Poemas em Homenagem a Mulher
Às margens do teu ser.
Meu mar doce,
represá-la?
Não posso.
És livre, mar...
Navegantes?
Só os que permites,
mas
não há ainda quem
te desbrave.
És livre, mar,
de
ondas curvilíneas,
poente de toda luz.
Povoas a mente dos homens,
morada do desejo.
És livre, mar,
a ti, tenho
apenas
um pedido:
Afoga-me.
Tudo em mim é intensidade.
Sinto tudo em proporções avassaladoras,
sou atraída pelos excessos.
Quando frágil, transbordo força.
Carrego em mim contradições, um mosaico de sensações alternadas.
Sou caos e calmaria, lágrimas e risos, fatos e estímulos nem sempre conciliados.
Sou aquela que cria, dança e sonha.
Sustento várias em uma só versão.
Da minha mente inflamam ideias,
dos desejos as variações.
Tenho um quê de travessura, de rebeldia e doçura.
Brigo e brinco, vivo intensa a gangorra das minhas emoções.
Ha muitos anos quando eu era crianca meu pai já dizia :
Filho, nunca se esqueça um casamento é composto de duas
partes que se completam, a Mulher e o Homem;
A mulher é a metade e o resto é
o homem...
PLASMA
Quando eu era criança, um homem fracassado possuía um sentimento de decadência, de tédio, de desilusão e melancolia. Por isso enxergava uma inutilidade e uma futilidade na sua existência, então se resignava em casa, se deprimia numa batalha interna entre a resiliência e a desistência ou adotava um comportamento boêmio no estilo "mal do século" de Chateaubriand, até encontrar a fé em Deus e se erguer. Infelizmente, muitos se suicidavam e não tinham o divino despertar.
Hoje, o homem frágil e sem êxito na sua vida pessoal, não tem humildade de aceitar a sua decadência, rejeita as soluções espirituais e se diz vítima de erros biológicos e cromossomicos.
Então se acha no direito de invadir uma das searas mais sagradas, admiradas e profícuas da vida humana, a área da mulher, a obra mais venerada, perfeita e exitosa da criação.
Emulando grosseiramente, o jeito, a voz, o andar, as vestes e a penetração social feminina, o antigo fracassado, se crer um vencedor. E celebra publicamente a suposta vitória como se fosse objeto de realidade inquestionável.
Contudo, além da consciência gritando por dentro: "É MENTIRA"!, o angustiado também enxerga nos olhares e faces da plateia censurada que o aplaude, movimentos involuntários da maioria, que refletem a confirmação de que sua verdade foi estupdamente adulterada. E embora finja não perceber o desconforto alheio e reafirmar pertencer ao "novo mundo", no intimo, sabe que será sempre, apenas um plasma. Ninguém consegue matar um Y só pela força do pensamento ou do sentimento.
Quisera eu ter sido
Uma bailarina
A muitos anos atrás
Teria voado pelos ares
Feito um serafim
Dado cambalhotas
Rodado como um pião
Teria Saltado
Ficando num pé só
Teria tido a graça de uma garça
E
A
leveza
de
uma
folha
caindo
ao
chão...
Mas, a vida
Me fez um ser diferente
Desses seres alados
Pois no chão me fez,
Com os pés bem fincados.
Uma
mulher
(A-penas)
1. "Aos 60, sou mais forte e confiante do que nunca."
2. "Minha experiência é minha beleza, e minha sabedoria, minha força."
3. "Cada ruga conta uma história de vida bem vivida."
4. "Aos 60, celebro quem sou e tudo o que conquistei."
5. "A idade é apenas um número; minha essência permanece jovem."
6. "Aceito e amo cada fase da minha vida."
7. "Minha autoestima vem da minha trajetória e do meu autoconhecimento."
8. "Aos 60, sou uma mulher completa e em constante evolução."
Ela é tipo Nelore, imponente no olhar,
Cabelão preto que ao vento faz bailar.
Na calmaria, uma força oculta brilha,
Com pisada firme, marca sua trilha.
Cresce como o campo, vasto e sereno,
Sem pressa, mas com destino pleno.
O cabelo escuro, como a noite sem fim,
Guarda segredos de um coração em motim.
Ela é raça, ela é vida, força bruta,
Sabe ser doce, mas jamais absoluta.
É a alma livre que o tempo não prende,
Ela é tipo Nelore, selvagem e independente.
Agosto no Cio
Nuvens vermelhas flutuam baixo. As circunstâncias atmosféricas do mês de agosto facilitam sua formação em níveis vulneráveis à sensualidade humana, absorvendo as gotículas de sangue lançadas ao ar enquanto vociferamos nossos temores, nossas aflições, paixões, fúrias e desejos, sangrando como fêmeas férteis cujos óvulos não foram fecundados.
Noites longas, frias e densas. Eis nossos corpos envoltos pela nebulosa encarniçada: entramos no cio e a grande fera sopra seu vapor sanguinário no deserto.,
Hei, Senhor Lupino! Abandone seu covil e venha me pegar!
[...]
Sinto seu hálito, seus beijos, sua língua úmida descendo por meu pescoço, minhas costas, meus seios, minha barriga, meu templo.
Gemidos, sussurros: a heresia de uma fase lunar personificada pela condensação de nossos instintos carnívoros.
Seus lábios macios sugam o fluido ferruginoso que verte de minhas nascentes em resposta à efervescência de suas carícias sinuosas.
Sua fera pulsa entre minhas coxas.
E eu sei: o Deus-homem nunca morreu.
Pela metade e por inteiro
Metade dela, beleza,
outra metade, luz
Metade dela, sorriso,
outra metade, atração
Metade dela, alegria,
outra metade, só folia
Metade dela, encontro
outra metade, espanto
Metade dela, convite,
outra metade, adeus
Metade dela, revelação,
outra metade, reclusão
Metade dela, procura,
outra metade, encontro
Metade dela, certeza,
outra metade, ilusão
Metade dela atrai,
outra metade diz não
Metade dela, distância,
outra metade, união
Metade dela, matéria,
outra metade, espírito
Metade dela, mente,
outra metade, coração
Em cada encontro, a certeza,
da procura e da ilusão
Da distância e da união,
do sorriso e da atração
Do sim e...
Do não!
Metade dela mulher
Metade dela é menina
Metade dela é mãe
A outra metade é divina
E por inteiro amor
Este amor que me fascina
Me conduz...
Me ilumina!
PISCA
Até quando, o peso do tempo e a sorte serão os limitadores e os carrascos de meninas e mulheres, Até quando o respeito SÓ será reconhecido, após essa sorte e esse tempo, marcar com tantas angústias e lágrimas seus corpos, seus sonhos, suas almas. Pisca chora, Pisca apanha, Pisca quieta. PISCA GRITA, PISCA DENÚNCIA, PISCA É PROTEGIDA. Antes que o piscar cesse, PISCA E É FELIZ.
Ela quebrou as amarras, um dia,
E sentiu o vento a lhe beijar a face.
Antes presa em correntes frias,
Agora livre, sem medo ou disfarce.
Caminhou por caminhos tortuosos,
Fez da dor, força, da lágrima, flor.
Transformou grilhões em sonhos gloriosos,
E no peito acendeu o seu próprio amor.
Sua voz antes calada, ecoa forte,
No peito a coragem, no olhar a luz.
Ela molda o destino, não teme a sorte,
Pois seu voo é livre, seu espírito conduz.
Mulher que um dia viveu aprisionada,
Hoje dança ao som do seu próprio querer.
Quebrou as amarras, é dona de nada,
Senão de si mesma, de todo o poder.
Nasceu entre espinhos, sem direito a flor,
A infância marcada por sombras de dor.
Silêncios forçados, medo sem cor,
Crescia calada, sem mostrar o clamor.
O mundo era duro, as feridas sem fim,
Mas ela aprendeu a lutar por si.
Nos olhos, guardava o que não pôde dizer,
E na alma, um desejo imenso de viver.
Passou por abismos, cruzou vendavais,
Superou o peso de antigos ais.
Transformou o escuro em lição, não em cruz,
Fez da dor cicatriz, não um cárcere sem luz.
Hoje caminha de cabeça erguida,
Com passos de força, é dona da vida.
A vitória é dela, a honra também,
Sem buscar lamentos, sem olhar além.
Não há mais correntes, não há mais prisão,
Ela escreve sua história com o próprio coração.
E em cada vitória, um sorriso a brilhar,
Uma mulher que soube, enfim, se libertar.
TODAS ELAS
São assim,
Como um espelho de Ancestralidade
Ao reconhece-se nelas,
Representa todas elas.
TODAS ELAS
São belas,
De todas as formas e tamanhos,
Com cabelos de todas as cores,
E olhos de todos os tons.
Todas elas são fortes.
TODAS ELAS
Somente elas
Sabem a vida que levam.
Às vezes loucuras
Outras, ternura.
Todas são assim...
Esperança sem fim!
TODA ELAS
São intensas
Suas fraquezas
são incertezas
Elas são luz que confunde as trevas,
Elas são simplesmente elas .
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