Poemas para Fita de fim de Curso
Quarta-feira
Muitas vezes caminhamos sem perceber quantas vezes Deus já nos protegeu. Há perigos dos quais nunca teremos notícia, situações que poderiam nos ferir, mas foram desviadas antes mesmo de chegarem perto de nós. Esses são os livramentos silenciosos: o cuidado de Deus que age no invisível.
Mesmo quando achamos que estamos sozinhos, Ele já está à frente, preparando o caminho, afastando o mal e guardando nosso coração. A proteção de Deus não se limita ao que vemos, ela vai além, alcança o que nem imaginamos. Por isso, hoje e sempre, agradeçamos a Deus.
Para hoje, descanse em Deus. Você já está protegido (a) por livramentos que nem imagina.
E faça também a sua parte: caminhe com prudência e confiança, porque Deus honra quem se cuida.
“Depois que Você Partiu”
Depois que você partiu,
o silêncio falou mais alto.
No começo, doeu —
como se o tempo tivesse parado no instante da despedida.
Mas o que eu não via,
é que dentro da dor havia um caminho.
Um chamado pra crescer,
pra me encontrar nas ruínas do que fomos.
Você foi o caos… e também o início.
A ferida… e o aprendizado.
Não te vejo mais como uma âncora,
mas como a força que me ensinou a navegar.
Foi no vazio que deixaste
que descobri minha coragem,
foi na falta do teu abraço
que aprendi a me abraçar.
Hoje, quando penso em você,
não sinto perda, sinto gratidão.
Porque depois que você partiu,
minha vida não acabou —
ela começou a florescer.
E agora eu sei:
você não foi um fim,
foi o impulso que me fez entender
aonde realmente posso chegar.
Sonhei que num restaurante eu estava,
Com Claudia Elisa, uma mulher bela, tão clara,
Sua pele, lisa como uma parede, reluzia,
E disse isso a ela, numa conversa íntima.
Depois, ao sair, uma bromélia encontrei,
Nas pedras do caminho, ao chão quis cair,
O céu escuro dizia que ia chover,
Uma tempestade se aproximava, a correr.
Voltei um passo, em frente ao local,
A filha de Elisa apareceu no final,
Era uma menina, com jeito infantil,
No banheiro havia aprontado, sem perceber, sutil.
Com sono, então, decidi seguir o caminho,
Andando só, sob o céu, matutino,
Encontrei duas mulheres de tom escuro,
Uma tinha uma borboleta no cabelo puro.
Ela assustou-se e saiu a correr,
Outra comandou pássaros vingar,
Grandes e assustados, voaram a deter,
E um, gato, na minha frente a tombar.
- Onde as almas descansam?
Onde os sonhos repousam...
onde pulsa a energia, quando a matéria
se desfaz, grão por grão.
Ela morreu sem aceitar
sua invalidez.
Não só dos membros
mas da visão
de uma vida construída
sem lucidez.
Há um universo inteiro
de incertezas,
que desmembro passo a passo,
tentando entender
por que as pessoas são como são.
Cada um carrega sua sacolinha
de traumas e dores que tiveram
que absorver.
Hoje, o cemitério tem uma lápide
com o nome dela se apagando.
E outras com o meu... numa diálise
de dores silenciosas
amargando.
Não busco mais sonhos falidos, nem quero inimigos disfarçados de amigos, falsos, duas caras, fingindo gostar de mim. Não serei egoísta com quem mais amei. Não jogo mais esse jogo da vida.
Estou desistindo, ou já desisti. Não há outro rosto, uma mão aqui. Não há o que possa me acolher ou redimir. Caminho sozinha para o fim.
- Marcela Lobato
Sobre Música e Sonhos
A música é a única salvação para o que resta da minha alma, quando o que se tem, não basta, ou o que há de mais importante, é inalcansável. Só ela nos ajuda a jogar para fora o que queima, arde, cura ou fere.
Cante suas histórias, conte tuas memórias. Que cantemos a verdade com paixão, pois se não há outro caminho, é necessária uma solução. Faça o que faz por amor, e não por dinheiro, pois ele é só um bônus do esforço e trabalho bem feito. Do que adianta toda riqueza, vivendo uma vida de mentira, sem desejo, vontade ou um amar verdadeiro?
Busque teus sonhos, viva o teu destino. Jamais deixe alguém dizer que não pode qualquer coisa que queira. Viva para realizar seus sonhos, e não os de pessoas alheias, que jamais devolverão o tempo perdido, ou o momento onde ainda podia alcançar teus objetivos mais concretos, e vontades mais sinceras.
— Marcela Lobato
Soneto (parte 3)
Carta para meu lírio
Lírios azuis, flores de sonho,
Ternura que o coração sente,
Amor que não morre, não some,
Lembranças que para sempre se sentem.
No jardim da memória,
Lírios azuis florescem,
Trazendo lembranças queridas,
De momentos de amor e paz.
Seu perfume suave e doce,
Enche o ar de ternura,
Lembrando momentos felizes,
De amor e alegria pura.
Lírios azuis, símbolo de amor,
Ternura que não acaba,
Lembranças que ficam,
Mesmo quando a distância separa.
“A motivação não nasce do grito, mas do instante em que o cansaço e o desejo se olham e a alma decide continuar viva.”
M. Arawak
O mal… é esquecer quem você é.
Eu virei a chave quando percebi que a verdadeira evolução começa dentro.
Quando entendi que o homem não cresce só quando vence,
mas quando aprende a se ouvir, se perdoar e se levantar.
Virar a chave é quando você entende que Deus habita em você.
Não é sobre religião. É sobre presença.
Olha pra você.
Olha de novo.
Diz um ‘bom dia’ pra Deus aí dentro —
e deixa Ele te guiar.
A vida muda quando o homem para de buscar aprovação
e começa a buscar propósito.
Quando ele entende que servir não é ser menor,
é ser grande o suficiente pra levantar outros.
Eu virei a chave quando percebi
que o meu valor não dependia do que o mundo via,
mas do que Deus via em mim.
— Purificação
Mas tu és o que és!
Até quando irei sonhar com o que não é?
Eu ainda me preocupo demais,
Mas eu preciso sentir paz.
És misteriosa,
És ardilosa.
És uma cobra venenosa...
Admirar sua existência é a minha maior eloquência,
Caminhar, mesmo que apressado ao seu lado, jamais me deixa cansado.
Por que me sinto tão bem, flor?
Será que é só porque em ti vejo amor?
* Dia das crianças *
Embora a infância seja o início
do nosso caminhar pelas veredas da vida,
ela permanece presente e determinante
até o fim...
A infância não passa,
ela se infiltra em cada passo do caminho,
molda as feridas e os sonhos
que nos carregam até o último suspiro...
A infância é o primeiro perfume
das veredas da vida...
e, mesmo quando o corpo se cansa,
ela floresce nas lembranças
que nos sustentam até o fim...
✍©️@MiriamDaCosta
Mortinhos
Estamos perdidos
Eu não sei onde estás
Caminhamos sozinhos
Num caminho para o amor e para a paz
Sei que estou vivo
Mas deixei algo para trás
Algo com valor e sentido
Foi o teu amor que tão bem me faz
Dizem que estamos escondidos
Mas como cada um foi capaz
De fugir de sorrisos tão bonitos
Que estão lá um para o outro nas horas más
Só sei que sobrevivo
Desde algum tempo para cá
Sei que sobrevives num mundo esquecido
Em que esquecemos de nos dizer olá
Havia uma mulher que vivia sobre um palco. Ela não caminhava pelas ruas da alma alheia como quem busca encontros, mas como quem encena. Seus gestos não eram diálogos, eram ensaios.
Suas palavras vinham com pausas medidas, silêncios calculados e olhares coreografados. Vivia para ser vista, não para ver. Queria aplauso, não presença.
Precisava de plateia, não de vínculo.
Teus cabelos ondulam nas noites de meus sonhos,
onde os Orixás sussurram que devo tomar cuidado
para não me perder em teus encantos de sereia.
Mas eu não dou ouvidos às advertências
e sigo enfeitiçado por teu olhar,
sedento por teus lábios,
desejando ardentemente
mergulhar nos prazeres do teu corpo.
És Filha de Iebá,
dona de mistério e magia
que fascina todos os homens,
e os atrai como imã
para que te sirvam
e façam tudo o que você quer.
Alguns terão a delícia dos teus beijos,
outros viverão apenas a suspirar por ti.
Mas eu confio nos desígnios de Iemanjá
que atou nossos destinos
para que esta sede que me toma
seja saciada entre tuas coxas
onde hei de me encontrar
para te proporcionar o mais intenso ardor
em marés infinitas de prazer.
Admitir
Tentei ser o homem perfeito, o homem certo.
Eu sonhava, sentia... você era a pessoa certa.
Quando acordei, você já tinha se casado,
E eu ali, sonhava acordado.
Sentia que tinha sido enganado,
Te amando em silêncio — mas o tempo apagou.
E tudo que era cor, a fumaça levou;
Teu “pra sempre” sumiu sem avisar,
E eu fiquei sem lugar pra voltar.
Você era a pessoa certa,
Mas só no meu lado da história aberta.
E quando acordei...
Você já tinha se casado.
Enquanto eu ainda te esperava do outro lado,
Foi delírio, foi encanto, foi espelho quebrado.
Fui teu tudo, sendo teu quase-nada, calado...
Hoje eu vejo:
Sonhar sozinho também dói demais.
E amar no escuro não traz sinais.
E agora eu sei:
Sonhar sozinho... também é forma de se perder...
Admito.
Tentei ser teu porto, fui só passagem.
Te amei sem rascunho, sem margem.
Hoje entendo, enfim, sem disfarce:
Não era destino...
Era só viagem.
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