chão - como um tapete decorativo!
E o palco da vida estava pronto para receber a meninada - os astros semeadores de sonhos - os protagonistas de um sublime espetáculo!
"Sofrimento"
Essa merda de ódio
me faz caminhar na chuva
sem sentir uma gota de água
sem ouvir o vento gélido
que pelo meu ouvido passa
me faz sentar na relva
molhada por águas passadas
sem pensar em nada
sem perceber
que a minha alma
vazia estava.
E sem entender o que comigo se passava
deixei o momento se prender ao tempo
enquanto minhas lágrimas
dançavam livres
com a tempestade
que é o sofrimento.
Um dia desses...
Sol radiante, pássaros surfando ao soprar dos ventos,
água cristalina, um belo rosto se vendo no seu espelho,
linha solta, um coração ganhando o espaço,
chinelos no chão, uma rede balançando e no passar das nuvens uma Lua cheia e sorridente.
O verde é responsável por manter a nossa água limpa;
O verde é responsável por gerar o ar que nos dá a vida;
O verde traz ao solo fertilização, gerando a cura em nosso mundo;
Outro dia
Uma gota d'água
Foi a última vez que te vi
Amor já não existe
Nem carinho Sobrou
Você me machucou
E tornou-se um estranho
A ferida cicatrizou
E o vento me acariciou
Com sua brisa suave
Encontrei a minha paz
Uma liberdade única
E a alma leve ficou
Com asas para voar
E os dias são primaveras
Na sintonia dos pássaros
E a harmonia do bem viver
@zeni.poeta
Chuva
Na mata verde
A chuva cai silenciosa
Cada gota d'água
Desce devagar
E escorre pelo chão
Vejo alegria dos pássaros
Refrescando-se na água
Que restou empoçada na terra
Todos são benefíciados
Então não se desespere
A vida dá um jeito
De te abraçar e oferecer
O que você precisa para sobreviver
Não fique ansiosa
Tudo tem seu tempo
Acredite
E você vai perceber
E fazer sua escolha
Você é merecedora
@zeni.poeta
Pedras esculpidas pela água,
nuvens formatando o céu,
galhos secos caindo sobre a grama virgem,
o Sol abraçando a paisagem,
você esbanjando nudez e pureza nos braços da cachoeira.
Chuva
Gotas de água
inunda a terra
enche meu peito
de incertezas
sinto o barulho
colidir no telhado
percorre meu corpo
no silêncio da noite
chama exausta
recompor o sono
entrelaçada de mistério
@zeni.poeta
Espeho d'água
Os galhos tocando o céu,
as folhas embelezando a coroa do sol,
gotas de chuva caindo nas nuvens,
espelho d'água, um rio de imaginações.
O DOCE ENGODO DA ÁGUA ("Quem bebe água pela mão alheia acaba morrendo de sede." — Célio Devanat)
A mídia disse, água parou! As Fake News, sim, matam as pessoas por desidratação da verdade; ninguém vai morrer de sede ou de fome devido a superpopulação da terra. Qual é o objetivo das pragas apocalípticas, senão desbastar os predadores da natureza? As máquinas dessalinizadoras vão acabar com as águas dos oceanos? O sol, que fornece energia para as condensadoras da umidade do ar, vai desaparecer? O medo disseminado é para os pobres economizarem água tratada, assim os ricos banham livremente sem consciência pesada em suas piscinas, e os empresários justificam o preço da água tratada nas torneiras da casa de qualquer um. O pior disso é o "gado" irracional, visitando escolas, reproduzindo o discurso que diz ser o frigorífico o paraíso, e que é bom viajar para lá, gratuitamente, no caminhão da empresa. Só falta, as mídias dizerem que a água sai da atmosfera e se perde pelo o espaço sideral e que vai parar de chover. Aí, os terraplanistas terão que aquecer o domo que reveste a terra para desembaciá-lo. (CiFA
Raro, mas existe!
Ilhada por um rio de água transparente, cercada dos mais belos tons de verdes da natureza, ali estava uma casa aonde a amizade crescia com segurança, a confiança brincava sem medo no quintal e o amor dormia no berço sendo bem cuidado livre dos medos e dos pesadelos.
Quando o dia amanhece
E o sol trás vida
Brilha atrás da mata
E reflete na água
Pare um segundo
E aprecie está beleza
Sinta o pulsar do coração
É a vida em todo o canto
Você não está sozinho
Somos um filamento
Que enrola e desenrola
Para evoluir
E se fazer grande
No pensamento
E atitude
Principalmente na generosidade
De receber tanta riqueza
Seja cúmplice da vida
Ancorado nos desejos
Aprenda a conviver
Uns com os outros
@zeni.poeta
