Poemas de Vazio
A solidão é boa, você compensa o que
te falta bebendo.
Mas as vezes,só as vezes eu queria largar o copo
e segurar na mão de alguém.
Defumando Versos
Tirou do violão, talvez a derradeira nota.
A voz não respondeu.
Mudo, apoiou o rosto no próprio instrumento.
O fogo ainda o aquecia.
A parede da alma já amarelada.
A fumaça aumentava
Preenchendo cada vazio da poesia da sua vida,
Defumando os versos, provocando tosse na rima.
O pensamento mal cavalgava lembranças
De um alfabeto extinto.
De súbito soprou a vela
Percebendo a complexidade escura do labirinto.
Apenas vestígios de carvão.
Nas cinzas, o destruído eterno.
Nada mais das chamas galopantes
Vistas pouco tempo antes.
De costas deitou-se no chão.
Cobriu o rosto com o próprio chapéu.
De qualquer forma não viria o céu.
Nos olhos apenas nuvens formando véus.
A saudade que sinto de você tira minhas forças
tira minha vontade prosseguir
esconde meu ser em algum lugar que não encontro
sinto vazio,
sinto ansiedade,
sinto sua falta,
chego a sentir falta de mim!
Previsível
Nada mais frustrante que alguém previsível, o qual se olha e não desperta intenções. Que o caráter é duvidoso, que qualquer ato já é o esperado. Aquele que não conquista, que se limita ao que diz, vazio do amor original e de sonhos coletivos. Que o encoberto se apresenta pelo desmentido que faz do encanto o desencanto na espera da decepção previsível chegar. O que se abstém do afeto pra saciar a urgência egoica do sadismo perverso de seu mundo alheio aos objetos transferenciais.
São tantas as portas fechadas, mundos desconhecidos a descobrir.
Quem saberá o segredo da fechadura?
Quem ousará transpor o silêncio do vazio?
Enquanto fico em silêncio
Sobressalta-me os batimentos cardíacos.
Tornando os ruídos tão ensurdecedores quanto o vento lá fora.
Insuportáveis tornam-se os olhos sobrepostos e recaídos sobre mim.
Anestesiada pelo vazio que habita em mim amontanham-se soberbas advindas de um mundo ao qual eu não queria pertencer.
O que há de errado??
Estou entrando em parafuso
Sinto-me tão só
Estou vazia
Sozinha
E falo agora
Meu caro amigo
O que você fez comigo?
Se não tivesse tão longe
Queria te abraçar
Me jogar em teus braços
Sentindo cada batida de teu coração
Você me desperta
Me deixa maluca
Desperta meu extinto mais antigo
Queria que tudo fosse certo
Que não tivesse mal algum
Que pudéssemos fazer o que quiséssemos
Sermos livres
Sermos nós
Criar um mundo só nosso
O que há comigo
Nem te conheço, porque me despertaste?
Diga-me agora o que você quer de mim
O que estou fazendo?
Porque tudo que fiz até agora parece errado?
E com você parece tudo certo?
Os dias não são fáceis
Mas tem ocasiões que é preciso respirar fundo a cada cinco minutos
Pra preencher o vazio.
Se a vida não te dá oportunidade nem de velar suas dores, siga em frente sem olhar pra trás.
Se nao se cura dores, Cada olhada pra trás atrasa seu caminhar e amarga sua alma .
Siga e agradeça à Deus cada arranhão que carrega, seja físico ou de alma. Cada um deles fizeram você chegar onde está , transformaram sua trajetória e te fará dar valor a cada conquista que vira no novo curso que segue.
Louvado seja esse Deus que nos renova a cada amanhã e nos da oportunidade de novas tentativas e nos faz enxergar que tudo tem o seu propósito nessa vida ainda que não nos pareça.
Vivendo em mundo repleto de pessoas,
caminhando entre a luz e a escuridão.
Uma mente aprisionada no passado,e uma vontade de sumir na multidão,vivendo em um mundo repleto de pessoas,porem vazio então.
As vezes você só quer estar sozinho escondido em algum lugar.
Livro Fechado - Canção
Pelo chão roupas, versos, dias vãos
Cada passo de um caminhar
Que um dia eu não quis olhar
Era o céu: as estrelas nas minhas mãos
Nossa ida para o mar de amor
Minha boca silenciou
As palavras soltas dizem mais
Que as verdades mortas de um rapaz
Que cantava flores e jamais
Pensou no risco que é viver
Sobre a mesa nada que desperte um sorriso
Um livro fechado, um nó
Na lembrança, sua tez
Eu tinha o céu: mas eu nunca soube voar
Achava que da vida eu sabia
E eu só queria amar você
Na casa vazia muito mais
Que o coração cheio de uma paz
Que ficou no meio de um desejo de puro amor
De repente você perde tudo...
Perde a noção...
Perde a razão...
E o que fica é apenas esse silêncio e essa sensação de vazio..."
Apenas mais um dia
Muitos dias levanto
e apenas sigo indiferente
não vivo e nem canto
muito menos acordo contente
Entre idas e voltas
sorrisos e lamentos
mares e revoltas
vazios e tormentos
Somente me vejo no escuro
não há claro por perto
nem há nenhum muro
que eu possa escalar de certo
Apenas vazio
por dentro do meu eu
uma alma posta ao frio
que pouco a pouco apodreceu
Estamos sempre sozinhos
Como copos vazios
Transbordando amores
Como corpos frios
Que hospedam flores
Ela é chuva,
nos dias mais quentes.
Ela é calor
nos dias mais frios.
Ela é o encaixe dos meus vazios dolorosos.
Dor, dor, dor, dor... Porque sinto isso? Tento o tempo todo fugir disso, encarar isso, mas não para, é continuo, infinito, apenas dor... Não só fisica, emocional eu acho tambem, quando não as enxaquecas que me fazem querer a morte, o vazio de não sentir como as pessoas "normais" sentem.
Queria saber contemplar o mundo como vocês, queria motivos como vocês, eu tentei e tento todos os dias, mas, faz pouco mais de 22 anos que ainda não sei o que sinto, o que sou e para o qual propósito estou aqui... Não me encontro em nada, vivo a tanto tempo com essa dor que acabei gostando dela, aceitando-a, porém isso me machuca, e machuca os outros, sou como um poço maculado, e todos que se aproximam acabam se ferindo de certa forma...
Só queria voltar ao vazio da não existência, só queria que a ordem voltasse e minha essência se dissipa-se no finito infinito o qual vivemos, ou vivo...
Voltar ao sonho que vivia, voltar a energia caótica do caos criativo, voltar a ser pulso eletromagnético entre partículas, voltar ao corpo real, voltar a ordem minuciosa que rege a matéria, que rege a energia, que rege a gravidade, que criam e destroem tudo, que são direta e indiretamente as reais divindades do universo.
Não era pra ser assim, não era pra eu ter nascido, não era pra eu estar aqui agora, e agora que estou, tudo esta ruim.
PERDIDO NA MULTIDÃO
Na minha loucura
Como quem anda à procura
Desvairada ilusão
Encanecido devaneio em que persigo
Um semblante ou um rosto amigo
Extraviado na multidão
Na minha loucura
Aonde o vento murmura
Promessas de um amor distante
Inquietante minha alma vislumbra
Sentindo um vazio na alma
Entre tanta e tanta gente
Na minha loucura
Como quem anda à procura
Minha andança fugaz
Olhares olvidados nos céus
Conclamo à Deus
Que eu encontre qualquer dia
Mais calor humano, perdido nas ruas
Pois, o que vejo é sagaz
Não vivo.
Não acordo.
Não respiro.
Não choro.
Não dói.
Não grito.
Não adoeço.
Não causo dor.
Não vejo.
Não sinto.
Não amo.
Não entristesso.
Não perco controle.
Não trabalho.
Não estudo.
Não me preocupo.
Não me alimento.
Não defeco.
Não urino.
Não me limpo.
Não dou trabalho.
Não bebo.
Não uso drogas.
Não leio.
Não sou lido.
Não....
Não vivo.
Não vivo.
Não acordo.
Não respiro.
Não choro.
Não dói.
Não grito.
Não adoeço.
Não causo dor.
Não vejo.
Não sinto.
Não amo.
Não entristesso.
Não perco controle.
Não trabalho.
Não estudo.
Não me preocupo.
Não me alimento.
Não defeco.
Não urino.
Não me limpo.
Não dou trabalho.
Não bebo.
Não uso drogas.
Não leio.
Não sou lido.
Não....
Não vivo.
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