Poemas sobre o Silêncio

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No silêncio onde tudo vibra,
minha alma enfim compreende:
o que penso, o que sinto, o que faço —
devem dançar na mesma corrente.
EU SOU o compasso exato
de uma sinfonia interior.
Não é ilusão nem mágica vã,
é lei que o espírito entende:
aquilo que sentes profundo
é o que a vida te rende
E onde ponho meu olhar, brota o fruto.
Se vejo sombra, ela cresce em mim.
Mas se escolho o perfume do mundo,
a vida me beija no fim.
Semeio ternura e esperança,
e o campo inteiro se veste de flor.
A colheita é sempre o reflexo
do que vibrei com amor.

"Estrelas Silenciosas: O Universo do Autismo."


No silêncio que envolve o olhar distante Um universo se desvenda ao acaso, Onde a mente navega, incansante, Em padrões que tecem um novo compasso. Cada traço de luz, um código secreto, Emaranhado de cores e sensações, O autismo é um mundo, vasto e concreto, Onde a alma encontra suas expressões. Nas asas do pensamento, voa alto, explorando horizontes infinitos, Sem limites, num voo sem asfalto, Desvendando segredos tão bonitos. Na dança das estrelas, um ritmo sem igual, Onde a diferença é celebração, Cada ser é um poema fluimal, Na sinfonia da sua própria canção. Autismo é luz que brilha no escuro, Uma janela para o mundo interior, Onde o amor se revela, puro e seguro, Num abraço que transcende qualquer dor. E assim, este silêncio que irradia para além, O autismo ensina, com sua forma única, Que a beleza está, além do que se vê além, Na arte de ser quem se auto-retrata.

"Teia De Devoção."


Em meio ao silêncio e a luz suave da capela, Incenso que flutua no ar e aroma de acalma, Corações que se abrem, fiéis se ajoelham em prece, Fé que transcende ao que é terreno, e crê. Como murmúrio ao vento, orações sussurram, Espirituais caminhos se entrelaçam através do tempo, Sagradas cúpulas, no infinito tocam arcos, Almas dessa e de outras se envolvem em eterno apreço. Dogmas e rituais, histórias que offs contam, Na tapeçaria da vida, homens e deuses trariam: Divino olhar, sereno, terno e amoroso, Chama os homens de volta ao propósito intuitivo chama os homens de volta ao propósito único. Religião, fio dourado que tece o destino, Tece o humano ao divino, laço nascido Na busca por sentido, em sem fim jornada, Cada passo é prece, em quem crê, coração.

Entre o passo e o horizonte

No silêncio dos dias,
a esperança cresce devagar,
como semente que insiste
em quebrar a terra dura do olhar.

Cada tropeço se torna ponte,
cada queda, lição sutil.
O futuro nasce nos detalhes,
na coragem de seguir, no brilho do abril.

O impossível se curva
ante quem insiste em caminhar,
e o sonho, mesmo tímido,
começa a florescer no ar.

Pensamento V
Claro silêncio


A ânsia de fazer atropela o compreender.
A reação impulsiva engana o pensamento.
O ego isola mais que o silêncio.
Mas o silêncio — esse, é íntimo do entendimento.

Poema III
Repente de um poeta



Já vi cacto dar flor no silêncio da aflição,
E vi lágrima em dor, em sorriso e oração.
Quem planta o sonho bruto, colhe verso em cada mágoa —
O que rega o futuro? Suor e lágrima, vulgo: água.

O sol não tem compaixão, a chuva virou promessa,
E a terra só dá legume se a fé não for só conversa.
O filho da estiagem tem coragem desde os ossos —
Não murmura a miséria, nem destrata um dos nossos.

Já vi homem ter dinheiro e morrer sem ter sentido,
E matuto sem um troco dividir o seu abrigo.
A riqueza que perdura não se mede por moeda —
Mora é na intenção, no coração de um poeta.

Penso, logo sinto
como o fluxo de um rio,
sangue que pulsa,
circula e arde,
invade,
silêncio que vira arte
percepção que transforma
cada gota molecular
na mônada do ser.
Sobe e desce dentro de mim,
toda a construção
circulando dentro de você.

O silencio é uma opção
Assim como a fala uma reação
Ambas uma ação
Entre um barulho e outro pela dimensão
Espaços circulam na mesma duração
Assim como na mesma direção
Flechas apontam para a razão
Se perdem pela emoção
Fluem como oração
Se encontram em comunhão
Pensamentos em fração
Sentimentos gritam por perdão
Almas em união
Dividem o mesmo pão
Se calam no coração
E se vão em vão
De grão em grão
Evaporam na solidão
Se transformam em paixão
Queimam no fogo azul da compaixão
Se elevam no amor como um clarão
Refletem sonhando e assim iluminarão
Toda a criação
Assistida em devoção
Estrela da manhã em adoração
Pela redenção
Mergulham em carmas em fundição
Sintonizam em darma em plena lapidação
Deus em observação
Coincidências ou não
Parte do planejamento logo então
Meu irmão

⁠Confio no tempo de Deus.
Mesmo quando não entendo,
mesmo quando tudo parece silêncio…

Porque sei que Ele cuida
até do que eu ainda nem sei pedir.

E nisso, eu descanso.
Com fé. Com leveza.
Com o coração em paz.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Deixa Deus cuidar de você.

Entrega.
Porque tem amor no que Ele faz em silêncio.
Tem colo nas demoras,
tem cuidado nos caminhos que ainda não se abriram.

Deixa Deus cuidar de você —
do jeito Dele:
com mansidão, com presença,
com milagres escondidos no dia comum.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Tem milagre disfarçado de silêncio.
Naquela dor que não veio.
Naquela pessoa que foi.
Na saúde que ficou.

Tem cuidado escondido no simples:
no alimento na mesa,
no teto que protege,
no abraço que chega mesmo de longe.

É que, às vezes, o que a gente chama de rotina…
é só Deus agindo nos bastidores.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠🌙 “O Homem-Coelho e a Parede”

Encostado no silêncio,
há um corpo de terno,
mas a cabeça…
não mente.

Não é máscara,
nem disfarce.
É pele,
é essência —
um coelho de olhos fundos,
que carrega no peito
um mundo inteiro
feito de medo e ternura.

Do olho direito
escorre uma lágrima só.
Tão pequena,
mas pesada como tudo aquilo
que nunca se disse.

É cansaço de ser forte,
de vestir armaduras,
de caber em molduras
que nunca foram suas.

A parede não é prisão,
é espelho.
Reflete quem se é
quando ninguém está olhando:
frágil, sensível,
bonito em sua própria contradição.

E talvez, meu amor,
a vida seja isso —
um convite delicado
para sermos, enfim,
inteiros.
Sem fugas,
sem máscaras,
sem medo de que,
até na lágrima,
existe beleza.

⁠Tem recomeços que ninguém vê.
Aqueles que acontecem no silêncio das decisões íntimas.
Quando você escolhe não desistir.
Quando decide cuidar de si com mais gentileza.
Quando começa a se ouvir…
e, enfim, se abraça.
— Edna de Andrade

⁠“Há sentimentos que não têm nome, mas têm raiz na eternidade. São feitos de silêncio, de presença invisível e de um amor que a alma reconhece mesmo sem entender. É assim que a fé começa — onde as palavras não chegam, mas o coração permanece.”
Roberto Ikeda

Citação do Livro: Tobias: O Elo Invisível - por Roberto Ikeda
Capítulo 18.

Tem amor que acalma.
Que chega sem pressa,
fala com o olhar
e entende o silêncio.

Amor que não pesa,
não cobra,
não machuca.

Amor que é casa,
porto,
paz.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Demorou pra eu entender.
Demorou pra eu aceitar que nem toda perda é castigo,
nem todo silêncio é ausência.

Algumas coisas que desmoronaram
foram, na verdade, livramento.
Alguns nãos… foram proteção disfarçada.

Hoje, quando olho pra trás,
vejo com clareza:
era Deus.
No cuidado que eu não percebi.
Na espera que eu chamei de demora.
Na curva que me salvou da queda.

- Edna de Andrade

⁠Deus cuida da gente…
em silêncio, com paciência,
Tratando do que ninguém vê.

Nem sempre é fácil,
mas um dia a gente entende:
o que parecia fim
era só o começo de uma versão mais forte,
mais inteira, mais nossa —
guiada pelas mãos dEle.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Respira fundo.
Sente o vento —
é Deus te lembrando, em silêncio,
que você nunca andou só.

Tem cuidado soprando por dentro
e amor guiando os teus passos,
mesmo quando tudo parece incerto.

— Edna de Andrade.

⁠Eu aprendi a me refazer em silêncio,
a costurar as dores com delicadeza
e transformar cicatriz em caminho.
Aprendi também a valorizar
quem fica.
Quem segura a presença como
um abraço e não solta...

Porque tem amor
que não promete
cura, mas
promete
companhia.
E isso já salva
tanta coisa
por dentro.

- Edna de Andrade

⁠Tem cuidado de Deus
na brisa que acalma,
no silêncio que embala,
no abraço que chega quando o peito aperta.

Tem cuidado d’Ele
no que fica e no que parte,
no que floresce devagar
e no que a gente ainda não entende.

Tem cuidado de Deus
até no que a gente chama de acaso —
e que, no fundo, é só Ele ajeitando tudo
com amor manso.

— Edna de Andrade