Poemas sobre a Ironia do Sorte
"_ O que ensinam pra você na escola Hans-Thomas?
_ Perguntou meu pai.
_ A ficar sentado na carteira sem perguntar nada.
_ Respondi.
_ Está aí uma coisa tão difícil que a gente precisa de anos para aprender."
É o brotar de uma rosa pequena,
Brota de uma tenra raiz.
Nos cantos antigos anunciada,
Fruto de Jessé prometido.
A rosa, pequena e frágil,
abre-se à luz
Com o frio do Inverno
Na escuridão da noite
Rosa, tão pequena,
Enche-nos
do teu doce perfume.
Com o teu brilho claro
Afasta a escuridão.
Verdadeiro homem
e verdadeiro Deus,
Auxílio na nossa dor
Que vens para nos libertar
do pecado e da morte
Ó Jesus!
Que a tua ajuda nos acompanhe
Até à sala do banquete
Do Reino do teu Pai,
Onde para sempre
te louvaremos!
Senhor!
É o que te pedimos.
"Enquanto Espero"
Estou esperando, estou esperando por Ti,
Embora seja doloroso, estou esperando por Ti,
Embora seja doloroso, mas pacientemente esperarei.
Eu seguirei em frente com ousadia e confiança
Dando cada passo em obediência.
Enquanto espero, eu O seguirei
Enquanto espero, eu adorarei
Enquanto espero, eu não falharei,
Eu continuo a caminhar mesmo enquanto espero
Estou esperando, estou esperando por Ti Senhor,
E eu estou em paz, estou esperando por Ti Senhor,
Pois não é fácil, mas realmente eu esperarei, sim esperarei
Vou seguir em frente com ousadia e confiança,
Dando cada passo em obediência
Enquanto espero, eu O seguirei
Enquanto espero, eu adorarei
Enquanto espero, eu não falharei,
Eu continuo a caminhar mesmo enquanto espero
Vou seguir em frente com ousadia e confiança,
Dando cada passo em obediência
Enquanto espero, eu O seguirei
Enquanto espero, eu adorarei
Enquanto espero, eu não falharei
Enquanto espero, eu O seguirei
Enquanto espero, eu adorarei
Enquanto espero, eu O seguirei
Enquanto espero, eu adorarei
Enquanto espero, eu O servirei
Enquanto espero, eu O seguirei
Enquanto espero, eu adorarei
Enquanto espero, eu O servirei
Enquanto espero, eu O seguirei
Enquanto espero, eu adorarei
Pega minha mão, abre o coração
pro novo amor chegar
Pega minha mão, me leve para algum lugar
deixe o amor entrar
Jesus foi e é o maior símbolo de obediência e humildade. Ele tinha e tem uma grande sabedoria de vida, chegando a plantar a semente do bem, da humildade, do que é certo, no coração das pessoas por onde passava com suas lindas pregações e provérbios. Seu conhecimento era e é superior a todos.
Sua sabedoria seu modo de praticar a verdade e os ensinamentos de Deus. Jesus teve medo da morte? Sim, ele era homem, humano, tinha carne, órgãos, ossos… Chegou a pedir que afastasse esse cálice,mas, sua obediência, e confiança em Deus, “contudo não faça a minha vontade,mas a tua,” foi o que fez ele passar por toda aquela humilhação, por todas as dores e por tudo que ele teve, foi a força, a fonte, que fez Jesus suportar tudo.Mas o que o senhor Deus prometeu foi cumprido, Jesus recebeu a promessa de Deus, Ressuscitou, venceu a morte, e contemplou-a ao lado de seu pai.Isso foi um exemplo de humildade, obediência e confiança.
Coragem! E sede fortes. Nada vos atemorize, e não os temais, porque é o senhor teu Deus que marcha à vossa frente: ele não vos deixará nem vos abandonará. Deuteronômio 31: 06
LÁGRIMA (soneto)
Quando meus olhos leram o cerrado
Umedeceram de lágrima ressequida
Que pagou os meus pecados da vida
E o que devo, ainda num tempo calado
Por outro lado, brada a poesia, e lida
Se não é como gastaria, é um estado
Faço todos os dias, pois me é sagrado
Nela, as lágrimas, escrevo a dor doida
Também rimam a felicidade, o meu fado
No poema misturado, n'alma repartida
Porém, cada lágrima, um sonho sonhado
De lágrima em lágrima, a poesia cumprida
A existência traduzida, o verbo anunciado
E segue, poeto, até a hora da despedida...
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
De lágrima em lágrima, a poesia cumprida
A existência traduzida, o verbo anunciado
E segue, poeto, até a hora da despedida...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Viva a vida, não se sinta largado
O amor no coração é muito mais
Tire a tristura, não olhe para trás
O caminho por Deus é marcado
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Família é assim, muda só o endereço
Se complicada, simples é a tradição
No sangue é o amor, o amor é união
Mas o que mesmo conta é o apreço
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Família em família tem direito e avesso
A emergência numa quase legislação
É nome, é sobrenome e de vital preço
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO PRUM ADEUS
Tendo a cova por último ornamento
Na incógnita lápide minha pequenez
Lembrança na lembrança, um talvez
Sob a terra o mais vil esquecimento
No redobrar dos sinos, a total nudez
Dum defunto sem data de nascimento
Um ninguém, de solidão e sofrimento
Dos que à vida, na vida foi escassez
Deixei atos em versos de sentimento
Podem até ser os tais sem a polidez
Mas, foram vozes, e não só momento
No adeus, o adeus com total lucidez
Pois se meu fado foi sem argumento
Então, pós morte, perde-se a validez...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Tendo a cova por último ornamento
Na incógnita lápide minha pequenez
Lembrança na lembrança, um talvez
Sob a terra o mais vil esquecimento
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO AO PÉ DO PEQUI
O fado ao pé do pequi, no cerrado
pôs-me a ouvir e um soneto narrar
estórias que eu não podia imaginar
e que fez da gratidão o meu agrado
Era o destino me propondo reciclar
pra me tirar do espírito aperreado
do fútil que estava acorrentado
me dando a chance doutro lugar
Sim, ai eu pude então ser evocado
qual a terra prometida, vim me achar
na eterna busca de ser encontrado
De filho pra pai, pai me vi no olhar
então na compaixão fui anunciado
e entendi o doce sentido de amar...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
ao meu velho pai
CERRADO NUM SONETO
Bendito és tu, cerrado de cascalhos
que em tuas ramas o belo derrama
num céu imenso e cheio de drama
de exóticas flores e tortos galhos
Escancaraste a janela num monograma
dum horizonte rubro e de secos borralhos
num contraste de luz e sombra em talhos
que a admiração esculpe num panorama
Bendito sejas tu, trançado em retalhos
de relva rastejantes que no chão flama
refrescantes nascentes, e áridos atalhos
E do seu sol poete, poemas declama
ipês florescentes e avoengos carvalhos
que encenam vida, e a vida proclama...
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
TANTO (soneto)
Que importa, oh sonho! Se sonhei tanto
Se por ti, tanto e mais tanto, estou aqui
E hoje, pra não ver os olhos em pranto
Vejo o tanto de estórias que eu escrevi
Agora são meus fados, cheios de encanto
Dum destino intenso, que sonhei, e vivi
Se truncados, me foi tanto, que são canto
Cantando tanto, que tanto não esqueci
Se o passado se esvai, o futuro no entanto
É presente na minha felicidade, entretanto
A saudade dói, de não tanto, ter tanto mais
Portanto, o milagre de se ser, eu aprendi
Foi tanto amor, que nele eu tanto construí
E estes tantos na alma, nunca são demais
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
ALGO MAIS (soneto)
Eu queria ir além, algo mais que quimera
algo que me abrase, que me punge, arda
e não só consuma o íntimo que acovarda
mas que tirasse o desejo da eterna espera
Queria deixar a alma no tempo acordada
Para ter vivido algo mais, mais primavera
Sem amargar solidão, sem poesia parda
Ou tão pouco, a alegria em uma cratera
Eu queria ter algo mais que um lamento
Queria lembrança de um beijo tatuado
Um olhar eternizado e não de momento
Com tão pouco de mim, e o poetar calado
Eu queria algo mais, sem um sangramento
Dum amor que não tenho... e não só desejado!
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
31 de outubro,
DIA DO POETA VIRTUAL...
e nascimento do poeta maior Carlos Drummond de Andrade.
Saudações!
O VERBO POETA (soneto)
Sem metáforas, conjuga-se, o amor
Na oração tudo há, perfeito infinito
Varia nas flexões, e nunca restrito
Na alma, no olhar, soma esplendor
Das conjunções, és o verbo bonito
Nas ordenações, é a junção maior
Regulares e irregulares, num alvor
O poeta, então, grifa o seu escrito
Se a favor, ledices, também há dor
Do verbo amar, o poeta não é finito
Vai além da "sofrência", e do ardor
De qual verbo então é o poeta? Dito:
É o do sonhador. Pois neste condutor
Sabe cantar: quimeras com espírito...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO DUM AMOR
Aos olhos surdos, estás ainda, presente
No silêncio do cochicho, tua voz é canção
Meus versos mudos, ainda assim, emoção
E aos ouvidos, o teu vulto nunca ausente
Arrastar-me-ia, se coxo, até a exaustão
Pra ter-te em minhas palavras vorazmente
Qual tal aragem arrefecendo inteiramente
A afeição, a inspiração e o meu coração
Sem sentidos, eu te sentiria novamente
Circulando loucamente na recordação
Qual miragem num perfume languente
E sucumbido, ainda assim, em devoção
Ao teu nome, na alma eu bem contente
Versejaria e te poliria com doce exatidão
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
SAUDADE (soneto)
Um segundo, não mais que um segundo
o andamento já vivido, num tal lampejo
derretido na lembrança, passado mundo
do tempo no tempo num sucinto cortejo
E neste breve segundo, e tão profundo
o antigo tornou-se não mais que desejo
duma tal recordação, em que me inundo
numa saudade que fala e na alma arpejo
Neste minuto conciso o suspiro oriundo
traz agridoce eternidade... num ensejo
pra amenizar o ser em ser moribundo
E ao final, nesta saudade em manejo
o que teve de valor foi o amor fecundo
que no sentimento... - palpito e adejo!
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
SONETO MELANCÓLICO
Chove, embrusca o céu do cerrado
o horizonte ribomba em trovoada
nuvens prenhas, parindo gota d'agua
"cachoeirando" o telhado poeirado
Tomba galhos, ventos na esplanada
um cárcere sombrio, espírito calado
a alma com os seus ais embrulhado
contempla os sonhos em disparada
E o tempo a ver, o chão ensopado
escorrendo devaneios pela fachada
dos sonhos, em rodopios atordoado
Salpica na janela, medos em pancada
melancolia, num espanto não desejado
dos meu olhos em pranto, numa cilada...
Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano
