Poemas de Shakespeare o Menestrel
"O caminho"
Em todo caso , se desvia
Os olhares e aqui estou eu
Novamente , dinovo e dinovo
Quadros de memórias vazias
Quem sou eu , quem sou
Temo nunca descobrir
Um diário de lembranças fúteis
Que já serviram pra nada
Alem de ferir e machucar meu coração
Tantos rostos vazios tantas almas decadentes
De onde o vento me traz
O destino cumpre aquele papel
Aquele de semear pedras
Mas são tantas pedras
Tantas que mau posso andar
Mas enchi de me e fui .
"Felinos"
Oh' os olhos deles
São tão frios quanto a neve
São tão profundos quanto poços
Tão ariscos quanto um gavião
Tão belos , tão puros
Mas porque tão odiados ?
Por não te lamberem ao chegar em casa
Por não te fazerem
Ficar cansados de tanto brincar
Pobre olhos , tão desprezados
Magoados chateados
Por não serem tão amados
Quanto aos outros ,
Esses olhos amam tanto
Os seres que mais os desprezam
Pobre felino só desejas
Receber o mesmo afeto do ser que
tanto o despreza
Será , será que é tão ruim assim
Retribuir o amor.
ASSIM NASCERAM NOSSOS FILHOS
Em vastas noites tranquilas,
Gotinhas de orvalho caíram,
Do céu, buscando uma flor.
Desceram, em paz, perseguindo
O botão de uma rosa se abrindo,
Num jardim cheinho de amor.
E ali fizeram morada,
Na rosa mais perfumada,
Mais bela e mais singular.
Irradiando alegria,
Felicidade e harmonia
Em minha vida, em meu lar.
"NOTÁVEL:
-- Ainda que não me venha os frutos que com minha natural compreensão procuro, nem por isso fico menos contente, porque perseguindo-o sou feliz e passo meus dias na serenidade e na alegria ao invés de suspira-lo na tristeza" Baruch Spinoza
PERSEVERAR para chegar ao escopo, porque irá chegar o dia que o seu corpo não mais obdecera o seu comando; a urina sairá voluntariamente, mesmo você não querendo, às feses irão impor dificuldade para sair, não mais poderá acompanhar a letra daquela música, o som ficará cada vez mais distante e verá que a vida chegou o fim, uns dirão: VALEU A PENA, OUTROS: NEM TANTO"
;
Mudança
Abrir o olho e não vê
O cérebro demorou para entender
Que a mudança que eu tanto desejo
Não vem de você
Autora da minha história
Protagonista atual
Reconhecer os meus erros
É o meu diferencial.
Dependente emocional
Na ilusão de uma bonita história
Acreditei em um passarinho
Passarinho canta;
Passarinho voa
Que lindo passarinho!
A gaiola arrebentou;
E foi-se embora o passarinho.
Covarde petulante
Perdeu a audácia de se entregar;
Na convivência… no romance.
Covarde dissimulado
Arrota virilidade é muita petulância.
Afogado em seu sofrimento
Vitimizar-se a todo instante
Perdeu a audácia de viver;
De crer em outro ser.
Digno de pena
Intitula-se FORTE.
Sentimentos meus
Se teu coração sangrar
E de angústia seu peito rasgar
E chegar lhe faltar o ar.
Perde a vontade de falar
Por que se explicar?
Não adiantará.
O melhor é se calar
Mesmo com vontade de gritar.
Aprender a se respeitar.
Entender que devemos nos cuidar,
Nos amar e limites começar a colocar.
Sou casado com o agora
orfão do ontem
viúvo do amanhã
psicólogo da história
escritor do dia
cronista das horas
poeta dos minutos
e filósofo do tempo
Fechado em si
Ah! Você tem muito amor.
É que já foi bastante decepcionado
E, em uma madrugada em prantos, jurou não demonstrá-lo.
Sabedoria
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Um fardo que não é meu;
é muito pesado
Carregá-lo por um longo período.
Rebenta males na alma.
O tratamento às vezes;
efeitos colaterais… novos males.
O tratamento às vezes;
controla… cura.
Quer saber quem eu sou?
Nem eu sei.
Momentos sou inteligente
Em outros nem tanto.
Momentos me sinto feia
Em outros nem tanto.
Momentos romântica
Em outros nem tanto.
Momentos compreensiva
Em outros nem tanto.
Momentos sonhadora
Em outros nem tanto.
Quer saber quem eu sou?
Sou momentos.
Não faça por você, faça pelo seu próximo!
Não faça por alguém, faça por todos!
Não faça por fazer, faça por envolvimento!
Não faça por uma causa de alguns, faça por um objetivo comunitário!
Não faça para obter recompensas, faça para obter resultados!
Mas ainda que não faça nada, pense no que você poderia ter feito de melhor.
Precisei parar de carregar fardos que não me pertenciam e só assim comecei a caminhar com mais leveza e tranquilidade.
A vida não é fácil, princesa, mas você pode aproveitar o melhor que ela tem a lhe oferecer. E não se esqueça: VOCÊ É PRIORIDADE!
Nunca me medi em centímetros ou metros.
Nunca me pesei em quilos ou gramas.
Mas meu pequeno
tem a leveza do tamanho de uma infância
No anteontem do retrato,
no sofá estou sentado com dois amigos.
No ontem do retrato,
no sofá estou sentando com um amigo.
No hoje do retrato,
no sofá estou sozinho.
No amanhã do retrato,
o sofá está vazio
Quando aqui cheguei
as crianças eram crianças
os adultos já eram adultos
os velhos eram sempre velhos
e o mundo estava pronto
concluído e imutável para se viver
Quando daqui me for
as crianças cresceram
os adultos são outros
todos os velhos morreram
o mundo havia tanto mudado
e eu não sou mais o mesmo
Atestado poético
Tão longe,
Tão perto
Como te desperto?
Às vezes, me consome,
Noutras, esconde-se
Por que some?
Hoje, faz falta,
Amanhã, transborda
Por que meu peito ainda salta?
Somos dois,
Um.
Dias depois, nenhum?
Tão cedo, tão tarde,
Descubro que não é paixão,
Mas patologia: crise de saudades.
Transitando entre o concreto e o incerto,
Dou adjetivos às coisas que desconheço,
O que há de ser absoluto, se a arte da vida é recomeço?
