Poemas sobre Alma

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Quem guarda a alma serena
Percebe o outro a florescer;
Sente a dor que nele acena
E estende a mão sem dizer.

A paz brota onde há espaço
Para o velho se render.
É no desatar de um laço
Que a alma volta a crescer.

Na serenidade, há um lume
Que acalma a pressa de agir;
É nele que a alma assume
O tempo certo de servir.

Na boa, às vezes a vida dá uma travada na nossa alma. A gente sente o peso, a dúvida, o vazio que ninguém vê.

Mas o segredo não é fingir força, é continuar mesmo fraco.
Porque quem segue em frente na fraqueza, quando tudo diz que não, esse sim aprende o valor da própria coragem.

E no fim das contas, a maior vitória não é vencer o mundo lá fora.
É vencer os medos que tentam derrubar a gente por dentro.

A Triade do sucesso.
O Corpo a mente e a alma.
O Corpo precisa:
Alimentação, Sono, Água, Atividades físicas.
A Mente precisa:
Direcionar as energias, boas informações, bom humor e meditação.
A Alma precisa:
Oração, conexão com Deus.

A aflição é aquele nó silencioso que aperta a alma quando tudo parece escapar por entre os dedos. Ela chega sem pedir licença e, de repente, o mundo parece pequeno demais para comportar nossas inquietações. Mas, por mais sufocante que seja, a aflição não é o fim — é um chamado profundo para olharmos com mais atenção para o que falta, para o que dói, para o que ainda precisa ser entendido dentro de nós.

É nesse aperto que descobrimos nossa capacidade de respirar fundo quando o ar parece escasso. A aflição nos obriga a desacelerar, a escutar o que a vida sussurra por trás do caos. E, aos poucos, percebemos que nenhum turbilhão é eterno: até as tempestades mais ferozes cedem espaço ao céu limpo.

Você não precisa enfrentar tudo sozinho. A aflição não diminui sua força; ela revela sua sensibilidade, sua coragem de sentir intensamente. É uma travessia — e cada travessia tem um outro lado esperando por você.

Permita-se ser gentil consigo mesmo enquanto caminha por esse trecho mais estreito. Cada passo, por menor que pareça, é prova da sua resistência. E quando a aflição enfim se dissolver, você perceberá que não saiu dela menor: saiu mais consciente, mais firme, mais vivo.

VAMOS ESCULPIR NOSSA ALMA?

As pessoas hoje em dia estão dando tanta importância ao conteúdo externo…
e nem se tocam que o corpo é efêmero e em breve se desfaz…
virando cinzas e pó e no túmulo apenas uma frase:
- Aqui um corpo esculpido jaz, porque a alma e o cérebro já se foram há muito tempo atrás…

MONTANDO PEÇAS...

Sou uma alma acoplada num corpo efêmero e todos os dias ao acordar…
fico revirando dentro dele pedaços de um tempo que ficou pra trás…
Como se fossem peças de um quebra cabeças que tento montar…
E quando conseguir montar?
- Deixarei minha história de vida para alguém contar…

Tão longe de mim


Tão longe de mim
E tão perto que Minh 'alma sente
É como se a distancia não existisse
Vejo você tão presente.


S. Salla

Menino de Sol e Vento

Num canto qualquer da rua encantada,
dançava um menino de alma dourada.
Cabelos cacheados, nuvem em espiral,
como se o vento pintasse um vendaval.

Olhos castanhos, cor de aconchego,
onde mora a calma e também o apego.
Brilham como tarde em fim de verão,
com o calor do mundo em seu coração.

Riso leve, quase cantiga,
voz pequena que o tempo abriga.
Passa entre folhas, corre com o chão,
como quem guarda segredos na mão.

Ele sonha alto, mesmo sem saber,
que em seu olhar há tanto por ver.
É feito esperança que não se desfaz,
menino de luz, de amor e de paz.

Cacheado de sonhos, castanho de céu,
carrega a ternura como um anel.
E onde passar, deixa poesia,
como quem vive pra ser alegria.

Com efeito, todos os homens concebem, não só no corpo como também na alma, e quando chegam a certa idade, é dar à luz que deseja a nossa natureza. Mas ocorrer isso no que é inadequado é impossível. E o feio é inadequado a tudo o que é
divino, enquanto o belo é adequado. Moira então e Ilitia do nascimento é a Beleza. Por isso, quando do belo se aproxima o que está em concepção, acalma-se, e de júbilo transborda, e dá à luz e gera; quando porém é do feio que se aproxima, sombrio e aflito contrai-se, afasta-se, recolhe-se e não gera, mas, retendo o que concebeu, penosamente o carrega. Daí é que ao que está prenhe e já intumescido é grande o alvoroço que lhe vem à vista do belo, que de uma grande dor liberta o que está prenhe.

(Em "O Banquete")

Há um cárcere pior que a solidão:
É o corpo que respira contra a vontade da alma que já se apagou.
Maldito quem é dono de um coração que bate
e de um espírito que já assinou sua rendição,
sem permissão para que um silêncio definitivo
sepulte o que a vida já consumiu.

LUZ DO SOL


Luz do sol que irradia na alma.
Canções que transbordam calma.
Dia bonito combina com poesia.
Sensações que despertam frenesia...
E uma vontade louca de viver.
E de sentir. Se permitir. Fascinar.
Deixar de ser refém do medo.
Consentir a vida transformar.
Luz que brilha lá fora...
Também reflete dentro do peito.
E faz a gente voltar a acreditar.
Pois, se ter coragem for defeito.
Eu prefiro 'errar' direito...
Do que apenas existir,
Ou passar a vida sem sentir.
Sem sonhar, sem amar...


Fim
Carol Brunel

Roça minha Roça


Ahhh, esses dias que vivi na roça encantada,
Foram bálsamo pra alma, descanso pra jornada.
Um cantinho de paraíso que faz o peito estremecer,
Trazendo uma vontade imensa de da cidade me esquecer.


Porque essa cidade louca, barulhenta, apressada,
Onde tudo tem que ser feio, urgente, feito a pancada,
Já não acolhe meu sonho, já não ampara meu ser;
E o coração sussurra baixo: “volta pra roça, vai viver.”


Na roça o tempo desacelera, respira em paz,
Nada corre desvairado, nada exige jamais.
O galo canta firme anunciando a aurora,
E cada canto de pássaro é poesia que aflora.


Os passarinhos cruzam o céu em voo certeiro,
Colorindo o horizonte com um toque verdadeiro.
No rio, os peixes pulam sem medo, sem pressa,
Como quem dança com a água e com ela se confessa.


A gambá atravessa o campo com seus filhinhos,
Entre o capim orvalhado e os matos caminhos.
É cena singela que emociona só de olhar,
Um milagre cotidiano que só a roça pode dar.


E eu, sentada na rede, a balançar devagarinho,
Deixo que o vento me conte histórias no caminho.
Nos primeiros raios de sol, sinto a vida me tocar,
Como se Deus ali dissesse: “Filha, podes descansar.”


O cheiro da terra molhada invade o meu peito,
E cada detalhe do lugar parece estar no seu perfeito.
Há um silêncio que abraça, uma calma que aquieta,
Um aconchego que cura, que limpa, que completa.


Respiro fundo… e em cada sopro eu sinto chegar
Uma certeza doce, difícil até de explicar:
Que não sou só visitante, nem mera admiradora,
Sou parte dessa obra-prima, dessa terra acolhedora.


Porque nesse lugar divino, nesse canto abençoado,
Percebo que sou raiz, sou vida, sou passado.
E quando a manhã se abre em luz e cintilante cor,
Entendo de uma vez que ali também floresce o meu amor.

⁠A verdadeira religião não se exibe no altar, mas no silêncio da alma que ama até o inimigo.




EduardoSantiago

A melancolia é o eco silencioso das histórias que nossa alma esqueceu de contar — e que insiste em sussurrar nas noites vazias.⁠




EduardoSantiago

Na neblina, o mundo se despede das formas — e a alma é convidada a enxergar com os olhos do invisível.


EduardoSantiago

No crepúsculo, o dia entrega seus segredos à noite, e é ali que a alma percebe o peso silencioso de tudo que nunca foi dito.


EduardoSantiago

Carta à minha alma gêmea


Ainda que eu não saiba teu nome, teu rosto vive em mim como um eco antigo. Há algo em mim que te reconhece, mesmo sem nunca ter te tocado.


Talvez sejamos feitos da mesma luz, do mesmo silêncio que dança entre as estrelas. Quando o mundo pesa, é tua lembrança que me alivia, como se tua existência me soprasse coragem.


Não te busco com pressa, porque sei que o tempo da alma é diferente. Mas quando nossos caminhos se cruzarem, não haverá dúvida — só um profundo “enfim”.


E se já nos encontramos, que essa carta te alcance como um sussurro, lembrando que o amor verdadeiro não precisa de provas — só de presença.


Com tudo que sou, com tudo que ainda serei, te espero com leveza, como quem espera a primavera.

Vestes da Alma


Na seda que cobre o rosto, não há disfarce — há revelação. A vestimenta não oculta, ela molda o espaço onde o olhar respira.


Os olhos, espelhos do invisível, falam com o ar, sem som, sem pressa. São letras desenhadas no vento, caligrafias da alma em movimento.


Em árabe, dançam como poeira dourada: العيون مرآة الروح — os olhos são espelho do espírito. Em hebraico, gravam luz no silêncio: העיניים מראה לנשמה — o olhar revela a essência. Em sânscrito, flutuam como mantras: नेत्राणां प्रधानं मानं — os olhos medem o coração.


E assim, entre véus e vozes, a alma se veste de mistério, mas nunca se esconde. Ela se mostra — nos olhos que sabem falar com o ar.