Poemas sobre Livro
O porvir
Um dia estará com Ele no paraíso.
Em seu vestido luminoso tal qual o céu.
E a coroa que o Rei lhe coroar,
a fará chorar por lembrar das promessas
e do tempo da sua dor.
Vai sentir ter valido a pena,
tudo ter sofrido, tudo ter chorado.
E na mansão celestial , finalmente
e para sempre, pousaras tuas pegadas,
passo a passo na caminhada.
E não mais a morte, e não mais contar com a sorte...
Não mais o fim e não mais a dor.
Agora já está com o Senhor,
aquele que te prometeu um belo porvir
é fiel para cumprir. E não mais a morte
e não mais contar com essa maldita sorte.
SONHOS
Alguns sonham em ser deuses
Assim como os jardins de violetas
Sonham em ser uma floresta de rosas;
O riacho sonha em ser mar
E o mar se transborda à praia
Porque o que quer mesmo
E alcançar a mais linda pérola.
E assim continuemos com nossos sonhos.
Sejam pequenos ou grandes,
Não demoremos porque as violetas
Fenecem, assim as rosas também,
O riacho e o mar...
Mas sempre haverá um grão dentro da ostra.
METAFORANDO
A vida vai caminhando por entre os rostos
E os caminhos são longos, outros são metades-caminhos
Podem ser largos e também estreitos,
ora de acabam, ora iniciam-se.
E a vida vai criando metaforicamente caminhos na face.
SÓ DEUS TEM O ORIGINAL
E a vida vai criando caminhos nas faces,
e estradas nas plantas dos pés,
e que sejam lindos os caminhos
e imensas as estradas.
O tempo
Que dirão os corações ao tempo que passa
Se não há mais tempo de pronunciar com os lábios?
Então acenam-se as mãos para que fique
E não há como o tempo prestar atenção
Pois seu olhar é sempre à frente.
Que dirão os corações?
Enquanto as lágrimas andam pelos caminhos da face
E vai se esconder em um rio que mora nos lábios...
O tempo olha a cena e passa, porque não há tempo para contracenar.
Joana de Oviedo – direitos reservados
PARA ALÉM DE UM LUGAR
Por onde tens andado?
Oh, anjo de asas douradas
Acaso, tens caminhado
Onde começa e acaba a madrugada?
Para além de um lugar tens pousado
Em que a primavera premente
Cultiva uma única flor estranha
Em que fazes teu vinho
Acre-doce, ora fino e também triste
a servires nas taças dos querubins
Que voarão sobre a terça parte da terra
E ferirão os povos nas faces, nas mãos.
Derramar-te-ás esse cálice a mim?
Oh, anjo de asas douradas
Tu tens a chave desse segredo
Em que se abre o livro do começo e do fim.
Então... Dize-me, o que é isso?
esse fim que a tudo consome
isso deve ter um nome.
AS BORBOLETAS
E as borboletas ainda voam
Às tardezinhas roubando de algum jardim
palavras ao meu poema
E trazem assim, tênue uma a uma,
as palavras, Nem percebem
que o que me faz escrever
são as asas que voam fremente ao vento.
Sem esse compromisso de dizer
ou mostrar-se contente.
Sem a ânsia de viver sabendo que logo
Irá nascer do casulo ou renascer.
E as borboletas se vão aos jardins
Para morrerem feito palavras no papel.
PALAVRAS DESNECESSÁRIAS
Palavras são desnecessárias
Mas não viveremos sem pronunciá-las;
E a pronunciamos com algum intuito fortuito
Ou mesmo sem nenhum
Para um futuro que não sabemos
se teremos.
Palavras...
Desnecessárias!
CADEIA ALIMENTAR
E assim eles olham
E assim eles oram
Quando olham,
Espera que alguém lhes
tragam saciedade
Quando oram, esperam
Que o maná virá do céu
E olham e oram
E logo tornar-se-ão o maná
de outros bichos.
NOSSO ENCONTRO
Eu tenho um encontro
Tenho um encontro marcado com você
Um encontro
marcado
com você
No banco da praça...
______________________
Era um encontro marcado
com você
Que não tinha um encontro marcado
Na praça onde eu marquei
um encontro de você comigo.
O TEMPO NAS TAÇAS
Levantemos as taças
de bordas finas e linhas douradas!
Não se toma sozinho o vinho da paixão
Assim como não se olha as estrelas em solidão.
Não se vai a um jardim florido sem roubar uma flor
porque o tempo é só passagem.
Tão breve , apenas miragem.
Então, Exibimos nossos copos
Às distantes estrelas!
E o vinho bebamos.
O jardim ?
O tempo é que decide se ainda vamos vê-lo.
POR TI
Por ti quase morri.
Não sei mais viver sem ti
As miseráveis noites eufóricas e metafóricas
que a vida transformou
em dilemas, rimas
e poemas.
E eu as escrevi,
sentindo os açoites da madrugada,
enquanto dormias, em sua alcova perfumada.
ouvindo o vento lá fora ditando-me palavras,
Dos dilemas nos poemas!
Por ti, por amor, sobrevivi.
Internauta
Em Google e mais nada:
com fé intrinseca, fervor religioso.
Sem piedade, cada hora de prece,
os dedos no teclado.
Sua honestidade de tantas verdades,
sua fidelidade incondicional
a minha curiosidade.
Falta preconceito em todo esse conceito.
Com isso ele estende a mão,
ignorando seu rosto.
Chama cada coisa pelo nome.
Arremata, explica e exibe tudo o que o homem entende.
Reconstrói, com versões, a sabedoria humana
tão acostumada a julgar.
Moral x ética
A ética é a parte da filosofia que estuda os fundamentos da moral.
É um substantivo enquanto a moral está em torno de todas coisas que circulam em torno de cada ser humano. Com todo esse sal o adjetivo amoral não era para ser mais inocente?! Quando a ética está rodando dentro da moral a lei é justa, teoricamente.
A ética não é burocrática só por causa dos romanos, o latim disse que estava tentando traduzir o grego e não consegue explicar.
Por que eu acho que o filosofo é mais digno que o poeta?
eu sempre fui..
Ta na ginga, um charme
explode tudo naquele sorriso
no mínimo em cada linha, tudo escrito com som.
