Poemas Famosos de Amor Distancia
Às vezes, as palavras são como notas soltas, melodias que flutuam no ar, sem destino certo.
Elas sussurram segredos e desejos, como o vento que acaricia as folhas das árvores.
Nossos suspiros são versos não escritos poemas que se perdem na vastidão do tempo. Eles ecoam nas paredes do coração, como o eco de uma canção antiga e esquecida.
E assim, entre ais e uis, dançamos na vida, cada passo uma estrofe, cada olhar um verso. Somos poetas da existência, compondo nossa história nas entrelinhas do destino.
Dia 18
Por mais que você se
sinta sufocado não lamente
as suas dores internas
e externas em público,
Distraia a sua mente
que a tempestade passará
mais rapidamente.
Hoje não levantei
Na cama fiquei.
Não quis abrir os olhos.
Com problemas pra resolver,
o cobertor puxei,
me cobri,
e ali me escondi.
Esperando essa onda
levar...
e voltar...
com a tranquilidade
das manhãs,
com cafés quentes,
que queimam o céu da boca
e nos preenchem de calor.
Das tardes ensolaradas,
o esplendor,
do céu azul e dos ventos fortes,
com pássaros assobiando —
lindos são as sonoridades.
Livres são as aves,
os pousos nas árvores,
o cheiro de plantas e flores
com o sereno da noite.
Hoje...
tempos anuviado.
Tempestuosos
são os pensamentos,
trazendo consigo
ventos gélidos.
E aquela luz...
já não brilha mais.
Mas os problemas ainda estão lá.
Mesmo que o mundo não esteja parado,
mesmo que o mundo
esteja em uma disputa com o tempo.
Sei que, na dissonância
de um cobertor escuro,
eu procuro...
não acho...
nada.
E me deparo:
ainda são cinco horas da madrugada.
E nada
me faz
levantar.
Fecho os olhos
novamente.
Não sei se estão fechados... ou abertos.
Na escuridão,
não importa o que é
ou o que não é.
Mesmo que eu veja...
ainda está escuro.
E procuro descansar.
Não me lembro mais do verão,
apenas do outono, com seu frio
e dos problemas que virão.
Despejo na imensidão da escuridão,
no quarto,
reflito,
repito:
“Nada há o que fazer,
a não ser se mover.”
Poema
Título : Na dissonância do cobertor
Autor: Nataniel Felipe Longo
O mar secará um dia
toda a sua sede.
O mar perderá todo o sal
num longo dia azul.
Sem sabor e sem ímpeto
o mar de ondas molengas
ficará desativado
de qualquer romantismo.
Plebeu e plausível
descortinará outro infinito
que não este gelatinoso
mistério-matriz.
Á força da metamorfose
o mar se desmarinhará
desmaiando aos poucos
sobre si mesmo.
Não perca:
Grande Teatro de marionetes!
Amanhã. Na orla da praia.
As cinzas transformaram
de maneira pressentida
o céu no lago parado da morte,
não sei mais a diferença
quando faz Sol ou chove.
Os meus sentidos andam
endurecidos e me pego
a cada dia gostando
menos de tudo o quê
estou testemunhando.
Perdi as contas de quantas
vezes mastiguei e engoli
a minha própria língua
por tomar noção que
muita coisa virou cinza.
Ler as notícias e insistir
em olhar para o céu
continua sendo um engano,
o Apocalipse está
dominando os pulmões.
Só sei que choro por dentro
e os pássaros cantam
de desespero antes
mesmo do Sol raiar
e não sei mais e como falar.
A verdadeira comunicação
não é falada, é sussurrada
no silêncio, sentida no coração
e confessada em cada ação.
Então, se você realmente prestar atenção...
Vai ouvir tudo.
Voei, andei, naveguei;
Conheci lugares, pessoas e paisagens;
A brisa, a maresia e o aroma da terra;
Sensações que vão e vem como o balanço de um trem.
Em meio a tudo o que eu passo,
à Deus eu peço um sinal...
Não sei se o que eu passo já é o tal sinal
ou se é o tempo fazendo o seu papel.
Beleza natural
Já paraste para ver o mundo?
Como é raso e,
Ao mesmo tempo,
Profundo?
Não, não olhes as desgraças
Esquece os medos e ameaças
Olha a beleza
Da pureza
Da natureza
Já reparaste como o Sol,
O farol em nosso teto,
Brilha no verão?
E como o céu azul é bonito?
Andar cansa, mas faz bem
Amar machuca, mas faz também
O banho lava o corpo
Com água encanada
Mas a água do céu
Pode lavar a alma
Um dia que tinha
Tudo para dar errado
Já deu certo
Pelo simples fato
De ser mais um dia
Cabe a ti decidir
Se vais ver os defeitos
Ou a poesia
Contato
O que aconteceu com o toque?
Por que refutam o encosto?
Todos tão solitários…
Nenhum sentimento é exposto
Recusam um aperto de mão
Ou mesmo um abraço
Ninguém se toca
Dispensam até as palavras
Bastavam duas: "Bom dia"
Apenas uma bastaria
É claro, não sou extremista
Não precisa me tirar a roupa
Ou fazer uma dissertação
Mas tire-meum sorriso
Ou um poema
Pode ser pequeno
Mas faço-lhe de coração
(des)elegante
Não tenho elegância
Sou, talvez, um trapo
Que não vale um fiapo
Não tenho etiqueta
E se tivesse
O valor seria baixo
É, eu não me encaixo
O que tenho de elegante
É a dor que Leminski dizia
E com ela faço obra-prima
O melhor dos cálices:
Vinho tinto de poesia
Hemorragia
Queria ser a fumaça do teu cigarro
Para destruir-te por dentro
Como me fizeste
Mas, apesar de tudo, te agradeço
É a hemorragia que me causaste
Que me faz acreditar
Que há sangue em minhas veias
E a dor que me deste
É o único sentimento que me restou
Guardo-a com apreço
Pois só ela me dá a certeza
De que ainda estou vivo
Mas ando procurando outra dor
Pois o amor que eu tinha
Foi-se na hemorragia.
Limoeiro
É limão
É limoeiro
Nossos corações
Estão no pé
Tem limão
E tem coração
No meio
Se jogar uma pedra
Qual será
Que cai primeiro?
Noite
Nos dias ruins
Durmo cedo
Para que
Acabem logo
Me engano
Fico pensando
Que a noite
Resolverá tudo
O duro é acordar...
Pagamento
Carrego algumas culpas no bolso
Não por meu gosto
Estou livre deste sentimento
Tem gente que cobra o amor
Que cobra chegada e saída
E só aceita este pagamento
Sejobem
Veja bem:
Independente
Do que queira ser
Seja pelo bem
Se quer ser um raio
Que seja para iluminar
O céu que anoitece
Não para partir
Meu coração
Se quer ser o ar
Seja a brisa que afaga
Não o vento que arrasta
Se quer ser a água
Que seja aquela que hidrata
Não a maré que devasta
Se quiser ser o fogo
Não seja aquele que queima
Mas aquele que aquece.
Sem pressa
Sou devassa
Me devora
Aqui e agora
Sem pressa
Devagar
Não precisa
Se apavorar
Isso, bem devagar
Que a hora não passa
Sim, doeu
Se foi fácil?
Não, não foi
Nem deveria ser
Mas tudo passa
Tudo passou
Se doeu?
Sim, doeu
Mas a gente
Se distrai
O tempo nos trai
A vida atrai.
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