Poemas famosos de Silêncio

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Quando o barulho do mundo for ensurdecedor, escolha o silêncio. É nele que Deus fala.


Trecho do livro Lá em casa – uma contemplação da família perfeita SQN

Há dores que não gritam. Elas se curam em silêncio, quando o coração é rasgado diante de Deus.


Trecho do livro Lá em casa – uma contemplação da família perfeita SQN

Reflexão do Silêncio
Às vezes, tudo o que nos cabe é o silêncio.
Não por fraqueza, mas por sabedoria.
O silêncio é cúmplice da reflexão e guardião da serenidade.
Há momentos em que não há o que fazer, nem o que sentir.
E isso não é vazio, tampouco solidão.
É apenas um intervalo sagrado,
um tempo de recolhimento em que a alma se encontra consigo mesma.
É o espírito voltando, momentaneamente, para casa.

Ninguém vê o grito de quem sangra por dentro.
Porque o silêncio da dor não sai na tomografia.
Não faz barulho.
Não pede socorro.
Só vai…


E quando vai,
a gente chama de surpresa.


Mas não era surpresa.
Era descuido.

No Abismo do Silêncio


Num canto escuro da alma caída, Ecoa a dor que não foi compreendida.


A tristeza sussurra em cada vão, E aperta o peito, sem dar perdão.


A depressão chega sem avisar, Como um vento frio a soprar devagar.


Rouba o riso, esvazia a cor, Transforma o amor em cinza e dor.


Um coração partido, sem direção, Sangra memórias em cada pulsação.


Entre os escombros da destruição, Perde-se a fé, perde-se a razão.


O medo se arrasta, sorrateiro e lento, Molda o silêncio, distorce o pensamento.


E a covardia, vestida de calma, Envenena os sonhos e cala a alma.


Surge a tragédia em forma de adeus, Rasgando os céus com gritos seus.


E resta o vazio, frio e calado, Onde antes um ser inteiro tinha habitado.

Quando cessam as vozes do mundo e a alma repousa em silêncio, o coração escuta a Voz Suave do Senhor, que chega como brisa serena, trazendo a Graça Eterna e o doce abraço da Presença Divina, capaz de transformar toda escuridão em Luz.


Dilson Kutscher

Lá fora, o céu de inverno sorri em azul…
Aqui dentro, o cuidado floresce em silêncio e fé.
Deus está em tudo: no vento lá fora e na restauração aqui dentro.
Sem pressa, sem murmurar… só confiando.


Janice F. Rocha

Fim de Semana em Silêncio


Chega a sexta, e com ela o peso,
da porta que fecho, do mundo que esqueço.
Meu lar se torna prisão e abrigo,
me recolho do mundo, só eu comigo.


Não há mais brilho nas ruas lá fora,
nem vontades que me tirem agora.
Não é preguiça, é cansaço da alma,
um torpor que me cerca, que tira a calma.


Os dias correm vazios, iguais,
de sábado a domingo, não saio jamais.
E não é solidão que me dói mais fundo,
é o medo de amar de novo este mundo.


Porque tentei… e no amor me perdi,
me doei demais e por dentro parti.
Tranquei o peito com dor e desgosto,
e joguei fora a chave no lugar mais remoto.


Na fossa abissal dos meus pesadelos,
onde até eu temo olhar os espelhos.
A chave se foi — e com ela a razão
de abrir novamente o meu coração.


Não quero outro alguém, seria traição,
oferecer um peito cheio de ilusão.
Seria injusto, cruel, devastador,
dar migalhas a quem merece amor.


E assim passam meus fins de semana,
em silêncio, em sombras, em dor que emana.
Na segunda eu volto ao mundo, ao labor,
com um sorriso vazio… e um peito sem cor.

Cansaço da Alma


Minha mente… tão cheia, tão gasta, tão só,
grita em silêncio, sufoca no nó.
O corpo, exausto, cambaleia sem chão,
não corre mais — só carrega a solidão.


Já não há brilho nas coisas que vejo,
só lembranças amargas do que foi desejo.
O mundo pesa, e cada passo é dor,
como se a vida esquecesse do amor.


Quis desistir tantas vezes, calado,
por dentro partido, por fora marcado.
Mas algo ainda pulsa — uma tênue esperança,
de um reencontro, um renascer, uma dança.


Preciso de pausa, preciso de abrigo,
de um colo sereno, de um olhar amigo.
De palavras suaves que toquem meu peito,
que façam lembrar que ainda há jeito.


Necessito dela — da presença sentida,
do afeto que um dia encheu minha vida.
A falta que faz… é mais que saudade,
é um vazio que rui minha sanidade.


Mas não me entrego, não hoje, não agora,
há uma faísca que insiste e implora:
por cura, por paz, por carinho e calor,
por voltar a acreditar de novo no amor.

Escombros de mim


Vivo em silêncio, no escuro de mim,
como quem perdeu o último trem da esperança.
O mundo me passa, veloz e sem fim,
enquanto eu paro, cansado da dança.


Nunca pedi que me vissem como vítima,
nem busquei compaixão disfarçada.
Mas fui julgado por olhos que não me leem,
acusado por bocas que nada sabiam.


Amei com a alma, com tudo que sou,
entreguei meu melhor, meu gesto mais puro.
E ainda assim, virei sombra, virei dor,
abandono vestiu meu futuro.


Hoje, caminho entre os escombros de mim,
em calabouços que ninguém visita.
Tranquei meu coração — e joguei a chave
nos pesadelos onde a luz hesita.


Não quero outro alguém, não por maldade,
mas porque meu peito não quer ferir.
Sou nau sem porto, sem vontade,
um grito mudo, a não mais sorrir.


Mas há, lá longe, um sopro que insiste,
um eco dizendo que posso voltar.
Talvez, um dia, eu me permita,
sair de mim… e me resgatar

Te admiro em silêncio,
como quem observa o sol.
Quente demais pra tocar,
intenso demais pra ignorar:
Tem algo em ti que não se explica.
A calma e precisão nas palavras,
uma inteligência que não passa despercebida e o jeito de dominar tudo, com o domínio de quem é bom no que faz.
Mas o que me balança não é só o que vejo.
É o que você diz.
Com palavras tão explícitas quanto belas.
Com elogios que dançam entre o indevido e o incontrolável.
Você me descreve como se me tivesse.
Como se realmente me quisesse tanto assim.
Você cruzaria a linha, eu sei.
E não é suposição.
Foi dito, com todas as letras,
com aquele seu jeito poético e perigoso.
Você me vê como seu desejo antigo e proibido,
e me olha esquematizando na sua cabeça tudo aquilo que você queria fazer comigo.
Tudo aquilo que você me disse.
Mas eu não posso.
Mesmo querendo.
Mesmo sonhando.
Mesmo sentindo cada célula do meu corpo implorar por você.
E sempre que te vejo de novo, na rotina, no comum, parece inacreditável lembrar das coisas que você me disse.
Mas o jeito que você me olha, me sussurram verdades, e faz impossível duvidar do que foi dito.
Não controlo a tensão que você traz
quando entra no mesmo lugar.
Seus olhos buscam os meus, fundo no fundo,
e eu sei que você percebe quando eu percebo.
Na verdade, acho que alguns ao redor já percebem isso.
Você não esconde que repara em mim,
e isso deixa tudo mais difícil de fingir.
E entre o calor do momento e a clareza do depois,
não vou deixar minha admiração por você
confundir minha cabeça,
nem permitir que isso vá longe demais.
Sei onde começa o desejo,
e onde termina o respeito que devo a mim (e você a ela).

Às vezes, tudo o que nos cabe é o silêncio.

Não por fraqueza, mas por sabedoria.

O silêncio é cúmplice da reflexão e guardião da serenidade.




Há momentos em que não há o que fazer, nem o que sentir.

E isso não é vazio, tampouco solidão.

É apenas um intervalo sagrado,




Um tempo de recolhimento em que a alma se encontra consigo mesma.

É o espírito voltando, momentaneamente, para casa.

Quando Penso em Ti


Às vezes,
em meu silêncio,
penso em ti.


Não como quem busca uma lembrança perdida,
mas como a terra pensa na semente:
com quieta certeza de que a vida
já floresce em segredo.


Penso em ti
e meu peito se enche
de uma alegria antiga e nova,
como o vento que reconhece
a canção da árvore
antes mesmo de tocá-la.


Sim, penso em ti
com todo o amor
que o tempo não mede:
um rio que não seca,
uma luz que não treme,
um abraço sem braços.


E saiba, profundamente saiba:
você é amada.
Não por dever ou destino,
mas como o céu ama o voo,
como a raiz ama a terra,
como a noite ama
o seu próprio silêncio estrelado.


Você é amada
porque o amor
é o nome secreto
de tudo o que é verdadeiro em mim.
E quando penso em ti,
é ele que respira.


E você minha amada pensa em mim? 💞

A dor da saudade em mim, ordena-me silêncio, reflexão e as luzes apagadas.
Tudo no escuro...




Carlos De Castro

Quando os bons se calam, os perversos governam.
E o silêncio dos justos abre espaço para a tirania dos maus.
Lutar pela justiça diante das injustiças é dever de todos,
como cidadãos civilizados.
Quem se cala diante da violência contra os justos assume,
para si, a culpa pelas injustiças."

(Furtado, Brunno)
06/08/2025

"Entre insistir e soltar"


Insisti no silêncio, gritei sem ouvir,
me perdi no caminho tentando seguir.
Fui presença constante, mesmo na ausência,
mas virei só lembrança, sem mais importância.
Corri contra o tempo, lutei sem vitória,
doei minha vida, apaguei minha história.
Hoje eu paro as mãos, largo esse chão,
não sou migalha, sou coração.


Se ela não sente, não posso insistir,
é hora de soltar pra poder me vestir
da força que resta, da fé que é minha,
pois quem não me quer, me ensina a saída.

No peito, um quarto vazio,
paredes brancas esperando cor.
Não dói, mas lateja em silêncio,
como chão que pede passo.
Ontem vi que foste embora,
não em palavras, mas em ausência.
O vazio então se acendeu,
me pedindo dono, me pedindo vida.
Não vou preenchê-lo com sobras,
nem com migalhas de outros amores.
Vou preenchê-lo comigo:
minhas canções, minhas tintas,
meu riso fora de hora,
meu corpo que insiste em existir.
O vazio não será falta,
será território meu.
E onde era eco,
vai nascer voz.

No silêncio do abandono, existe também uma oportunidade de clareza.
Você percebe quem realmente se importa, quem respeita o espaço que você ocupa, e começa a aprender que vínculo verdadeiro não se compra com proximidade constante, mas com reciprocidade real.
É aí que a dor se transforma em força: ao invés de tentar recuperar alguém que escolheu outro caminho, você passa a se fortalecer na própria presença, na própria verdade.

Eu sequei.
Não por cura,
não por alívio,
mas por excesso.
O coração, rachado em silêncio,
aprendeu a suportar sem água,
a arder sem lágrima,
a viver com o peso seco da dor.


E nesse árido de mim,
ainda brota um cacto,
verde e teimoso,
só para provar que seco não é morto.

Tem dia que a alma não quer poesia, só silêncio.
Não quer conselhos, quer sumir.
E no meio do sumiço,
um pedaço pequeno
de esperança insiste em ficar.
Mesmo cansada, ela respira.
Mesmo sem fé, ela tenta.
Porque dentro do sei lá, ainda mora alguém que quer recomeçar.