Poemas de Salomao
Como tecer no espaço
Pedaços e cacos perdidos
Como quebra-cabeça esquecido
Na gaveta a muito tempo
Com tempo ei de entender
Que nada se pode fazer
Nem que acelere o passo
Ou que corra contra o tempo
Tudo tem o seu lugar
E também o seu momento
Mas doi não poder encontrar
A peça que esta a faltar
Pro quebra-cabeça montar
No jogo dos sentimentos
As vezes meu pensamento
Viaja pra bem distante
Ancorou meu sentimento
Na raiz de um instante
Quando a raiz é forte
Regresso com segurança
Mas quando a raiz é fraca
Me perco numa lembrança
Mais sempre irei voltar
Por vezes muito pesado
Como a onda do mar
Molhando meus pés cançados
Sentimento vai e vem
Num universo infinito
Carrego dentro do peito
Aquilo que acredito
Parei de me incomodar
Com minhas imperfeições
Eu vivo pra melhorar
E aprendo minhas liçoes
Por me conhecer melhor
Com os anos que vão
Eu vejo ao meu redor
O mundo com gratidão
E minha razão de ser
Que alinho com atenção
Buscando oque não se vê
No pulsar do coração
Aonde as estrelas passeiam
Visito sempre que posso
E sempre me presenteiam
Com brilho que tanto gosto
Não existe distância
Na minha imaginação
Olhar como uma criança
Enxergar com o coração
É sempre bom entender
Devemos compartilhar
Não pago pra receber
Não cobro para doar
Eu cansei de escutar
Palavras que me entristece
De quem não sabe falar
E também não me conhece
Hoje me conheço bem
Aprendi me respeitar
Me nego a falar também
Se for só pra mágoar
Somos todos diferentes
Cada um da oque tem
Quem plantar uma semente
Vai ter que colher também
Eu fiz uma viajem
Além da imaginação
Da loucura eu vi a margem
Na beleza a perfeição
Na ousadia achei coragem
E muita reflexão
O tempo não tem barragem
Mas tem muita solidão
O medo como forragem
Cobrindo a capa do chão
Eu volto dessa viajem
Trazendo oque achei de bom
Eu amo ver as estrelas
No véu da noite infinita
Sei que eu posso tê-las
Como irmãs bem bonitas
Sendo a distancia precisa
Por fios de pura beleza
Eu vejo e sinto a brisa
No seio da mae natureza
Sou um ser de paciência
A paciência me faz
Eu aprendi muito pouco
Mas posso aprender mais
O tempo e meu aliado
A pressa minha inimiga
Coragem que não me falta
Pra prosseguir minha vida
E levo em minha bagagem
A mala cheia de afeto
E cada dia que nasce
Eu me sinto mais completo
Em meio a escuridão
Um vagalume passeia
Desliza na mansidão
Como aranha em sua teia
Parece imitar a lua
Parada no firmamento
Iluminando a rua
E também meus pensamentos
Aonde a mente passeia
Por mais que os pés não alcança
Mesmo assim ela semeia
Sementes de esperança
A mente não tem fronteiras
A esperança também
Pequenos passos são maneiras
Que me guia mais além
Meu pra prazo de validade pode chegar aos oitenta
A vida útil pode chegar aos noventa
Mas seu eu tiver garantia estendida pelo fabricante...
Vou tem tempo pra torrar a paciência de muita gente ainda...
Até de quem ainda vai nascer!
Se eu partir amanhã
Deixando lembranças nos corações
Que sejam doces belas e singelas
Que tragam alegria ao lembrar de mim
Eu não vim pra ficar
Estou só de passagem
Enquanto a vida durar
Eu viverei com coragem
Não que eu seja insano
Também fico saturado
Também sou ser humano
E também fico cançado
A mente faz confusão
O peito mistura tudo
Entrando em combustão
Por dentro explode tudo
De repente tudo muda
E quero recomeçar
Peço que Deus me acuda
E volto ao meu sonhar
Não creio ser diferente
Do resto da humanidade
Todo mundo segue em frente
Maquiando a insanidade
Para escrever os meus versos
Não preciso de estudo
Observo o universo
E o mundo que tem de tudo
Vejo a chuva chegando
A lua na noite escura
Uma criança chorando
Ou um cachorro na rua
Uma rosa no jardim
Ou no vaso em minha mesa
O perfume de jasmim
Ou mesmo uma vela acessa
É tanta informação
Que nem posso imaginar
Além da imaginação
Eu posso poetizar
Eu faço dos meus versos
Um tipo de oração
Como se estivessem impressos
No livro do coração
A noite quando me deito
Recordando o meu dia
Projeto sempre em meu leito
Um amanhecer que irradia
Mas nem tudo é atendido
Nessa minha oração
Mas fico agradecido
Parto pra prorrogação
Quando eu era criança...
Membro me com muita clareza
Adorava empinar pipas,
Os dedo machucados e cortados com cerol
Batia no poste olhando pra cima
Furava o pe em prego
Cortava em cacos de vidro
Me furava em espinhos
E ainda mais quando meu pipa era cortado eu ficava muito triste e chateado...
E pensava munca mais soltar pipas...
Me aquietava dentro de casa fazendo qualquer outra coisa
Mas quando eu olhava na janela e sentia aquele vento no rosto...
Corria pra pegar o pipa e novamente correr o risco de me ferir ou ficar triste com um possível corte, mas não importava, a felicidade de soltar pipas era muito maior doque os ferimentos
Hoje em dia não me vejo tão diferente...
Não me importo com o furo no pé né com as pipas cortadas
Basta um vento sobrar no meu rosto que a criança que sempre amou soltar pipas, fala mais alto as vezes até grita... MANDAAA BUUUSSSCAAAA
Escuto o seu cantar
Como leve sinfonia
Converso com sabiá
Quando amanhece o dia
O bem-te-vi que me acusa
Com seu cantar altaneiro
As vezes ele abusa
Me entrega pro mundo inteiro
Todos os passarinhos
Jamais me megaram o canto
Estão sempre em meus caminhos
No meu riso ou no meu pranto
Eu sou como um livro aberto
Garanto não esconder nada
Sei que não sou muito esperto
Porriso tem folha arrancada
Pelo tempo eu vivo a digitar
Já larguei a caneta a muito tempo
Faço isso também com sentimentos
Mas nem todos eu consegui mudar
Não existe maneira de excluir
Resetar já não é uma opção
Quando um ai começa a sair
No teclado nosso coração