Poemas Famosos de Amor

Cerca de 520 poemas Famosos de Amor

I say to you: do good. Why? What do you gain by it? Nothing, you gain nothing. Neither money, nor love, nor respect, nor perhaps peace of mind. Perhaps thou gainest none of these. Why then do I say: do good? Because you gain nothing by it. It is worth doing for this.

Digo-vos: praticai o bem. Porquê? O que ganhais com isso? Nada, não ganhais nada. Nem dinheiro, nem amor, nem respeito, nem talvez paz de espírito. Talvez não ganheis nada disso. Então por que
vos digo: Praticai o bem? Porque não ganhais nada com isso. Vale a pena praticá-lo por isto mesmo.

Domingo
O tédio e a diversão múltipla dos domingo amam entrelaçar-se.

( In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)

Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.

Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?

Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.

NASCER DE NOVO

Nascer: findou o sono das entranhas.
Surge o concreto,
a dor de formas repartidas.
Tão doce era viver
sem alma, no regaço
do cofre maternal, sombrio e cálido.
Agora,
na revelação frontal do dia,
a consciência do limite,
o nervo exposto dos problemas.
Sondamos, inquirimos
sem resposta:
Nada se ajusta, deste lado,
à placidez do outro?
É tudo guerra, dúvida
no exílio?
O incerto e suas lajes
criptográficas?
Viver é torturar-se, consumir-se
à míngua de qualquer razão de vida?

Eis que um segundo nascimento,
não adivinhado, sem anúncio,
resgata o sofrimento do primeiro,
e o tempo se redoura.
Amor, este é o seu nome.
Amor, a descoberta
de sentido no absurdo de existir.
O real veste nova realidade,
a linguagem encontra seu motivo
até mesmo nos lances de silêncio.
A explicação rompe das nuvens, das águas, das mais vagas circunstâncias:
Não sou eu, sou o Outro
que em mim procurava seu destino.
Em outro alguém estou nascendo.
A minha festa,
o meu nascer poreja a cada instante
em cada gesto meu que se reduz
a ser retrato,
espelho,
semelhança
de gesto alheio aberto em rosa.

Inserida por MarthaDuarte

Fiquei doido, fiquei tonto...
Meus beijos foram sem conto,
Apertei-a contra mim,
Aconcheguei-a em meus braços,
Embriaguei-me de abraços...
Fiquei tonto e foi assim...

Sua boca sabe a flores,
Bonequinha, meus amores,
Minha boneca que tem
Bracinhos para enlaçar-me,
E tantos beijos p'ra dar-me
Quantos eu lhe dou também.

Ah que tontura e que fogo!
Se estou perto dela, é logo
Uma pressa em meu olhar,
Uma música em minha alma,
Perdida de toda a calma,
E eu sem a querer achar.

Dá-me beijos, dá-me tantos
Que, enleado nos teus encantos,
Preso nos abraços teus,
Eu não sinta a própria vida,
Nem minha alma, ave perdida
No azul-amor dos teus céus.

Não descanso, não projecto
Nada certo, sempre inquieto
Quando te não beijo, amor,
Por te beijar, e se beijo
Por não me encher o desejo
Nem o meu beijo melhor.

Fernando Pessoa
Pessoa por conhecer: textos para um novo mapa. Lisboa: Estampa, 1990.
Inserida por marcosarmuzel

Dois Caminhos

Entre as Estrelas do Mar, nosso olhar pra ver nosso caminho entre nosso destino em um tempo de vida após elevar a Eternidade do nosso Amor., entre esses dois caminhos do nosso coração, ate ver nosso tempo futuro...

Inserida por Fernando_Pessoa_2

Porque se me virá todo o amor inesperadamente quando me sinto triste e te sinto longínqua.

Inserida por TatiBellaOliveira

Quem escreve para obter o supérfluo como se escrevesse para obter o necessário, escreve ainda pior do que se para obter apenas o necessário escrevesse.

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

Se ele me desprezar, perdoar-lhe-ei, porque ainda que me amasse até à loucura, jamais poderia retribuir-lhe o amor.

Inserida por pandavonteese

A infâmia sempre reaparece ao olhar humano,
mesmo que a afoguem no fundo do oceano.

William Shakespeare
Hamlet.

Nota: Tradução de Millôr Fernandes.

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Inserida por pensador

Nós sempre estamos em busca da felicidade e esquecemos que a felicidade existe no nosso dia a dia e só lembramos o que é ser feliz quando tudo se destrói.

Inserida por SFGVJ

⁠A poesia é sempre um ato de paz.
O poeta nasce da paz como o pão nasce da farinha.

Pablo Neruda
Presente de um poeta. Cotia, São Paulo: Vergara e Riba Editoras, 2006.
Inserida por roseneide_costa

A educação visa a melhorar a natureza do homem, e isto nem sempre é aceito pelo interessado.

Carlos Drummond de Andrade
O Avesso das Coisas: Aforismos. Rio de Janeiro: Editora Record, 1990.
Inserida por jcezarr2021

Amor... pois de amor andamos todos precisados! Em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para frente...

"A vida prejudica a expressão da vida. Se eu vivesse um grande amor nunca o poderia contar."

Todas as cartas de amor são ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas.

Um artista forte mata em si próprio não só o amor e a piedade, mas as próprias sementes do amor e da piedade. Torna-se desumano devido ao seu grande amor pela humanidade — esse amor que o impele a criar a arte para o homem. O gênio é a maior maldição com que Deus pode abençoar um homem. Deve ser sofrido com o mínimo possível de gemidos e queixumes, com uma consciência tão grande quanto possível da sua divina tristeza.
(Aforismos e Afins)

Inserida por EmOutrasPalavras

Um artista forte mata em si próprio não só o amor e a piedade, mas as próprias sementes do amor e da piedade. Torna-se desumano devido ao seu grande amor pela humanidade — esse amor que o impele a criar a arte para o homem.

Inserida por EmOutrasPalavras

O amor antigo vive de si mesmo, não de cultivo alheio ou de presença. Nada exige nem pede. Nada espera, mas do destino vão nega a sentença. O amor antigo tem raízes fundas, feitas de sofrimento e de beleza...

Inserida por AbdaGulart

Há uma hora propícia ao arrependimento: a da morte, quando já não é possível nos arrependermos dele.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.

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