Poemas de Vazio

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Não adianta tentar esconder o que sinto por você.
Não procuro ocultar,
Pois revelou o amor oculto que você procurou esconder.
Eu me cansei dessa paixão escondida,
Visto que tenho uma vida mal resolvida,
Por isso há de se espalhar uma bruxa de pessimismo vagando pelo ar.
Que desfaçam os nossos traços,
Que desprendam nossa dor,
E que desatem todos os laços que prendiam o nosso amor.
E se um dia eu te perder, vão querer me consolar.
Não sei se vou suportar, não sei se vou aguentar,
Gostaria de poder te amar.
A vida poderia ser de outro jeito,
Como a noite incerta se transformaria num belo dia?
Na mocidade de um velho andarilho,
Gostaria de sentir a brisa do vento,
E dizer num único estribilho:
Fica difícil entender a nossa separação.
Ah, se eu pudesse compreender!
Mas és fascinação,
És, vazio coração.

Inserida por SamuelRanner

Não há mais de voltar...
Vento frio soprou...
Firmamento abriu...
Sob lágrimas do céu...
O poeta partiu...

Vontade do Supremo se fez...
Infinitamente...
Sempre...
Mais uma vez...

Anjos entoam cânticos alegres...
Uma nova estrela no firmamento a despontar...
Mas, para nós que aqui ficamos...
Sobrou pranto a rolar...

É difícil suportar...
A despedida de quem nunca mais voltará...
No contar das horas em que não mais estará...
Ficam as lembranças de quem muito soube amar...

O tempo passa...
E no vazio do peito...
Quando o silêncio muito diz...
Compreendemos que foi feliz...

Partiu amando...como quiz...



Sandro Paschoal Nogueira

⁠#TUDO #DENTRO #DE #MIM

Como sair de um erro sem cometer outro?
Possa, talvez você, me dizer...

Lidar com o pensamento profundo...
Na mão, um copo de um belo vinho...

Esperando o próximo minuto...

Somente os meus pés marcam essa estrada...
E mais uma noite, mais um pouco...
O silêncio chama por mim para me acalmar...
E o medo que eu tenho, faz-me pensar...

Não demores muito pra chegar...
Quem, mais do que eu, pronto a essa loucura me entregar?

Tardei em maldar a vida...
Hoje os sonhos não me satisfazem...
Tentei negar os sentimentos...
Em acreditar que não era o fim...

Me machuquei tanto...
Com tanto medo do vazio e da ausência...

A vida ganha sentido diferente...

Ah, esse tempo...
Apronta cada uma com a gente...

⁠#CREPÚSCULO

Tarde vem...
Céu escurece...
Cai...

Sol escondendo...
Frio chegando...
Alguém passando...

Lua diz que virá...
Quer na noite brilhar...
Mas somente depois...
Que a primeira estrela se apresentar...

Não tem seresta...
Não tem serenata...
Tempo estranho...
De paixões mal contadas...

As pessoas se recolhem...
Trancam-se em suas casas...
Na rua quem caminha...
É o vazio...
O nada...

Será uma cólera divina ?
Fado...
Triste sina...

Me recuso a aceitar...
Quero ser como a lua...
Pelo menos por essa noite...
Brilhar...


Sandro Paschoal Nogueira

⁠#PEDAÇO #DE #LUZ

Enquanto o tempo durar...
Algo de você sempre fica em mim ficará...
Marca profunda, sem dor...
Lembranças, saudades...
Pedaços de luz...
Um pouco de amor...

A esperança como um fósforo ainda aceso...
Pálida luz na manhã...
Lentas nuvens fazem sono...
Como às vezes num dia azul e manso...

Deixe-me ouvir o que eu não ouço...
Deixe-me ser o que sonho...
Depois que todos foram...
Ainda cá eu lhe espero...

Do fundo do fim do mundo...
Doze signos do céu o sol percorre...
E eu como outrora fui outro..
O que eu não tinha...

Eu me resigno no alto da montanha...
Falhei...
Os astros seguem seu caminho...

Mais triste do que o que acontece...
Minha alma sabe-me antiga...
Na noite que me desconhece...
Não digas nada...
Lua amiga...

O ruído vazio da rua...
O meu coração se quebrou...
No som do relógio...
Saudade restou...

Sonhei, confuso, e o sono foi disperso...
O prometido nunca será dado...
Sigo eu aqui então...
Sozinho...
Desejando ter você...
Ao meu lado...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠#RAZÕES

Tenho razão em sentir saudades...
Do tempo da melhor idade...
Da fantasia em companhia...
De correr em ruas vazias...
De rir cheio de alegria...
De brincar até tarde...

Tenho razão em sentir saudades...
Das flores colher...
Do céu muito estrelado...
Sonhando em voar...
E minhas mãos estender...

Tenho razão em sentir saudades...
Dos sonhos que agora jazem...
Em um limbo distante...
Quando tive a felicidade...

Tenho razão em sentir saudades...
Daqueles a quem muito amei...
Daqueles a quem muito me amou...
E que agora nada sei...

Tenho razão em sentir saudades...
Até do que desconheço...
E por mais que eu faça e me meço...
Das pequenas coisas que dou apreço...
Essa saudade me dói...

Tenho razão em sentir saudades...
De um olhar...
Um toque de mão...
Tamanha é a saudade...
De ouvir um coração...
Do colo em que me aninhei...
Do afago que ganhei...
De conselhos que em muitas horas foram ditos...
Uns ouvidos, outros não...

Tenho razão em sentir saudades...
Do que já não tenho mais...
E aqui me pego eu...
Sentindo saudades em meus ais...

Mas tudo só fica na vontade...
E vivendo sigo minha sina...
De saudades do que acabou...
Do pó que tudo se transformou...
Me deixando um vazio...
Só saudades e uma grande dor...

Tenho razão em sentir saudades...
Mas agora é só a vontade...
De voltar a um tempo...
Que sem eu me dar conta...
Mansamente escoou...
Terminou...

Eu tenho razão em sentir saudades.

Sandro Paschoal Nogueira

facebook.com/conservatoria.poemas

⁠#PERSISTE

Em minhas histórias de loucuras...
Que há muito me gabei de possuir...
Tanto sonhei...
Como tanto vivi...

Escrevi silêncios em noites longas...
Pelas ruas solitárias que trilhei...
Atrás de vozes que me atraíram… Deu em nada...
Só um grande vazio encontrei...

Em meu mundo acendi...
Centenas de estrelas para me iluminar...
À lua tanto cantei...
Querendo me encontrar...

Não, jamais fecharei as portas dos meus sentidos...
Mesmo que minhas ilusões tenham ardido...
E os meus desejos...
Antes tão fortemente vividos...
Jamais serão esquecidos...

Mesmo que os frutos do amor que não deram...
Continuarei persistindo...

Sandro Paschoal Nogueira

facebook.com/conservatoria.poemas

⁠#PASSAGENS

Foi hoje e foi aqui...
De repente deixou de ser sagrado...
De repente deixou de ser querido...
Deixou de ser desejado...
Deixou de ser bem quisto...

Deixou de ser caminho...
De ser encontro...
Tornou-se uma lembrança...
Transformou-se em um sonho...

Ninguém mede o tempo...
Ninguém nunca sabe de onde vem o vento...
Fogo ondulado...
Luz ardente que me guia...
No que se esvai...
Um recomeço em todo dia...

Quando me vi...
Antes de lhe conhecer...
Ansiei por merecer...

Mas nunca sei como sou...
E agora?
Para onde vou?
A estrela de minha fronte agora se esconde no vazio que sobrou...

Minha alma que perdura...
Contra a pedra que o tempo transformou...
Sonha e sempre sonhará...
Do amor que passou...

Sandro Paschoal Nogueira

facebook.com/conservatoria.poemas

⁠Vinha em lua minguante...
Em um baile que não existiu...
Caminhou à sombra de luz moribundas...
Ninguém o viu...

Ainda que o grito sufoque a garganta...
E que os anos vividos lhe pesem nas costas...
Esboça um sorriso franco...
Sob as pedras que jazem mortas...

De coração confundido...
A noite trocou e dispersou os amigos...
Silêncio e respiração mais nada...
Se é milagre existir...
Olhando em seus olhos imagino...
Um vazio...
Um abrigo...

O que eu amo não sei...
Amo em total abandono...
Quisera eu o poder amar...
E sufocar sua solidão...
Resgatando-o desse amorfo sono...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠Um dia, talvez, haverá novos sonhos...
Ouvirei com encanto alguém que não conheço...
Para mim será o começo de tudo...
O começo de um novo mundo...

Agora para mim já tão frio e já tão tarde...
E sem fazer nenhum alarde...
A minha alma não descansa...
Não sou nem mesmo uma lembrança...
Uma esquecida sombra que ninguém repara...

Todo o amor é desejar...
Embora se viva às avessas...
Se o tempo troteia...
E pesa como uma estrela...
Quão afortunados são os amantes...
Quão infelizes os ignorantes...

Estranha cousa esta...
A ventura de querer ver-te bem...
Mãos de renúncia...
Mãos de amargor...
Ao perder seu amor...

Semente divina...
Que só n’alma germina...
Exalta o viver...
Em doce tortura...
Ai amor...
Que sorte de quem tem você...

Repara...
Aqui eu sem luz e sem vida...
Quando, alta noite, me reclino e deito...
Clamo por ti...

No vazio do meu leito...
Só o silêncio...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠É a minha lei viver de amor...
Morrer não quero...
Desfalecer...
Sufocar de prazer...
Até na dor...

Sim...
Amar também dói...
Aperta o coração...
Nos tira o chão...
Faz a gente contar as horas ...
De agonia ...
Não ver o tempo passar...
Também nos tira a sabedoria...

Mas amar é bom...

No encontro das mãos...
Na troca e entender de olhares...
Saudades que não tem fim...
Pensar sempre na pessoa amada...
Em qualquer tempo...
Em todos os lugares...

Não há tempo consumido...
Nem tempo a economizar...
Além do amor, não há nada...
Apenas amar...

Um querer diferente...
Que envolve e doma a gente...
Harmonia suave...
Mas também insensatez deslumbrada...

Buscar sem saber o que busca...
Sem perdão e sem disfarce...
É lume que arde...
Na alma e no peito...
Deixando a gente sem jeito...
Igual a criança tola...
Que acredita no que, às vezes, não vê...

É viver entre a paz e a guerra...
Derrubando as distâncias...
Fazendo manhas...

Fatigado é procurar abrigo...
No seio ondes moras...
Enquanto a vida acontecendo lá fora...
E o antigo vazio...
Sendo preenchido...

Que hei-de fazer senão sonhar...
Não quero morrer de amor...
Quero viver...
Vivendo para te amar...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠Percebo afinal meu pecado...
Em silêncio mais profundo...

Faria piedade a toda a gente...
Esta pena, esta dor...
Este é o preço da vida e todo o seu valor...

Horas que perdemos...
Vão pelo espaço acompanhando os astros...

E todo este feitiço e este enredo...
Na luta dos impossíveis...
Tão profundo meu segredo...

Das profundas paixões...
Dor infinita...
De guerra e amor e ocasos de saudade…
Da alma o profundo e soluçado grito...
De que fui para ti só mais um neste vasto mundo...

Hoje triste ouço a solidão...
Da luz que não chegou a ser lampejo...
Da natureza que parou chorando...
Diante meu descontamento...

A vida é assim, uma ânsia…

Fazes o bem...
Que terás o mal por paga...

E o sonho melhor bem pouco dura...

Por tanto querer-te...
Recebi amarguras...

Pouco antes...
Nada agora...

E a princípio não percebi...

Como chegastes...
Partiste...
Mas levastes um pouco de mim...

Na profundidade dum desencanto...
Fiz-te doçura do meu coração...
Não compreendestes...

Mudarás, todos mudam...

Mais tarde em tua vida, um dia, hás de tentar
revolver da memória este tempo de agora…

E sentindo então o vazio...
Lembrarás do deixado para trás...

Não se vive outra vez...
E o tempo a tudo vence...
Fostes embora...
Mas fiquei em paz...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠De que te serve o mundo que desconheces?
Talvez, acabando, comeces…

Fazes falta?
Enfim fica triunfante da dúvida a tirania...
A sorte sem piedade...
Passando por ermas noites...
Renovando todos os dias...

Há momentos que são quase esquecimentos...

Prometem-me uns vãos cuidados...
Promessas de outros mundos perdidos...
E assim consigo...
Possuir em sonho o que morreu...
Fingir que tudo está bem...

Mas para quem finjo afinal?
Por que enganar-me nesse mal?
Medo do vazio...
Ou do que não é preenchido?

Mas olha, tal qual é...
Que pouco ou muito é dito...
Não sei se sei o que digo...
Tem hora que nem sei o que sinto...

O segredo da vida é a inquietação...
Ser isto ou aquilo ou então não ser...
Perguntas sem
resposta...
Onde em cada instante...
Pensar é não compreender...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠Deixados sobre a mesa...
Como os homens vivem...
Nem os deuses socorrem...
Os sonhos, as esperanças e ilusões...
Como um deserto imenso...
De conversas vãs...

Da enorme dor humana...
Que todos fingem não ter...
A essência de ser e parecer...
Conduz ao purgatório...
Sem ninguém perceber...

Vácuo imenso e fundo...
Eterna busca...
Inconstância do homem de ser...
Responde sorrindo à cruel realidade...
Enquanto perde-se no horizonte...
Acreditando crer...

A terra cumpre sua promessa...
De tornar a todos iguais...
O bom, o mal...
Quem riu, quem amou...
Que chorou os seus ais...

Nem este falso silêncio...
Sobre os ombros nus
e esmagados...
Nem o luar...
Pode esconder os pecados...

Raro e vazio dia.
Noite desamparada...
O momento é tão fulgaz e rápido...
Até para o mais amado...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠"Seja p⁠resente como a terra
Seja intenso como o fogo
Seja fluído como a água
Seja livre como o ar

Seja tudo como o vazio"

Inserida por Pensador_Brasil

⁠A Palavra e o Silêncio

Falo—e a palavra corta o ar
como lâmina sem rosto,
como flecha sem alvo.
Quem a escuta? Quem a sente?
Quem lhe dá forma dentro do peito?

Dizê-las é rasgar o silêncio,
como quem fere a pele da água
e espera que o mundo responda.
Mas o mundo nem sempre escuta.
Ou escuta mal,
como um espelho partido
onde o rosto já não se reconhece.

Escrevo—e a tinta sangra no papel,
mas o que digo não é o que fica,
o que fica não é o que sou.
Entre mim e o outro há um abismo,
uma distância que a voz não vence,
um eco que se perde na sombra.

Às vezes são lâminas,
abrem sulcos na carne do tempo,
fazem sangrar quem as ouve.
Outras vezes, são leves demais,
tocam, mas não ficam,
morrem antes de nascer.

Quisera eu que a palavra fosse ponte,
mas tantas vezes é muro,
ferro, pedra, ruína.
Tantas vezes, o que fere não é o grito,
mas o silêncio depois dele,
o vazio onde o sentido se afoga.

E no entanto, insisto.
Porque dizer é resistir à solidão,
é lutar contra o escuro do não-entendimento,
é desafiar a noite com um nome,
mesmo que ninguém o repita.

⁠Você sempre, e para sempre, estará presa em meus olhos. E não há liberdade que eu deseje para este olhar. Pois em cada piscar, em cada instante em que o mundo passa despercebido, é você quem preenche o vazio, ilumina os recantos da minha visão.

É uma prisão onde a única sentença é o amor, onde o único consolo é a sua imagem, que dança entre a luz e a sombra das minhas lembranças. Não importa o tempo, nem as distâncias: cada detalhe seu vive em mim, guardado como o mais precioso segredo que meus olhos jamais se cansarão de ver.

Inserida por italo0140

⁠Pai (...)
Pra tudo na vida o Senhor tem um propósito...

Por isso, peço-te:
Por mais que me doa
Por mais que me magoe
Por mais quebrado que eu depois fique (...)

elimine absolutamente à tudo, e à todos, independente de quem ou o que seja, que não possuir significado ou seu propósito da minha vida.

Pois é o Senhor que sabe das coisas!!

Inserida por rlnoronha

Amor... e Morte...

O amor
é como a morte
ato banal de todo dia...

Emoção forte
de tristeza ou de alegria,
ele sempre nos surpreende, e a ele nunca nos acostumamos
talvez...

O amor é como a morte:
quando amamos
é sempre a primeira vez.

Soneto à tua volta

Voltaste, meu amor... enfim voltaste!
Como fez frio aqui sem teu carinho....
A flor de outrora refloresce na haste
que pendia sem vida em meu caminho.

Obrigado... Eu vivia tão sozinho...
Que infinita alegria, e que contraste!
-Volta a antiga embriaguez porque voltaste
e é doce o amor, porque é mais velho o vinho!

Voltaste... E dou-te logo este poema
simples e humilde repetindo um tema
da alma humana esgotada e envelhecida...

Mil poetas outras voltas celebraram,
mas, que importa? – se tantas já voltaram
só tu voltaste para a minha vida...

(Do livro "Eterno Motivo" " - Prêmio Raul de Leoni, da Academia Carioca de Letras - 1943)

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