Poemas e versos pequenos
Nunca fui bom em visão e olfato.
Paladar, audição nem tato.
O sexto sentido é meu único talento;
Sua voz insufla-me versos no alento.
Comprei auriculares,
Para ouvir seus cantares.
Cadernos, para registar o que me dita.
Presságio e pressentimento são heterónimos do poeta.
Qual é o sentimento matéria-prima do sorriso,
O amor e o coração tem o mesmo endereço?
Quando a alegria e a tristeza se mistura,
Que lado da mesma cara,
Deve rir enquanto o outro chora?
E se sai e se sai
E se afasta depois que me atrai
Esta é a minha vida de amores que surgem e que se vão como um
vento que leva uma porção.
ETERNIDADE
Vejo a eternidade do amor
Dilatar na pupila de seus
Olhos
Vejo o amor realssar em
Tamanha feição de
Olhar
Com batidas erradas
Lágrimas foram derrubadas
E em um jogo de amor, você
Venceu e o levou,
Levou meu coração para a
Eternidade de seus olhos
MENTE ACELERADA
Mente acelerada
Visão embaçada
Pulso cortado
Coração quebrado
A mesma pessoa que
Quebrou meu coração,
Também cegou minha visão
Foi um erro onde
Não tem perdão...
Um jogo de ilusão
Que acabou com toda
Minha feição e
Destruiu meu coração
Já sentiu o coração delascerado?
Ou pela paixão selvagem de uma noite,
Ou pelas acelerações que pareciam tocar devagar?
Por onde anda a minha pequena fé, em seu coração de luz...
A todo momento penso que contigo quero estar.
Chego até a pensar,
que só serei feliz
quando seus lábios tocar...
-𝗳𝗲𝗹𝗶𝗰𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝘃𝗲𝗿𝗱𝗮𝗱𝗲𝗶𝗿𝗮.
Um instante,
Um sorriso,
Num piscar de olhos,
O relógio do mundo para
Pra observar a paisagem que o Mestre pintou.
E os problemas mesmo que, por alguns minutos, somem
Para apreciar
A angústia do mundo pode esperar.
Fica só mais uma hora
Mas se quiser pode ficar a vida toda
Me empurra no balanço
E me leva no seu abraço
Até pararmos debaixo das cobertas
Enquanto nos amamos
Ficamos acariciando os rostos nos olhando
Até pegarmos no sono
- Pode Ficar A Vida Toda
Mansa
Serena
Suave
Pacífica
Tudo o que não sou
Tudo o que serei
Tudo o que pensam ser quem sou
Manso
Sereno
Suave
Pacífico
O mar me levou
Da sua face vejo minha ausência
perdestes a minha essência,
o cântico do outro lado te seduzistes
Não adormeça perante a vida
Serei breve,
mas enquanto o ar insistir
entrar em teus pulmões
abraça-me
pois disposta estou
em habitar-te
Nos seus bordados
as linhas passavam e se tornavam
as roupas que vestia.
O tecido tingido
em vários fios coloridos
do seu cabelo negro.
Independente de suas histórias
Desconhecidos contextos se formaram
E andaram mutuamente indiferentes
às suas escolhas.
Conte ao vento quanto frio sentiu,
Conte ao sol o quanto o esperou ,
Conte a lua o que sua ausência gerou , depois, tome um banho de rio, e conte as águas o que ela não lavou e, viva de queixumes, atrasos de sua vivência que você só proclamou.
Prestes a desaparecer teu
Carinho por mim, fez um pedido.
Não descuide de você.
Tal como eu, fiz:
Porque diante o triz
Da separação me desfiz.
Desafiadora sem se pronunciar,
As qualidades lhe obedecem,
São pertences a lhe enfeitar.
Remova a maquiagem,
E os acessórios enfeitados.
Seus dentes perolados ofuscam a retina,
Globos oculares castanho-esverdeados,
Fios alaranjados semelhados a tangerina,
Perfumadas e vibrantes bochechas de resina.
