Poemas de Ternura
'POETA [...]'
Palavras e versos manufaturados.
Sou tinta escalada nos quadros amoldurados,
sem finalidades para os milhares de olhares.
Obra de arte não apalpável.
Essência de perguntas e proposições sem respostas.
Procuro sentido no mundo obsceno e não passo de ponto na escuridão.
Alguém a morrer e viver desesperadamente.
Tentando definir os romances da vida como se desejaria...
Rasgo paraísos/infernos sem molares.
Desço nos mais profundos mundos obscuros e indefinidos.
E escrevo histórias quotidianas e ilusórias,
sem início,
meio e fim.
Algo nada particular para quem diz amar os lagos,
mares.
Idílio nos sentidos e pasmo nos sentimentos.
Nostálgico ao extremo,
reinventando amanheceres infames...
Sou poeta!
É o que me resta de melhor!
Calo os que de mim fazem pensamentos.
E a cada extravio na procura,
encontro beleza.
E faço do mundo de insanos,
o mundo que desejamos!
Menos patético,
metropolitano.
Transfuso sopa de palavras e morfinas pela manhã,
e vomito o que penso aos quatros cantos,
sem canto para vislumbrar os absurdos,
que faz do homem: pontiagudo,
unidade,
fragmentação,
poeta...
'LAGO'
O trilho teria que findar nos lagos. Eles lembram um ar de tranquilidade. Seria o fim perfeito para as procuras lesivas que a vida proporciona. Uma cabana de palha e seu fogão à lenha, e a velha canoa fazendo um convite a um passeio reflexivo pela alma...
Os pequenos pássaros e a brisa suave é despertador. O cheiro de fumaça a entrar pelas narinas fala que é hora de vivificar a pequena fogueira que não mais apaga. O amanhecer reflete as imagens que tanto sonhara. Os peixes a saltitar, lenificam o coração...
O retrato de um lago deveria ser eterno. Todos deveriam criar um para si e fixá-lo na parede. A trilha deveria começar a partir dele e para ele. Não tenho que tolerar o medo ou definir as dores do mundo. O lago deixa tudo mais desejável, florido, lago dos sonhos...
'MAZELAS'
As mazelas da vida nos fazem mais românticos, patéticos, poéticos. Alça-nos com a súbita ideia de que levamos uma vida prosaica, fulgida de sentimentos...
A nobreza mora no coração do poeta. Longe de mim ser comparado com tal! Poetas sim, esses são nobres. Conseguem brilhar o diamante que perdeu o fulgor ou que há muito estar sem brilho no peito...
E a fonte sempre jorra. Parece não ter fim. Como as músicas e suas melodias. Se reinventando nos seus acordes infinitos. - ainda brilharei como um! Mensagem p'ra vida toda! Brilhar e ser reconhecido pelas palavras. Só elas dão reconhecimentos. Talvez uma frase de bolso mude tudo...
Por enquanto sou mazelas. Não que isso me incomode. Ao contrário, fortalece-me nos meus desvios e devaneios. Antes do poeta, o dicionário de cicatrizes falando ao ouvido. Vomitando o que de mais puro existe na alma. Serei estrada sem fim, até encontrar o equilíbrio preciso. Talvez seja a utopia que deixa-me tortuoso, mais seguro, dono das palavras...
'MAZELAS'
As mazelas da vida nos fazem mais românticos, patéticos, poéticos. Alça-nos com a súbita ideia de que levamos uma vida prosaica, fulgida de sentimentos...
A nobreza mora no coração do poeta. Longe de mim ser comparado com tal! Poetas sim, esses são nobres. Conseguem brilhar o diamante que perdeu o fulgor ou que há muito estar sem brilho no peito...
E a fonte sempre jorra. Parece não ter fim. Como as músicas e suas melodias. Se reinventando nos seus acordes infinitos. - ainda brilharei como um! Mensagem p'ra vida toda! Brilhar e ser reconhecido pelas palavras. Só elas dão reconhecimentos. Talvez uma frase de bolso mude tudo...
Por enquanto sou mazelas. Não que isso me incomode. Ao contrário, fortalece-me nos meus desvios e devaneios. Antes do poeta, o dicionário de cicatrizes falando ao ouvido. Vomitando o que de mais puro existe na alma. Serei estrada sem fim, até encontrar o equilíbrio preciso. Talvez seja a utopia que deixa-me tortuoso, mais seguro, dono das palavras...
'HISTÓRIA...'
Há centenas de histórias. Elas são momentaneamente escritas à mão, pinceis e adubos. Os quintais são enormes e os canteiros tem cheiro de livro novo. As plantas crescem e os pequenos arbustos se fortalecem nos variados climas, vigorosos a cada manhã...
A cada novo broto, uma nova sensação diferente. Abraços nos pequenos rebentos, regados pela manhã, à tardinha e nas noites cálidas. O cheiro da vida vai fixando as pequenas raízes. Uma nova esperança renasce, um novo verde, novos olhares, novos suspiros...
As história de primaveras são várias e infinitas. Algumas tristes. Outras melancólicas. E as pessoas tentam pintar seu esboços únicos, como as manhãs nubladas e distintas. Cultivando a seiva das pequenas flores que se tornarão frutos, novas sementes...
A história está nas mãos e merece ser lembrada quando a terra exaurir o que chamamos imensidão. Talvez isso não faça tanto sentido! Tantos seres ambíguos. Sem concerto para aplaudir, tentando explicar os milhares de conceitos formados pelos vãos que a vida amestrou...
Talvez as histórias sejam análogas. Talvez elas não nasçam, quem sabe renasçam. O caminho é tortuoso e é bom cultivar honestidade. Não deixe a barricada frágil. Sonhos e realidades nascem pela manhã se bem regadas...
Nasça na madrugada vazia. Como os brotos no canteiro esquecido, coadjuvado pelo tempo e pelo relento das pequenas almas. Sua história sempre suportará fados. Não precise da opulência ou do ouro para reluzir o que se tem de melhor. Sempre haverá novo recomeço. Irrigue amizades. Escreva um livro, faça trajetória. Contagie pequenas pétalas, família, amigos, sua infinita história...
'AINDA HÁ TEMPO'
Ainda há tempo para os recomeços.
Para os abraços apertarem as almas.
Grandes paixões e coisas do coração.
Ouvir a música que vai marcar toda uma vida.
Ainda há tempo para perdoar,
recordar.
Se doar um pouco mais.
Tempo para ampliar horizontes.
Ter um milagre nas mãos e carregá-lo no colo.
Ainda há tempo para beijar os rebentos que tanto nos admiram.
Abraçar irmãos ainda perdidos no tempo.
Ter nas mãos algumas estrelas e cultivá-las para a posteridade...
Ainda há tempo de sobra para as coisas simples que dão prazer.
Jogar pedras nas águas.
Jogar algumas horas de conversa fora.
Fazer amigos nas praças.
Ouvir os idosos falarem das suas experiências de vida.
Apagar as luzes artificiais do coração,
apreciar o luar no quintal e tentar pegar a lua com as mãos.
Não tem quintal?
Tudo bem!
Aprecie-o da varanda.
A mesa está farta?
Reparta o pão e alegre-se em fazer uma criança sorrir.
A fome dói.
Mas a dor maior,
está em ficar no quarto,
trancafiado às escuras...
Use o tempo excedente para enterrar as presunções da vida e do dia a dia.
Deixe de lado a truculência e o desamor.
Esqueça as desgraças do mundo profano que nos faz mais tristes e limitados.
Existe forma melhor para gastar tempo?
Ele está nas mãos,
no presente!
Basta olhá-lo com afinco e atenção.
Ele faz valer justiça.
Justiceiro que não falha!
Não o tranque nas celas cotidianas.
Liberte-o!
Use-o como sua melhor arma sempre que puder.
Não o deixe te tomar de surpresa.
Ainda há tempo,
antes que o tempo te interrompa,
e você não registre o tempo que existe em você...
Menina moça mulher
Esse teu jeito de menina moça mulher,
Que me prende de jeito
E me faz te querer.
Se menina fosse
Só desse jeito eu te veria.
É Moça do meu encanto
E tristeza do meu desencanto,
Eu que te amo tanto não te tenho comigo.
Agora, que para mim, tornaste formosa e bela mulher,
Mui mais amada e deseja és.
Edney Valentim Araújo
Coração plebeu
Ó princesa do meu coração...
Tivesse eu toda riqueza que tu buscavas
De pronto eu as lançaria aos teus pés,
Mas o que eu tinha de mais precioso eu te dei, o meu coração.
Fosse eu o teu príncipe encantado
Faria do meu coração o teu castelo e a tua morada.
Juntos, construiríamos o reino que tu mereces,
E nele, faríamos ricos os nossos sentimentos.
Mas esse coração plebeu
Se fez vassalo de um amor real.
E todo ouro ou prata que um dia eu possa vir a ter, sem o seu amor,
Não passará de refugo sem nenhum valor.
Edney Valentim Araújo
Éden
De onde vem toda essa força,
Subitamente você arrebatou o meu coração,
Arrastou-me ao teu paraíso
E seduziu-me com o fruto do teu amor,
Sem saber de mim, me perdi no pecado da tua beleza.
E da pureza angelical vivida no teu éden
Fui expulso do paraíso do teu coração,
Agora o fogo da paixão me consome
Nessa terra que se chama solidão,
Onde hoje vaga e padece o meu coração.
Edney Valentim Araújo
Coração rebelde
Meu coração rebelde...
Quem poderá domá-lo senão você?
Ele saiu do meu peito na calada da noite,
Partiu ao teu encontro,
Escolheu você sem dizer nada para mim,
Abrigou-se no calor dos teus abraços.
Trocou o dia por passar a noite ao teu lado,
A segurança do meu peito por um instante do teu amor efêmero,
Embriagou-se do teu querer e afundou-se na ressaca da solidão,
E no dia que a dor chegou para machucar,
É nesse meu peito que ele veio se abrigar.
Sem você,
Sem teu amor,
Sem teu calor,
Só com essa dor.
Quem poderá domá-lo senão você?
Edney Valentim Araújo
Vou
Vou me enganar no dia de hoje
E tentar viver sem você.
Como se eu pudesse viver sem te querer!...
Vou caminhar em outros caminhos
Onde eu não veja teus passos.
Como se não fosse eu sempre a ir procurá-los!...
Vou à busca de novos ventos
E respirar novos ares.
Como se nesses ares eu não sentisse a flagrância do teu cheiro!...
Vou me aquecer do frio da solidão
Caminhando na multidão.
Como se em meio a ela eu não buscasse o calor dos teus abraços!...
Vou seguir em frente
Sem desviar meu olhar.
Como se eu não precisasse procurá-la ao meu lado!...
Vou me afastar desse amor por você
Para tentar viver.
Como se eu pudesse viver sem amar você!...
Mas ao final de tudo, sou eu quem me vou sem você...
Edney Valentim Araújo
Conto de fadas
Todas as manhãs que meus olhos se abrem
E eu recebo uma nova página para escrever a minha história.
Mas essa folha que deveria vir em branco
Sempre traz o seu nome gravado,
Escrito com as cores do amor.
Cores tão forte e tão intensa que eu não posso apagar.
E na história que eu escrevo
A cada dia eu sinto esse amor que eu não posso viver.
Quisera eu, ao invés da história de amor que não vivo,
Poder escrever um “Conto de Fadas”,
Onde os finais são sempre felizes.
Eu viveria para sempre esse amor com você.
Edney Valentim Araújo
Eu vivi com você um curto período de tempo em que se ofereciam flores à “amada”, cuja flagrância do perfume não se substituía por uma mensagem digitada ao celular ou uma bela imagem digitalizada numa tela de vidro, imagens que hoje, na sua essência, não transmitem a magia dos sentimentos e nem a emoção da beleza perfumada das rosas.
Em minhas mãos sempre haverá flores para te oferecer. Rosas vermelhas, suas favoritas, e que se tornaram o símbolo do meu amor por você.
Edney Valentim Araújo
Ama-me
Banhe-se em fontes de águas cristalinas
E me mostre à transparência da sua alma.
Perfume-se na flagrância das flores
E me deixe sentir o cheiro do seu corpo.
Se vista de amor por mim
E me entregue todo o seu prazer.
Olhe para o céu
E reflita o brilho das estrelas em mim.
Sonha comigo
E me deixa realizar os nossos sonhos.
Seja autêntica
E revele-se você mesma junto a mim.
Ama-me com ternura
E me deixe te amar de corpo, alma e coração.
Faça de mim o teu querer
E meu amor será eternamente seu.
Edney Valentim Araújo
Prematura
Nos passos apressados dessa fuga
Onde não te encontro, não sinto teus abraços.
Corro da solidão.
Eu me visto das lembranças vividas,
De um tempo em que a troca de olhares
Já dizia tudo que sentíamos.
Nas palavras contidas pelo silêncio
Floresceram emoções de toda uma vida.
Vida não vivida, vida interrompida.
E dessa morte abrupta e prematura de sentimentos
Ao menos um sobreviveu,
O meu “amor” por você.
Edney Valentim Araújo
O tempo
Ah!...o tempo.
O tempo que não passa para quem ama.
Saudades, lembranças, sonhos e recordações,
Momentos vividos... momentos sofridos... Saldos de alegria.
O tempo que torna essa estrada longa e solitária sem você.
Só quem ama sabe que o tempo não passa,
Nem para esquecer, nem para ser esquecido.
Ah! O tempo nestes corpos amortecidos,
Se opondo ao amor rejuvenescente da alma vivente
Enquanto ele nos prepara o último sono.
Ah!...o tempo,
Que para o amor não é mais que uma fração momento.
Esse tempo que é sempre de amar você.
Edney Valentim Araújo
Em silêncio
Se não lhe digo o que sinto
É porque sinto em silêncio
Onde sobram sentimentos
Que me calam a alma.
Se falo o que penso
Já não penso mais no que falo
Levado pelo ímpeto deste sentimento,
Que me toma num suspiro contido no arrepio.
E como dizer o que sinto
Sem nunca dantes ter sentido este furor...
Só sei que é por você que eu sinto
Paixão e ternura transformada em “Amor”.
Edney Valentim Araújo
Campo minado
Neste risco em que me arrisco
Por amar-te mais que a mim
Já não sei mais de mim.
Se é o começo do meu fim
Ou se estou no começo de nós dois.
É um campo minado o seu coração
Onde eu me arrisco e me equilibro
Na corda bamba dessa ilusão.
Se caminho entre pedras e espinhos
Já não sinto mais a sangria das feridas.
Esse risco em que me arrisco
Sofro o risco de um amor doído.
Onde quero que me queira,
Como me queres eu quero ser,
Não sabendo se me queres com você.
Edney Valentim Araújo
Flor
Procurei uma flor e encontrei você,
Rendi-me aos teus encantos e me perdi,
E nas vielas deste jardim
Já não encontro mais a saída.
Desejo tanto o seu amor
Que já não vejo outra flor
Só me vejo em teus braços
Para sentir o teu calor.
Tenho-te tanto amor
Que já não procuro outra flor.
Eu só quero você minha flor
Para florescer meu jardim.
Edney Valentim Araújo
Jamais direi “adeus”
É você esse fogo ardente em meu peito,
Que me aflige sem se apagar,
É o meu primeiro pensamento no dia e o último ao entardecer.
Viverei de reviver você
Aplacando essa força avassaladora que age em mim.
Na jornada dessa estrada que se chama “vida”
Meu coração acolheu você, és tu a minha amada.
Ele bate por você
E minh’alma respira esse amor.
Não lhe direi “adeus”...
Serei metade de nós dois
Contrariado o caminho solitário de momento.
A você eu jamais direi “adeus”...
Farei minha jornada através da eternidade
Até que nossos passos se tornem um só.
Rosas vermelhas eu levarei para lhe oferecer,
Cumpra o seu destino enquanto eu espero por nós dois,
Ele está lá dentro desta criança que cresceu amando só você.
A minha tempestade não passará sem você,
Mas farei dela o meu retiro até que em você se ache o meu amor.
Serei lembrado por lutar contra o destino
Que não nos quis juntos neste tempo,
Mas que se rende dia a dia vencido pelo amor que sinto por você.
Nas mãos, rosas vermelhas,
Eternas mensageiras desse meu querer.
Caminharei um dia ou dois...
Caminharei três dias ou mais...
Mas ainda caminharemos todos os demais dias que o sol brilhar para nós dois.
A você, que nunca se despediu de mim,
Eu jamais direi “adeus”...
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