Poemas Nao quero dizer Adeus

O homem realmente culto não se envergonha de fazer perguntas também aos menos instruídos.

Não há maior dor do que a de nos recordarmos dos dias felizes quando estamos na miséria.

Louco não é o homem que perdeu a razão. Louco é o homem que perdeu tudo menos a razão.

Quando as palavras não são tão dignas quanto o silêncio, é melhor calar e esperar.

Uma única coisa é necessária: a solidão. A grande solidão interior. Ir dentro de si e não encontrar ninguém durante horas, é a isso que é preciso chegar. Estar só, como a criança está só.

A mágoa profunda tem menos poder para atingir / O homem que dela faz troça, e não a carrega como um fardo.

O egoísmo não é amor por nós próprios, mas uma desvairada paixão por nós próprios.

Não basta dirigir-se ao rio com a intenção de pescar peixes; é preciso levar também a rede.

Escrevi uma vez que era um cético que só acreditava no que pudesse tocar: não acreditava na Luiza Brunet, por exemplo. Cruzei com a Luiza Brunet num dos camarotes deste Carnaval. Ela me cobrou a frase, e disse que eu podia tocá-la para me convencer da sua existência. Toquei-a. Não me convenci. Não pode existir mulher tão bonita e tão simpática ao mesmo tempo. Vou precisar de mais provas.

A imaginação oferece às pessoas consolação por aquilo que não podem ser e humor por aquilo que efectivamente são.

As crianças são quase sempre felizes, porque não pensam na felicidade. Os velhos são muitas vezes infelizes, porque pensam demasiadamente nela.

A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.

Não devemos ter medo das novas ideias! Elas podem significar a diferença entre o triunfo e o fracasso.

Não dê as costas a possíveis futuros antes de ter certeza de que não tem nada a aprender com eles.

Odeio e amo. Porque o faço, talvez perguntes. Não sei. Mas sinto que é assim, e sofro com isso.

Cuidado com o homem que não devolve a bofetada. Ele não a perdoou, nem permitiu que você se perdoasse.

Não há outro inferno para o homem além da estupidez ou da maldade dos seus semelhantes.

Aquilo que foi e que será, e até mesmo aquilo que é, não somos capazes de saber, mas quanto àquilo que devemos fazer, não apenas somos capazes de saber, como também o sabemos sempre, e somente isso nos é necessário.

A dignidade pessoal e a honra não podem ser protegidas por outros, devem ser zeladas pelo indivíduo em particular.

Correr riscos reais, além de me apavorar, não é por medo que eu sinta excessivamente - perturba-me a perfeita atenção às minhas sensações, o que me incomoda e me despersonaliza.