Poemas sobre música

Entre nossos risos e tretas
Espinhos e violetas
Nosso momento de loucura um tanto um quanto caretas
Você querendo mudar de vestido
E eu querendo mudar de planeta

Superar não é tão fácil
Mas se torna necessário
E por questão de honra
Se eu fosse você deixava isso enterrado
Você tem que seguir em frente

Pai, eu amo Sua presença
Teu sorriso é vida em mim
Eu seguro em Suas mãos
Confio em Ti

Meu coração é vagabundo
Samba na ponta do pé
Se envolve com todo mundo
Fica fora só quem quer

Mas você benzin
É o meu denguin
E quando chega a noite
Eu só quero te ver

Vou contar um segredo
Eu quebrei meu relógio
Só conto os segundos
Se eles forem nossos

Você não vai ficar comigo?
Porque você é tudo de que eu preciso
Isso não é amor, é fácil de enxergar
Mas, querido, fique comigo

Eu gosto de andar sozinho
Não ligo se você vier comigo
Traz a mala, traz tudo que te faz ficar em casa
Não esquece nada, não esquece nada
Previsão pra volta, isso eu não tenho
A gente sai às dez contando que o mundo é pequeno
Ingênuo demais eu sei que sou
Afinal somos jovens e não tem nada de errado

Você tocando é o melhor argumento que já ouvi para a existência de Deus, porque realmente não acredito que um ser humano possa fazer isso sozinho.

(sobre Yo Yo Ma que tocaria no seu funeral)

Ela fez carinho nas cicatrizes
Na sobrancelha e nos dedos
Disse que eu sou preto divino
E humanos nunca matam deuses

Que negócio é esse daí?
É mulher?
Que bicho que é?
Prazer, eu sou arte, meu querido
Então pode me aplaudir de pé

A vida parece tão patética
Eu gostaria de deixar tudo para trás
Esta cadeira, esta cama
Estas paredes que caem em minha mente

Componho pra não me decompor
Poeta maldito perito na arte
De Arthur Rimbaud
Garçom, traz outra dose, por favor
Que eu tô
Entre o Machado de Assis e o Xangô

E a gente plantou o nosso amor
E Iemanjá regou
Pra gente nunca mais separar
E não parar de se amar

⁠Vem e trás o teu jeito de pensar e imaginar
Que tudo é possível se tentar
Deixa a Lua iluminar nós dois
Nós dois
Trago o teu amor
Em um carro voador

Não sou rosa, não sou pura
Não sou dele e não sou sua
Meu caminho tem mais espinhos
Que a própria rosa nua

Cada fim do dia é como se o mundo acabasse pra começar de novo
Assistimos o fim do mundo toda noite de camarote
Com os pés na janela e as pernas entrelaçadas
Vendo as estrelas cochicharem todos os segredos do mundo entre elas

Gente feliz não se incomoda com pouco
Eu acho que a felicidade não vem só
Os meus amigos eu escolho, são sócios
Da alegria que eu gosto de levar

Gente feliz não se incomoda com os outros
Cada um tem sua maneira de existir
Se cuide para não ficar amargurado
Não seja o tipo que reclama e fica sentado

E se caso for
Eu posso esperar
A chuva passar
Pra recomeçar
E se caso for
De ter que esperar
A chuva se vai
Pra tudo recomeçar

O que me impede de sorrir
É tudo que eu já perdi
Eu fechei os olhos e pedi
Para quando abrir a dor não estar aqui, mas
Sei que não é fácil assim, mas
Vou aprender no fim
Minhas mãos se unem para que
Tirem do meu peito o que é de ruim

Ai, meu Deus
Bem que a minha mãe me avisou
Que eu ia conhecer o amor
E deixaria ele ir embora
Se você me amar demais
Eu paro de te amar
Um amor fácil me apavora

Ai, meu Deus, eu vou morrer sozinho
Se eu continuar nesse caminho
De não deixar ninguém me amar