Poemas Góticos
Um mau dia
Tem dias que não estou muito bem
Hoje, por exemplo, trago um nó aqui por dentro
Saudades dela, a quem não vejo há algum tempo
Hoje veio com tudo, trazida com a força do vento
É, realmente tem dias que não estou muito bem
Mas ainda assim escrevo, vai que ela lê e algum dia vem
Escrevo sempre pensando nela, cada letra e cada ponto também
É um jeito sofrido de lembrar, lembranças do além
Sim, ela já se foi e levou com ela o meu coração
Que hoje de nada me adianta, batendo neste meu corpo são
A não ser claro, para selar a nossa separação
Mas um dia ele há de parar
E junto dela novamente eu estarei
Mas hoje... é, hoje eu não estou muito bem
Infelizmente, não tivemos o poder de escolher nascer ou não, nem tampouco o lugar onde nascer.
Uns nascem em berço de ouro, outros em berço de couro.
Cabe a cada um de nós escolher como viver antes de morrer
Há dias que a vida parece nos escapar
Há dias que as partidas somam milhares de vidas que vão para não mais voltar
Uns partem cedo, sem nem chegar.
Todos deixando ausência e saudades
Todos mostram a face da morte que não tarda, por mais longa que seja a vida.
São muitos
São jovens
São vidas
todas importam.
Mentira
Tão insignificante
De aniquilador
Poder
Como bomba
Atômica
Depois da primeira
Tudo vira pó
E condena
O amanhã
Tóxica
Árida
Morta
Por sorte
O efeito é mágico
Nesse caso
Quem morre
Não é a vítima
Mas sim
O atirador.
Lembre-se de mim
Se lembre de todas as minhas manias, se lembre de todas as minhas gírias.
Quero que você sempre lembre de mim, eu te peço não deixe a minha memória se apagar o meu cheiro sumir.
Não quero que você esqueça o meu nome, não esqueça oque eu fiz, quem eu fui e o porque deu ter chegado aqui.
Se lembre de mim, toda vez que ouvir a minha música preferida, e como eu me sentia ouvindo ela.
Se lembre da minha cor favorita, que na verdade eu nunca consegui decidir isso, Porque sempre gostei de todas.
Quero que você se lembre de mim quando vê um girassol Pq era a minha flor preferida, e a única que eu sabia o nome, se lembre da caixinha de surpresas que eu era, da pessoa aleatória que sempre ria de qualquer história, se lembre do meu medo de palhaço e da minha paixão incandescente que eu sentia pelo mar.
Quero que você se lembre das minhas confusões, das minhas atribulações.
Não deixe a minha memória ser apagada.
Pq eu sei que quando partir, serei mais nada, "do pó nascemos, pro pó voltaremos" que na sua memória eu nunca venha sumir.
Se lembre de mim...
Se lembre de mim, ao acordar, e ao dormir, se lembre de mim quando você conquistar um sonho e saiba que sempre vou estar torcendo por ti.
Se lembre de mim
É isso que te peço, nunca se esqueça de mim, quando eu partir.
Todos querem liberdade
mas quem por ela trabalha? (...)
(o humano resgate custa
pesadas carnificinas!
Quem morre, para dar a vida?
Quem quer arriscar seu sangue?)
Se você se sente vazio,e acha que não é amado
...SE MATE AGORA!
Você não merece a fé que é depositada em você.
Já tentou fugir da dor? não dá né?!
Você pode dar risada, se "divertir",mas sempre chega o momento em que a realidade vem a tona, e doí, doí, doí....Daí quando você está quietinha na cama as lágrimas não se controlam e rolam pelo seu rosto, de alguma forma chorar te alivia, você dorme, os dias passam rápido até o dia em que você vai perceber que a dor virou saudade...
...E quando a saudade não cabe no coração, transborda pelos olhos, daí você dorme!
A Apedrejada
Meu nome é Asho
Tenho treze anos e vou morrer
Por apedrejamento.
Ao relento
Dos corações endurecidos.
Fui condenada por prevaricação.
Num tribunal paralelo.
Meu crime?
Fui violentada,
Estuprada.
Rasgada na minha inocência
Eu só tenho treze anos
Acudam-me. Quem pode salvar-me?
A primeira pedra feriu a minha cabeça.
Pulei dentro do buraco,
Cheio de pedras
Tentando fugir.
Eles vieram atrás
50 homens,
Fortes e raivosos.
Acossaram-me.
Socorram-me.
Agora me apedrejam sem parar.
A dor é aguda e atroz
Vomitei.
Gritei.
Urinei.
Defequei.
Inúmeras vezes de dor.
Agonizei.
Cadê a Anistia Internacional?
Onde está a voz dos Direitos Humanos?
Estou agonizante
Só tenho treze anos.
Não quero morrer.
Muito menos agora,
Por lapidação.
Abriram vários buracos na minha cabeça.
Esfacelaram-me.
Estou sofrendo dores
Do tamanho da maldade deles.
Enfim, vou morrer
Após duas horas dolorosas.
Com a vergonhosa aquiescência do mundo
Eleni Mariana de Menezes
Que essa Páscoa seja um momento de reflexão profunda sobre a vida e a ausência de vida, processo este vivido por Jesus na sua morte e ressurreição.
Assim como ele, nós da educação experimentamos diariamente este processo de morte; morte das expectativas, das vontades, da esperança, mas também, porém nos reerguemos plenos de fé,
crentes de que podemos mudar o mundo por meio da educação.
Utopia? Só poderemos saber quando todas(os) enxergarem a educação como nós, como o caminho para a transformação, para a vida.
Alguns de nós não tem o direito da escolha, alguns nascem como que destinados a ter sua vida abreviada, por ato próprio.
Maktub? Não acredito.
Não saber o fim da jornada, mas ter ciência da fragilidade dela pode nos tornar melhores, ou levar-nos ao reverso do caminho.
Encontrei um domingo cinza hoje, pensando em quando encontrarei o fim da minha caminhada.
Não temo a morte, mas tenho pavor de morrer.
A morte nos remete ao "estar lá".
É o momento em que já fizemos a passagem.
Morrer pressupõe dor.
Sempre fui frouxo pra dor.
Quando o abraço derradeiro vier, que venha rápido, num lampejo.
Uma explosão de luz, sem dor, nem sabor.
Um mergulho sem fim, sem pára-quedas rumo ao éter.
Flutuar anestesiado abraçando o esquecimento, e algumas memórias dos que amo E que tiveram a paciência em me tolerar.
Esse domingo cinzento, resume bem meu estado de espírito.
Triste pela lembrança de um amigo que se foi, dono de uma mente brilhante, vítima de escolhas erradas e de seus excessos.
O desperdício daquela genialidade que, de tão grande, findou por destruir o corpo sempre fraco do menino.
Como um "software" cuja potência sobrecarrega o "hardware".
Acho que assim devem ser os loucos.
Tão intensos, tão enormes em paixão, mas com corpos que não tem o mesmo gigantismo.
Se perdem em outro universo.
Enxergando o que não vemos e vivendo o que jamais viveremos.
Não cabendo em sí de tão imensos.
Buscando, equivocadamente, libertar-se da matéria destruindo-a para, ao fim, assumir o tamanho do infinito.
Van Goghs da vida.
Geniais e únicos.
Trazendo revoluções e construindo , em suas loucuras, o mundo que nós chamamos de lar.
Cumprindo seu papel e partindo para outras revoluções.
Prefiro os loucos.
Eles tem o conteúdo do Inesperado.
Estrelas Binárias
Sempre juntas se envolvendo!
Não são Grandes.
Médias ou pequenas,
Dançando incandescentes pelo espaço,
Juntas brilham mais que soltas,
Até que uma dessas morre...
E continuam dançando,
Até formar uma supernova.
Os dias ruins não são anunciados e raramente chegam com grandes tempestades, os acontecimentos sim, chegam como raios, parte-nos ao meio, quebram pilares, desestruturam mentes, ironicamente acontecem em dias belos e ensolarados.
Seu dia ruim pode ser um dia comum e bom para muitas outras pessoas, parece injusto e cruel, porém é a lógica divina, ilógica da maneira sarcástica como age na vida de cada indivíduo.
Se eu tivesse o poder de mudar o roteiro da vida, faria com que o nascimento fosse uma surpresa não anunciada e, a morte teria o aviso prévio de 9 meses como uma gravidez.
Insanidade, morbidez? Talvez, vejo que seria a última chance de vivermos 9 anos em 9 meses, sugando até o último gole de vida, lúcidos, testando limites, amando puramente. Para que quando chegasse o dia ruim, acalmasse o interior dos envoltos ao luto, com a certeza de que aquele corpo honrou a vida, vivendo=a como quis!
E ele chegou todo sentido
havia lido a teoria do sentido
e percebera que a vida é fluida,
qualquer leve vento
e ela muda de sentido.
Nada mais fazia sentido.
Em tudo há uma gama ampla de sentidos,
mesmo no que ele nunca havia sentido.
Em cada palavra que pronunciara
um novo sentido se anunciara...
a cada dia tudo novo ficara.
Um novo dia se anuncia
e anuncia um novo dia, um novo dia, um novo dia...
até chegar o fim e acabar com sua alegria.
E ele foi embora ressentido,
magoado, desiludido...
Viver cada dia com um novo sentido,
esquecer, na morte, tudo o que havia sentido,
não... nada mais fazia sentido
morrer depois de tanto haver vivido.
Durante a vida, existem as diferenças (materiais) entre ricos e pobres...
Quando morre, todo mundo se torna igual...
Após a morte, o que irá determinar o seu destino final, não é o tipo de carro que você usou, a casa em que morou, onde passou as férias... Não são suas escolhas materiais que determinarão sua morada eterna, mas as escolhas espirituais, onde você ajunta seu tesouro, se sobre a terra, ou no céu (Mt 6.19-21), se você pensa, medita mais nas coisas de cima, ou nas coisas da terra (Cl 3.2).
Se eu estivesse errado
Por reverenciar
Aquele que passou e não deixou um sorriso.
Aceitaria o erro.
Não posso negar
Que fico grato
Por cada um que passou
Apesar do que deixou.§
EXISTÊNCIA
O som dos risos das crianças, aquecem a esperança de dias melhores.
As luzes que abrem caminhos, são os seus olhares ternos e inocentes.
O sol que anuncia o dia e aquece nossos corações.
A lua que apaixona nossa alma de liberdade e amor.
Cativante às águas do mar e suas ondas a nos levar para oportunidades para realizarmos nossos sonhos e lidarmos com todos os jacarés.
Pular cada onda é não ter medo de existir, mas sim viver sabendo que um dia iremos partir com uma bagagem de nossos pensamentos, palavras e ações.
A nossa bagagem serão os resultados, frutos de tudo que enfrentamos e colhemos no decorrer de nossa existência!
(Por Fabiana Barbosa)
Hoje precisei parar o tempo..
Colocar as gavetas no lugar..., estão emperradas pela a tristeza...
Repensar certos conceitos...
E ver que ainda nós humanos temos tantos defeitos...
Que não aprendemos a amar sem preconceitos.., sem duvidas..
Quisera quando alguém me faz mal esquecer em 10 segundos..
Voltar atrás sem lembrar de nada,...com sorriso e um pulinho de gratidão...
Mas não posso agir assim, sou ser humano.., tenho raça dita humana, sou orgulhoso demais...
Ai o exemplo vem de perto, do chão, de uma pequenina cadelinha pincher. Seres que amam acima de todas as coisas..
Com um olhar trazem alegria a um dia ruim...
Deus cria a sua primazia que é o homem, dá sopro de vida, alma e espírito..
Mas quando fez nossa cadelinha traz a existência um amor impar..., apenas amor...
Dengosa com sua mãe humana, que lhe trata como um bebe..
Carinhosa com seu irmão humano que muitas vezes não sabia nem brincar direito...
Amiga verdadeira com seu pai humano que quando viajava..ficava depressiva enquanto eu não voltava...
Rotação sem limites, com pulos acrobáticos quando meu carro retornava de viagem...., latidos estridentes de alegria pura...
E, enquanto não a acariciava não dava sossego...
Meg , amadinha , vc fará falta, muito, mais muito mais do que imagina...
Mas eu libero vc para a luz celestial que Deus por sua misericórdia receberá todos os animais de bem..
Te amamos...
Talvez, não seja dessa vez, ou só chegamos atrasados.
Às vezes, o destino tá construido, mas mudamos o lado,
Tem dias que a paixão é intermitente, noutros insistente!
Quando tudo passar eu ligo outra vez, ou desenho seu rosto.
Se não passar, tudo bem, te ver feliz me basta,
Com base no que estudo é isso que eu peço que você faça!
Não é só seu corpo junto ao meu que me completa,
Não quero só sua cor reluzindo sobre minha pele no escuro,
Não são seus olhos mudos, não que tudo isso não me afeta.
Tudo que eu faço ecoa o seu nome,
Tudo que eu penso não é mais meu,
Tudo que faço escoa tudo que foi falado
E o que eu preciso pra nós dois me consome.
Mas, ainda temos algumas vidas: tá marcado!
Quando eu morrer, não jogue palavras ao vento,
Não fale nada que não falou enquanto estava presente,
Não me jogue confetes nem serpentinas...
Guarde suas lágrimas para quando estiver com dores...
Lágrimas serão inúteis já que nem ali estou...
Não se jogue sobre meu ataúde clamando minha falta
Será ridículo e sem graça...
Se; quando precisei esses braços estavam cruzados...
Use óculos bem escuros te salvará de verem teu sentir real.
Por mim... Não quero choro nem velas nem sequer a famosa
Fita amarela... (risos).
Basta um caixão estreito desses que não tem alças...
Tão simples como eu... Fores! Deixem-nas vivas...
Morrerão enfeitado o chão em vez de florear o alvorecer...
Porém se algo por me sentires ora a DEUS por mim...
Pois meu espírito vivo e poético vai agradecer...
Beijinhos no ombro e xau...
Luly Diniz.
12/06/14.
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