Poemas de Salomao
Quando a chuva molhar os olhos teus
E a saudade bater em tua porta
Olhas para os olhos meus
Entenda que nada mais importa
Se a dor te faz prisioneira
Rebentas a corrente e se liberta
Que sejas a tua pioneira
A primeira a abrir a tua porta
Talvez esse medo que consome
Encarcerado teus ais
Quebra a corrente e ele some
Te mostrando doque tu és capaz
A história que eu lhes conto agora
Não passa de uma ficção
Vim procurar quem perdi em outrora
Quando estive em outra encarnação
Com o tempo eu fui compreender
Que a vida me deu outra versão
Pra rever hoje nesse meu viver
Um futuro sem mais separação
Ela e pequenininha
Mas também lhe tenho amor
Adoro ver a joaninha
Quando pousa em uma flor
Se ela soubesse falar
Eu sei que me contaria
Sobre o perfume das flores
Quando amanhece o dia
Uma rajada de vento
Tsunami no mar
Ou mesmo um vento breve
Ou seja brisa no mar
Tudo esta em movimento
Que nos guia a direção
Tudo e parte de um momento
Para nossa evolução
Eu fiz do meu coração
Celeiro de bem querer
Pousada de afeição
Estrada do meu viver
Que tenha pouso seguro
Descanço e bom aconchego
Pra quem não constroi um muro
No jardim meu apego
hoje estou cansado
Com pensamentos em vão
Que povoam a minha mente
E não sai do coração
Não sou dono do destino
E não entendo a razão
Eu me sinto um clandestino
Fugindo na contramão
Hoje vou dar algumas pinceladas
Nessa tela parada a muito tempo
Vou pintar também meus sentimentos
Com as belas cores da aquarela
Vou fazer também uma limpeza
Pois eu vejo esta muito bagunçado
Vou deixar tudo limpo uma beleza
Retirar quadros velhos do passado
Levar tintas de cores mais brilhantes
Pra pintar a parede inexistente
Nada mais vai ser como era antes
Na fantástica tela em minha mente
Vou fugir como quem foge da guerra
Por não ter mais chance de vitória
A luta que é melhor quanto se encerra
Muda o rumo da minha trajetória
Até mesmo na dificuldade
De subir a montanha bem distante
Sinto grande a felicidade
Ainda que não seja o bastante
Na subida descança e faz parada
Repousa nos braços da confiança
Atento ao espetáculo da vida
Faz esteio da própria esperança
Segue ao alto,quem ao alto se destina
Pertencente aos grandes lutadores
La no alto sim, ele se inclina
Pra dar graças a Deus dos sonhadores
O que procuro está me procurando
Com certeza hei de encontrar
Se o tempo não der alternativa
Noutra vida eu vou continuar
Acredito que não vou desistir
Esse livro tem muita folha em branco
Que o tempo me deixe colorir
Ou borrar suas folhas com meu pranto
O Sol vai cortando o céu
Seguindo seu passo lento
O Sol também é bonito
No sopro do instrumento
O Sol traz praia e calor
Na música traz sentimento
Si La o Sol esquentou
No som alegria e acalento
Si for Sol maior na leitura
Aumenta a beleza da nota
No céu ou na partitura
A magia não se esgota
Improvável pode ser
Impossível não acredito
Tudo pode acontecer
No berço do infinito
Como a luz da criação
Jamais vai se apagar
Verdade do coração
Pode sim realizar
O tempo tece a malha
Da forma que tem que ser
Se tiver de ser não falha
Vence a batalha quem crê