Poemas para Desejar um Feliz Aniversario
Sou filho de um berço
que é feito de palha e cheira a verdura...
Sou fruto de um Maio
coberto de flores chorando a censura...
Sou eterno gaiato
que brinca nos campos a brincar com nada...
Sou força de um tempo
que um dia sorriu e se fez alvorada...
Sou sonho que emerge
por entre o restolho e se esvai no pousio...
Sou conto sem fadas
que avança no tempo que não se contou...
Sou grito da alma
que brada no céu e cai no vazio...
Sou poeta que avança
por entre o destino, sem saber quem Sou.
Quem se finge indiferente
ante a injusta sociedade,
é mais um que é conivente
com a justiça decadente,
por desdém e por maldade.
Sou um eviterno vagabundo,
nesta vida consumida pelo medo;
olho prá vida vejo um tecto moribundo
cheio de restos, de prisão e de degredo.
Apalpo os dias que me passam ao redor,
com a vontade que me dá o velho tacto;
provo premissas sem tempero e sem sabor,
feitas de um rosto macilento e abstracto.
Neste percurso sinuoso aos solavancos,
nesses atalhos procriados nos invernos,
passo barreiras rodeadas por barrancos,
pelas ombreiras lá dos quintos dos infernos.
Fiz-me um ser errante, emaranhado,
deambulando pela dita paz no mundo;
sou fora daqui, sou de outro lado...
Sou um eviterno vagabundo!
Há nas redes sociais
um convívio mascarado,
que se vê nos arraiais
e nos mostra um pouco mais
o valor do nosso fado.
Amizade é um valor que se descreve,
com a bondade que afaga o coração;
dá-nos calor com a cor da fria neve,
nesses momentos de retiro e solidão.
Dá-nos apoio, um delicado sentimento,
compartilhado na ternura, no carinho;
adoça o tempo, a faguice do momento,
onde as palavras soam ternas e baixinho.
Sentimos luz em cada pingo de desvelo,
admirando o resplendor, a claridade;
e cabe sempre mais um amigo no Castelo,
dentro da alma, onde vive esta Amizade.
Há nas redes sociais
um convívio mascarado,
que nos mostra um pouco mais
quanto vale o nosso fado.
I
Ó meu caro Facebook,
ou então senhora Meta,
a pensar em linha reta
vejo aqui um grave truque...
Para que este povo eduque
os preceitos dos seus pais
basta ver os arraiais
desta nova involução
e perceber que ilusão
há nas redes sociais.
II
Há modelos com fartura,
porque aqui é tudo lindo,
tão felizes vamos indo
nesta alegre desventura...
Também há muita censura,
muito julgamento errado,
onde tudo é condenado
pelos tais inquisidores,
deixando nos bastidores
um convívio mascarado.
III
Muito valem bagatelas
nesta ordem mais moderna,
vale a porta da caverna
sem postigo, sem janelas...
Todos querem ser estrelas
nas vaidades naturais,
com relevos triviais
para espanto da nação,
e há ainda a intenção
que nos mostra um pouco mais.
IV
Todavia, estamos prontos
a seguir nesta contenda,
sem retorno, sem emenda
na malícia dos confrontos...
Há a briga pelos pontos,
um rival que é bloqueado...
Fazeis vós o vosso agrado,
deste jeito, a qualquer preço,
mas digam lá, porque vos peço,
quanto vale o nosso fado.
A gratidão tem um sentido
que não pode ser filtrado.
Quem é grato é instruído,
se é ingrato é mal formado.
Sou um cara simples, se tem uma coisa que gosto é de reciprocidade...
Gosto daquele respeito mútuo, á busca e o cuidado no falar.
Não gosto de ficar correndo atrás daquilo que não quer ser encontrado, sei esperar meu tempo!
Sou um cara simples pra caralho é sim sim e não não, e acabou não tem perda de tempo...
Não sou de julgar ninguém, posso ser até pior que você em alguma coisa, rsrs!
Sou um cara muito simples, não precisa ficar bajulando é só ser verdadeiro, que vc me conhecerá de verdade!
Sou um cara simples pra caralho, sou feliz com pouco, e sou grato por tudo!
A gente se vende em busca de coisas que nem se quer pode acontecer...
Pela simples ilusão de achar que está vivendo da melhor forma possível!
Mas na verdade, apenas estamos caminhando para o fim.
O que é um amor suficientemente
verdadeiro? Se o ato de compreender
um ao outro se faz presente, esse amor
se eterniza da melhor maneira
possível.
___Sim_
UM SÓ SONETO
Somente um soneto cru, precário
Poetizando a sensação repartida
Tão singular, vazio, tão deficitário
E, aceita calmamente a dor doída
Qual a um verso em um relicário
Intocável, inerte, exilado da vida
Ferido em espinho, sem itinerário
Sangrando aquela paixão partida
Somente um só soneto bem podia
Nas estrofes o sentido arrebatado
Embalado com poética na poesia
Fazendo palpitar o canto, cantado
Dando asas a ilusão, e que voaria
Nas rimas do coração apaixonado.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 março, 2024, 20’04” – Araguari, MG
Poema:
Ouço um som..
Acordes ou batidas, ritmos ou sinfonia, da razão a simples vida.
Canções expressam a vontade da alma e da lágrima que se passa.
Ouvir essa canção que invade o ser e que incentiva a cada emoção,
Claves ou pausa entre a música que passa, podemos sentir a comoção que o artista declarar.
Cada música que ouço vivo um momento que meu coração quer declarar, em palavras e frases que ao mesmo não posso falar.
Vivenciar cada momento com música nos faz ver a vida com mais emoção e liberdade, enxergar o que tudo se move através de simples canções e te leva até os céus sem ao mesmo sair do chão.
Cada toque em meu piano declaro que meus olhos tentam falar, por isso que a vida é bem mais fácil quando a música existe em nossos corações para disfarçar a dor e esquecer o passado de dor.
UM DE JULHO (soneto)
Se sois, inverno, no cerrado se sente
De tempos frios com tal bravio vento
Que tomais a secura como elemento
E neste movimento, és inteiramente
Nuvioso,horas breves, chão sedento
Da mesma natureza, e tão diferente
Dias vão que passa no fugaz poente
Rubente o céu num encaixotamento
E desta vida em tudo ó mês valente
Sê da metade do ano, planejamento
Férias breves do docente e discente
Como do calendário és afolhamento
E teu entardecer não mais reluzente
Tudo em vós, julho, traz sentimento
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
apenas um breve
no invernado do cerrado, ipês, flóreo
num gesto leve, pintando o dia
a surpresa do encanto deste arbóreo
redigi no devaneio, sutil poesia
matizado o chão de fugaz fragilidade
onde decanta a vida em romaria
e a natureza recita-se em suavidade
num cântico breve de doce magia
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
UM SONETO
Canta na alvorada o sabiá canta
Um cantar suave e tão contente
Que nostalgia o encanto da gente
Saudosamente, e os males espanta
E na tal quimera sonora, consente
Que nesta manhã de beleza tanta
A alma transude numa magia santa
Exibindo a alegria que a vida sente
Assim, em uma fortuna reluzente
O canto nos põe frente a frente
Com a felicidade e com a emoção
Então, neste encontro presente
Desta ventura, aí, tão somente
A boa sorte, regi toda a canção
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
UM NOME ...
Ao sentimento mais sublime e profundo
chega numa sensação de doce melodia
em que a emoção, arde, no tocar fundo
do coração, onde o prazer n’alma alumia
pois eu, na trama de um afeto oriundo
que inundava a minha vida de fantasia
me abraçou a cada segundo com alegria
e ia até os alvores infindos do mundo!
meus Deus, acaso nesta roda do destino
eu ingrato for, perdão, por sua fidelidade
e meu orgulho haver este egoísmo ferino...
se merecedor desta paixão que consome
Senhor, minha gratidão e minha lealdade
e, assim, deixar de chamar por um nome! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2021, 14’27” – Araguari, MG
SOB UM RETRATO
Aqui tens amarelado, um retrato desbotado
Numa saudade que dói e na saudade versa
Em um silêncio mudo, contudo, encharcado
De memória, histórias, de casos e conversa
Foto piedosa, meiga, de um tempo passado
Ante o vazio do olhar, da atenção dispersa
Olhos amorosos, em um sussurro chorado
Ó contemplação de uma sensação perversa
Ante ele, recordando a tão doce formosura
Ente amado, as preces para a eternidade
Que o tempo leva numa nostálgica ternura
É que Deus, Ente, lhe doirou em santidade
Dando-lhe a paz e o caminho da alma pura
E cá eu vou carpindo sob a infinda saudade...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/09/2021, 10’10” – Araguari, MG
UM POEMA
Tu, que este versejar, o teu nome chama
Que deixa a saudade suspirar pelos versos
Arqueja na alma em sentimentos diversos
Sussurrando nostálgica rima, denso drama
Nesta prosa poética onde o amor derrama
Diante da inspiração os sonhos submersos
O olhar, de olha-los, são desejos imersos
Em cada trova, sensação daquele que ama
Todo o amor qual andei sempre embebido
Pulsa no peito ao dizer-te em verso terno
O que sempre no meu amar teve contido
É a sedutora teimosia do encanto interno
Dum coração repleto, e pleno de sentido
Esperança, à espera do encontro eterno...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13 setembro, 2021, 21’12” – Araguari, MG
UM DIA VIRÁ
Um dia a poesia virá, tão poeticamente
Vibrante, luzidia, contente e fascinante
Ao ter um romance na prosa da gente
Ateando o coração, aquele de amante
Há de ser duma maneira tão diferente
Repente nos versos, inteiro no instante
Tendo na redação o tal afeto que sente
Sussurros, ao ledor, então, alucinante!
A poesia narrada com toda a emoção
Com cânticos de sensações a compor
Contendo rimas de prazer, tão assim!
E, nessa suave e tão afável inspiração
A flor do verso a saber o que é o amor
Na qual, a poesia, um dia, virá, enfim!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 setembro, 2022, 17’16” – Araguari, MG
UM TALVEZ
Sempre quis ter no afeto aquela felicidade
Recanto em que minh’alma estaria pausada
Deparasse, afinal, com a fé da cumplicidade
Demorando em uma longa e jovial jornada
Um sorriso virtuoso, assim, com verdade
Aquela palavra certeira e tão enamorada
Em que o coração pulsa cheio de amizade
E, tem caseira e boa conversa descansada
Ah, como é bom ter o alguém confidente
O que nos dá ouvido, os de beijo ardente
Consolo ao amor, e nele me completasse
Um talvez, mais de um, nenhum exato
Frechado pelo cupido, e fosse de fato
Pleno, sem que eu mais o procurasse!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/12/2020, 18’57” – Triângulo Mineiro
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