Poemas para uma Pessoa Alegre

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Toda esta tagarelice dos homens não constitui uma verdadeira palavra, suporto-a para poder gozar o silêncio que passa através dela.

Recoloca no contador um desejo: abre-o; em seu lugar, encontrarás uma desilusão.

O que menos importa a uma mulher é que o seu vestido agrade aos homens; ela veste-o para outras mulheres, e a inveja destas é a aprovação que mais lhe agrada.

Os homens animados por uma fé comum nada têm feito mais depressa senão exterminar aqueles que pensam de modo diferente, sobretudo quando a diferença é muito pequena.

Quem não ama o seu semelhante vive uma vida estéril e prepara um túmulo triste para a sua velhice.

O meu leitor não é o que me lê. É o que me relê (caso exista). Um autor lido unicamente uma vez não tem leitores, por mais retumbante que seja o seu sucesso.

Há mais do que uma sabedoria, e todas elas são necessárias ao mundo; não é mau que elas se vão alternando.

Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.

Sou rico? Todos estão prontos a dar-me a própria pele; / sou pobre? Ninguém me quer dar nem uma moeda.

O meio mais eficaz para destruir uma lei é começar por aceitá-la; aceitar algo como mal necessário é o começo da sua eliminação.

Uma ideia morta produz mais fanatismo do que uma ideia viva; ou melhor, apenas a morta o produz. Pois os estúpidos, assim como os corvos, sentem apenas o cheiro das coisas mortas.

Uma boa recordação talvez seja cá na Terra mais autêntica do que a felicidade.

A morte surgia-lhe como uma consagração de que só os mais puros são dignos: muitos homens desfazem-se, poucos morrem.

O silêncio (...) é uma virtude que nos torna agradáveis aos nossos semelhantes.

A vida parece uma doença porque avança por crises e deterioração progressiva e tem melhoras e agravamentos quotidianos. Porém, ao contrário das outras doenças, a vida é sempre mortal. Não admite tratamento.

Para o cinema tudo se torna uma imensa natureza-morta, até os sentimentos dos outros são qualquer coisa de que se pode dispor.

Federico Fellini

Nota: Autoria não confirmada

É um argumento dos aristocratas, esse dos crimes que uma revolução implica. Eles esquecem-se sempre dos que se cometiam em silêncio antes da revolução.

Quando uma obra parece avançada para a sua época, é simplesmente porque a sua época está atrasada em relação a ela.

Há no mundo uma conjura geral e permanente contra duas coisas, a poesia e a liberdade; as pessoas de gosto encarregam-se de exterminar uma, tal como os agentes da ordem de perseguir a outra.

Todo o crítico é exatamente como uma mulher na idade crítica: rancoroso e reprimido.