Poemas Vinicius de Moraes o Lago
Eu amei você
Mas me amei de menos
Aquele pedestal que te
coloquei, já não era mais amor
Era dependência
Eu dependia de você
E você dependia de tempo pra mim
Grande enrascada
Na verdade tu só era ser humano
Como eu
Eu era e já fui como você também
Dois iguais extremamente opostos
Quem disse que os opostos se
atraem não conhece o que vivemos
Ou o que deveríamos ter vivido
Deveríamos?
Não sei te dizer
Porque cortei nossa raiz antes
Precisava de mim
Precisava de tempo pra mim
Tu dependia de mim
Mas eu dependia de um tempo pra mim
E aí então o jogo virou
Nossas dores sendo expostas
em música
Nossa história sendo jogada
fora, por quem menos queria
Por mim
Você estava cansado e eu cansada
Nossas bocas secas, nossos
olhos cheios de lágrimas
Diversas dores do presente e do
passado e uma certeza
Não dávamos mais certo
Queria ter lhe dito
Lhe contado o que planejava
Mas o contato havia de tornado escasso
Ora, não era você que precisava
de um tempo para si
Mesmo que não tenha me dito
O fez
Tinha me cansado da espera
Tinha me tratado como miséria
Eu era tão infeliz assim
Dependia de tão pouco para
alcançar a paz
Talvez sim
Talvez não
Você era muito
Ou eu que não o via?
Jamais saberemos
Porque não nos convencemos no mesmo dia
- Falta 09 dias para o seu aniversário
Máscara
Olho-me no espelho, mas só vejo desespero
De uma pessoa que eu não conheço
Seu reflexo desapareceu, e no lugar de um coração apareceu um borrão
Dia a dia máscaras diferentes
Para esconder seu sofrimento
Com medo de ser julgado pelos seus sentimentos
A cada dia uma nova vida
Logo em seguida contando mais uma mentira
Criando amizades, na base da falsidade
E mentindo para seu coração
Que um dia todos te amaram
Olho-me no espelho, mas vejo uma máscara
Que foi criada para esconder minhas lágrimas
Por não ser aceito, pelos meus defeitos
Meu Brasil é minha terra
Neste país eu nasci
Desde criança, respeito
Amando sempre cresci
Gosto de tudo que é nosso
Do céu, da terra e do mar
Do jeito da nossa gente
Do seu modo de falar
Se perdesse minha terra
Ficasse sem meu país
Toda riqueza do mundo
Não me faria feliz
Não desgosto de outros povos
Pois Deus fez todos iguais
Mas creio que os brasileiros
Eu gosto um pouquinho mais
Agora é só mais uma lembrança, uma entre varias.
A luz que se acende, cobre o brilho das estralas, que costumam nos dar belos poemas .
E eu estou aqui em baixo, totalmente sem chão esperando você mudar de ideia e voltar!
Luzes Mecânicas
Aos ventos que hão de vir;
Arrastando o ar miscigenado,
Em DNA singular, Candango,
Onde a urbis é o inspirar.
Alenta-se os monumentos,
Da Catedral a Torre Digital,
Excede-se o natural,
Da Ponte JK aos Ministérios.
Ascende vermelho-pungente,
Barro que adentra a cosmopolita
Noite que cega, luzes mecânicas.
Além das asas sul e norte,
E eixos desconcertantes, paira,
Há algo utópico, centros brasilienses.
•🌷•.‵⁀,) * ¸.•*💛 Uma amizade verdadeira
É um sentimento eterno
Que torna a vida mais alegre
E o mundo mais colorido.
ivα rσdrigυєs❤
E L A
Uma manifestação escrita
Alma em caracteres de um alfabeto.
Vogais, consoantes, sílabas, dialetos.
Compondo fonemas, vocábulos, expressões e verbos,
Conjunto de palavras, frases, dilacerado, aberto.
Trechos escancarados, fragmentos, manifesto.
Uma ocorrência linguística, do início ao fim.
Mas nunca um texto completo...
Não é solidão
digo que é solitude
Não é que eu não goste de pessoas
mas sinto que alcancei a plenitude
consegui curar minhas mágoas
sinto-me em boa companhia
e até que gostei muito de ficar atoa
com meus pensamentos
lendo escrevendo,
me amando..
sim, a viver aprendendo
na minha idade isso é fundamental
por que só assim vamos levando
a vida com leveza
e vencendo as incertezas
Já isso é madureza!
eu,
que só ando só,
sou mais que só ,
sou infinitos sós .
mas,
invariavelmente,
são solitários
meus sós.
e passeiam sua solidão
por meu espírito
que convive,
impassível ,
com meus vários
sós- que,
solitariamente,
o norteiam.
(Descanso)
Em paz se deite
Repouse a alma
Sem se preocupar
Pois não há alguém
Que um minuto
Se quer possa
acrescentar
E se Deus cuida
Dos pardais do céu
De você então
Quem dirá!
Código
Havia em você uma ética e um código que nunca decifrei
Havia alamedas em seu falar onde nunca andei
Havia sabores em seus beijos que nunca experimentei
Havia muito mais
Que nunca descortinei
Medo
Muito medo
Você não sinalizou
E me perdi
Hoje você passa
Me desconhece
E no paralelo
Desse desencontro
Vestígios
Alucinada
Inesperada
Incendiária
Inconseqüente
Eu fui
Em avançar sobre você
Não me inscrevi
Assediei
Havia exercícios
Que nunca professei
Simplesmente
Tropecei
Na ordinária declaração
Do regulamento
Abri meus braços
Meu coração
Depus minha oração
E você
Não me viu
Me desculpe
Por favor
Não se assuste
Isto passa
Com o tempo
Vira páginas
Mas repagina
Meu
Viver.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Exercício
Não posso ver
Mas posso sentir
Não posso tocar
Mas posso vibrar
Não posso falar
Mas possuo imaginação
Não posso caminhar até você
Mas posso voar até você
Não posso vociferar seu nome
Mas posso flutuar em suas palavras
Posso
Posso
Posso
Até que tudo passe
Vire outra paisagem
E nesta
Miragem
Você ainda
Me pertence.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Meu Deus
Quero ir embora
Quero ir para o meu Goiás
Lá ando nu
Pelas savanas
Escondo-me no capim dourado
Vestido de bicho bravo
Quero ir embora, meu Deus.
Quero ir para o meu Goiás
Ficar debaixo do sol
Manobrando meus instintos
Atento aos ruídas do dia
Beber água do absoluto Araguaia
Ficar lá só e somente
Onde nada toca insistentemente
E tudo roça levemente
Ai, meu Deus,
Quero ir embora
Quero ir para o meu Goiás
Onde a lua cheia
Clareia as queda d’água
E polvilha de choro
Que as avista
Quero ir embora, meu Deus.
Mergulhar à noite
Em seus grãos dourados
Sentir-me empoeirada
De ventas de todo Brasil
E neste batismo
Quero ir para o meu Goiás
Chegará planície
E nesta lonjura
Avistar a chuva
Esconder nas vielas
Cheirar outros tempos
Amainar a saudade.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Inverno Intenso
Não era verão
Mas choveu
Era inverno
E a água desceu
Não era hora
Mas agora
Aconteceu
E com a terra encharcada
O que há de se fazer?
O frio seria intenso
Com a terra molhada
Brota
Tudo brota
E eu nesse sentimento
Nesta terra sem tempo exato
Vou trocar de roupa
Viver outros sentimentos
Outros tempos
Passar
Outras horas
Até que tudo se resolva
No tempo exato
Do coração.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Espera
Você me cozinhou
Não sei dizer se
Por aflição
Ou compaixão
Cozinhou
Verbalizou
Sentiu e
Aconteceu
Do seu lado
Do meu lado
Aqueceu
Dourou sentimentos
Te esperou
Te agradou
E escorreu
Pelo meu rosto
Subscrição
Apalermada
Abalada
Assustada
Do seu rosto
Ousado
Audacioso
Arrojado
Atrevido
Abalanceado
E no tremor
Do quebra-luz
Aquém
Do subornável
No agitar dos sedimentos
Estremecimentos
Nós
Apesar de tudo
Vivemos o todo.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Aonde eu vago pelo mundo redondo
Daqui um minuto você vai embora
e eu não vou mais estar lá
porque a locura da vida vai me levar de novo a outro lugar
por favor não me esqueça
eu sei que a gente ainda vai se encontrar
e você vai se lembrar
vai lembrar que um dia
eu já te mandei te ferrar
então no fim
no fim
a gnt se reinventa
De quando chegas
Os ponteiros demarcam território.
Esconde-se nas frestas do sorriso
a vontade que grita muda pelo beijo...
Há calor demais em mim. - Rahssi
te experiento,
em cada minuncia,
em todos os nossos apegos
tento inferir seus prazeres comigo
chego a entender diversas vertentes
muitas só sei demonstrar
eu suponho que seja isso que te deixa louca por mim
e se for por isso, eu estou sempre ao seu dispor
mesmo que seja só por 1 segundo de amor
cada vez que eu te conheço mais
o tempo parece passar mais rapido
e me queixo de me entregar tão facíl
mas isso é tão impossível quanto parar a natureza
as vezes me pego pensando em você
confesso, te cortejo pois é a unica que me tira a fala
é....;
tenho medo de que isso seja amor
não me sacio só de te experimentar
quero estar na intimidade dos seus segredos
quero ser seu porto seguro
quero ser o motivo de te fazer sorrir
isso me deixa um pouco envergonhado
a timidez tentou me calar
mas eu não posso guardar
tiro o chapeu pra você
mas a cada afago
eu morro de paixão.
A vida é um poema que talvez você só consiga compreender quando não puder mais ler.
— Fernando Machado