Poemas Famosos de Morte
Quem dera pudéssemos
expor ao vento, como roupas,
os nossos pensamentos e
ele levasse o que fosse inútil, impregnado de um passado
que não volta ou de um futuro que ainda não existe.
Tem muitas coisas acontecendo simultaneamente.
Se atentarmos a todas elas,
nos afastamos do quê ou de quem deveríamos nos concentrar.
Me lembro de um grupo de amigos
que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém.
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué? Hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro,
quando não cancelavam o encontro também.
Mas no dia que o marcão morreu
No velório não faltou ninguém....
Poemas de Amor
Não gosto de poemas de amor, nunca gostei.
Poemas devem ferir, excitar, provocar fugas, mudança de página;
Poemas devem ser escritos não para serem lidos, ou suportados, até o final,
Mas para serem sentidos, admirados ou repudiados, desde o início.
Gosto de poemas hemorrágicos, catastróficos, assassinos, incendiários;
Gosto de poemas malcheirosos, estúpidos, invasivos;
Aqueles que denunciam, provocam, ofendem;
Aqueles que desenterram cadáveres esquecidos
E com eles dançam um bom twist sobre mármores e flores artificiais.
Gosto, sobretudo, da poesia que denuncia os significados
das insignificâncias do mundo
Só existe o presente. O resto é parte de uma fantasia que podemos carregar como uma âncora que nos atrasa, ou assumir a vida com a forma que ela se apresenta e fazer alguma coisa que justifique a existência.
Que tal começar por algo que te faça se sentir viva? Não viva pra ninguém, mas saiba reconhecer o valor no outro.
Uma vida com um grande amor compensa, sentimento tem degrau e só entende a experiência do topo quem caminhou junto lado a lado ao longo do tempo, da jornada de duas vidas entrelaçadas em exclusiva cognição e conação.
Se você começar a treinar ou fazer dieta, precisa esperar 6 meses pra fazer resultado, as coisas não são imediatas.
A vida é uma aventura finita, e ela acontece apenas na sua simulação e apenas na sua simulação tens um corpo único, com instintos de vida e de morte, capaz de compreender percepções jamais vistas, dentro de você.
Então se ame e respeite a simulação do outro, desta forma você sempre saberá que ninguém terá direito de desrespeitar a sua simulação.
E aí tem aquela histórinha assim:
– Vamos marcar algo?
– Ah, não… Semana que vem, talvez!?
– Pô cara, eu tô com saudade tua!
– Eu também! Um dia desse ligo pra vocês…
– Faz tempo que a gente não se vê, né!?
– Ah, verdade, é que a minha vida agora tá uma correria!
– Pô, então aparece lá em casa!
– Claro… Logo, logo eu te aviso o dia…
Isso me lembrou de um grupo de amigos
Que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué, hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro
Quando não cancelavam o encontro também
Mas no dia que o Marcão morreu
No velório não faltou ninguém
Minha rosa adorada
Em ti encontrei o amor,
aquele que me faltava.
O amor me trouxeste até você
e que seja esse teu motivo de ficar.
Que o amor nós entrelace,
que sejamos uma só carne.
Que eu faça parte da tua alegria,
que seja eu o teu "até que a morte nós separe".
Fim
Nossos pensamentos são uma areia movediça
Quanto mais pensamos, mais nos afundamos
Os pensamentos não fim
Nada disso tem fim
Nunca tem um fim
Continuamos vivendo e vivendo
Até a morte chegar
E quando ela chega, achamos que é o fim
Mas o fim não existe
O figurante
O passado me mata, constantemente, me massacra. E por que? Seria fácil falar que é por causa de um amor, mas é muito mais complexo que isso. Quando você ama alguém, você se entrega. Você não se coloca em primeiro lugar. Você deixa aquela pessoa ver cada linha sua. A vulnerabilidade, As dores, Tudo. Tudo o que você pode ou não oferecer e ser rejeitado é normal, mas ser rejeitado por todos a vida toda, te coloca em um mar de inferioridade gigantesco como se somente por você nascer, você já está errado. Você se vê perdido, como se realmente todo mundo mente pra você, como se você realmente não existisse e é só parte de uma novela, onde você é o figurante, sabe? Ninguém liga pro figurante, ninguém leva a sério o figurante, ninguém se importa com o figurante.
A vida é bela e breve como os orvalhos.
Vivemos a vida como se ela fosse interminável. Mas entre a mesmice e a velhice é um pequeno intervalo de tempo. Olhe para sua história: não parece que você dormiu e acordou nessa idade? Para as pessoas superficiais, a rapidez da vida estimula a viver destrutivamente, sem pensar nas consequências dos seus comportamentos. Para os sábios, a brevidade da vida convida-os a valorizá-la como um diamante de inestimável valor.
Ser sábio não significa ser perfeito, não falhar, não chorar e não ter momentos de fragilidade. Ser sábio é aprender a usar cada dor como uma oportunidade para aprender lições, cada erro como uma ocasião para corrigir caminhos, cada fracasso como uma chance para recomeçar. Nas vitórias, os sábios são amantes da alegria; nas derrotas, são amigos da interiorização. Você é sábio? Viaja para dentro de si mesmo? A grande maioria de nós provavelmente conhece no máximo a antessala da própria personalidade.
Todos os caminhos levam ao mesmo fim e a jornada pode ser maravilhosa,
se não temermos nos perder, um do outro
ou de nós mesmos.
Amigos
Meu enterro, estranho...
está cheio de amigos, parentes, pessoas que nem conheci em vida. As pessoas comentam o quão triste é alguém ainda jovem partir. Choro pra todo lado, aos montes. Alguns dizem lamentar por não poderem se despedir. Como a morte é rasteira, não é...?! Andamos juntos, bebemos e comemos juntos. Íamos à casa uns dos outros, fartura... Na igreja, falávamos a mesma língua, o amor de uns para os outros, e Deus? Era nosso elo... éramos filhos Dele e nos amávamos. Lembro-me de que trabalhamos longos anos juntos, carregamos os mesmos fardos e batíamos nos ombros uns dos outros, parceiros eternos, empatia! Em algumas festas que fizemos juntos, a alegria era contagiante. Também...bebíamos do mesmo cálice e a bebida dáva-nos um ar de imortalidade, e, detalhe, estávamos rodeados de gente alegre e satisfeitas por serem amigas...mas, como tudo na vida, a gente passa. Agora estou aqui deitado, sem vida, sem sinal de alegria, sem nada. Todavia tenho aqui amigos, que durante a vida andaram comigo em vários momentos, nunca largaram minha mão. Não me sinto só, agora. Apenas sinto falta, aqui, daqueles que, estando eu triste, com pouca grana e com a cabeça atribulada, não estiveram comigo e eu sentia essa ausência. Quando estive doente, nem souberam; minhas ligações e recadinhos nas redes, mal liam; o tempo era curto, o trabalho é pesado, dá pra entender. Alguns nem lembravam mais de mim, acontece. Espera! Opa, vejo alguns deles aqui também, se lembraram, que legal! Melhor estar no enterro, né?! Alguns podem comentar que não vieram, não pegaria bem. "Que amigo é esse?!", diriam.
Obrigado, queridos, por não me abandonarem nesse momento tão importante para mim. Não me sinto mais só!
A vida que leva sentido pela dor,
e que somente a dor pode nos tirar,
mesmo que sem vontade ou razão,
nosso último sopro de ar.
Dentro dessa contradição,
jaz no buraco vazio do teu peito,
onde devias ter um coração,
um nó de forca para o desavisado.
Onde amargo fim chegou e,
sem ser considerado por motivo algum,
amor, desvaído, sem força ou vontade,
no peito do condenado.
No fim, apenas o silêncio,
e uma alma pura em sua elegância,
queima no fogo sem fim,
destroçada e sem esperança.
Não se questiona se as borboletas são exageradamente belas,
nem se elas se expõem,
apesar da aparente fragilidade, cabe apenas admirá-las,
à distância.
ELA
Caminha sutilmente...
Com a sua foice, afiada.
No rosto, um desejo ardente
De um viver diário, cansada.
Não tem alma, nada sente,
Apenas cumpre seu mandado.
Vem, megera desnaturada!
Traz trevas com o seu véu negro.
Do necrotério, ceifa a madrugada;
Ao coveiro, descreve teu enredo.
À sepultura, finca tua morada;
Ao cemitério, conheces em segredo.
Vem, dama negra impiedosa...
A cintilar feito um vagalume,
A deixar a vida bailar, invejosa,
E o cadáver a escorrer necrochorume.
A executar tua obra, caprichosa,
E a germinar larvas como no estrume.
Então vem... que te esperamos...
Tanto o preto quanto o branco,
E todos que sucumbirão à navalha.
Pobre, rico, andarilho ou manco,
Ambos vestirão a mortalha.
E não adianta apego ao santo,
A morte não goza férias...
É a operária do além que mais trabalha.
Paulo Cerqueira
"Moça"
Moça, bela moça
O que fazes sozinha
Nessa noite tão escura?
Moça, bela moça
Com essa pele tão pálida,
Fazes o papel da Lua.
Moça, bela moça
Cuidado com a rua escura,
Pois não passa carro, nem pessoas.
Moça, moça bela
Descalça no chão frio,
Com tua velha vestimenta amarela.
Moça, moça bela
Sinto falta da sua presença
E das decorações tão sinceras.
Moça, moça bela
Não vá tão depressa,
Pois, assim como o tempo,
Os carros não esperam.
Moça! Moça!
Mas que decisão louca!
Por que não olhaste para os dois lados da rua?
Moça! Moça!
Logo uma semana antes do nosso casamento,
Nosso "feliz" 3 de setembro...
Moça... Moça...
Hoje só resta tristeza,
Chorando em frente ao seu caixão,
Em plena sexta-feira.
"Eu estou morto.
Eu não sei quem me matou.
Também, há muito, que nem sei quem sou.
Então, não sei quem morreu, ou quem me matou.
Mas sei que estou morto e que morto, estou.
Ser ou não ser, ser quem não ama, ou ser quem odiou?
Ser quem ela deseja, ou ser quem sou?
Nessas idas e vindas, não sei se fico; não sei se vou.
Não sei se é ódio, não sei se é amor.
Coração empedrado, desprezo, rancor.
Amaldiçoo-a pela madrugada, acordei respirando n'outro dia, que azar, senhor.
Meu corpo vive, mas minh'alma, há muito que jaz, e não sei quem a matou.
O que sei? Mesmo respirando, sorrindo, coração batendo, divertindo; morto estou..."
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp