Poesia
No calor do ódio e da intolerância, todo mundo quer
Ser rei, me desculpe se eu errei, é que eu já não sei
Mais pra onde eu vou, aonde vou parar, será que da pra
Raciocinar?
O que é certo ficou errado, e o que é errado ficou certo
Meu papo é reto, nem sei mais quem sou, às vezes me sinto que
Estou em um deserto querendo desabafar com tanto glamour .
Muitos rir pra não chorar, diz que tá tudo bem, más eu sei que
No fundo não tá, é só pra agradar né? esse filme eu já conheço
Porque temos sempre algo em comum, isso ai eu já desmereço.
Choramos todos os dias, mesmo sentindo alegria, a tristeza sempre
Tá perto, vejo agonia, não da pra entender, só quem não quer ver, aonde
O bem tá, o mal também tá próximo, é tóxico pra quem tá de plantão, mas
Também vejo muitos pregando o amor e outros religião.
Ai vem me falar, o que é que tem haver? é preciso dizer? que ninguém se importa
Com você, só você pode e tem a chave secreta, na calada na madruga o coração
Acelera à mil por hora, porque a gente chora? em silêncio, dia após dia, querendo
Colocar pra fora toda essa patifaria.
Tá me matando aos pouco, me vejo no poço, calabouço, eu dou grito com minha alma
Ao invés de usar minha própria voz, porra ninguém me escuta, más falam que eu tô na
Paranóia, ninguém entende minhas loucuras, e loucuras de louco quem vai entender?
Nós mesmo joga pedra sem querer ser atirado, somos nós mesmo, o próprio
réu sem querer ser o culpado, é tanta hipocresia que até quem é não consegue ficar calado
E eu não me calo, é preciso mais amor pra não poder ver mais um morrer enforcado, ame mais
Ame mais, ame mais, ame mais...
E eu quero que as pessoas me entendam
Quero que os porteiros me atendam
Ou melhor, que as portas se abram
E meus irmãos nunca se vendam
Se não podes dizer que me Ama,por Favor não diga Nada.
Deixe me Viver a Esperança de um dia ainda ouvir que Sempre Me Amou.
Seja eu as mãos que queres usar,para levantar
Seja eu as palavras, que queres pra incentivar
Seja eu o abraço que acalenta
Os olhos que com ternura,dizem mais que qualquer palavra
Seja eu a paz que o outro necessita,e que nada no mundo interfira
nos sonhos que sonhastes pra mim
Seja eu o alimento do bem,que alimenta o corpo,e alma de alguém
Seja eu morada de afeto,e que seja cheia até transbordar
e no transbordar de todo esse amor,toque muitas vidas por onde eu for…
Seja eu a mão que acalenta,acalma e sustenta
quem necessitar…
Num mundo tão duro,tão frio tão distante
que eu seja abrigo,por onde passar…
Que meus pés se apressem,mas só para o bem
Que quando eu olhar,não julgue ninguém…
Que sejam meus olhos,janelas do bem
que com ternura acalente alguém…
Que em todos os meus dias,eu seja Senhor
Teu amor que transborda por onde eu for…
Não quero ser mais,nem menos que alguém
só quero ser pássaro que faz sempre o bem
Vivemos em dias difíceis demais
que eu seja o vento que leva a paz…
Transborde alegria,transborde afeto,
contagiando à todos, que eu tenha por perto
Que meu corpo todo,reflita o amor
Amor maior que vem do Senhor
Por onde eu for,por onde eu andar…
Seja eu o lugar,que queres habitar
Autoria (Café,Amor e Poesia)O Blog da Poesia Falada
Feito todos os dias com todo carinho pra Você!
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Renasci quando teu sorriso,passou iluminar meus dias
na certeza de que ainda há muito para viver,crescer e aprender,e também se surpreender!
Renasci pra coisas,que nem eu mais imagina que ainda estavam aqui dentro
Renasci na beleza dos seus gestos singelos,porém sinceros,mesmo que talvez nem percebas
tudo em ti,que revela em mim,o quanto ainda posso,o quanto ainda consigo,o quanto ainda serei…
(Trecho do Poema,Uns Chamam de Sorte Outros de Benção eu Chamo de Você) Do Blog:https://cafeamorepoesia.wordpress.com
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MEDÍOCRE
Que vil verdade é esta
Que tua vaidade criou
E que poder de errado
Valor ora te comprou e
Tomou conta de ti, guri
E por que preferes, queres,
Feres, diferes e somente
Digeres o que gera a fama
E ostenta uma boa grana?
Achas mesmo isto bacana?
E por que te alimentas com
O materialismo e te sustentas
Com este doente consumismo?
Enfim, por que tu te concentras
E centras em tantas idiotices e
Nos convites destes teus parcos
Limites e ainda, por que o centro
Do teu umbigo é teu melhor amigo?
Olha, pensa, pega agora tua carteira
De identidade para tentar reconhecer
E ver de perto, autenticada a cara da
Covarde futilidade que se apossou do
Teu nome por pura ganância, arrogância
Da tua genuína ignorância, por louca valia
E pouca serventia, por ridícula, medíocre,
Rasa, temporal, pseudo e irreal soberania!
Guria da Gaúcha Poesia
Pedaços de Mim,
Página 55
1999
QUEM FOI
Quem foi que ousou furtar
O teu sorriso, te fez perder
Abrigo, roubou amigos e te
Colocou em tamanho perigo?
Quem foi que te iniciou nesta
Festa tão funesta, sumiu e não
Assumiu que não saiu desta?
Quem ofuscou o teu olhar que
Era tão genuíno com falso brilho?
Quem foi que atormentou com tão
Errôneo açoite tuas noites, quem
Envenenou de vez os teus dias e
Rasgou tuas saudáveis fantasias?
Quem foi que te fez negar a tua
Realidade, mascarou a verdade
E te fez viver com tanta falsidade?
Quem foi que acordou tua insônia
E te receitou calmantes de forma
Tão perversa quanto perseverante?
Quem foi, anda, me diz quem foi,
Que criou este mundo de lágrimas,
Que arrasou tua alma com mágoas,
Afogou teu corpo quase morto e te
Prendeu com a liberta dependência
Desta tua tão crescente decadência?
Quem foi que estragou a tua cabeça
E te exigiu terapia, incessantemente,
Todos os dias até o fim dos teus dias?
Quem foi esta majestade vil, decadente,
Que de insubstituível é totalmente inútil,
Que de fundamental não serve pra nada
E que de prioritária é a última das coisas?
Tu sabes bem quem foi e como foi porque
Existe apenas uma coisa que é a coisa, só
Uma droga que até no nome é uma droga,
Que há tanto te droga, troca, aporta, torta
Suporta e não vê a hora de te ver morta!
Guria da Gaúcha Poesia
Só hoje eu percebi que a escuridão que aos
Poucos tomou conta do meu coração, que a
Sofreguidão da louca solidão que vivi, que a
Minha sofrência na essência, veio de ti, guri,
Da tua ingratidão, do teu egoísmo, do centro
Do teu umbigo, à margem dos meus motivos
Tão sem sentido ao pé do teu ouvido, que me
Fez adoecer e desta depressão quase morrer!
Guria da Gaúcha Poesia
Vem, meu bem, e agarra com garra agora este dia presente,
como um presente que está aí bem na tua frente, antes que
as horas o levem embora porta afora, antes que vire passado
E que fique ultrapassado, covardemente, para sempre na gente!
Guria da Poesia Gaúcha
O amor é um sentimento tão louco, já que
Em uma hora é mais que tudo no mundo e
Na outra vira sufoco que mata aos poucos!
Guria da Poesia Gaúcha
Ela era duma ingenuidade tão genuína, duma
Inocência ainda tão menina, tão pequenina,
Que acreditava que ao tecer as poesias o dia
Todo, todos os dias, criaria um cobertor que
Atrairia um bordador para o seu lindo amor!
Guria da Poesia Gaúcha
Vivia no Frio Grande do Sul, no Forno Alegre, a
Prendada prenda, que noite- e- dia fazia poesia
E que tecia o amor feito um cobertor, enquanto
O tempo alinhavava um momento para costurar
Seu sentimento no pensamento dum romântico
Bordador pra seu guardado e aguardado amor!
Guria da Poesia Gaúcha
BEM ASSIM, SIM!
Sim, meu bem, sou bem assim, sim: tim- tim
por tim –tim, de verdade, pra lá de verdadeira,
espevitada, serelepe, moleca, traquina, festeira,
fagueira, faceira, feiticeira, beijoqueira, brejeira,
atrevida, criativa, aguerrida, afetiva, comprometida,
até meio sacerdotisa, com fé de pé, perfeccionista,
ousada, do tipo gente que não cala, fala o que sente,
indecente de tão inocente, escrivinhadeira, matraqueira,
intensa, amorosa, mimosa, ambiciosa, vaidosa, manhosa,
caprichosa, orgulhosa, gaúcha sim, filé de primeira, enfim,
do início ao fim, brasileira, tão plena e serena quanto inteira!
Maria Angélica Guichard,
A Gaúcha Guria da Poesia!
