Poemas sobre Apoiar o outro
Sobre o meu passado
Foi a base para eu alcançar.
Estou vivendo no futuro
Esperando o meu presente chegar
A natureza tece a roupagem
que estampa sobre as floradas;
as borboletas, na paisagem,
mais parecem pétalas aladas.
O hoje. Ah! O hoje! Às vezes me pego em juízo sobre isso.
Certo dia, cheguei à nobre conclusão de que "o hoje" nada mais é que um presente de Deus. Um presente dado sem que te peçam nada em troca. Aliás, somente a você cabe a postura exata frente a este presente.
O hoje é como disseram um dia, é a materialização do começo, do recomeço, do refazer-se, do início, dos reinícios! Se o tempo é um cenário preparado para nos inserirmos, façamos do hoje a nossa melhor interpretação. Um show para nós mesmos recheado de aplausos vindo da nossa consciência.
Não cabem freios inúteis no hoje. Não cabem as paradas desnecessárias que obstacularizam a felicidade sem qualquer razão plausível. Não cabe a normose parva que te leva a uma adaptação às coisas inúteis. Só a verdadeira felicidade é útil ao homem.
Não economize beijos, abraços apertados, palavras de carinho, solidariedade pura e simples, novas possibilidades, novos encontros. Só chegaremos ao nosso âmago, à nossa essência através das relações humanas e as relações humanas nas suas diversas searas, é a mais pura forma de atrito. Então, ATRITE-SE! Ame, se entregue às paixões, saia da zona de conforto da monotonia paralisante, da mediocridade absurda que vem do medo.
Foque suas preocupações no hoje! O que passou virou história e o futuro é uma incógnita sediada na vontade de Deus. Destarte, VIVA, brinque, chore e se decepcione (se for o caso).
A única coisa que te fará humano é o sentir. Então faça do seu hoje um turbilhão de sentimentos. E quando a cabeça desocupar das coisas que te foram inúteis, só se arrependerá do beijo que não deu, do abraço que nunca abraçou, do amor que não foi seu.
o amor profano,
e assim delicioso tocar cada parte do seu corpo,
deleitando sobre tudo as gostas de desejo,
alem do amor a dor do desejos secretos,
na magia do teu corpo, muitos gemidos,
sentimentos impuros, devoram a alma
até que a morte seja único destino.
Sobre o roceiro:
Dizem que nóis é Jacu
E até que nóis é burro
Burro tem muita serventia
Labuta por todo dia
Não tem tempo pra frescura
Trabaia de sol a sol
Pra sustentar os cheios de "Curtura"
Porque se nóis num trabaiá
Sua barriga vai roncar
Vai ficar cheia de ar
E ocê vai pra sepurtura.
Sobre lugares além das nossas dores
Para além da dor há lugares de paz,
onde todas as nossas mortes,
sejam as definitivas, dos nossos ausentes,
ou nossos falecimentos diários, rotineiros,
se acomodarão, cantando com os rouxinóis,
Nesse dia haverá permissão para sorrir,
sentiremos os perfumes que sumiram,
as músicas que calaram,
o coração, aquietado, sairá do seu mergulho
através de nossas mãos e olhos,
ferveremos a água, sentaremos para um café,
ouvindo do entardecer palavras de amor
Sobre Despedidas
Me despeço de você, silenciosamente,
tenho medo que algum barulho atrapalhe essa dor,
sua morte me concede o direito de recusar a pressa,
me fala da vida, dessa loucura que é viver,
da correria que tira nossos olhos pra quem está ao lado,
do corpo cansado, exausto, sem pausas,
sua morte me fala de um sentido nem sempre sentido,
da quietude da noite, esse lugar em que me dispo,
e fico diante de quem fui e de quem sou,
me despeço de você, silenciosamente,
um jeito de fazer uso da sua partida,
devolvendo, todos os dias, alma pra minha vida,
tocando o riacho, sentindo a brisa,
conversando com a lua, brincando com as árvores,
sentindo saudade, muita saudade,
dando lugar pra tristeza porque também é um jeito de amar...
Sobre esperas sem chegadas
Nos dias em que me debruço sobre minhas esperas outras mortes se achegam e repousam nos cômodos de casa. Não há chegadas, a porta não se abriu na minha ausência, as coisas foram mantidas como deixei, não houve desordem, barulho ou sinais de outros passos pela casa. O amor se despede e deixa seu barulho nos meus silêncios, nessa ordem que obedece somente as minhas mãos, nos copos repousados sem mãos que os busquem, roupas cansadas sem uso, o café feito em demasia. Aqui dentro, na alma, essa ordem escapa, abro todos os espaços para que você entre, bagunce, dance, me agasalhe e depois possa voar, me deixar de um jeito que fique...
Sobre amar
Poucas pessoas tem autoridade para falar sobre amor. Poucas realmente entendem seu verdadeiro sentido, e eu mesma me coloco nessa equação. Amar não é ter certeza que se está amando; aliás, amar é não se ter certeza de nada. Amar é querer desesperadamente alguém ao seu lado, mesmo que isso ultrapasse as linhas saudáveis, é arriscar mesmo as coisas mais valiosas pelo sentimento, é tentar e quebrar a cara, é não tentar e quebrar a cara, mesmo sabendo que tudo isso é um erro... quem nunca fez uma coisa dessas? Quem pode julgar outra pessoa por fazer o mesmo? Quem nunca questionou se algo que tanto machucava poderia ser mesmo um sentimento que deveria fazer bem? Amor também é dúvida, ilusão, apego e cegueira... amor é transformação, por isso insistimos tanto nele. Ele não só nos transforma em quem queríamos ser, ele nos revela quem realmente somos, ao mesmo tempo em que nos sujeita a situações que nunca queríamos passar... amor é confusão, é erro e acerto. Amor é escolher entre a razão e o coração, e as vezes há mais amor na razão que se possa imaginar... porque ela não mente, não ilude e não sonha como o coração. Ela vê o amor cru, exatamente como ele é, com os motivos pelos quais ele aconteceu. O coração é mais traiçoeiro, cria o que você quer ver, inventa as desculpas que você quer acreditar, e faz parecer altruísta até mesmo os atos mais egoístas que você faz. Sabedoria é saber discernir as situações em que os dois caminhos se aplicam, e aceitar com generosidade o rumo que sua história resolver seguir! Porque não há nada mais altruísta que deixar um amor seguir seu rumo e acabar com a mesma beleza que começou, e nada mais corajoso que lutar por aquilo que você pede a Deus todos os dias! Amar não é resistir até o fim, é saber reconhecer o fim e, se ainda se revelar vida restante, arriscar todas as suas fichas em algo que ninguém pode te julgar por ir atrás!
Rascunho do pensamento sobre a beleza.
Nunca hei de negar ser um admirador da beleza feminina. Não é a admiração carnal, fissurada e faminta, cheia de desejos implícitos. Essa a qual possuo é dotada de inumerosos detalhes que encantam além dos olhos.
Há quem acredita que para ser belo basta ajeitar algo aqui e ali como ocorre na lapidação de brutos diamantes.
— Não! Não me venha com lapidações em diamantes! A beleza sempre existe, mas somente é aparente quando aceita pela pessoa portadora. Se pinte, enfeite e vista o que lhe é confortável. Acredite que o que você possui é belo, e assim será.
Umas se enfeitam com adornos, cores e geometrias, outras com despidos em peles à mostra, decotes, olhares e sorrisos.
E é estranho poder sentir algo que não convém aos cinco enumerados sentidos: a emoção. Ou o volume incontável, inumerável e imensurável que existente no que é belo. Como quantificá-lo?
Quanta beleza tem uma pessoa que nos empedra com um sorriso aceso ou pelo envolto abraço de um perfume bom e ainda, imagine só, tudo isso acompanhado de um olhar radiante e fixo como um céu limpo, enigmático e estrelado.
Já encontrou alguém assim?
Conte-me...
Conte-me...
Sobre esse mistério que ti cerca.
Sobre seus desejos mais ocultos.
Sobre seu olhar que me devora.
Sobre esse sentimento que no seu peito aflora.
Conte-me...
Sobre seu corpo que me deseja.
Sobre sua boca que me persegue.
Sobre seus pensamentos mais pervertidos.
Conte-me...
Por que me torturas com esse silêncio premeditado?
Com seu cheiro que me embriaga?
Com esse sorriso provocante?
E com esse desejo contido?
Conte-me...
Por que não acaba logo com isso?
Por que não me toca? Não me abraça? E não me beija?
Por que não me tens logo em seus braços, se é disso que preciso?
Conte-me...
Sobre seus anceios. Sobre suas desilusoes.
Sobre seus medos.
E deixe que eu decida, se vai valer a pena, correr todos os riscos.
Conte-me...
O que devo fazer, para ter com você ao menos uma noite de prazer.
Conte-me...
Apenas conte-me...
SOBRE AUTOESTIMA, AMOR-PRÓPRIO E RECIPROCIDADE
Sempre haverá um será? Será que vale a pena lutar por aquilo que você tanto deseja ou quem você deseja? Será que vale a pena amar sozinho? Ou melhor, sonhar e imaginar sozinho.... SOLIDÃO E SILÊNCIO são o caminho? Será que não é destino ou imposição de nossa mente criativa e produtiva? RECIPROCIDADE é solução ou prioridade? Mais uma vez penso: IMPOSIÇÃO, com certeza. AUTOESTIMA nos faz bem né? E o AMOR-PRÓPRIO? Penso que se amando você pode pensar, agir e viver melhor, autoestima é prioridade, você tem que ser você e jamais ser quem você não é só porque lhe foi imposto. Assim, mude de ares, conheça pessoas reais e verdadeiras, a vida não é um jogo e nem uma peça de teatro, embora, muitas vezes a impressão é que estamos em um tablado ou em um tabuleiro. ENTÃO!!!!!! Saia de cena, desapegue de coisas e pessoas que não mudam nem tem intenção de mudar a sua vida. LUTE por você, por alguém ou alguma coisa que mereça você. Esqueça os impossíveis e lute, corra e viva pelos POSSÍVEIS. Ontem aprendi isso, infelizmente não vale a pena perder tempo.
Fome...
Uma têm e morre por causa dela.
Outra não têm e a leva para morar em sua casas.
Sobre a ditadura da beleza
Está ao nosso alcance
mudar as nossas vibrações mentais.
Nós exercemos o domínio sobre nossos
pensamentos, e não o contrário.
Pensar, agir, reagir
com equilíbrio e moderação
facilita o existir e também,
acende em nós a chama do bem.
Cika Parolin
SOBRE O EU
Pergunta: Se não sou a mente, a alma, o corpo, então, quem
está aqui? Sinto ser tudo isso e aqui reparo não ser.
Sinto uma enorme divisão.
Siddhartha Responde:
A divisão não existe! A não ser como subproduto da
incerteza.
Não olhe para a divisão, mas para onde a incerteza torna-se
um pesadelo. Verá que a incerteza também é existencial,
abençoada.
Tudo, na verdade, além da interpretação é livre.
Tudo que é interpretado, uma prisão.
Aquilo que a ilógica segue é ilimitado.
Aquilo que é produzido na ofi cina da lógica é limitado.
Não existe divisão porque não há como estar em dois
lugares ao mesmo tempo.
Aceite suas escolhas mesmo que elas sejam loucas ou
insensatas, que elas parecem sem responsabilidade ou
imperfeitas, e verá que não existe divisão, mas união.
Teu existir nunca foi dois, nem um. Mas nenhum!
Sobre a Crise
São nos momentos mais difíceis que surgem as melhores oportunidades. Levante a cabeça, assim será mais fácil enxergar novas possibilidades. Não desanime diante dos obstáculos e siga firme em sua busca pelo sucesso.
Poema eterno
Te amo além de mim
Além de tudo que se vê
Sobre todas as coisas
Sobre todo porque
Amor além do fim
História sem o meio
Sobrevive ao infinito
Além de tudo creio
Que de todos é o mais bonito
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEMPO – A trilogia do Viver
O inesperado pode roubar-nos o presente; as mudanças, desviar-nos completamente do futuro; mas o PASSADO jamais nos é tirado, por onde quer que sigamos e até o último momento.
A relevância do FUTURO não consiste em vê-lo concretizado ou não, mas em emprestar sabor ao presente e converter-nos em molas propulsoras para buscá-lo neste exato e mais recente amanhecer.
O PRESENTE só faz sentido como resultado direto de toda uma história que construímos para chegar até ele, e atinge seu ponto máximo quando cada partícula do agora chega plena de prazer no exato momento entre o último que se foi e o primeiro que o seguirá.
Um discípulo perguntou a um velho sábio sobre quem vinha primeiro, se era a energia ou a força. E com a serenidade costumeira a resposta do ancião pareceu cheia de complexidade para um entendimento superficial sem os mecanismos da reflexão profunda:
"Sem energia perdemos a força - respondeu-lhe o velho homem -, no entanto, você pode estar pensando que é a força que produz energia. Mas veja bem que não há força sem energia. Neste caso, precisamos descobrir o que é causa e o que é efeito. Não nos parece aquela mesma história de quem veio primeiro se foi o ovo ou a galinha? Então, onde estaria a energia neste caso? Porque a energia que a força produz é secundária, e a força que a energia produz é a força primeira ainda misteriosa como a própria luz. Observe que a luz também é efeito, pois a causa é a energia.", completou o mestre.
E o discípulo ouvindo tudo aquilo, não teve força para replicar, porque estava psicologicamente esgotado, sem energia para raciocinar.
“Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é”.
( Alberto Caeiro [Heterônimo de Fernando Pessoa], In Poemas Inconjuntos - In Poesia, Assírio e Alvim, ed. Fernando Cabral Martins, Richard Zenith, 2001.)
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