Poemas sobre o Mar
Mares Macia Mariana
De bela pele oblíqua se faz rubro
De cada som estimulante
De cada tom bruto
De cada bruta natureza
Branca, eneveia o toque da pele
Vermelha, de baques de águas calmas
Preto, pérolas se faz o olhar
Azul, de meu mar
Tormento em devaneios
Meus, para os seus
Conflitos em dialetos debatemos
Da Tempestade marítima
Sumica meu amor
Devotada, afogada em tu
Ser, é o livre que passa em suas ondas
Minha maré, meu amar é.
MAR que vem e me agora
Em desespero de olhar
Que vácuo me consola
De saber de vai chegar
E dizer para eu parar de se besta
Em pensar
Mas no fim IRA me amar
No simples NA de Mariana.
Att. Aurora N. Serra de Mendonça
Autismo
Seu olhar parecia perdido.
Vagando no vazio.
O vazio era meu.
Não, seu.
Porém, enquanto te observava
O vazio se transformava
Em um universo infinito de amor,
E a sua risada, que aparecia do nada, me trazia cor.
Seus olhos, verde mar,
Me lembravam, como é bom amar.
Me sentia o ser mais grato do planeta,
Deus me destinou uma estrela.
O autista só poderia ser obra do senhor.
Já que como dizem...
Realmente, Deus é puro amor.
Ai, que vontade que eu tenho de ser feliz
E levar a minha vida do jeito que eu sempre quis
Eu queria ser uma flor mais bela no jardim lá da favela ao morar em frente ao mar
Eu queria dar tudo de bom para ela, pôr um cravo na lapela e sair pra passear
Depois pegar meu barco à vela e navegar, tirar onda nas ondas do mar e não marejar
"Ele não amou você, nunca amou ninguém"
Ele amou
A como ele amou alguém
Mas esse alguém jogou ele no poço
Tão fundo que
O inferno pareceu frio
E o mar pareceu seco
Mas lá
De algum jeito
Ele encontrou uma força
Quem nem ele sabia que tinha
E essa força fez ele prometer
A si mesmo
Que nunca mais
Alguém o faria de novo
Irei vender a morte ao desejo.
Vou vender beijos aos marinheiros, acorrentar as ondas aos pés da minha amada, semear anarquias no vento para que tudo se vá.
Abraçarei uma estrela à noite, ouvirei os segredos de um búzio, sobre a vida que ela leva em alto mar, onde quer que eu pernoite.
Trarei nas mãos castelos de areia, e dentro deles sonhos, cometas, sereias e roletas.
Andarei vagueando e despido no cais, puxarei conversa com os gatos vadios, enquanto vou polindo a vida de um ouriço.
Esperarei pela maré baixa, para que as ondas me tragam as correntes.
A ONDE ME LEVARÁ?
Em suas águas vou nadando
Aos poucos afundando
Bendito seja o dia que nadei nesse mar
Queria navegar
Mas acabei a amar
Ó denso mar
Para onde ira me levar?
Talvez para a eternidade de seu coração?
Ou apenas para toda a sua inimaginável feição
Mas se for me afogar,
Afogue-me em
Suas ondas, pois é lá
Que eu quero estar.
Vivo distraída
Entre meus próprios lamentos
Entre meus próprios tormentos
O mundo precisa de mim?
Sou uma desconhecida
Sou uma nau naufragada
Dentro do meu mar
Dentro do medo de amar
Meus olhos insistem em ser cachoeira
O vento ainda não a dispersou
Sou intensidade altaneira
Inescrupuloso embaraço
Sou o traço
Do riso discreto
Os dentes falhos
A janela aberta
Da imensidão.
Sou estranha às vestes alheias
Mas não sou sozinha
Eu sou multidão.
Os meus olhos ainda persistem
Como jarros d’água
Infinitas fontes
A cruzar as pontes da escuridão
Eu sou a senhora
Sou a meninice
Sou a pausa e o pique
Da imperfeição.
Meus olhos reclamam por vida
Os braços não deixam enxergar
A pele tão destemperada
O fogo aterra a água e o ar.
Eu sou incredulidade
Palavra de quem argumenta
Motivos, sentenças, viagens
Ao grão da pura inocência.
Meus olhos
Estão cansados
De tanto verter um rio
A cada segundo
No seu mais profundo
Mar em desvario.
Moverei montanhas
sem atacar ninguém,
toneladas de terra
sem o braço erguer,
pedras serão plumas
sob a força da mente,
o céu tocarei num segundo
e o fundo do mar me espera,
tudo através de minha pena
pois a poesia é quimera
Quimera e sentimentos,
imaginários ou reais
quero que meus versos
sejam apenas linhas
em bandeiras brancas ao vento,
tremulando em busca da paz
Sinceramente eu não gosto de pensar na morte como se fosse o fim.
Eu venho a espiar da janela e só vejo um mar e as ondas a me soprar.
Coisas do pensamento, a essa loucura já me entreguei!
EU E A OUTRA
Eu sou a outra
que com gestos precisos e comedidos
enxerga a vida com mais dureza
e esquiva - se de todas as quimeras.
Enquanto a outra, … metade mim,
caminha por um campo minado,
derruba paredes que separam,
ainda pasma com o pôr do sol
e com a lua refletida no mar.
Fica zonza ao ler um soneto da Janske.*
Sonha com um amor inominável,
anda de mãos dadas com a saudade
e solta- se…voa com a onírica liberdade.
Sem nenhum disfarce, cutuca uma dor,
cava palavras e verbos
e, sem anestesia,
faz nascer um poema novo.
*Janske - Poetisa nascida em Amsterdã, radicada em Curitiba desde 1958.
Minha alma é vela:
estende-se branca
e inflada ao vento
leva o barco da vida
a navegar para além
dos mares do que sou
deixando os piratas nos cais
naufragando as borrascas
e afundando os tufões
Samba / Canção
Sol
Esse choro que o mundo não vê
Pinga dentro de mim e faz eco
É a chuva que rega meu ser, o solo de um coração infértil
Então o sol, noutro dia vem
Arde minha vista em beleza, e eu choro pra fora também
Deixa pingar, toda chuva que há em você
E que pingue pra fora, para os lábios regar e o sorriso florescer
Essa chuva é feita de sal
Essa chuva é feita do mar
Que habita meu corpo, meu peito, ele vem o meu rosto banhar
Essa chuva é feita de sal
Essa chuva é feita do mar
Que habita meu corpo, meu peito, ele vem o meu rosto banhar
Lava, lava, mar
Meu rosto, meu corpo,
Eu vou recomeçar
Lava, lava, mar
Meu rosto, meu corpo,
Eu vou recomeçar.
Minha cabeça virou nuvens
E deixou-se se levar,
Pela tal brisa do vento
Me perdi, não sei me achar
Fui querer vomitar frases
Que não queriam pular,
Como andar no sol em chamas
Derreti o meu olhar.
Um poeta sem palavras,
Um passo a passo sem chão,
Um passarinho sem asas,
Uma estrela sem clarão,
É igual juntar pedrinhas
Desenhar com elas no ar,
As ondas ondas do mar, pulsantes,
Que só queriam voar.
Diz que vai voltar pra mim quando a noite chegar
Eu sei, falei te odeio, mas cê veio ligar
E agora eu quero um tanto assim
Você e o mar aqui só pra mim
"Ainda me lembro dos seus olhos de mata, com aquele verdejar.
Aqueles olhos verdes, que me remetiam ao mais belo e profundo mar.
O macio da tez, me causa tortura, ao lembrar.
Deveria tê-lo feito, te pedido pra ficar.
A distância que nos separa, me faz ter o doce do seus lábios, somente no sonhar.
Aqui estou eu e ela está lá.
Longe do seu aconchego, sou sofrimento, longe do seu abraço, não tenho um lar.
Sinto falta do negror dos cabelos, que cobriam-me a alma, naquelas noites de luar.
Eu já não sei o que pensar.
A ausência do vermelho dos teus lábios, me afoga como o mais profundo rio, não posso nadar.
Encontro um suspiro nas lembranças, de outrora, ao lhe beijar.
Recordo-me do olhos verdes, que ao fitarem-me, vieram a calma me roubar.
E eu ainda me lembro dos seus olhos de mata, com aquele doce, sereno e profundo, verdejar..."
Um lugar todinho meu!
Quero uma vida assim de simples;
— Um lugar onde ao amanhecer eu poça acordar, ouvindo o barulho das ondas do mar.
— Ao olhar para o quintal, que eu possa ver o encanto dos barquinhos pesqueiros a balançar, como se estivessem a dançar.
— Numa casa linda, e bem ventilada, pela brisa do mar.
— Banhada pelo sol nascente, porque calor não pode faltar.
— Uma casa confortável, para na minha velhice me aconchegar.
— Um lugar prazenteiro, onde os amigos que vierem me visitar, sintam vontade de voltar.
— Onde as tardes na varanda seja pura tranquilidade, tranquilidade de um lar.
— Uma rede preguiçosa pra relaxar, não pode faltar.
— Com caminhadas à beira do mar, para que eu possa exercitar.
— Que tenha um mirante, onde eu possa me assentar, olhar pro horizonte, e ficar extasiada com a beleza do infinito, onde mesclam terra, céu e mar, e que eu possa agradecer a Deus.
Há, Senhor, me surpreendeste, que presente tão bonito.
— Meu recanto a beira mar!
Rosely Meirelles
(2023)
🌹
A vida joga pesado
Acho que a vida gosta de jogar pesado algumas vezes.
Tem momentos que ela te joga em redemoinho em alto-mar e,
quando você pensa que vai se afogar,
ela te puxa e você vem à tona, ela te traz para terra firme de novo.
Em outros momentos ela te joga em fogueira ardente e,
quando você está se queimando e pensa que não vai suportar,
ela resfria para você respirar.
Umbelina Marçal Gadelha (Umbelarte)
A saudade já não dói mais…
As lembranças vem e me abraçam, trazendo uma onda de sentimentos incríveis dos momentos em que estivemos juntos, mas ao se aproximar da praia a onda quebra e sem resistência ela acaricia a areia voltando para a escuridão do oceano que existe dentro de mim.
Se você observar em pleno silêncio e se permitir ouvir com o coração, poderá escutar na brisa suave trazida pelo mar a minha alma sussurrar, "Para sempre vou te amar…"
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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