Poemas que Falam sobre Ilusão
ENGANO FEITO
No que restou da ilusão busco vontade
Das poéticas que um dia me apaixonei
Do desejo, do tudo mais, vem a saudade
Neste vazio do silêncio a quem me dei
Ah! ó fatalidade que no vão me esquece
Numa sensação de uma urgência sentida
De onde aquela emoção não mais aquece
E o descolorido no apenas tinge a vida...
De tropeço em tropeço vou neste mundo
Porque a dor no peito arregaça bem fundo
E nestes pedaços, me vejo sem mais jeito
E, assim, poetar triste na culpa eu assumo
De tantas culpas, tantas, o sombrio rumo
De uma escolha malfeita e o engano feito!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08, junho, 2021, 09’17” – Araguari, MG
Ilusão achar que pais/familiares (ou seja lá quem for) tem a obrigação de nos incentivar e cumprir com as nossas expectativas.
Motivação, cara, deve vir de você. Não espera isso do outro.
Estuda e alcance o que você quer.
Para de perder o foco!
A maior ilusão é acreditar
que o amor entre duas pessoas
aumenta naturalmente com o passar do tempo,
pois se as pessoas são seres
que enfraquecem com o tempo
o que ela sentem também o será,
dessa forma devemos procurar
fazer de tudo para que esse enfraquecimento
seja o mais lento possível.
Como o corpo precisa de atividades físicas
para se manter por mais tempo ativo na vida,
o amor necessita de mais cuidados
para se manter vivo entre os que se amam.
↠ Ao futuro amor ↞
.
Oi, Amor em perfeição!
evidência ou ilusão,
à tua fantástica atração
ante o poço de desprezo… fonte da atenção
faísca acesa da paixão,
dissolvido do gélido coração
cambia a angústia, em afeição
o zênite desejado de sedução!
turbilhão de sentimentos, em única emoção
libertado da prisão,
carinho, respeito e devoção,
em verdadeira doação
fruto da inspiração!
Assinado: meu coração.
Metade
Metade da laranja
Parte iguais de um todo
O amor, deliciosa canja
Sem ilusão sem engodo
Sem meias verdades
Sem lodo
Sem meias vontades...
No verdadeiro par
Igualdade
No genuíno amar
Unidade
Única forma de atar
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Cerrado goiano - 12/07/2015 - 20'58"
PÁGINA ÍNTIMA
Meus poemas tão cheios de ilusão... os perdi
os deixei de cantar, mansos, estão no destino
apertando a sensação, tão solitários, os dilui
lastimando ou rindo no meu poético destino
Era boa canção de um coração de um menino
singelos versos, e que não feria, se então sofri
feliz fui, muito adquiri no trançado do figurino
pois não sabendo, entretanto, que iniciava ali
Aí, cada pranto, cada sorriso, cada um norte
e a sorte, a quimera, a inspiração, ora brando
ora forte, mas sempre com o sonhador porte
Ó página íntima, tão cheia de ilusão querida
Da lembrança, saudade, a lágrima chorando
Sigo eu em outros poemas, à minha vida! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 25/07/2021, 15’55”
Desparasitando a poesia
Ando colhendo no tempo ,imagens...
Viajo na ilusão.
Não vejo o futuro.
Esqueço do ontem.
O chamado botão play é priorizado.
O agora é agora,
E provérbios e advérbios em minha mente são elaborados.
Palavras analógicas me conduzem.
Metáforas conexas e desconexas me perturbam.
Imaginativa planetária que roda sem cessar em uma só fusão explodindo o meu coração.
O Sol nasceu iluminando o meu dia.
Bem vinda então alegria danada!
E xô pra lá tristeza parasitada!
Maravilhosa é a poesia que escrevo.
Grito bem alto como o rugido da fera indomada.
Agito a garrafa de café, minha companheira das madrugadas
Venha comigo dia arrumado!
Chora comigo a canção, composta em uma noite enluarada.
Somos sofredores e gladiadores, trazendo sorrisos e expulsando as vacilações persistentes.
O orgulho cai no chão e a soberba contaminada, sai de mansinho sem se despedir.
Aqui não há vaga para a arrogância e o desdém.
O mar que nos derruba é o mesmo que nos encanta.
A agulha vai chiando no prato de vinil;
Gira sobre o eixo carente, desistindo da cobiça.
Trata-se de uma composição que me faz velejar.
Entre os gêneros,
Abrigam-se os versos do perdão e do amor.
Quem bateu, nem sempre teve motivos.
Quem apanhou, não se deu o devido valor ou se perdeu no meio do fogo e ressequido ficou.
Desatam os nós dos faraós e a frase perversa não desmorona essa minha inspiração.
De malas e sacolas em mãos, lá vou eu, ouvindo moda de viola, ela sempre me consola.
Esses dedos calejados que dedilham minha viola, são os mesmos que escrevem esses versos conjugados que nesse instante veio em minha. cachola.....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta quu Voa
EMPRAZAR
Na minha poesia eu te citei, bendita
Dita. Em ti falei dos amores e de ilusão
Das dores e duma certa estorva ferida
Outras emoções e as afeições em vão
E vejo, agora, ao envelhecer da vida
Que sentimentos nos encontros serão
Espinhos e flores, na mesma medida
Pois, o destino são sementes ao chão
Brotarão ou não, depende do fraterno
De se ser amigo, de a alma enamorada
Sem as promessas do agrado eterno...
Em troca, cada minúcia é ter contigo
A vivida canção à sensação dedicada...
No detalhe, amor e paixão, bendigo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/08/2021, 06’58” – Araguari, MG
DESEJO E ILUSÃO
Ah como eu queria que
Você sentisse por mim o mesmo que sinto ao te ver
.....o coração pulsa forte, nem eu consigo entender .
Por ti sinto um desejo tão grande ,
Mas pra mim não é o bastante só olhar nos teus olhos e teu lindo sorriso contemplar .
Quero sentir o sabor de teus beijos
Jogar te na cama e ali te amar !
Maria Francisca Leite
Na teia sutil dos dias corridos,
Vive, entre sombras, a ilusão,
É tal o dom de alguns fingidos,
Que entorna a verdade ao chão.
Enganar, com ar de fácil encanto,
Veste-se fato como seda ao vento,
E na crença, o humano canto,
Faz do engano um leve alento.
Porém, na luta de esclarecer,
Mais árduo é o desafio presente,
Pois fácil é não querer ver,
A verdade queima e sente.
Por que é difícil se desiludir?
Talvez por dor, orgulho ou medo,
Mas se o coração conseguir se abrir,
A luz da verdade reina sem segredo.
Como Van Gogh
Como Van Gogh, me apaixonei pelo que me consome, vivendo numa ilusão de que, nos teus braços, encontraria a cura. Menti para mim mesmo mil vezes, e teu sorriso dissipava a farsa, como se o resto perdesse importância. Por que dói o peito ao ver como tu posar, tão maravilhosa? Às vezes, me perco em pensamentos, questionando se Van Gogh sentiu algo semelhante ao se ao se apaixonar pela maldita tinta amarela
@l_parque29
‘’Era uma ilusão’’
— Ela sentia que o amor deles não estava destinado
a suportar as eventualidades que surgiriam durante as estações
Mesmo que ela apreciasse muito a presença dele!
Ela reconhecia
que o amor deles, não passou de momentos
— Instantes magníficos
— Brechas no tempo
Indecisa, sentou-se às margens da água!
Se pôs a refletir
Admirando o entardecer!
— A despedida dos últimos raios de sol, trouxe as respostas que ela tanto precisava,
ela enxergou através dos magníficos reflexos do sol na água,
lindos por um instante,
mas só por instantes
Que também como esses reflexos, esse amor não havia consistência.
Foi através dessa tão bela visão
que ela finalmente compreendeu, e
sentiu que estava vivendo uma ilusão.
Decidiu-se, hora de ir.
Entendeu também, que esse amor não era pra ser.
Que não suportaria o peso do tempo!
Então, ela se foi
Certa de que o amor dele;
Já não era real.
E se perguntava, enquanto se afastava;
será que em algum momento, sentiu algo por mim?
A tempos;
Ela já não se via através do olhar dele!
Se sentia invisível!
Rosely Meirelles
Só com um simples toque
Excluímos, paramos de admirar.
Ganhamos na velocidade tempo?
Uma ilusão no meio das distrações
Ignorar um emocional que precisa.
Receber AMOR para não se perder.
Os anos se tornam experiência e nessa fase é muito difícil nos deixar enganar. A ilusão juvenil passou, algumas palavras e atitudes de pessoas são previsíveis e no silêncio a gente apenas observa.
Estive pensando ultimamente na pessoa que eu fui e na que estou hoje, uso a palavra ESTOU porque não sei como estarei daqui mais alguns anos...Não somos seres finitos, somos obras incompletas, semelhantes a um catavento agitado pelo vento, ora sereno ,ora agitado.
De qualquer modo estou vivendo essa nova fase de forma aceitável, sem me debater.
Espiritualmente me sinto mais livre, menos crítica e com o pensamento em Deus e nas boas coisas da vida.
O barco da vida está em alto mar, aprender a remar é o segredo pra sobreviver as tempestades.
Tenho pena da ilusão deste mundo cheio de Marias,
Que pensam carregar um Rei na barriga,
E mal sabem que a única coisa que tem na barriga,
É o seu Ego, gases e um monte de lombrigas.
Sou sobrinha-neta da Ilusão, tenho marcada em meu sangue a marca amarga da ferradura agalopada do solene marchar da carruagem de meus sonhos, ébrios de tentação. Sou a cria amarga do roubo esperançoso de minhas racionalidades fatais, que enganam, deturpam e profanam a doçura antes presente em meus sonhos. Sou o devaneio solto pelas ruas, a loucura a planar sobre os campos férteis da solidão, sou o resultado infame da mistura sórdida de meus antepassados de terra e vão.
Sou tantas e de tantos, sou tato e pranto, sou cólera e acalanto, não sou nada, nada, mas ainda assim, canto. Canto as lamúrias através de pena e cetim, debruço-me sobre meu viver torpe e vomito palavras pobres em versos e prosas em carmim.
Não domino a poesia, mas a poesia domina-me a mim, quebro meus pudores em mil pedaços de taco, ligo meus temores um a um em mil laços, reconstruo minhas convicções em mais mil espaços e ao final, sobrando-me apenas a dor e o cansaço, enfim me desfaço.
A maioria de nós não sabe o que está buscando.
A maioria de nós vive entorpecidamente na ilusão de ser apenas aquilo a que se está condicionado momentaneamente a ser.
A maioria de nós sente um vazio tremendo e mesmo tendo todos os indícios de que algo está errado, simplesmente ignora e continua agindo e existindo como um robô na configuração automática.
A maioria de nós nem sabe que está dormindo, a não ser que uma pane no sistema demonstre enfaticamente que as configurações atuais estão obsoletas e autodestrutivas.
Mesmo assim, muitas de nós ainda escolherão voltar às ilusões quando o processo de manutenção acabar.
poeta errante
como ventania desajeitada
alma pela estrada
ilusão encantada…
vivo eu a velhice
no silêncio, meninice
sem crendice...
apenas vivendo
pouco querendo
ou tendo...
afinal, a vida
de uma orquídea, adiante
bela e breve,
a cada instante...
diversa, em verso
assim vou, vibrante
[…] disperso
eterno poeta errante...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/07/2020 – Triângulo Mineiro
