Poemas Vinicius de Moraes de Mar

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As pessoas importantes fazem sempre mal em se divertir à custa dos inferiores. A troça é um jogo, e o jogo pressupõe a igualdade.

A imperfeição é a causa necessária da variedade nos indivíduos da mesma espécie. O perfeito é sempre idêntico e não admite diferenças por excesso ou por defeito.

Os homens geralmente preferem ser enganados com prazer a ser desenganados com dor e desgosto.

A sabedoria é geralmente reputada como pobre, porque não se podem ver os seus tesouros.

Os homens são sempre mais verbosos e fecundos em queixar-se das injúrias do que em agradecer os benefícios.

Não construais estátuas aos vossos heróis, é melhor erguer estátuas às vossas vítimas.

As obras de caridade que se praticam com tibieza e como que a medo, nenhum mérito, nem valor têm.

A estirpe herda-se e a virtude conquista-se; e a virtude vale por si só o que a estirpe não vale.

Se não estás disposto a matar aquele a quem pretendes odiar, não digas que o odeias; estás a prostituir tal palavra.

Uma boa recordação talvez seja cá na Terra mais autêntica do que a felicidade.

A verdade é tão simples que não deleita: são os erros e ficções que pela sua variedade nos encantam.

É tão fácil o prometer, e tão difícil o cumprir, que há bem poucas pessoas que cumpram as suas promessas.

Para não corar diante da sua vítima, o homem, que começou por feri-la, mata-a.

A igualdade repugna de tal modo aos homens que o maior empenho de cada um é distinguir-se ou desigualar-se.

Frequentemente tive a ocasião de observar que quando a beneficência não prejudica o benfeitor, mata o beneficiado.

O apetite do privilégio e o gosto da igualdade, eis as paixões dominantes e contraditórias dos franceses em todas as épocas.

Morte, que mistérios encerras?... Ninguém o sabe... Todos o podem saber... Basta ir ao teu encontro, corajosa, resolutamente, que nenhum mistério existirá já!

A tortura é uma invenção maravilhosa e absolutamente segura para causar a perda de um inocente.

É mais fácil cumprir certos deveres, que buscar razões para justificar-nos de o não ter feito.

A ignorância dócil é desculpável, a presumida e refratária é desprezível e intolerável.