Poemas Vinicius de Moraes Mulher Cancer

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A Felicidade Está no Realizar, e Não no Usufruir

Atolavam-se na ilusão da felicidade que extraíam dos bens possuídos. Ora a felicidade o que é senão o calor dos actos e o contentamento da criação? Aqueles que deixam de trocar seja o que for deles próprios e recebem de outrem o alimento, nem que fosse o mais bem escolhido e o mais delicado, aqueles que ouvem subtilmente os poemas alheios sem escreverem os poemas próprios, aproveitam-se do oásis sem o vivificarem, consomem cânticos que lhes fornecem, e fazem lembrar os que se apegam às mangedouras no estábulo e, reduzidos ao papel de gado, mostram-se prontos para a escravatura.

Eterno é a flor que se fana
se soube florir
é o meninno recém-nascido
antes que lhe deem nome
e lhe comuniquem o sentimento do efêmero
é o gesto de enlaçar e beijar
na visita do amor às almas
eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo
mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força
[o resgata.

"O amor que move o Sol,
como as estrelas"

" ser busca outro ser, ao conhecê - lo
acha a razão de ser, já dividido.
São dois em um:, sublime selo
que à vida imprime cor, graça e sentido.

"Amor - eu deisse - e floriu uma rosa
embalsamando a tarde melodiosa
no canto mais ocluto do jardim, mas seu perfume não chegou a mim"

Cantiga do Viúvo

A noite caiu na minh'alma
Fiquei triste sem querer
Uma sombra veio vindo
Veio vindo, me abraçou
Era a sombra de meu bem

Que morreu há tanto tempo
Me abraçou com tanto amor
Me apertou com tanto fogo
Me beijou, me consolou
Depois riu devagarinho
Me disse adeus com a cabeça e saiu
Fechou a porta
Ouvi seus passos na escada
Depois mais nada, acabou

À beira do negro poço
debruço-me, nada alcanço
decerto perdi os olhos
que tinha quando criança.

[...]
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!

Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
[...]



[Lisbon Revisited (1923)]

Não será melhor Não fazer nada? Deixar tudo ir de escantilhão pela vida abaixo Para um naufrágio sem água?
(A vida social é complexa para a minha fraqueza de nervos)
Estou farto de semi-deuses! Onde é que há gente no mundo?

O espelho reflecte certo;
não erra porque não pensa.
Pensar é essencialmente errar.
Errar é essencialmente estar cego e surdo.

Canção final

Oh! se te amei, e quanto!
Mas não foi tanto assim.
Até os deuses claudicam
em nugas de aritmética.
Meço o passado com régua
de exagerar as distâncias.
Tudo tão triste, e o mais triste
é não ter tristeza alguma.
É não venerar os códigos
de acasalar e sofrer.
É viver tempo de sobra
sem que me sobre miragem.
Agora vou-me. Ou me vão?
Ou é vão ir ou não ir?
Oh! se te amei, e quanto,
quer dizer, nem tanto assim.

PROIBIDO PISAR NO GRAMADO
Talvez fosse melhor dizer:
PROIBIDO COMER O GRAMADO

O poeta entra no elevador
O poeta sobe
O poeta fecha-se no quarto
O poeta está melancólico.

– Se eu soubera, dizia Soares, que no fim de tão pouco tempo a senhora me faria beber fel e vinagre, não teria prosseguido em uma paixão que foi o meu castigo. Fernanda, muda e distraída, mirava-se de quando em quando em um psyché, corrigindo o penteado ou simplesmente admirando a esquivança desarrazoada de Fernando. Soares insistia no mesmo tom meio sentimental. Afinal, Fernanda respondia desabridamente, exprobrando-lhe o insulto que fazia à sinceridade dos seus protestos.
– Mas esses protestos, disse Soares, é que eu não ouço; é exatamente o que eu peço; jure que eu estou em erro e fico contente. Há uma hora que lho digo.
– Pois sim...
– O quê?
– Está em erro.
– Fernanda, juras-me isso?
– Juro, sim...

Machado de Assis

Nota: Trecho do conto Fernando e Fernanda (1866).

Ó madrugada, tardas tanto... Vem...
Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta...

Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperanças,
Segundo a velha literatura das sensações.

Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.

Álvaro de Campos

Nota: Trecho do poema "Insónia".

No Ouintana's Bar,
sou assíduo cliente.
É um bar que não é bar,
é um bar diferente.

Se uma águia fende os ares e arrebata
esse que é forma pura e que é suspiro
de terrenas delícias combinadas;
e se essa forma pura, degradando-se,
mais perfeita se eleva, pois atinge
a tortura do embate, no arremate
de uma exaustão suavíssima, tributo
com que se paga o vôo mais cortante;
se, por amor de uma ave, ei-la recusa
o pasto natural aberto aos homens,
e pela via hermética e defesa
vai demandando o cândido alimento
que a alma faminta implora até o extremo;
se esses raptos terríveis se repetem
já nos campos e já pelas noturnas
portas de pérola dúbia das boates;
e se há no beijo estéril um soluço
esquivo e refolhado, cinza em núpcias,
e tudo é triste sob o céu flamante
(que o pecado cristão, ora jungido
ao mistério pagão, mais o alanceia),
baixemos nossos olhos ao desígnio
da natureza ambígua e reticente:
ela tece, dobrando-lhe o amargor,
outra forma de amar no acerbo amor.

Quase sempre a beleza interior é o mais importante. Entretanto, como diria Vinicius de Moraes: "Nem só de recheio se faz um rocambole!"

Quando ela chegar do trabalho cansada, coloque o disco do Vinícius de Moraes que ela gosta, leve o café para ela na cama e faça uma massagem em seus pés. Olhe para ela, mesmo com aquela cara de quem está exausta e diga que ela está linda e o quanto ela é especial para você. Ela adora quando fazem um carinho em seu rosto ou até mesmo quando seguram em suas mãos, ela se sente segura. Quando ela estiver triste, conte piadas sem graça e faça ela rir. Ela é uma pessoa difícil de lidar e tem suas tristezas. Pode parecer difícil para você, mas não desiste dela. Ela é única, especial. Não desiste, cara.

O nome dele era Vinicius, mas não era Vinicius de Moraes e nem qualquer outro Vinicius.
Ele foi meu primeiro amor. Nunca foi a primeira pessoas que eu gostei. Mas amar, amar, o ato de sentir amor, de dizer amar, de estar apaixonada, Isso foi só com ele.
Tudo com ele era mais perfeito, os risos mais verdadeiros, as alegrias mais intensas. O sorriso dele, tinha doçura, leveza, simplicidade, alegria que me alegrava. Ao sorrir seus olhos quase se fechavam. E seus olhos tinham um brilho, mas um brilho próprio, brilho que me fazia lembrar as estrelas. Mas como ? Se nem mesmo as estrelas brilhavam tanto ? E seu beijo, a seu beijo... Não comparo a nenhum outro, era perfeito.
Só sei que foi meu primeiro amor, ou ainda é. Não sei dizer ao certo.

Como se fosse Vinicius de Moraes


''Paris, outono de 73...

Das tardes tristes
E de insanos amores
Recordo-me, apenas,
De tais ardores.
Vagando triste,
Sobre cascalhos,
Folhas secas, isoladas,
Nas tardes frias, ensolaradas
De Paris.
É!
Quem é poeta traz no sangue
O leve gosto da verdadeira
Poesia;
Poesia, aquela,
Que fala da mulher,
Que fala dos sonhos e
'Rubores' de uma
Ardente paixão
Clamada dos bares,
Nas avenidas,
Ou vinda da boca
De um homem só
Em uma praça qualquer.
Dos lugares que passei,
Saudosa Paris,
Hei de me recordar!
Mas sem me esquecer
Da Pátria Mãe Gentil,
De palmeiras, tão sutil,
De favelas, mares, rios.
O verdadeiro poeta não fecha
Uma poesia sem se despedir
Como tal;
Deixando saudades,
Falando aos camaradas
E fechando a corrente de fé.
Assim vou voltando
Em minha nova parceria,
Ainda falando da beleza,
Da mulher e das flores.
Mais uma despedida,
Talvez, sendo esta,
A despedida derradeira,
Despedida de um outono triste,
Aquele outono
Mais de recordações
Verdes e amarelas
Do que outra coisa qualquer.
Pois é!
Como brasileirão,
Em terra estrangeira,
Faço de minha partida
Um contratempo,
Tendo em vista o novo céu,
As novas flores,
E a beleza feminina
Tomada daquela arte angelical.
Findando, então, o sobrenatural
Nada melhor nesta hora
Do que dizer:
Prato principal para brasileiro
Que beija a camisa,
É boa música!''

⁠Sou Mario Quintana, Sou Pablo Nerruda, Sou Vinícius de Moraes, Sou Fernando Pessoa e tantos em um

Mas sou singular

Sou a noite em silêncio perverso
Sou a intensidade da linhas
Sou a pluralidade caótica da minha personalidade
Sou vastidão do mares
Sou maresias das aventuras mais loucas.

Inserida por kaike_machado_1

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