Poemas Nao quero dizer Adeus

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Sou

Sou o que sabe não ser menos vão
Que o vão observador que frente ao mudo
Vidro do espelho segue o mais agudo
Reflexo ou o corpo do irmão.
Sou, tácitos amigos, o que sabe
Que a única vingança ou o perdão
É o esquecimento. Um deus quis dar então
Ao ódio humano essa curiosa chave.
Sou o que, apesar de tão ilustres modos
De errar, não decifrou o labirinto
Singular e plural, árduo e distinto,
Do tempo, que é de um só e é de todos.
Sou o que é ninguém, o que não foi a espada
Na guerra. Um esquecimento, um eco, um nada.

Você

De repente a dor
De esperar terminou
E o amor veio enfim
Eu que sempre sonhei
Mas não acreditei
Muito em mim

Vi o tempo passar
O inverno chegar
Outra vez, mas desta vez
Todo pranto sumiu
Um encanto surgiu
Meu amor

Você é mais do que sei
É mais que pensei
É mais que esperava, baby

Você
É algo assim
É tudo pra mim
É como eu sonhava, baby

Sou feliz agora
Não não vá embora não

Não, não vá embora, não
Vou morrer de saudades...

Tim Maia
Álbum "A Arte de Tim Maia"

Geometria dos ventos

Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.
Onde se conta uma história,
onde se vive um delírio; onde a condição humana exacerba,
até à fronteira da loucura,
junto com Vincent e os seus girassóis de fogo,
à sombra de Eva Braun, envolta no mistério ao mesmo tempo
fácil e insolúvel da sua tragédia.
Sim, é o encontro com a Poesia.

(Poesia feita em homenagem ao poema Geometrida dos Ventos de Álvaro Pacheco)

Eu não procuro nada em ti,
nem a mim próprio, é algo em ti
que procura algo em ti
no labirinto dos meus pensamentos.

Eu estou entre ti e ti,
a minha vida, os meus sentidos
(principalmente os meus sentidos)
toldam de sombras o teu rosto.

O meu rosto não reflecte a tua imagem,
o meu silêncio não te deixa falar,
o meu corpo não deixa que se juntem
as partes dispersas de ti em mim.

Eu sou talvez
aquele que procuras,
e as minhas dúvidas a tua voz
chamando do fundo do meu coração.

Chanson

Disse a meu peito, a meu pobre peito:
- Não te contentas com um só amante?
Pois tu não vês que este mudar constante
Gasta em desejos o prazer do amor?

Ele respondeu: - Não! não me contento;
Não me contento com um só amante.
Pois tu não vês que este mudar constante
Empresta aos gozos um melhor sabor?

Disse a meu peito, a meu pobre peito:
- Não te contentas desta dor errante?
Pois tu não vês que este mudar constante
A cada passo só nos traz a dor?

Ele respondeu: - Não! não me contento,
Não me contento desta dor errante...
Pois tu não vês que este mudar constante
Empresta às mágoas um melhor sabor?

Primeiro levaram os comunistas,
Mas não falei, por não ser comunista.

Depois, perseguiram os judeus,
Nada disse então, por não ser judeu,

Em seguida, castigaram os sindicalistas
Decidi não falar, porque não sou sindicalista.

Mais tarde, foi a vez dos católicos,
Também me calei, por ser protestante.

Então, um dia, vieram buscar-me.
Nessa altura, já não restava nenhuma voz,
Que, em meu nome, se fizesse ouvir.

Sei que pareço um ladrão...
Mas há muitos que eu conheço
Que não parecendo o que são,
São aquilo que eu pareço.

Soneto da Desesperança

De não poder viver sua esperança
Transformou-a em estátua e deu-lhe um nicho
Secreto, onde ao sabor do seu capricho
Fugisse a vê-la como uma criança.

Tão cauteloso fez-se em seus cuidados
De não mostrá-la ao mundo, que a queria
Que por zelo demais, ficaram um dia
Irremediavelmente separados.

Mas eram tais os seus ciúmes dela
Tão grande a dor de não poder vivê-la,
Que em desespero, resolveu-se: - Mato-a!

E foi assim que triste como um bicho
Uma noite subiu até o nicho
E abriu o coração diante da estátua.

Ela disse assim (A teus pés)

Ela disse assim
É porque é
É porque é
Não há desespero em vão

Se ela quer voar
É porque tem assas
É porque tem asas
Não não não
Quando a gente voa
Distante e só
Tão distante e só
O sol não vem e a luz que cai
Nunca mais voltou
Nunca mais voltou
Não não não

As Coisas

A bengala, as moedas, o chaveiro,
A dócil fechadura, as tardias
Notas que não lerão os poucos dias
Que me restam, os naipes e o tabuleiro,
Um livro e em suas páginas a desvanecida
Violeta, monumento de uma tarde
Sem dúvida inesquecível e já esquecida,
O rubro espelho ocidental em que arde
Uma ilusória aurora. Quantas coisas,
Limas, umbrais, atlas, taças, cravos,
Servem-nos, como tácitos escravos,
Cegas e estranhamente sigilosas!
Durarão para além de nosso esquecimento;
Nunca saberão que partimos em um momento.

Pedi a Deus um dia especial
Com uma pessoa incrível
Para dizer o quanto amo
E que, não há nada melhor
Do que estar ao seu lado.

Adeus, meu bom amigo,
Adeus e muito obrigado
Espero beber contigo
No bar que há lá do outro lado...

Matanza

Nota: Trecho da música Whisky para um condenado.

Sabe por que sofremos tanto quando uma pessoa que amamos diz adeus?
É porque cada uma tem um pedaço do seu coração.
Quando morrem, fica aquele eterno vazio, que diminui com o tempo.
Quando perder ou recusam um pedaço, a vida logo nos da outro bem maior.
Quando seu coração fica boa parte completa, surge a felicidade. Quando se da um sorriso, é porque algum pedaço voltou ou você ganhou um novo.
Quando uma lágrima escorre em nosso rosto, nela esta refletida a dor. A dor que vem, por aquele pedaço no qual tanto acreditamos nunca perder, se perdeu em algum lugar.
Nascemos com ele completo, vivemos distribuindo cada parte e morremos com ele todo despedaçado. É assim a mais pura realidade.
Na vida vivemos para manter ele todo completo.
Na vida sonhamos e lutamos para conquistar cada pedaço.
Na vida choramos por aquele pedaço não estar ali, naquele lugar tão especial....

Uma lágrima...
uma esperança que acaba,
um coração que se parte,
um alguém rumo ao adeus,
um sorriso que não aconteceu.
Um longo caminho que levou a lugar nenhum,
uma ferida aberta,
enfim, um anjo que não pode voar.
Lagrimas inconspícuas calam as palavras,
mas fazem o coração lamuriar.
Venha enxugar esta lágrima com seu sorriso,
e farei com que em seu rosto
esta mesma lágrima não desça.
Assim a próxima lágrima que cair dos nossos olhos
vai aliançar a existência do nosso amor sincero,
então toda dor das lágrimas,
será cessada pelo sorriso do outro.
EU TE AMO!!! OBRIGADO POR VOCÊ EXISTIR!

ADEUS, MEU ANJO!!!

Primeiramente, muito obrigado, meu anjo! Muito obrigado por tudo. Pela amizade, pelo carinho, pela paciência que você teve comigo quando eu te magoava com alguma bobagem só porque você não conseguia sentir por mim o mesmo amor que eu sempre senti por você. E que sempre vou sentir.

Agora que já tem alguém ocupando na sua vida o lugar que eu lutei desesperadamente durante mais de dois anos para ocupar (e ele conquistou assim de repente, sem muito esforço), já posso te deixar em paz para que você viva a sua vida.

Também quero te agradecer por este último voto de confiança que você me deu adicionando-me ao seu círculo de amizades no face. Prometo não publicar, partilhar, comentar ou curtir nada seu. Mas estar no seu círculo de amizades vai me servir como prêmio de consolo. Eu não fui capaz de te conquistar, e o prêmio do perdedor é sempre a derrota.

Eu queria que tudo isso tivesse acontecido como num conto de fadas, onde no final a princesa beija o sapo e eles vivem felizes para sempre. De coração, meu anjo, eu passei esses últimos dois anos lutando e pedindo a Deus que você aceitasse ser a minha princesa. Mas parece que nesse conto o sapo termina sozinho e com o coração em pedaços.

Soprei. Apagou-se a chama
Disse-te adeus em seguida.
Quem diz adeus a quem ama
Diz adeus a própria vida.

Toda vez que eu digo adeus

Toda vez
Que eu digo adeus
Eu quase morro
Toda vez
Que eu digo adeus
Aos deuses eu me curvo
Nenhum deus contudo
Parece me ouvir
Eles vêem tudo
E te deixam partir
Quando estas
A só um mar de flor em volta
Sabiás de algum lugar
Cantam o amor em volta
Não há som melhor
Mas seu tom maior se torna menor
Toda vez que eu digo adeus
Toda vez que eu te digo adeus

Dizermo-nos adeus rouba-nos metade da alma.
E odiamos almas estreitas, sem bálsamo e sem estímulo, feitas de nada e abandonadas ao destino.
O destino, que destino nos está destinado?
Recordações e memórias do que poderíamos ter vivido...
Do ciúme sem sentido, o som do teu sorriso, o desejo e o teu carinho; o abraçar com certeza e beijar com vontade.
Recordações da felicidade, de ser feliz de verdade...
Nunca me digas adeus...

Confissão





Adeus meus sonhos...

O medo é um sentimento que nos torna fraco.

Atravesso silenciosamente o cemitério.

Sangue e lágrimas derramadas no chão.

A lápide presa num mundo escuro e sombrio,

Pessoas de preto se aproximam.

Uma sensação de medo e arrepio.

Um brilho que impressiona a todos e torna

Vivo os mortos na escuridão...

Roubarei sua alma e invadirei seus pensamentos.

Sempre vivi com a morte dentro da alma.

Tanta agonia, desespero, angústia, dores sem causa.

Prantos sem nem mais pausa.

Risos que já não me chegam ao rosto.

Noites passadas de olhos abertos,

sem nada ver ou falar,

Só esperando a morte chegar...

"O ADEUS"

Me aproximo
Te abraço
Busco um carinho
Um afago, um olhar apaixonado...

Você,
Tão distante, tão frio, tão calado
Eu só queria,
Sentir teus braços
Presos em meus abraços
O teu cheiro, perfumando meu espaço...

E você
Frio, retraído, impenetrável
Não quer, meus carinhos, meus beijos
Nem mesmo meu afago...

Então busco,
Tuas mãos em minhas mãos

E voce
Discretamente foge do meu contato
Eu doída, cansada,infeliz e arrasada,

Vejo-te...
Saindo devagarinho
Fugindo do meu contato
Para os braços de outra amada.