Poemas Pequenos de Beleza
Silêncio tudo sabe,
é meu volume baixo em plenitude,
É meu barulho de porta trancada,
sem posse da chave,
São os meus eus presos em mim
e livres qual uma ave.
Eu não sou mais por ser exagerada,
É que eu sou infinita, sou intensidade
porque não me dou só um pouco,
porque quando me verto
espalho-me por toda a mesa
e corro pela abertura estreita do chão
só para inundar...
Quis fotografar a gente em sentimento;
a máquina só captava a carne.
A carne é exibida.
A carne é passageira.
Quis fotografar a nossa alma;
ela é tão fotogênica, eu sei.
Mas a lente não alcança.
Seu sorriso é um convite,
e dá a mão para a minha alma.
Rodopia meu ser em leveza;
deixando pegadas no céu e
esvoaçam os meus cachos...
Ela era assim, catava poesia ao vento,
Tinha sorriso largo de sol, choro curto,
Cabelos emaranhados na cor chocolate.
Criamos “nós” sem vírgula e
sem interrogação.
Viramos a mais bela expressão.
O nosso conceito é et cetera
seguida de reticência
e não é só isso.
Nem é preciso levar tudo a ferro e fogo,
Nem tão pouco um faz de conta...
Melhor mesmo é ser criança,
verdades e brincadeiras...
E não carregar nenhum peso em vão...
Quando a constelação
Cruzeiro do Sul
encontra a posição
no nosso Hemisfério,
Coloco a confiança
sob a Chakana
pelos teus olhos
que tanto enalteço,
e venero acordada
porque não te esqueço.
Somos turistas na vida,
vivemos de emoções
e das mais cruas paixões
Levem-nos a sério,
mas nem tanto...
Somos seres vestidos de letras,
espíritos envoltos em palavras.
Somos feitos de dramas,
versos, risos e lágrimas.
POETAS NUS
E o que é desnudar o linho
se eu desabotoo
o teu colarinho
e te exponho a alma?
Poeta, poeta...
Quando escrevemos
os nossos versos
ousamos sair nus
pelas ruas afora...
Sem a arte
somos vozes que calam
ouvidos moucos
olhos envoltos
em brumas
Longe da arte
somos metades...
versos vagando
em círculos
(caminhos)
que levam
a lugar nenhum
Com a arte
somos
inteiros
somos verdades.
Se eu nascer de novo, meu Deus,
tire-me de vez o juízo
e faça-me novamente poeta!
De resto eu nada peço...
Não há liberdade
mais afortunada
que entregar-se à vida
fantasiando
e brincando de palavras.
Hoje fiz de Paris
a cidade da minha vida,
e estávamos juntos...
Beijei a sua boca tanto e tanto
que você brigou comigo,
mas não ligo
Porque hoje eu já fui a Paris
e você estava comigo!
(Adriana Moulin)
Sim, eu me calo
sempre que não vejo mais
razão nas palavras
Calo a alma, o coração
e a mente
Viro semente que germina
sem ser notada.
(Adriana Moulin)
AMORTECEDORES
“Amor tece dores”
mas também
alegrias e flores...
Amor é poesia
linda...
Mesmo quando torta
marginal e ao acaso.
Eu já experimentei outras vidas,
já vivi muitas luas
Hoje, mais uma vez Mutante
Minguante ou Nova-mente Cheia,
a Lua,
admiro-a como se fosse
a primeira vez
Encantadora Lua...
A mesma que Luzia em minhas
outras vidas.
Escrever silêncios,
registrar dias e noites,
tempestades e calmarias
amores e desencontros
descrever o inexprimível.
Concretizar delírios em realidades
apagar sois e esperanças.
Poderia ser Rimbaud
ou Vinicius de Morais
Paul Verlaine ou Neruda
mas sou sou poeta.
....um ponto final na poesia,
.....a morte da musa, o grande poema.
.........suspenso na eternidade
.................o silêncio irreprimível,
............entre ecos do acaso...
...........a fuga do poeta...
.....enigma inconfessável.
Luz e Treva
Da luz à escuridão
da escuridão à luz
tanto faz ida ou vinda
a distância é amesma
a se percorrer...
Feliz o homem que conheceu
os dois caminhos
este não terá dificuldade
para entrar e sair das trevas ou da luz
para resgatar os inexperientes
destas duas escolhas...
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