Poemas para Reconquistar a Pessoa Amada

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Hoje sou a saudade imperial
Do que já na distância de mim vi...
Eu próprio sou aquilo que perdi...

Inserida por melloncollie

COMO DEFINIR O AMOR....



Como definir o amor
se ele chega arrasando e transformando
a minha vida modificando
sem tempo para repensar.

Não há como definir
um sentimento que chega desta maneira
mudando uma vida inteira
de pensamentos, moralidades e sentimentalismo.

Definir o amor é como no rio entrar
e não saber nadar
ouvir música
sem o rádio ligar.

Definir essa coisa louca
que me domina
me apavora
me deixa a chorar
amar? amar?

Definir essa vontade louca
de te ter por perto
em teus braços
sinto-me protegida.

Definir esta sensação
que causa espanto a nação
que há tanta imaginação
causa insônia
saudade.

Definir?
Não sei o que há para definir
a saudade, a dúvida

Definir o amor...
sua forma de me olhar
a maneira de me admirar
como aumenta minha alegria
a ti dedico poesia.

Definir o amor
um minuto longe de ti
aumenta a saudade
a ansiedade
causando taquicardia....
nostalgia....

Definir o amor
sentimento que também me proporciona dor
ah, mas é tão bom te amar
sentir o teu cuidar...

Definir o amor
entre emoção e razão
agir sem pensar
ou pensar e agir...
como definir?

Inserida por patriciapessoa

ÁS VEZES...


Ás vezes sinto que o barco parece a deriva e que em breve irá afundar;
que todas as forças contrárias irão me derrubar;

Ás vezes o vento parece tão forte, que não irei aguentar;
as lágrimas rolam por minha face, o sorriso está a naufragar;

Ás vezes tenho vontade apenas de mostrar-me humana;
minha alma tem sede e clama;

Ás vezes sinto qur há um lamaçal de pecado,
que o mal está a meu lado;

Ás vezes tento disfarçar toda a dor;
não demonstrar o sabor
da infelicidade.

Não me querem humana...de verdade.
Quero ragar o verbo nesta hora
esquecer a ingratidão de outrora

e a aparência que não me leva a nada
e voar como pássaro na alvorada.

Ah, ás vezes...sonho com a tal liberdade
a liberdade de mim mesma...ando sedenta
como lesma...

Ás vezes...Hoje!!!! Hoje!!!! Decido ser feliz!
A aparência vai embora e nesta hora

a solidão não vai me acompanhar... só a certeza
da paz a me alcançar....

Eis minha determinação!

Inserida por patriciapessoa

MUNDO DOS ADULTOS


Eu tinha tanta ansiedade
Para crescer nesta vida
Havia em mim a necessidade
De ser livre na sociedade.

Não vivi o tempo da inocência
Da infantilidade e alegria
Havia flores no meu jardim
Mas acelerava em mim
A tão forte nostalgia.

Pulei fases, emoções
Deixei de viver paixões
Desacelerar as visões
E somente caminhar.

Hoje eu pude perceber
Que o mundo dos adultos
É atrás do vento correr
É serio demais a meu ver.

No mundo dos adultos
Não há tanta intensidade
Não há colo de mamãe
Rouba-se a verdade.

No mundo dos adultos
Só se pensa no futuro
O presente não se vive
Não se acredita mais.

Quero voltar a ser criança
A acreditar no amor
A ter mais esperança
E esquecer toda dor.

Quero voltar a ser criança
Brincar de pular corda, amarelinha
Passear e brincar de escolinha
A ter mais confiança.

Este mundo adulto
É muita correria
Não há tempo para amar
Para ir à doceria,

O mundo dos adultos
É sério demais, preciso me esconder
Esconder-me de mim mesma
Não posso mostrar o sofrer.

A criança pode chorar
Mas o adulto precisa segurar
O tal chamado equilíbrio
A sociedade deve mostrar.

No mundo dos adultos
Não tem animação
É só trabalho e estudos
Sem tempo para diversão.

Deixarei florescer em mim
A criança interior
Irei dançar na chuva sim
E viver intensamente o amor.

Serei adulta sim
Mas com a pureza da criança
Desacerar-me assim
E viver a esperança.

Estou no mundo dos adultos
Mas com a esperança renovada
Com mudança de meus mundos
Sentindo-me transformada.

Inserida por patriciapessoa

VI

Venho de longe e trago no perfil,
Em forma nevoenta e afastada,
O perfil de outro ser que desagrada
Ao meu actual recorte humano e vil.

Outrora fui talvez, não Boabdil,
Mas o seu mero último olhar, da estrada
Dado ao deixado vulto de Granada,
Recorte frio sob o unido anil...

Hoje sou a saudade imperial
Do que já na distância de mim vi...
Eu próprio sou aquilo que perdi...

E nesta estrada para Desigual
Florem em esguia glória marginal
Os girassóis do império que morri...

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Passos da Cruz in Poesias. Lisboa: Ática. 1942 (15ª ed. 1995). p. 43
Inserida por pensador

Minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tange e range, cordas e harpas, tímbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia.

Todo o esforço é um crime porque todo o gesto é um sonho inerte.

As tuas mãos são rolas presas.

Os teus lábios são rolas mudas.

(que aos meus olhos vêm arrulhar)

Todos os teus gestos são aves. És andorinha no abaixares-te, condor no olhares-me, águia nos teus êxtases de orgulhosa indiferente.

E toda ranger de asas, como dos (...), a lagoa de eu te ver. Tu és toda alada, toda (...)

Chove, chove, chove...

Chove constantemente, gemedoramente (...)

Meu corpo treme-me a alma de frio... Não um frio que há no espaço, mas um frio que há em vir a chuva...

Todo o prazer é um vício, porque buscar o prazer é o que todos fazem na vida, e o único vício negro é fazer o que toda a gente faz.

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Livro do Desassossego. Vol I. Coimbra: Presença. 1990. p. 128
Inserida por pensador

Os argumentos relativos ao problema da existência de Deus têm sido viciados, quando positivos, pela circunstância de frequentemente se querer demonstrar, não a simples existência de Deus, senão a existência de determinado Deus, isto é, de um Deus com determinados atributos.

O conceito de Deus, reduzido à sua abstração definidora, é o conceito de um criador inteligente do mundo. O ser interior ou exterior a esse mundo, o ser infinitamente inteligente ou não — são conceitos atributários. Com maior força o são os conceitos de bondade e outros assim, que, como já notamos, têm andado misturados com os fundamentais na discussão deste problema. Demonstrar a existência de Deus é, pois, demonstrar: (1) que o universo aparente tem uma causa que é externa a ele; e (2) que essa causa é inteligente, isto é, conscientemente ativa. Nada mais está substancialmente incluído na demonstração da existência de Deus, propriamente dita. Reduzido assim o conteúdo do problema às suas proporções racionais, resta saber se existe no raciocínio humano o poder de chegar até ali, e, chegando até ali, de ir mais além, ainda que esse além não seja já parte do problema em si, tal como o devemos pôr.

Inserida por LEandRO_ALissON

A antiga casa não tem mais valor,
você quer andar com suas pernas
Historia traça os mesmos destinos

Inserida por XDesconhecidoX

Coração não têm caução

"Assim como a fé o amor é uma aposta.
Sem blefes, pois há crença. Apostamos sem garantias que dará certo, apostamos porque vale a pena arriscar."

Inserida por Epifaniasurbanas

"Já foi provado, o universo é extremamente hostil a vida.
Mesmo sem as devidas condições, com apenas partes das substâncias do espaço o homem se fez.
Deve ser essa a razão de nossa conexão com os céus, lá vemos nossa própria essência, como poeira de estrelas.
A humanidade é o milagre! Somos a própria teima."

Inserida por Epifaniasurbanas

Metamorfose

"Como!
Um bicho tão feio?
Impossível de acreditar.
Se for verdade...
ainda há esperança pra nós!"

Inserida por Epifaniasurbanas

"Feliz é aquele que encontrou alguém
que fala coisas bonitas, mesmo dormindo.
Certas pessoas são o próprio poema."

Inserida por Epifaniasurbanas

A Íbis, a ave do Egipto
Pousa sempre sobre um pé
O que é
Esquisito.
É uma ave sossegada,
Porque assim não anda nada.

Inserida por carlosmachado67

Sonhos da Noite

Todas as noites antes de dormir
Algo me inquieta
Angústia.Saudade.Amor.Arrependimento.
Aquele receio de que Devia ter Amado mais
Abraçado mais
Não tem como voltar ao passado, infelizmente!

Deito-me no travesseiro
E logo lembro das palavras ditas
Palavras que me machucaram
Palavras que ficaram marcadas em mim
O local que foi tocado dói só de Lembrar
Não tem como voltar ao passado, infelizmente!

Mas ao invés de lembrar desse marco
Prefiro ficar com boas memórias
Sonho acordado todos os dias
Sonhos impossíveis
Mas não deixo de sonhar

Prefiro imaginar eu e você
Rindo
Se amando
Indo ao Jogo
Vivendo uma irmandade sem igual
Quero acordar desse pesadelo
Não tem como voltar ao passado, infelizmente!

Inserida por JulianaPessoa

O cego e a guitarra

O ruído vário da rua
Passa alto por mim que sigo.
Vejo: cada coisa é sua
Oiço: cada som é consigo.

Sou como a praia a que invade
Um mar que torna a descer.
Ah, nisto tudo a verdade
É só eu ter que morrer.

Depois de eu cessar, o ruído.
Não, não ajusto nada
Ao meu conceito perdido
Como uma flor na estrada.

Cheguei à janela
Porque ouvi cantar.
É um cego e a guitarra
Que estão a chorar.

Ambos fazem pena,
São uma coisa só
Que anda pelo mundo
A fazer ter dó.

Eu também sou um cego
Cantando na estrada,
A estrada é maior
E não peço nada.

Do livro "Fernando Pessoa - Obra poética - Volume único", Cia. José Aguilar Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1972, págs 542/543. (Fonte: Projeto Releituras)

Inserida por portalraizes

Abat-Jour
A lâmpada acesa
(Outrem a acendeu)
Baixa uma beleza

Sobre o chão que é meu.
No quarto deserto
Salvo o meu sonhar,
Faz no chão incerto
Um círculo a ondear.

E entre a sombra e a luz
Que oscila no chão
Meu sonho conduz
Minha inatenção.

Bem sei... Era dia
E longe de aqui...
Quanto me sorria
O que nunca vi!

E no quarto silente
Com a luz a ondear
Deixei vagamente
Até de sonhar...

(Extraído de Cancioneiro – PDF Ciberfil Literatura Digital - Página 7)

Inserida por portalraizes

Escrevo e divago, e tudo isto parece-me que foi uma realidade. Tenho a sensibilidade tão à flor da imaginação que quase choro com isto, e sou outra vez a criança feliz que nunca fui, e as alamedas e os brinquedos, e apenas, no fim de tudo, a supérflua realidade da Vida...

(Fonte: PESSOA, Fernando. In “Correspondência (1905-1922)”, Lisboa: Assírio & Alvim, 1999, p.150. / Fonte: Templo Cultural Delfos)

Inserida por portalraizes

"Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações". (O guardador de rebanhos)

Inserida por portalraizes

“Os Deuses, se são justos em sua injustiça, nos conservem os sonhos ainda quando sejam impossíveis, e nos dêem bons sonhos, ainda que sejam baixos”.

(Do livro do Desassossego - PDF – Bernado Soares)

Inserida por portalraizes

Nunca sei como é que se pode achar um poente triste.
Só se é por um poente não ter uma madrugada.
Mas se ele é um poente, como é que ele havia de ser uma madrugada?

( Alberto Caeiro [Heterônimo de Fernando Pessoa])

Inserida por portalraizes

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