Poemas pequenos para uma Rosa

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Uma folha que cai
desarruma o universo.
O respiro de uma ave
afeta o clima da Terra.
O balançar de uma teia#11;
e aranha afeta a galáxia.
Uma criança que nasce
muda o destino do mundo.
Cada gesto de amor
salva toda a humanidade.

Solitário é aquele que pensa só em si.
A sua dor é maior, porque é dele só.
A sua alegria é menor, porque não é acrescida pela alegria dos outros.

As armas não garantem a paz.

O poder enlouquecido
também mata os poderosos.

A paz depois da guerra
é o silêncio dos mortos
e o espanto mudo dos vivos.

Envelhecer é cultivar adeuses
e empobrecer em cada despedida.

Os afetos morrendo com os mortos.

Lembrar é praticar necromancia.

O que fazer de tudo o que já foi,
mas fica latejando em nossa vida?

É o incurável câncer da saudade:
o que passou matando o ainda vivo.

Dói pensar no infinito.
Dói pensar na eternidade.
Masoquismo cognitivo,
obsessão incurável,
que o tempo não alivia
e só na morte se acaba.

Não há explicação para a alegria,
nem nos interessa explicá-la.
Porém, a doença, o sofrimento,
a velhice e a morte inevitável
nos fazem pensar que a vida
tem alguma explicação.

Cansado de eternidade,
Deus fez-se tempo e espaço,
e explodiu em átomos e galáxias
no infinito de si mesmo.

Já disseram que somos deuses.
O que é ser um deus?
Nem mesmo sequer sabemos
o que é ser humano!

Será que foi de propósito
que Deus fez a vida
sem propósito?

Foi o homem que inventou
o propósito da vida.

Por isso, não pode entender
que a vida é sem propósito.

E sofre assim sem propósito.

Eu sei que sempre foi meu Deus
Mas sei também
Que é o meu melhor amigo.
Eu sei que me perdi no tempo,
Mas sei que sou muito melhor contigo.

Deus é espaço e tempo,
infinito e eternidade.
Nascimento, mudança, morte
e renascimento de tudo.

Qual o peso e o tamanho
da saudade que sentimos?

Que distância é a saudade
entre as pessoas ausentes?

Qual o tempo da saudade
para doer na perda
das afeições mais queridas?

Qual o peso da saudade
no coração solitário?

O amor não precisa de memória, não arredonda, não floreia:
faz forte estilo. E fim.

Significa que posso não ter muito conhecimento e/ou experiência, porém desconfio de como as coisas sucedem já que possuo imaginação. (Riobaldo - Grande Sertão: Veredas)

Mas; também, cair não prejudica demais – a gente levanta, a gente sobe, a gente volta! (...) O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Nota: Os trechos costumam vir unidos, mas, no livro, eles são separados por algumas páginas.

...Mais

No que vagueia os olhos, contudo, surpreende-se-lhe o imanecer da bem-aventura, transordinária benignidade, o bom fantástico.

A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero.

Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se.

O que leva o homem para as más ações estranhas, é estar diante do que é seu, por direito, e não sabe...Não sabe...Não sabe...

A história de um burrinho, como a história de um homem grande, é bem dada no resumo de um só dia de sua vida.

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