Poemas de William Shakespeare

Cerca de 373 poemas de William Shakespeare

⁠Soneto 121 (CXXI)

É melhor ser vil do que vil considerado,
Quando não se é, e ser repreendido por sê-lo,
E o prazer justo perdido, que é tão caro
Não por nós, mas pela opinião alheia.
Por que a visão falsa e adulterada dos outros
Deve julgar o meu sangue ardente?
Ou minhas fraquezas, enquanto o mais fraco espia,
Que por eles seja mau o que acredito bom?
Não, eu sou quem sou, e eles que julgam
Meus erros reconhecem em mim apenas os deles;
Posso ser reto, embora eles sejam tortos;
Diante desses pensamentos, meus atos se ocultam,
A menos que esse mal geral que eles mantêm:
Todos são maus e em sua maldade reinam.

Inserida por keila_santos

Soneto 150

Ó, que força usas para teres tanto poder
Que não deixa meu coração se desviar?
Fazer-me mentir diante do que vejo,
E jurar que a luz não abençoe o dia?
Desde quando adoeceste tudo,
Que em negar teus próprios atos
Há tanta força e mostra de talento,
Que fazem teus defeitos superar teus dons?
Quem te ensinou a fazer-me amar-te mais ainda,
Por mais o que eu ouça e veja só cause o ódio?
Ah, embora eu ame o que outros odeiam,
Como eles, não deverias me ter horror.
Se tua falta de valor fez que eu te amasse,
Mais valia tenho por amares a mim.

Inserida por lira2010

Se eu pudesse descrever a beleza de teus olhos,
E enumerar infinitamente todos os teus dons,
O futuro diria, este poeta mente,
Tanta graça divina jamais existiu em um ser.

William Shakespeare
154 Sonetos. Rio de Janeiro: Editora Ibis Libris, 2009.

Nota: Trecho do soneto 17.

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Inserida por thais_brandao

"Às mensagens agradáveis dai um milhão de línguas;
mas deixai que as infaustas ocorrências se anunciem por si,
quando sentidas."

Inserida por SOCORRO_JACO

Essa é a maravilhosa tolice do mundo: quando as coisas não nos correm bem — muitas vezes por culpa de nossos próprios excessos — pomos a culpa de nossos desastres no sol, na lua e nas estrelas, como se fôssemos celerados por necessidade, tolos por compulsão celeste, velhacos, ladrões e traidores pelo predomínio das esferas; bêbedos, mentirosos e adúlteros, pela obediência forçosa a influências planetárias, sendo toda nossa ruindade atribuída à influência divina.

Soneto XXIII
Como o bisonho ator que, porque se arreceia,
Do palco, sai daí, sem haver dito nada,
Ou como quem, tendo a alma a estuar, de raiva cheia,
Pelo excesso de força há de tê-la infirmada,
Assim, pelo temor de te falar, esqueço
O cerimonial que impõe do amor o rito,
E a força do meu próprio amor perder pareço,
Porque pesa demais seu poder irrestrito.
Deixa os escritos meus, então, ser a eloquência
Do meu íntimo peito, os mudos mensageiros
Que, mais do que esta voz, mesmo acesa em veemência,
Pleitearão para o amor prêmios alvissareiros.
Ah! aprende a ler o que o silente amor escreve:
Ouvir com o olhar é o dom que ao amor, só, se deve.

Inserida por rafaeladavid

⁠10 coisas que odeio em você
Odeio a forma que me olha
E o jeito que me faz sentir nervosa
Odeio o quanto é convencido
E o quanto vem me ferindo
Odeio o seu sorriso tímido
Que me derreti todinha
Odeio o jeito que me usa
E me faz sentir única
Sabendo que nunca vou ser sua
Odeio a forma que me tira esse sorriso bobo
Que me deixa sem forro
Odeio essa sua transparência
Que me traz tanta indecência
Odeio o seu humor jake peralta
Que acaba me tirando tantas risadas
Odeio o jeito que me convenci
Sendo que não é o que você senti
Odeio quando você mente
Porque suas palavras são mais poderosas do que pensa
Odeio quando diz meu nome
Porque sei que não é o nome que queria dizer

Não dá voz ao que pensares, nem transforma em ação um pensamento tolo.
Sejas amistoso, sim, jamais vulgar.
Os amigos que tenhas, já postos à prova,
Prende-os na tua alma com grampos de aço;
Mas não caleja a mão festejando qualquer galinho implume
Mal saído do ovo.
Procura não entrar em nenhuma briga;
Mas, entrando, encurrala o medo no inimigo,
Presta ouvido a muitos, tua voz a poucos.
Acolhe a opinião de todos – mas você decide.
Usa roupas tão caras quanto tua bolsa permitir,
Mas nada de extravagâncias – ricas, mas não pomposas.
O hábito revela o homem,
E, na França, as pessoas de poder ou posição
Se mostram distintas e generosas pelas roupas que vestem.
Não empreste nem peça emprestado:
Quem empresta perde o amigo e o dinheiro;
Quem pede emprestado já perdeu o controle de sua economia.
E, sobretudo, isto: sê fiel a ti mesmo.
Jamais serás falso pra ninguém
Adeus. Que minha bênção faça estes conselhos frutificarem em ti.

Inserida por LEandRO_ALissON

O villain, villain, smiling, damned villain!
My tables! — Meet it is I set it down
That one may smile, and smile, and be a villain.
At least I’m sure it may be so in Denmark.

Inserida por asmotelicos

⁠"Sábio é o pai que conhece o seu próprio filho".
William Shakespeare

Inserida por helena_barros_1

Ninguém perde nada de reputação a não ser que se considere como perdedor. (Otelo)

Estrelas, escondam o seu brilho; não permitam que a luz veja meus profundos e escuros desejos. (Macbeth)

Meu inimigo é apenas o teu nome. Continuarias sendo o que és, se acaso Montecchio tu não fosses. Que é Montecchio? Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo. Sê outro nome. Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira.

O Rei para Laertes: “A cabeça não é tão bem casada com o coração, nem serve a mão à boca com mais zelo, que ao trono teu bom pai”. (Polônio)

Chorarei tão-somente por aquilo em que acredito; acreditarei tão-somente naquilo que sei ser fato; e tudo que eu puder remediar será feito à medida em que o tempo for se mostrando companheiro. (Malcolm)

Chegará o dia em que as torres coroadas de nuvens, os palácios resplandecentes, e mesmo o globo imenso e tudo o quanto lhe pertence, vão desaparecer sem deixar rastro, como se dissolveu esse espetáculo.
Somos dessa matéria de que os sonhos são feitos, e a nossa vida é breve é circundada pelo sono.

Esta é a grande tolice do mundo, a de que quando vai mal a nossa fortuna - muitas vezes como resultado de nosso próprio comportamento - culpamos pelos nossos erros o sol, a luz e as estrelas, como se fôssemos vilões por necessidade, tolos por compulsão celeste, safados, bêbados, mentirosos e adúlteros por obediência forçada a influencias planetárias; e tudo aquilo que somos maus por impacto divino.
(Rei Lear)

"⁠Ame-me ou odei-me,ambas estão ao meu favor: Se você me ama,eu vou estar sempre no seu coração,se você me odeia,eu vou estar sempre na sua mente".

Mourning a past pain in the present,
is to create more pain and suffering again.

Inserida por RobertaThornton

ANTÔNIO - Conheceis-me mui bem; por isso mesmo perdeis tempo apelando desse modo para a minha afeição. Além de tudo, pondo em dúvida o meu devotamento, muito mais me ofendeis do que se houvésseis malbaratado tudo o que possuo. Basta dizerdes-me o que é necessário que eu faça, o que julgardes que só pode ser por mim realizado, e eis-me disposto para tudo fazer. Falai, portanto.

Inserida por pandavonteese