Poemas para Pessoas que Já Morreram
Menina cresceu
Sentimento de dor, aperto na alma, menina que sofre porque já virou moça, e não é mais criança. Bonecas no lixo, livros na cama, inocência de criança a deixou foi embora. Sapatinhos de bonequinha agora são plataforma; unhas pequenas que viviam borradas, agora são unhas vermelhas, que arranham na cama. Aqueles olhos pequenos, que não enxergavam tudo, deram passagem aos que só olham pró-futuro.
Responsabilidade a perturba, de tal forma que ela senta na calçada e chora, chora.
Natural de Natureza
Onde já se viu adolescente sem paixão? Homem sem a razão e mulher sem a emoção?
Onde já se viu, assim como uma chuva de verão, algo mais maravilhoso que as ações do coração?
Onde já se viu a felicidade longe da paz, e a inveja sem o ódio. E o amor sem o perdão?
São coisas da natureza, que são e não à o que se mudar, pois além de ser perfeita, são inexoráveis. Inexorável, o que não pode impedir ou se mudar, o que já é natural por excelência.
Natural é o meu amor por você, que não há o que temer e o que guardar. Te entrego o meu olhar, onde você com suas atitudes alegres e diferentes, podem cada vez mais enxergar.
E, para finalizar, te entrego a minha emoção, aquela que me guia e que me disputa junto com a razão. Te entrego, isso sim, o meu coração!
E o defunto não deve enjeitar a cova
Humilde, desumano
Não vou duvidar do passado
Como se já não existissem velas para acender
Mas que diferença faz
Se nossas mães não choram mais
E de meu pai não vejo sorriso
Se o velhos não podem
Criar suas rugas
O novo já nasce velho
Quando eu canto
É para aliviar meu pranto
E o pranto de quem já
Tanto sofreu
Quando eu canto
Estou sentindo a luz de um santo
Estou ajoelhando
Aos pés de Deus
Canto para anunciar o dia
Canto para amenizar a noite
Canto pra denunciar o açoite
Canto também contra a tirania
Canto porque numa melodia
Acendo no coração do povo
A esperança de um mundo novo
E a luta para se viver em paz!
Do poder da criação
Sou continuação
E quero agradecer
Foi ouvida minha súplica
Mensageiro sou da música
O meu canto é uma missão
Tem força de oração
E eu cumpro o meu dever
Aos que vivem a chorar
Eu vivo pra cantar
E canto pra viver
Quando eu canto, a morte me percorre
E eu solto um canto da garganta
Que a cigarra quando canta morre
E a madeira quando morre, canta!
Eu já sei que não sou eu… Não precisa me lembrar disso a cada palavra de desprezo e a cada gesto de indiferença… E me coloco no meu devido lugar sim Sr…
Só que te esquecer seria como um suicídio invisível, porque muito do que há de bom em mim derivava de você. Ninguém me veria morrer por dentro, ninguém notaria meus gritos mudos e nem meus soluços abafados… Eu seria apenas mais uma contribuindo para o aumento do buraco na camada de ozônio e no meu coração…
E conheço o fim dessa historia.. É um duplo homicídio doloso.. Porque a tua indiferença contribui para isso a cada instante..
Que crime… Num mundo onde falta amor, me sinto obrigada a matar o meu e enterrar o mais fundo possível, sem a certeza de se um dia ele voltará…
Ficaremos pois acordado imaginando solução ?
a solução já existe ..
mais a própria solução é todo o problema!
Já não sei quem sou mais
Perdi meu coração e alma
Em algum lugar dentro de ti
Peço que não os devolva
Pois em você andam vivos
E em mim jazem mortos
Estandartes da dor e beleza humana
Em sempre diversa dualidade
Me fazem chorar com palavras
Poemas de dor
Poemas de amor
Cujo tema constante
É aquela que roubou minha calma
Meu coração e alma
Que une sonhos com realidade
Em cada traço de seu corpo
em cada trecho de sua história
E como um beija flor
Todo dia tomo do teu mel
Que corta,fura e dilacera
Como uma seta
me fazendo menos humano
e mais poeta...
Eu também tive dores
Tenho medo e temores
Aqui dentro de mim
Sei, nem tudo são flores
Já sofri por amores
Mais ou menos assim
As sombras deixam horrores
Até nas lindas liláses
Que embelezam o jardim
Quero ter suas cores
Suas manias, valores
Bem pertinho de mim
E te amar sem pudores
Sentir seus sabores
Com seu beijo no fim.
Já não sei onde deixei
as coisas que busquei
aquelas bolinhas na garganta.
Não está no quarto.
Não está na alma.
De tanto procurar.
Esqueci como era aquele borbulhar.
Deus não dá asa a ninguém!
Todos nós já a possuímos!
Basta querer aprender a voar...
Sim, Deus existe...
Mas não fique de joelhos esperando seu milagre,
seja o milagre que você quer ver!
Um presente do céu
Já era noite quando Filipa resolveu sair para caminhar, perto do rio. Mas ainda era cedo; eram seis horas. Ou dezoito, se você ligar para isso. Ela ouvia as músicas que tocavam dentro de sua cabeça, quando começou a chover.
Chovia forte, e as pessoas corriam para chegar em casa a tempo de não se encharcar. Filipa não conseguia nem ao menos imaginar o porquê disso, já que ela mesma não gostava de perder uma boa chuva.
Ela achava que a chuva lavava sua alma, e que levava embora o que ela já não quisesse mais. Toda vez que a chuva vinha, a menina lhe pedia que levasse embora todas as suas dores, mas que deixasse as suas lembranças. E a chuva atendia o pedido. Ao menos, na maioria das vezes.
Nesse dia, Filipa pediu e implorou - em vão - que a chuva lhe lavasse a alma mais uma vez. Mas a lavadora de almas não lhe concedeu o pedido. A sensação dessa vez foi diferente.
Antes, ela se sentia limpa. E leve.
Agora, antes de qualquer coisa, ela estava bem. A chuva não a limpou, mas trouxe para ela borboletas. Borboletas que voavam de um lado a outro no seu estômago, e que a deixava com vontade de gritar. De gritar as músicas que escutava, de gritar o que sentia,de gritar qualquer coisa, de gritar palavras que fizessem - ou não - sentido. E ao invés de fazer isso, Filipa correu. Correu mais do que podia. Correu até não aguentar mais. E quando parou, era como se ela tivesse gritado tudo aquilo que não gritou. Era como se ela tivesse colocado para fora tudo o que sempre quis, e não colocou antes.
Foi esse o presente da chuva. Fazer Filipa perceber que podia se sentir limpa sem a ajuda de ninguém, ou de alguma coisa. Ela realmente podia fazer isso sozinha.
E então, Filipa se sentou na beira do rio.
E riu. Sozinha. Riu até a barriga doer.
E agradeceu com as mais bonitas palavras o presente que tinha recebido.
E em resposta, enfim, a chuva cessou.
Sem caber de imaginar... até o fim raiar
Eu já deveria ter deixado esse desejo de amar teus olhos há muito tempo... mas é que não consigo por completo. Não sei o que me acontece. Eles nem são doces! Se eu realmente te quisesse e tivesse como te ter, eu te teria, mas é que isso acabaria completamente comigo.
Acabaria porque eu deixaria de me amar, deixaria de pensar em mim e em tudo a minha volta, deixaria muita coisa em nome de um sentimento sem volta. De um sentimento injusto.
Eu queria apenas te sentir mais uma vez em mim. Sentir uma gota de você. Uma pequena dose. Só pra matar a saudade.
Nem que a saudade volte depois... eu quero. eu quero te sentir na minha mão de novo, te sentir como uma parte de mim, me iludir novamente. Só por um instante, só por uma noite, só por um momento... eu te quero.
Assim, juntinho, até o dia raiar.
Até a saudade acabar.
(“inspirado” em Ausência, de Vinícius de Moraes)
A culpa é de quem?
A nota da própria educação é zero, consciência – seja qual delas for – já não existe, o errado virou certo, a fome está cada vez maior e o lugar de dinheiro agora é na meia.
Quase todos os dias levantamos questões sobre que mundo deixaremos para nossos filhos, netos e tataranetos... Mas nem sequer pensamos nas pessoas que deixaremos para o nosso mundo. Não pensamos se ainda existirá alguém com atitudes capazes de ajudar o nosso planeta e a nossa gente. Nós simplesmente ignoramos o fato de que tudo pode acabar, e continuamos destruindo o que vemos pela frente. Quando é que iremos nos tocar de que um dia a nossa casa, o nosso ‘planeta água’, não aguentará mais o que fazemos com ele? Até quando as crianças que estão perdidas por aí suportarão a fome que as engole?
Está tudo de ponta cabeça... O mundo está mesmo uma porcaria. Ninguém respeita nada, ninguém vive, ninguém sente, ninguém mais liga para o que está acontecendo. A fome se alimentando de gente, o planeta ficando cinza, a corrupção acabando com esperanças... E as pessoas nem sequer tentam mudar alguma coisa. Nem tentam mudar seu jeito de ver o que se passa ao redor, muito menos suas atitudes. Só o que importa é a competição. A competição que mata, que rouba, que atrapalha... Que acaba.
Que acaba com o pouco que ainda nos sobra.
Sem medir palavras
E ela disse, sem nem mesmo acreditar no que dizia:
- Já não sou mais igual ao que antes era, porque perdi uma parte de mim: você. Não vou ficar aqui dizendo que doeu perdê-la, porque isso você sabe... Qualquer um sabe a dor de ter que fazer o que não se quer, ainda mais quando se trata se amor. Eu não pedi pro amor chegar, mas ele veio. Eu não pedi para que ele me deixasse com o brilho nos olhos dos apaixonados, nem me fizesse te amar... Mas ele fez. Talvez esse tal amor seja só um sentimento mal educado, e nem sequer valha a pena eu estar falando sobre o próprio, mas graças a ele eu vi o que se passou por dentro de mim, e não vou reclamar – embora eu tenha vontade algumas vezes -, porque ele me fez ver tudo de uma forma diferente. E mesmo que eu não te ame mais, eu ainda quero amar um outro alguém... Porque eu quero poder sentir tudo de novo. Sentir cada frio na barriga, cada brilho, cada pessoa, cada pedacinho do amor! Eu sei, você vai rir da minha cara... Mas pode apostar que um dia eu irei rir da sua, por você nunca ter sido capaz de amar alguém como eu te amei.
Eu encontrei, quando já não sabia se desistia,
Achei finalmente a minha verdadeira utopia,
Não aquela que nunca vai ser acalçada,
Encontrei a minha utopia para ser abraçada.
Uma utopia que quando fala me faz sorrir,
De um jeito que só ela me faz sentir
Esse acelerar estranho no meu coração,
Um misto de nervosismo e felicidade,
Que já não acontecia há tanto, que já estava com saudade,
Dessa deliciosa emoção, dessa estranha sensação.
Só não sei se ela é como meus sonhos passados,
Aqueles que apesar de tudo jamais foram totalmente realizados...
Sinceramente não sei o que sinto de verdade,
Só consigo saber que realmente estava com saudade,
Dessa sensação que faz meu coração palpitar com intensidade.
Isso me lembra a harmonia de todas aquelas cores,
Que vi na junção entre aquele verde e belas flores,
Acho que essa sensação que sinto quando vejo minha utopia
É a mesma que sentia quando eu ali no jardim via,
Que todos os sonhos poderiam se tornar realidade,
Todos os meus sonhos são de verdade.
Por isso vou cultivar direitinho minha utopia,
Para que quem sabe num ensolarado dia,
Ela floresça e se torne tão estonteante,
Quanto a beleza e a harmonia contagiante,
Daquele belo jardim onde me escondia,
Para sonhar em encontra minha utopia.
Pois sei, que assim com aquele belo jardim,
Se minha utopia se tornar minha amante,
Ela jamais desaparecerá, pois o amor não tem fim.
Tem coisas que são difíceis esconder,
E se esconder já não tem como viver.
Viver sem ter você ao meu lado,
Viver escondendo estar apaixonado.
Apaixonado em estado de pura harmonia,
Ver você me da tanta alegria.
Alegria que só com você vou ter,
Ter aqui e sempre te lembrar e nunca te esquecer.
Esquecer só do que passei vivendo sem tua presença,
Presença que se já não tenho mais meu coração não aguenta.
E se é tudo tão perfeito,
Perfeito é assim do meu jeito.
Jeito que com você fica sem graça,
Graça que vergonha de falar com você é minha maior ameaça.
Ameaçar dizer fica comigo ?
E dizer que se quiser sempre vou estar contigo.
Me fez entender,
Que você já não sabe o que vai querer.
Querer sem ter um certo objectivo,
Sem saber o por que ainda esta vivo.
Não vai adiantar você procurar o certo na pessoa errada,
Errar várias vezes dizendo tentar ser amada.
Amar quem te quer por um momento,
Momento que passa logo logo com o tempo.
E tudo se vai assim como tudo que existe,
Me diz então por que nesse erro ainda insiste.
Insiste em tudo que não da certo.
Seu futuro feliz já é bem incerto.
Incerto o amor por você já não é isso eu sei,
Por que não deixa rolar assim como eu deixei.
Deixei e posso me arrepender,
Arrepender-me de cada instante que tentei mais não consigo te esquecer.
Já fazia alguns dias,
Desde o ultimo sorriso de alegria,
Do pobre espantalho de alma apaixonada,
Pela doce bailarina na estante aprisionada.
Não estava prestando atenção em nada,
Tanto que seguiu em frente...
E de repente,
Se viu numa loja de presentes...
Um ser em especial chamou sua atenção,
Um sapo de pelúcia segurando um coração.
Se ele possuisse um em suas mãos,
Talvez conseguisse libertar a bailarina de sua prisão.
'Ei senhor sapo elegante...
Poderia ajudar um tolo amante?
Desde que o vi na minha frente
Quis fazer uma pergunta pertinente'
'Ao me chamar de sapo tirasse a minha elegância,
Sou Tico, um conselheiro para a infância,
E um amigo para a maturidade,
Mas fale espantalho, em que posso te ajudar de verdade?'
'Bem é que percebi que estais a segurar um coração...
Será que não poderias dá-lo pra um necessitado irmão,
Que anseia em salvar de uma prisão,
O que chamam da vida a razão'
'Não sei qual o seu problema,
Mas vou te ajudar com esse dilema,
Não é de um coração que você precisa,
É de uma chave dourada e lisa.
Ela será a solução,
E não esse falso coração,
Mas ei, eu tenho uma condição,
Peço que me leve na sua missão'
O Espantalho não entendeu direito,
O que quis dizer o astuto sapo faladeiro,
Mas achou ser mais direito,
Seguir em sua jornada com um companheiro.
Mas será que nele poderia confiar?
Será que a tal chave ele iria achar?
E o mais importante:
Será que ele e a bailarina seriam de fato eternos amantes?
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